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Manual Geral OSCE

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE MEDICINA

OBJECTIVE STRUTURED CLINICAL EXAMINATION - OSCE

MANUAL DE ORIENTAÇÕES: DOCENTE E DISCENTE

JATAÍ/2023
Objective Strutured Clinical Examinition – OSCE
Curso de Medicina | UFJ

Equipe de Coordenação

Coordenação do Curso de Medicina:


Prof.º Me Adriana Queiroz Arantes Rocha

Vice- coordenação do Curso de Medicina:


Prof.º Dr Fernando Paranaíba Filgueira

Coordenação Geral do OSCE:


TAE Me Vítor Hugo Marques

Técnicos-administrativos – TAES:
Aline Monezi Montel

Edismair Carvalho Garcia

Glender Ferreira Santos

Glydson Peres e Pires

Jéssica Ribeiro Magalhães

João Pedro Lourenço Mello

Layanne Batista Souza

Mirella Carvalho Costa

Responsáveis pela primeira edição

Prof.ª Marcia Carolina Mazzaro; Prof.ª Júlia de Miranda Moraes; Prof.º Hélio Ranes de
Menezes Filho; Prof.ª Ana Paula da Silva Perez; Prof.º Lamartine Lemos de Melo; Prof.ª Natane
Barcelos Verônica Clemente Ferreira; TAE Débora Mara Aparecida; TAE Jacqueline do Carmo
Cavalcante; TAE Jéssica Ribeiro Magalhães.

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Objective Strutured Clinical Examinition – OSCE
Curso de Medicina | UFJ

As Metodologias Ativas
Segundo Lopes (2015), o conceito de metodologia ativa está fundamentado nas ideias de John
Dewey, desde a década de 1930, sobre aluno ativo e construção do conhecimento em situações
que superem a tradicional aula expositiva, em que a finalidade é reprodução e memorização do
conteúdo de ensino. O professor deixa de ser o centro do processo, o detentor do conhecimento, e
passa a ser aquele facilita a aprendizagem. O foco passa a ser o aluno, suas necessidades e
interesses. A discussão sobre “como se ensina” faz sentido apenas quando inserida em outra, mais
ampla, sobre “como se aprende”.
Como eixo norteador das avaliações práticas, utilizamos um modelo conceitual chamado
Pirâmide de Miller, proposta pelo americano George Miller, grande estudioso da educação médica,
no início dos anos 1990, e pode ser considerado ideal para a escolha de métodos de avaliação
aplicados ao ensino médico.

Como na figura acima, observa-se que o fundamento da prática profissional médica, ou


seja, o “fazer”, baseia-se no “demonstrar” o “saber como fazer”, que, por sua vez, firma-se nos
conhecimentos constituintes do “saber”. Isso significa que estar qualificado para a prática
profissional prevê que antes da prática, isto é, no âmbito da sua formação, o graduando deve
demonstrar que domina as habilidades e competências necessárias para a futura prática
profissional.
Sendo assim, habilidades e competências que abrangem a base da pirâmide: o “saber” e o
“saber como fazer”, pertencem ao domínio cognitivo e, portanto, devem ser avaliadas com
métodos apropriados a esse fim. Podem ser usadas provas variadas, questões escritas, testes ou
questões factuais, abertas de respostas diretas, dissertações e provas orais. Para avaliação do “saber
como fazer”, também podem ser parecidas, porém, com foco mais aplicado com questões factuais,
questões escritas com testes de múltipla escolha, por exemplo.

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Objective Strutured Clinical Examinition – OSCE
Curso de Medicina | UFJ

O objetivo nesta etapa da avaliação considera que os exames propostos usam o


conhecimento teórico para a tomada de decisões e para a solução de problemas, reiterando sempre
a importância da contextualização clínica.
A terceira camada da pirâmide de Miller que trata de “demonstrar” terá enfoque principal
na avaliação de habilidades e competências clínicas realizada com exames práticos envolvendo
tarefas clínicas. Para este fim podem ser usados instrumentos como avaliação de desempenho, IN
VITRO, OSCE, Paciente Simulado, dentre outros. Os objetivos percorrem desde a avaliação e
observação direta do atendimento de pacientes reais pelo estudante até exames clínicos objetivos
estruturados, envolvendo atuação de pacientes simulados e tarefas diversificadas a todos os
estudantes.
Em relação ao topo da pirâmide, o “fazer” envolve as avaliações que devem ser feitas no
próprio ambiente de trabalho, onde a prática é exercida, podendo ser utilizados métodos como
avaliação de desempenho, IN VIVO, vídeo, beira de leito e/ou Mini-CEX.
Em outra etapa, os alunos têm contato com os estágios, momento em que se se dá o
treinamento para a prática do “fazer”, efetivamente exercitando a prática clínica, sob supervisão.
Alguns tipos desses instrumentos de avaliação de acordo com a pirâmide de Miller são:

Portfólio
É uma coleção de material, feita por um profissional, que registra e reflete eventos-chaves
e processos em suas carreiras, o qual deve ser sempre apresentado a outros para avaliação. Tem
sido progressivamente introduzido como um novo instrumento para avaliação no ensino médico,
quanto em reavaliação profissional.
Os benefícios de um aprendizado baseado em portfólio incluem:
• Reconhecer e encorajar o aprendizado autônomo e autorreflexivo;

• Basear-se na experiência real do aluno, facilitando a conexão entre teoria e prática;

• Permitir variação nos estilos de aprendizagem, a serem utilizados segundo a preferência do


aluno;
• Permitir avaliação dentro de uma rede de critérios e objetivos de aprendizagem;

• Poder acomodar evidências de aprendizado numa variedade de diferentes contextos;


• Permitir avaliação formativa e somativa, baseada em objetivos de aprendizado externos ou
autodeterminados;
• Fornece um modelo de aprendizado perene para contínuo desenvolvimento profissional.

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Objective Strutured Clinical Examinition – OSCE
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Mini-CEX (Mini Clinical Evaluation Exercise)

É um método de observação direta da prática profissional mediante uma ficha estruturada


e com feedback imediato ao estudante. Utilizando pacientes reais em vários momentos e por vários
observadores.
O tempo médio entre a observação e o feedback são 30 minutos.
Está indicado para avaliar as seguintes competências: Habilidade de entrevista clínica; Habilidade
de Exame físico; Profissionalismo; Raciocínio clínico; Habilidade de comunicação.

Avaliação estruturada - com instrumento tipo checklist


Consiste em verificar diferentes subitens ou passos que compõem a competência avaliada
por meio de ação ou comportamento observável. As opções de resposta desta forma de avaliação
(checklist) são S (sim) ou N (não); ou opções que indicam se a atividade foi exercida
completamente (completa, parcial ou ausente) ou corretamente (total, parcial ou incorreta).
São documentados o uso de checklist na avaliação de competências, tais como cuidado com
o paciente (história clínica, realizar exame físico e procedimentos) e habilidades nas relações
interpessoais e de comunicação. Podem também ser usados para autoavaliação de aprendizagem
baseada na prática. São mais utilizados para prover feedback em “performing a task”.
O desenvolvimento de um checklist requer consenso entre os avaliadores quanto ao
comportamento esperado, ações a serem desenvolvidas, a sequência e os critérios para avaliar o
desempenho. Requer treinamento dos avaliadores para observar o desempenho e o tempo esperado
para a realização da atividade.

Conceito global (global rating)


Em geral, a competência clínica tem sido avaliada pelos docentes por meio de uma nota de
conceito, porém esta avaliação na maioria das vezes é subjetiva e está sujeita a erros.
A literatura oferece como alternativa à nota de “conceito”, o conceito global (global rating),
utilizado quando se deseja avaliar de maneira retrospectiva, categorias gerais ao invés de
comportamentos específicos. O instrumento de avaliação quando construído adequadamente pode
ser uma alternativa válida, confiável e viável na avaliação de competências clínicas de estudantes
de graduação no ambiente clínico.
Desta maneira, há necessidade da construção de um instrumento que contenha itens
claramente especificados, que reflitam a combinação de atributos necessários ao bom desempenho

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Objective Strutured Clinical Examinition – OSCE
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profissional. O conceito global deve contemplar itens como qualidade da história, exame clínico,
conhecimento médico, julgamento clínico, solução de problemas, hábitos e organização do
trabalho, comunicação e relacionamento com pacientes e familiares, respeito, capacidade de
autorreflexão, percepção do contexto, interação com colegas, com docentes e com demais
profissionais.
O aluno deve ser avaliado por diversos docentes, utilizando escala do tipo Likert, com
descritores explícitos nas extremidades inferiores e superiores. A nota final seria a média das notas
recebidas em cada um dos itens do instrumento.
As limitações atribuídas ao método são ao avaliar o todo, o docente perde a visão dos
distintos comportamentos ou habilidades que o compõem, outra limitação é que o índice geral tem
baixo valor formativo, pois fornece pouca ou nenhuma informação que possa ser usada como
feedback.
Apesar das limitações o uso de um instrumento cuidadosamente elaborado permite ao
docente expressar sua percepção global dos alunos de maneira mais objetiva e quando em
combinação com outros métodos de avaliação oferece informações valiosas para os estudantes,
avaliadores e coordenadores de disciplinas.

OSCE (Objective Structured Clinical Examination)


Consiste na observação de componentes de um atendimento clínico simulado. Utiliza-se
uma sequência estações de avaliação com duração média de 10 minutos, onde as habilidades são
testadas através de tarefas específicas.
As competências fundamentais a serem avaliadas em cada estação são: Comunicação e
interação com pacientes e familiares; Entrevista médica - tomada da história clínica; Exame físico
geral e especial; Raciocínio clínico e formulação de hipóteses; Proposição e execução de ações;
Orientação e educação do paciente.

Avaliação 360º
Consiste em obter informação de múltiplas fontes que circundam a esfera de influência do
estudante, sobre seu desempenho em diferentes tarefas. A avaliação 360º completa inclui avaliação
dos superiores, pares, subordinados, pacientes e familiares. Muitos avaliadores utilizam um
questionário para colher as informações sobre o desempenho individual nos vários tópicos
(trabalho em equipe, comunicação, plano terapêutico, tomada de decisões).

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Objective Strutured Clinical Examinition – OSCE
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Utiliza-se, ainda, uma escala para medir com que frequência o comportamento é
observado. Este método de avaliação é mais acurado quando a intenção é dar feedback formativo
mais do que avaliação somativa. Pode ser utilizado para avaliar as competências gerais de
acadêmicos no que se refere às habilidades interpessoais e de comunicação, profissionalismo, e
alguns aspectos de cuidado ao paciente e prática baseado em sistemas. É uma excelente opção para
as atividades na comunidade.

Avaliação Prática no Curso de Medicina – OSCE

O Exame Clínico Estruturado e Objetivo (Objective Structured Clinical Examination) foi


desenvolvido em 1975, na Escócia, por Harden e colaboradores. O objetivo da criação desse
método de avaliação é permitir avaliar habilidades clínicas específicas que são difíceis de serem
analisadas em provas convencionais escritas. A organização característica desse tipo de prova é
por estações onde o aluno percorre diversos temas e, nas quais, ele deve executar comando ou
tarefa em um tempo pré-determinado e cronometrado. Em cada estação, o discente é confrontado
com diferentes tarefas, referentes ao exame clínico, diagnóstico, tratamento e orientação durante o
atendimento em situação simulada.

É considerado um método válido e fidedigno. Possui relevante impacto educacional, já que


conta com a realização de devolutiva (feedback). Possibilita o aprendizado ativo e avalia
competências clínicas essenciais, como atitudes/comportamento, relação médico-paciente,
habilidades de comunicação, assim como habilidades técnicas. As estações podem avaliar
habilidades de diferentes níveis de complexidade.

Como o exame é organizado?

No Curso de Medicina da Universidade Federal de Jataí, os exames de OSCE acontecem


do quinto ao oitavo períodos, em datas pré-estabelecidas e distintas para cada turma. Podem ter
quatro ou cinco “estações” com checklist de habilidades para avaliações, relacionadas com temas
e tarefas previamente escolhidas pelos professores para serem trabalhadas. Cada estação será
realizada em uma sala própria, sendo acompanhada por docentes diferentes.
Ocorrem duas estações de cada tema de forma simultânea, assim cada estação é replicada
uma vez. Os professores buscam diversificar os cenários de atuação e os enfoques, garantindo
enfoques diferentes em cada estação, por exemplo: anamnese e exame físico, interpretação de

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exames e elaboração de hipóteses diagnósticas, diagnóstico e conduta, conduta e orientação ao


paciente, comunicação de más notícias e outros.
Os professores de cada estação montam o cenário que tem o caso colocado na mesa da sala,
e o aluno tem em média 10 minutos para realizar a leitura e a tarefa designada.
Em cada estação pode ser solicitado ao aluno, a condução de uma história clínica, a
realização de um exame físico ou um procedimento que envolva uma habilidade da prática médica
de acordo com os conteúdos estudados. Também podem ser solicitadas informações sobre hipótese
diagnóstica do paciente, interpretação e solicitação de exames complementares ou tratamento a ser
instituído.
Os professores tem a possibilidade de usar pacientes reais, simulados, atores, bonecos e
moldes do laboratório de habilidades médicas, recursos didáticos com imagens ou vídeos. Quando
o tempo se esgota, é emitido um sinal sonoro e o aluno se desloca para próxima estação.
Inicialmente, os alunos avaliados se posicionam em frente à porta das respectivas estações,
onde estão afixados nas mesas os comandos. Todo o trajeto em que os alunos participam é marcado
com sinalização e setas de identificação e comandos de direção. O aluno, após o sinal sonoro,
adentra a sala e executa o comando, na presença do examinador, que preenche a ficha de avaliação,
no formato de checklist, com base em suas observações.
No final, o docente pode fazer observação/comentário sobre o desempenho do estudante,
que pode ser útil na orientação individual posterior, visando ao aprimoramento da formação. O
estudante tem em média dez minutos para realizar as tarefas, evitando qualquer comunicação com
o examinador. Os itens a serem avaliados são previamente elaborados, para que o exame
transcorra conforme previsto e a avaliação seja objetiva. Da mesma forma, os pacientes simulados
são previamente treinados para a correta exibição do quadro clínico ao aluno e para a interação
adequada. As estações podem utilizar bonecos, macas e quaisquer materiais necessários à
execução dos procedimentos propostos.
Ao final da avaliação, é realizada a devolutiva, com discussão de todos os casos,
esclarecendo o desempenho esperado e as dúvidas.

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Exemplo de caso na estação de Clínica Médica/Anestesiologia e Dor:

ORIENTAÇÃO AO ALUNO

CENÁRIO Você é o médico plantonista do pronto socorro de um hospital.

CASO JS, homem de 78 anos, há 1 semana sofreu trauma no joelho direito,


há 3 dias refere falta de ar e cansaço fácil, além de febre alta, calafrios
e dor em hemitórax Esquerdo (ventilatório dependente). Ao exame
encontra-se alerta, ansioso, taquidispnéico (FR 40 irpm, tiragem
intercostal e cervical), com SaO2 de 90%, extremidades quentes e bem
perfundidas (PaO2 na gasometria arterial de 58 mmHg e PaCO2 de
10, pH: 7,12), hemodinamicamente instável (PA: 80x50 mmHg), sem
drogas vasoativas. Foi decidido por intubação.

TAREFA Você terá 08 minutos para realizar o procedimento de intubação:


Realize a intubação do paciente solicitando todo material/
equipamento necessário para garantir a sua segurança e a do paciente.
Monte o laringoscópio com a lâmina apropriada para intubação de seu
paciente e escolha a cânula orotraqueal mais indicada para a intubação.
Realize a pré-oxigenação do paciente de forma correta indique a fração
inspirada de oxigênio que você pretende oferecer a seu paciente antes
da intubação? Cite as três classes de fármacos que utilizará para
intubar seu paciente
Intube seu paciente com a técnica adequada e faça todos os cuidados
pós-intubação para garantir a boa ventilação.
Qual a monitorização poderá ser acrescentada após a intubação de seu
paciente?

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CHECKLIST PARA AVALIAÇÃO NA ESTAÇÃO


Aluno: Turma:
Avaliador:

Respostas corretas Não Realizado Realizado


Realizado Parcialmente Adequadamente
(0,0) (0,5) (1,0)
1. Colocou os equipamentos de proteção individual
(luva, máscara, óculos, gorro, capote/jaleco). Sim
(todos): 1,0 Sim (pelo menos três): 0,5 Um ou
nenhum: 0,0
2. Monitorização adequada?
(Monitor cardíaco, pressão arterial não invasiva,
oxímetro de pulso). Todos: 1,0 Dois: 0,5 Um ou
nenhum: 0,0
3. Solicitou (Aspirador, Acesso venoso, Oxigênio,
Máscara e Ambu). Todos: 1,0 Dois: 0,5 Um ou
nenhum: 0,0
4. Montou o laringoscópio corretamente e Escolheu a
lâmina adequada? Escolheu o tubo orotraqueal
adequado? Sim, para os três: 1,0 Parcial, apenas dois:
0,5 Um ou nenhum: 0,0
5. Realizou a pré-oxigenação de forma adequada por 3
a 5 min e com FiO2= 100% (1,0)
6. Hipnótico (etomidato, midazolam), Opioide
(fentanil) e bloqueador neuromuscular (succinilcolina).
Todos: 1,0 Dois: 0,5 Um ou nenhum: 0,0
7. Realizou a técnica de intubação com laringoscopia
(segurando o laringoscópio com mão esquerda,
entrando pela comissura labial direita, centralizando,
visualizando a epiglote, posicionando a extremidade
do laringoscópio na valécula, elevando a epiglote,
visualizando a corda vocal e introduzindo o tubo
orotraqueal). SIM:1,0 PARCIAL: 0,5 NÃO:0,0
8. Orientou ou insuflou o balonete do tubo
orotraqueal SIM:1,0 NÃO:0,0
9. Identificou o correto posicionamento do tubo
orotraqueal (auscultou o epigástrio, bases e ápices de
ambos os pulmões, Rx de Tórax). Sim (todos): 1,0
Parcial (pelo menos um): 0,5 Não: 0,0
10. Monitor de Capinografia (capnógrafo) –
Sim: 1,0 Não: 0,0
TOTAL

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Etapas previstas de Elaboração – OSCE

• Escolha das habilidades a serem avaliadas, bem como os objetivos de aprendizagem;


• Elaboração da tarefa;
• Preparação do material: elaborar as instruções para o aluno sobre a tarefa a ser .realizada
(mesa); O texto deve ser conciso e claro;
• Organizar material de apoio;
• Material legível (exames, radiografias), reprodutível (estações simultâneas);
• Elaborar as instruções para o ator ou atriz;
• Elaboração do checklist;
• Orientações à equipe e divulgação de local e salas;
• Demarcar locais, preparar material impresso, organizar o tempo;
• Preparação espaço físico;
• Treinamento dos atores, estabelecimento de confidencialidade;
• Orientar os alunos, professores e todos os envolvidos.

Contextualização do OSCE na Avaliação Geral do aluno

Calendário previsto de realização do OSCE – 2023.1

5º Período 11/ 11/ 2023


6º Período 18/ 11/ 2023
7º Período 25/ 11/ 2023
8º Período 02/ 12/ 2023

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Posição prevista de organização das salas (Modelo)

Orientações aos alunos antes do OSCE

• Estudar os temas considerando possíveis checklist a serem solicitados.

• Estudar de forma estruturada valorizando o raciocínio clínico (sinais e sintomas


semiológicos, diagnóstico sindrômico e etiológico, exames complementares, diagnóstico
diferencial e tratamento).
• Considerar no estudo os diagnósticos diferenciais: Ao estudar os sintomas-alvo
apresentados, faça uma lista dos possíveis diagnósticos diferenciais. Por exemplo: Se o cenário
do OSCE for um paciente de 68 anos com quadro de dispneia, o aluno pode pensar em quais
órgãos ou sistema que podem estar levando ao sintoma – É respiratório (ventilação/perfusão
ambos? Pneumonia?), cardiovascular (Insuficiência Cardíaca Congestiva), metabólico
(Acidose metabólica), muscular (distrofias), hematológico (anemia), neurológico (tumor no
centro respiratório).
• Exame Físico: Fazer um checklist estruturado para realização do exame físico.

• Procurar seguir um padrão constante ficando mais fácil de memorizar.

• Praticar com os colegas de sala: Faça estações, e simulações, treine o raciocínio clínico.
• Saúde mental deve ser estudada e explorada. É importante conhecer bem o exame do estado
mental. Também deve dar atenção na relação médico paciente e nas habilidades de

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comunicação. O quadro comportamental pode estar presente não só nas estações de psiquiatria,
mas também em estações clínicas.

Orientações aos alunos para o dia do OSCE

O exame terá início às 07h00min. O aluno deve vestir-se formalmente, portar materiais
básicos, documento de identificação com foto e chegar no horário marcado. Ao entrar no cenário,
deve- se priorizar inicialmente a leitura ou instrução da estação. Descobrir a (s) palavras-chave dos
cenários podem facilitar a execução do exame.

Dependendo do exame, podem existir até 05 estações e 02 salas de espera. Uma sala de espera
anterior e outra posterior às estações, onde os discentes só poderão se ausentar de ambas mediante
autorização do professor ou responsável pela coordenação do exame. Durante o percurso das estações
não será permitida a ida ao banheiro.
Não é permitido portar aparelhos eletrônicos e materiais didáticos no interior das salas
de espera e estações. O discente que for surpreendido com algum tipo desses materiais terá a
avaliação cancelada e atribuída nota zero, sem direito à realização de segunda chamada. O Curso,
bem como a coordenação do exame, não se responsabiliza por materiais pessoais dos alunos.
As atividades no interior das estações deverão acontecer sem qualquer consulta bibliográfica
e o silêncio deve ser mantido nas salas de espera.
Ao entrar nas estações, o discente deve entregar ao avaliador o documento de identificação
pessoal. Cada estação terá a duração de 08 minutos. Para início e término das atividades dentro das
estações será emitido um aviso sonoro que deve ser rigorosamente respeitado. Será emitido um sinal
durante a realização da estação indicando o tempo restante de 01 minuto.
Não será permitida a entrada de discentes após o início da avaliação. Em caso de atrasos o
discente deverá fazer o requerimento de segunda chamada na coordenação do curso, passível de
análise de acordo com a justificativa, podendo o pedido ser deferido ou não.
Não se esqueça de higienizar as mãos antes de examinar os pacientes, apresentar- se e indicar
o procedimento que irá realizar para o paciente real ou simulado.
A avaliação considera os conhecimentos cognitivos apresentados sobre o caso, habilidades
médicas, competências e atitudes. Mantenha- se calmo, com uma boa postura, contato visual com
fala amiga e não de confronto.

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Orientações aos professores e aos examinadores

A grande complexidade desse exame está no preparo, na formulação e na seleção de


casos e situações. Além disso, é necessário observar o treinamento de pacientes simulados e
a disponibilidade e organização do espaço. É importante, ainda, instruir o examinado, elaborar
um checklist, e planejar atividades que contemplem, por exemplo, eventual atraso ou ausência
de um dos pacientes ou de examinadores, ou falta de materiais necessários e outros. Assim, a
lista de material utilizado deve ser elaborada com antecedência e deve-se certificar que
todos ositens estarão disponíveis no momento do exame.
Dentre as dificuldades para a realização, está a disponibilidade de docentes
avaliadores para todas as estações. Dessa forma, todos devem ser agendados com
antecedência e é ideal que se tenha concordância por escrito, um e-mail, por exemplo. Isso
porque a aplicação do exame requer capacitação, disponibilidade e motivação superiores às
exigidas pelos métodos avaliativos tradicionais. A pontualidade é essencial, pois devido ao
rodízio nas diversas estações, o exame somente tem início quando todos os examinadores
estão presentes.
Os professores não devem passar quaisquer informações aos alunos nem antes, nem
durante a realização do exame. A imparcialidade do avaliador é indispensável para o sucesso
da avaliação. O padrão de resposta aceitável deve ser bem detalhado e abrangente, levando
em consideração o conteúdo ministrado em sala de aula e as competências exigidas aos
alunos.

Conversar com os alunos é sempre muito importante. Entre eles, esse exame é tido
como alto nível de desafio, provocando grande ansiedade. É relevante despertar sempre nos
discentes, o cuidado em reconhecer que os problemas de saúde, no mundo real, apresentam-
se cada vez mais complexos e indeterminados. Nesse sentido, os alunos devem estar
preparados para tomar decisões rápidas, sob condições de incerteza, para lidar com a
ambiguidade, com a complexidade, os conflitos de valores, que quase sempre escapam à
racionalidade técnica. É nessa interação com situações simuladas que o docente e o próprio
estudante podem avaliar fragilidades, corresponsabilidades e repensar o processo de ensino-
aprendizagem.

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Orientações gerais sobre documentos e prazos

Os casos clínicos, checklists e solicitações devem ser enviados exclusivamente por e-mail,
para habilidadesmed@ufj.edu.br

O e-mail deve ser encaminhado com 72 horas de antecedência, a saber:


• OSCE quinto período (11/11/2023), até 08 de novembro de 2023
• OSCE sexto período (18/11/2023), até 15 de novembro de 2023
• OSCE sétimo período (25/11/2023), até 22 de novembro de 2023
• OSCE oitavo período (02/12/2023), até 29 de novembro de 2023
No Corpo do e-mail, deve-se informar:

1- Nome da estação

2- Professor responsável pela estação: nome completo.

3- Avaliadores: nomes completos.

4- Atores: indicacar a necessidade, ou não, e informar se masculino ou feminino.

O Centro Acadêmico ficará responsável pela seleção e indicação de atores. Para tanto, faz- se
necessário que o professor responsável pela estação faça a solictação antecipadamente.
Recomenda- se que tal necessidade seja informada à coordenação do OSCE com uma
semana de antecedência.

5- Materiais específicos: indicar a necessidade, ou não, de materiais para a execução da estação


(maca, estetoscópio, televisor, por exemplo).

Materiais que não compuserem o inventário dos laboratórios deverão ser providenciados pelo
professor responsável pela estação e entregues à coordenação do OSCE, assim como
impressões coloridadas.

Anexar ao e-mail:

1- Caso clínico.

2- Checklist.

Recomendamos que sejam utilizados os modelos apresentados neste manual e que o envio seja
em documento editável para possíveis ajustes de impressão. A coordenação do exame não fará
formatação de material.

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Referências Bibliográficas

CASTANHO, S.; CASTANHO, M. E. (Orgs.). Temas em Metodologia do Ensino Superior.


Campinas, SP: Papirus, 2001. Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico. p. 181.

GRISI, S. J. F. E. A avaliação e o processo de formação do médico. Pediatria, São Paulo, v. 26,


n. 4, 2004. p. 217-8.

LOPES, R. P. Metodologias Ativas. Anais. XII Semana de Licenciatura. IFG, 2015.

HARDEN, R. M; STEVENSON, M.; DOWNIE, W. W. Assessment of clinicave structured


examination. BMJ, v. 1, 1975, p. 447-451.

SIQUEIRA, R. B. Aprendizagem baseada em problemas: uma estratégia das sociedades de


controle. (Trabalho de Conclusão de Curso). Curso de especialização em Ativação de Processos
de Mudança na Formação Superior de Profissionais de Saúde, Fundação Oswaldo Cruz; 2006.

TIBERIO. I.; DAUD-GALLOTTI, R.; TROCON, L. E. A. Avaliação prática de


habilidades clínicas em medicina. São Paulo: Ed. Ateneu, 2012.

TRONCON, L. E. A. Avaliação de habilidades clínicas: métodos tradicionais e o modelo OSCE.


Olho Mágico. Londrina, v. 8, n. 1, p. 8-12, jan-abr. 2001.

TURNER, J. L; DANKOSKI, M. E. Objective structured clinical exams: a critical review.


Fam. Med, v. 40, 2008, p. 574-578.

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