Barcelos EAS
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1-32
Resumo
Abstract
Through Ruralist Bench, the agrarian elites transformed the Brazilian parliament
in the large area of political bargain able to reproduce the historical relationship property
and clientelism, as well exercise it's institucional pressure to defend the interests
2 XIX ENGA, São Paulo, 2009 BARCELOS, E. A. S. e BARRIEL, M. C.
ruralists. It's role is diverse, ranging from the political lobby, solidarity and complicity to
other quarters, up alliances multi-scalar through militancy of its members. The current
and transient political and geographical configuration of its members shows a re-
articulation of the national agro-land in the states of Goias and Tocantins, and in
Roraima, Parana, Bahia and Minas Gerais.
Keywords: Ruralist Bench, Territory, Political Power, Scale, Concentration of Land
1
O INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos – é uma organização não-governamental, sem fins
lucrativos, não partidária e com finalidade pública. Criado em 1979, o INESC atua, em todos os seus projetos, com
duas linhas de ação: o fortalecimento da sociedade civil e a ampliação da participação social em espaços de
deliberação de políticas públicas. Mais informações no site http:// www.inesc.org.br.
2
O DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar fundado em 19 de dezembro de 1983,
estruturado para atuar junto aos Poderes da República, em especial no Congresso Nacional e, excepcionalmente,
junto às Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores, no sentido da institucionalização, da transformação em
normas legais das reivindicações predominantes, majoritárias e consensuais da classe trabalhadora. É um
instrumento dos trabalhadores que foi idealizado pelo advogado trabalhista Ulisses Riedel de Resende, atual Diretor-
Técnico da entidade. Mais informações no site http:// www.diap.org.br
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Cabe relativizar esta afirmação e explicar que as duas Capitanias que alcançaram maiores êxitos
econômicos foram em muito ajudadas pelo governo lusitano.
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Nas palavras do próprio José de Souza Martins (1994: 20) “A política do favor, base e fundamento do
Estado brasileiro, não permite nem comporta a distinção entre o público e o privado.”
5
“Por outro lado, qualquer tentativa de interpretar a dinâmica do processo político brasileiro, e seus
episódios singulares, passa pelo reconhecimento de que as mudanças só ganham sentido nas crises e
descontinuidades do clientelismo político de fundo oligárquico que domina o País ainda hoje. Passa também pelo
reconhecimento de que a tradição do mando pessoal e da política do favor desde há muito depende do seu
acobertamento pelas exterioridades e aparências do moderno, do contratual. A dominação política patrimonial, no
Brasil, desde a proclamação da República, pelo menos, depende de um revestimento moderno que lhe dá uma
fachada burocrático-racional-legal. Isto é, a dominação patrimonial não se constitui, na tradição brasileira, em forma
antagônica de poder político em relação à dominação racional-legal. Ao contrário, nutre-se dela e a contamina. As
oligarquias políticas no Brasil colocaram a seu serviço as instituições da moderna dominação política, submetendo a
seu controle todo o aparelho de Estado. Em conseqüência, nenhum grupo ou partido político tem hoje condições de
governar o Brasil senão através de alianças com esses grupos tradicionais. E, portanto, sem amplas concessões às
necessidades do clientelismo político. Nem mesmo os militares, secularmente envolvidos num antagonismo
histórico com as tradições oligárquicas, conseguiram nos vinte anos de sua recente ditadura destruir as bases do
poder local das oligarquias. Tiveram que governar com elas, até mesmo ampliando-lhes o poder. No fim, o poder
pessoal e oligárquico e a prática do clientelismo são ainda fortes suportes da legitimidade política no
Brasil.”(Ibidem, p. 20).
Práticas institucionais e grupos de interesse: a geograficidade da bancada ruralista e as 7
estratégias hegemônicas no parlamento brasileiro, pp. 1-32
A partir dos anos 80, uma nova ofensiva político-ideológica se insere nos
circuitos de debate que marcaram e revitalizaram a retórica do patronato rural no Brasil.
A ideologia do moderno, contra-face do “velho” e “atrasado” mundo rural brasileiro, foi o
fio condutor que catalisou uma nova realidade discursiva para a agricultura nacional
como também projetou uma nova imagem identitário-territorial para os “homens do
campo”, o “nós, produtores e empresários rurais”. A modernização agrícola, a
tecnificação da propriedade e a instituição de novos padrões de produção no campo, a
partir da aliança agricultura-indústria – os complexos agroindustriais – foram as
premissas fundantes deste novo pensamento.
Regina Bruno (1997) se refere ao “novo” discurso a partir de três pontos.
Primeiro esse discurso significou a visibilidade de um tipo de patronato rural, que se
constituiu a partir da modernização agrícola; institui novos códigos e condutas, no
entanto agregou velhas práticas e antigos argumentos, típicos da tradição hegemônica,
clientelista e oligárquica, historicamente presentes no espaço agrário do Brasil.
Segundo, a nova retórica buscou renovar os mecanismos de legitimação das estruturas
de poder dos grandes proprietários de terras e empresários rurais que buscasse
fortalecer as assimétricas relações sociais e de poder apoiadas na dominação-
exploração de uma massa significativa de trabalhadores rurais. E terceiro, o “novo”
pensamento, buscou por um lado redefinir o direito de propriedade, reforçando-o e
ampliando suas fronteiras historicamente definidas, como por outro procurou negar a
existência de uma questão agrária no Brasil, supostamente superada atrasada, uma
vez que a modernização agrícola e a propriedade fundiária teriam se ajustado ao longo
dos anos em função da integração dos mercados e das transformações da economia.
A estrutura fundiária e a reforma agrária não tiveram relevo neste “novo”
discurso. Para os “modernos”, a reforma agrária é uma questão defasada, antiga, de
responsabilidade do Estado, não cabendo aos proprietários e empresários rurais um
esforço para um assunto já superado. A eles só cabia o debate do novo, ou seja, o
moderno, a história dos vencedores, pois “ser moderno é furtar-se da pecha do atraso
e do arcaico, é ser competente, competitivo, é ter talento e capacidade de decisão, é
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estratégias hegemônicas no parlamento brasileiro, pp. 1-32
sair na frente, não importando que usos ou abusos possam daí advir.” (BRUNO,
1991:14). Qualquer forma de contestação, denúncia ou enfrentamento era considerado
no “novo” discurso uma característica marginal, periférica, ou seja, atrasada. A
anacrônica e arcaica reforma agrária, não “se revelava como formas modernas de
propriedade e nem contribuía com o já existente padrão de desenvolvimento agrícola
em curso” (Idem, 1997:24).
O discurso “nós produtores e empresários rurais”, retórica recorrente nas “falas”
dos representantes das elites agrárias foi uma tentativa de construir critérios e padrões
de sociabilidade marcados na persistência de uma identidade comum, leais a todos os
“homens do campo”, uma mostra de fidelidade e identificação coletiva de todos os
interesses e problemas sentidos no mundo rural. Essa homogeneização da retórica
elitista buscou ocultar a histórica e a permanente luta de classes no agro brasileiro, os
cenários de disputa e luta pela terra, a concentração fundiária e de poder e a todo um
movimento societário não-alinhado como os interesses do poder agro-fundiário.
Procurou negar no espaço agrário, os processos antagônicos e contraditórios, fruto de
uma dialética sócio-espacial, que é antes de tudo conflitiva. A suposta harmonia de
interesses entre os “homens do campo”, buscou sepultar a história e a distorcer a
realidade social, no sentido de ofuscar suas incoerências e as assimetrias nas relações
sócio-espaciais e de poder.
É possível então identificar que essa nova identidade ruralista evoca novas
possibilidades de re-valorização do rural e das próprias territorialidades construídas. A
tentativa de criar uma identidade comum entre os distintos sujeitos e protagonistas no
campo, despersonifica as próprias relações sociais e de poder e submete o imaginário
social ao pensamento de que o “nós” é antes de tudo o “todo”.
Regina Bruno (1991) ressalta que o recurso à dominação política e ideológica a
partir do discurso, expressa novas formas de dominação e exploração burguesa. A
ideologia ruralista e as práticas de dominação oscilaram desde o controle político e
ideológico dos trabalhadores rurais, sindicatos, associações, prefeituras, até
instrumentos de coação, clientelismo, sujeição, cooptação e ameaças. No entanto, foi a
ideologia do moderno que governou a conduta do empresariado e do patronato rural
brasileiro. Estava em curso um novo ethos do patronato rural, uma nova agenda
política, uma nova e emergente orientação para o campo brasileiro, uma nova
possibilidade de construir uma territorialidade única, recheada de consensos,
interesses comuns, conformidades e acordos para a “classe rural” no país.
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6
Para maiores informações sobre o assunto, ver Regina Bruno (1989, 1997).
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apesar da “plasticidade” presente na BR, o conceito que mais se aplica para definir a
atuação da bancada é o de grupo de interesse.
140
120
117 116
Total da Bancada
100
89
80
73
60
40
20
0
1995/1999 1999/2003 2003/2007 2007/2011
Legislaturas
Deputados Ruralistas na Câmara dos Deputados Deputados Ruralistas na Câmara dos Deputados
Legislatura 2007/2011 - INESC Legislatura 2007/2011 - DIAP
116 111
Deputados Deputados
Ruralistas
Ruralistas
397 402
Figura 2: Ruralistas na Câmara dos Deputados. Fonte: Vigna (2007) e Costa (2006)
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O modus operandi que rege o grupo se realiza por inúmeras vias e escalas. O
arranjo político estruturado pela bancada lhe permite ações que transbordam o espaço
governamental e as arenas políticas institucionais. Isto revela a hábil capacidade de
seus membros-componentes de manter vínculos e alianças tanto no interior do Estado
quanto fora dele, principalmente com entidades patronais e com empresários
representantes das elites agro-conservadoras.
A primeira grande característica que fundamenta todo o complexo persuasivo e
de convencimento presente nos membros-componentes da BR é seu poder de
articulação e mobilização de outras bases ou bancadas políticas. Em momentos de
decisão política, de encaminhamentos formais, de formulação de leis, decisões em
comissões ou de votação decisória em plenário, os parlamentares ruralistas se valem
pelo lobby e pela troca de favores e benefícios a partir de uma rede de interesses
amarrada pelas elites no Congresso Nacional. Seus laços de cooperação e
reciprocidade a outras bancadas políticas sustentam sua vitalidade e confiança
institucional. Sua alta capilaridade política, não se faz pelo número absoluto de seus
parlamentares, mas na habilidade de construir novas alianças, novas relações
institucionais e novos códigos de conduta e fidelidade a outras bancadas ou grupos de
interesse. Sua aproximação com diferentes partidos não é a ausência de ideologia,
mas um diferencial político, uma estratégia de convencimento e simpatia, uma forma de
ilustrar sua “sensibilidade” frente às diversas questões de seu interesse. Historicamente
suprapartidária, a Bancada Ruralista é capaz de se identificar com inúmeras questões
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estratégias hegemônicas no parlamento brasileiro, pp. 1-32
100 90
90
Número de deputados
80
70 62 64
60
Bancada
50 41
34 Ruralistas
40
29 28
30 24 21 23
18 16 17
20 11 8 5
10 3 2
0
PMDB PFL PP PSDB PR PPS PTB PDT PSB
Partidos
Por fim, nas duas últimas legislaturas os ruralistas têm segmentado sua atuação,
distribuindo funções políticas aos seus representantes através de pactos previamente
programados. Uma divisão ruralista de comando foi realizada para obtenção de eficácia
em suas ações, bem como otimizar o lobby em situações-obstáculos, como nas
ocupações de terra ou em votações setoriais em plenário. Em 2003, os deputados
Ronaldo Caiado (DEM/GO) e Abelardo Lupion (DEM/PR) representaram os
pecuaristas; Nelson Marquezelli (PTB/SP) e Luiz Carlos Heinze (PP/RS) os
empresários rurais e o deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS) assumiu a
responsabilidade de representar os interesses da indústria da biotecnologia. Os
7
O já citado ex-secretário do INESC, Bizeh Jaime nos conta que: “Os ruralistas têm conseguido exercer seu
poder de influência para obter vitórias. São eles que patrocinam as indicações para o Ministério da Agricultura e
elegem, a cada ano, o presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados. Com
redutos estabelecidos, exercem a pressão com mais facilidade (Sauer et. all, 2006)”. Vigna (2007) afirma que:
“Historicamente, desde a legislatura de 1999/2003, a bancada ruralista desenvolveu a estratégia de ocupar todos os
espaços políticos possíveis. Desde então, vem conquistando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
e as presidências da Comissão de Agricultura e Política Rural e da Comissão de Meio Ambiente e Consumidor –
esta última com menor freqüência.”
Práticas institucionais e grupos de interesse: a geograficidade da bancada ruralista e as 19
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8
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), órgão máximo da representação
oficial do patronato rural – monopolizado hoje pelos grandes proprietários que se opõem a qualquer reforma agrária,
vinculados à Sociedade Rural Brasileira - surgiu em inícios de 1964, no lugar da Confederação Rural Brasileira,
entidade organizada pela SNA em 1951, visando a sindicalização patronal da agricultura brasileira, nos moldes da
legislação corporativista varguista, congregando todos os representantes da “classe agrícola” – patrões e empregados
(MENDONÇA, 2005a).
Práticas institucionais e grupos de interesse: a geograficidade da bancada ruralista e as 23
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Figura 4 e 5: Distribuição Espacial dos deputados e senadores ruralistas em relação ao total de parlamentares por estado
Práticas institucionais e grupos de interesse: a geograficidade da bancada ruralista e as 25
estratégias hegemônicas no parlamento brasileiro, pp. 1-32
Os mapas nos autorizam a falar que são nas regiões de expansão da moderna
agricultura empresarial, principalmente na região Centro-Oeste, onde o poder agro-
fundiário privado e o próprio poder público exercem sua função de “Senhores da Terra,
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Senhores da Guerra”, como bem define Regina Bruno (1997) o patronato rural. Essa
perversa realidade não teria seu “sucesso” e “êxito de classe” sem a cumplicidade e a
proteção da Bancada Ruralista, que é fidedigna ao cultivo das assimétricas relações
sociais e de poder tornando o campo brasileiro um espaço segregado, excludente,
autoritário, violento, e, sobretudo controlado pelos “coronéis modernos” do agro-
negócio e seus representantes no parlamento brasileiro. Além de Minas Gerais, Bahia,
Roraima e Paraná, são nos estados de Tocantins e Goiás, onde atualmente os
ruralistas estão mais organizados no Congresso Nacional, sem contar a força
expressiva do governador e empresário do Mato Grosso, Blairo Maggi. Assim, a
suposta relação entre a geograficidade da Bancada Ruralista e os desdobramentos da
ação do patronato no campo brasileiro (mapas) se confirma, dentro de um recente
espectro político que foi se constituindo para a culminação da atual configuração
político-geográfica da bancada. Apesar da referência a 2003, o atual cenário geográfico
da violência e dos conflitos no campo, em geral se mantém, contudo com algumas
particularidades.
No Paraná, o patronato rural se fortalece na figura do agropecuarista e
empresário Abelardo Lupion (DEM/GO). Suposto “herdeiro político” de Ronaldo Caiado
no Congresso Nacional, Lupion lidera os parlamentares do Paraná, por um lado
defendendo a modernização agrícola, a pecuária de corte, a cadeia produtiva da carne,
bem como a rastreabilidade bovina, como por outro encabeçando e presidindo as
negociações para a repactuação e alongamento das dívidas originárias de operação de
crédito rural dos produtores, não somente em seu estado, mas em escala nacional. Foi
também um dos porta-vozes da Bancada Ruralista na CPMI da Terra, propondo a
aprovação de dois projetos de lei que tipifica as ocupações coletivas de terra como
crime hediondo e ato terrorista, além de criminalizar os movimentos sociais do campo.
Cabe aqui destacar uma passagem do texto de Lupion encaminhado a relatoria da
CPMI, que classifica as ações do MST como terroristas.
(...) são nestes Estados que estão concentradas as mais fortes famílias
latifundiárias. São nestes Estados em que a prática do coronelismo é
ainda mais evidente. No Brasil, os setores mais atrasados politicamente
sempre estão acompanhados dos setores mais modernos. Há uma linha
geracional que herda não só os bens materiais, mas também os bens
imateriais, como a visão de mundo. Neste caso, a segunda herança tem
maior peso no comportamento dos indivíduos do que os bens materiais
(VIGNA, 2007:11).
50
Parlamentares na Câmara dos
45
40 37
33
35 30 31
1996
Deputados
30 27 28 27
24 2001
25
20 2003
18 18 17 17
20 16
14 2007
15 12
10
8 8
10 6
5
0
Nordeste Sul Sudeste Norte Centro-Oeste
Regiões
Bibliografia
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