Animais de Companhia Semi-Domiciliados
Animais de Companhia Semi-Domiciliados
Animais de Companhia Semi-Domiciliados
GATOS CÃES
24,7 Milhões Dados 2019. Fonte: Instituto Pet Brasil. 55,1 Milhões
O CONVÍVIO ENTRE HUMANOS E OUTRAS ESPÉCIES DE
ANIMAIS AUMENTA MAIS A CADA DIA, E NA HORA DE
ESCOLHER O ANIMAL DE COMPANHIA, CÃES E GATOS
SÃO A PREFERÊNCIA DA MAIOR PARTE DA POPULAÇÃO.
Infelizmente, em vários
DENÚNCIAS DE MAUS-TRATOS A
casos, a guarda
responsável não faz parte
ANIMAIS EM SP
do convívio entre o
2020
2019
a animais.
Animais Domiciliados
São animais totalmente dependentes
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dos seres humanos. Possuem moradia
fixa, recebem água e comida, e muitos
recebem vacinas, vermífugos e
acompanhamento veterinário.
Esses animais só saem na rua
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Animais Semi-domiciliados
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A situação é praticamente igual à dos
animais domiciliados, porém ao
contrário destes, os animais semi-
domiciliados têm acesso livre à rua.
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seres humanos. Não possuem tutor
fixo e são cuidados e alimentados por
diversas pessoas. A maioria não
recebe vacinação ou vermifugação.
Esses animais são mantidos nas ruas, em
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Muitos tutores
acham imagens
como essas duas
engraçadas e fofas.
Porém não fazem ideia do perigo que existe nessas
“voltinhas”. Durante os passeio sem tutor, os
animais estão sujeitos à atropelamentos, atos de
crueldade, e podem ter contato com outros animais,
ficando susceptíveis a diversas doenças. Além de
causarem prejuízos
aos humanos, como
zoonoses e acidentes
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automobilísticos.
É IMPORTANTE QUE QUE EXISTA UMA RELAÇÃO
SAUDÁVEL ENTRE OS HUMANOS E SEUS PETS. AS
SEMELHANÇAS ENTRE NÓS E ELES SÃO MAIORES QUE
AS NOSSAS DIFERENÇAS, E ISSO FACILITA A
TRANSMISSÃO DE DOENÇAS ENTRE OS ANIMAIS E O
HOMEM E VICE-VERSA, AS CHAMADAS ZOONOSES. E
POR ISSO É IMPORTANTE QUE OS ANIMAIS RECEBAM
CUIDADOS E ACOMPANHAMENTO VETERINÁRIO
FREQUENTE.
FEZES DE ANIMAIS DE RUA
NAS VIAS PÚBLICAS Zoonoses são um
TAMBÉM SE TORNAM UM conjunto de
GRANDE PROBLEMA, E
FACILITAM A PROPAGAÇÃO enfermidades e
DE ALGUMAS ZOONOSES, infecções resultantes
COMO TOXOPLASMOSE,
GIARDÍASE E TOXOCARA.
da relação animal-
homem-ecossistema,
direta ou
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indiretamente, por
meio de portadores,
reservatórios e vetores.
Raiva
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Lyssavirus
Leishmania
Conjunto de enfermidades
causadas por diferentes proto-
zoários do gênero Leishmania.
No caso da Leishmania Tegu-
mentar Americama pele e mucosas podem ser
comprometidas, causando ulcerações e descamações e na
Leishmania Visceral são as vísceras, podendo haver
aumento de baço. O hospedeiro principal é o cão doméstico
e os vetores são insetos do gênero Lutzomyia, como o
mosquito palha. A transmissão ocorre através da picada da
fêmea do mosquito palha contaminada com o protozoário.
Essa picada pode ser direto no humano ou pode ser no cão.
Esse cão contaminado se torna uma fonte de transmissão,
pois outras fêmeas podem picá-lo e
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Toxoplasma gondii
Causada por um
protozoário, acomete
mamíferos e aves.
O hospedeiro definitivo é o gato doméstico, que pode
transmitir a doença para os humanos através da
ingestão de fezes contendo oocistos. Essa ingestão de
fezes geralmente é acidental, através de água ou
alimentos contaminados. A infecção durante a
gestação humana, traz diversos problemas como
aborto, macro e microcefalia, retardo mental, déficit
intelectual e alterações oculares. O contato direto
com o gato infectado não transmite a doença. Mas
ingerir as fezes com oocistos ou carne com cistos sim.
Para evitar a infecção, é importante sempre limpar a
caixa de areia de seu gato, cozinhar bem as carnes e
lavar bem as frutas e verduras antes de ingerir. É
importante não deixar seu gato sair na rua sem
supervisão para evitar que ele se contamine.
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As zoonoses citadas são apenas algumas das
diversas doenças que podem ser transmitidas aos
humanos pelos cães e gatos. Por isso é de extrema
importância manter as vacinas dos animais em dia,
levá-los para acompanhamento veterinário
periódico e não deixá-los soltos na rua. Com esses
cuidados os pets terão menor probabilidade de se
infectarem e de infectarem seus tutores ou os
outros animais de sua convivência.
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PERIGO!
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Os animais envolvidos em
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acidentes normalmente
sofrem danos físicos
irreparáveis. Lesões como
fraturas, eviscerações,
traumatismos cranioencefálicos, rupturas de órgãos
internos são frequentemente evidenciadas em casos de
acidentes e são muito graves, podendo levar o animal a
óbito.
Outra questão
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importante envolvendo
as “voltinhas” está
relacionada ao aumento
populacional de animais
errantes. Tal situação
configura um problema
sério de saúde pública, haja visto que o aumento de forma
descontrolada da população de animais vivendo nas ruas
agrava situações já tratadas aqui, como a proliferação de
zoonoses, acúmulo de dejetos nas vias públicas e riscos de
acidentes.
animais de rua
geralmente apresentam
um baixo nível de bem-
estar, devido a questões
inerentes a inadequação alimentar, de água e abrigo,
lesões decorrentes de acidentes envolvendo automóveis,
outros animais e seres humanos e doenças.
Controle
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Populacional
Atualmente existe uma grande
preocupação com o controle
populacional de cães e gatos, e a
castração ou esterilização é uma das formas de evitar que
animais procriem de forma descontrolada e que o número de
animais abandonados diariamente nas ruas, portas de clínicas
veterinárias, pet shops, ONGs de proteção animal,
universidades, entre outros diminua.
A fim de minimizar os problemas
ocasionados pela superpopulação
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Em adição aos problemas
relacionados a saúde e
segurança pública, os animais
semi-domiciliados também apresentam riscos para os animais
silvestres que habitam a zona urbana e seus arredores. Os riscos
estão relacionados principalmente com a competição, predação
e a disseminação de doenças . Nesse contexto, o gato representa
uma ameaça ainda mais preocupante que o cão.
Por apresentarem um comportamento
predatório aguçado, os felinos domésticos
semi-domiciliados têm o hábito de predar gatosnews.blogspot.com/
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REALIZA EXPERIÊNCIA
DOLOROSA OU CRUEL EM
ANIMAIS VIVOS, AINDA QUE
PARA FINS DIDÁTICOS OU
CIENTÍFICOS, QUANDO
EXISTIREM RECURSOS
ALTERNATIVOS.
PARÁGRAFO 2° - A PENA É
AUMENTADA DE 1 (UM) TERÇO
A 1(UM) SEXTO, SE OCORRER A
MORTE DO(S) ANIMAL(S)."
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EXISTEM TRÊS CONCEITOS SOBREPONÍVEIS RELATIVOS AO
BEM-ESTAR ANIMAL, CONFORME DEFINIDOS POR FRASER
(2008):
1. Estado físico e funcional
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2. Estado psicológico e mental (afetivo)
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POSSE OU GUARDA RESPONSÁVEL
É CARACTERIZADA POR UM CONJUNTO DE
DIRETRIZES QUE VISAM O BEM-ESTAR
ANIMAL, EVITANDO A SUA PROCRIAÇÃO
DESORDENADA E CONTROLANDO DOENÇAS.
ESTE TERMO É CONCEDIDO AO SER HUMANO
QUE MANTÉM SEU ANIMAL DENTRO DO
ESPAÇO DOMÉSTICO, EVITANDO POSSÍVEIS
TRANSTORNOS COM OUTROS ANIMAIS QUE
ESTEJAM NA RUA.
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https://www.dogsnsw.org.au/
1. Antes de adquirir um animal,
considere que seu tempo médio
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de vida é de 12 anos. Pergunte à
família se todos estão de acordo,
se há recursos necessários para
mantê-lo.
www.lepetitmondedesanimaux.fr/
www.champinternet.com
3
O CONTEÚDO DESTA CARTILHA FOI REDIGIDO
BASEADO NAS SEGUINTES REFERÊNCIAS:
ANDRADE, Ana de Fátima de Souza et al. Cães e gatos – controle populacional por meio de esterilização cirúrgica e posse
responsável. CENTREO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, PROBEX. 2012.
BASANO, Sergio de Almeida; CAMARGO, Luís Marcelo Aranha. Leishmaniose tegumentar americana: histórico,
epidemiologia e perspectivas de controle. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 7, p. 328-337, 2004.
BECKER, Giuvana. Zoonoses transmitidas ao homem por animais de companhia: cães e gatos: e seus impactos na
saúde pública. 2015.
BRASIL Lei nº 9.605, de 12 de Fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas
e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 12
Fev.
CORREIA, Francisco Roberto Gomes et al. Estudo das lesões decorrentes de atropelamento em cães. Dissertação de
Mestrado – Faculdade de medicina Veterinária, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2016.
COSTA, Carlos A. da et al. Leishmaniose visceral canina: avaliação da metodologia sorológica utilizada em inquéritos
epidemiológicos. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 24, n. 1, p. 21-25, 1991.
DA MAIA LIMA, Alfredo Feio; LUNA, Stelio Pacca Loureiro. Algumas causas e consequências da superpopulação canina e
felina: acaso ou descaso? Revista de educação continuada em medicina veterinária e zootecnia do CRMV-SP, v. 10,
n. 1, p. 32-38, 2012.
DANTAS, Thais Santos Sobreira et al. Projeto amigos dos animais: avaliação do conhecimento populacional sobre
guarda responsável na cidade de Capitão Poço-Pa. 2019.
DE ANDRADE, Felipe Tanjer Mendes et al. Posse responsável: uma questão multidisciplinar. Acta Veterinaria Brasilica, v.
9, n. 1, p. 91-97, 2015.
SANTOS, Felipe Sales et al. Conscientizar para o Bem-Estar Animal: posse responsável. Revista Ciência em Extensão, p.
65-73, 2014.
SILVA, Francinaldo S. Patologia e patogênese da leishmaniose visceral canina. Revista Trópica–Ciências Agrárias e
Biológicas, v. 1, n. 1, p. 20, 2007.
SILVA, Valeska Sophia de Andrade. Dieta de gatos domésticos semi e não-domiciliados em um fragmento urbano
de Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.
THE WORLD SMALL ANIMAL VETERINAY ASSOCIATION - WSAVA. Diretrizes para o Bem-Estar Animal da WSAVA,
2018, 86 p.
10 Mandamentos da Guarda Responsável. ARCA Brasil – Proteção e Bem-estar Animal, São Paulo. Disponível em:
https://arcabrasil.org.br/index.php/10-mandamentos-da-guarda-responsavel/#.
Caroline Silva Vieira
Dara Santos Alves
Leonardo de Mendonça Siqueira
Andrezza Brigato Siqueira
Aline Yumi Conde Watanabe
Luana Paula Teixeira Alvares
Monyk Dias Carneiro
Yasmin Barros Ferreira Braga
Robson Carlos Antunes
petmedvet.ufu
petmedvetufu@gmail.com
O QUE PRECISAMOS SABER?
OUTUBRO DE 2020