Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Custos de Producao

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 10

Introdução

A teoria da produção e a teoria dos custos de produção constituem a teoria da oferta da firma
individual, seus princípios são importantes para a análise dos preços, do emprego dos fatores e
de sua alocação. As teorias servem de base para a análise das relações entre produção e custo de
produção. veremos neste trabalho, de que forma a tecnologia de produção, junto com os preços
dos insumos, determina o custo de produção.

Dada uma tecnologia de produção da empresa, os administradores devem decidir como produzir.
os insumos podem ser combinados de diferentes maneiras para que seja obtida
uma mesma quantidade de produto. Por exemplo, determinada quantidade de produto pode ser
produzida com muito trabalho e pouco capital, com pouco trabalho e muito capital ou com
alguma outra combinação dos dois insumos. Neste trabalho, veremos de que forma é escolhida
uma combinação ótima (ou seja, que minimiza os custos) de insumos. Veremos também de que
modo os custos da empresa dependem de sua produção e de que maneira eles podem variar com
o
decorrer do tempo.

Começamos explicando como o custo é definido e medido, fazendo distinção entre o conceito de
custo usado pelos economistas, os quais estão preocupados com o desempenho futuro da
empresa, e pelos contadores, cujo foco são os demonstrativos financeiros. Depois examinamos o
modo pelo qual as características da tecnologia de produção da empresa afetam seus custos, tanto
no curto prazo, em que a empresa pouco pode fazer para variar seu estoque de capital, quanto no
longo prazo, em que pode alterar todos os seus fatores de produção. Em seguida, mostramos de
que maneira o conceito de rendimento de escala pode ser generalizado para tratar tanto da
combinação de insumos quanto da produção de muitos produtos diferentes. Mostramos, também,
que os custos às vezes apresentam queda no decorrer do tempo, à medida que os administradores
e funcionários aprendem pela experiência e tornam o processo produtivo mais eficiente. Por fim,
mostramos como utilizar informações empíricas nas estimativas das funções de custo e na
previsão de custos futuros.
Objectivos

Objectivo Geral

Definir e explicar as variáveis utilizadas para medir custos em economia e a relação presente
entre elas, bem como seus usos e importância.

Objectivos Específicos

 Caracterizar definições básicas e conceitos relacionados a custos dentro do universo da


economia.
 Identificar a relação entre a função de produção e a curva de custo.
 Caracterizar e explicar as diversas medidas de custos e seus usos.
Custos de Produção

Conceito de Custo

O custo é o gasto econômico que representa a fabricação de um produto ou a prestação de um


serviço. Ao estabelecer o custo de produção, é possível determinar o preço de venda ao público
do bem em questão (o preço ao público é a soma do custo mais o lucro). O custo de um produto é
composto pelo preço da matéria-prima, o preço da mão-de-obra direta usada na sua produção, o
preço da mão-de-obra indireta usada para o funcionamento da empresa e o custo de amortização
da maquinaria e dos edifícios.

Custos econômicos versus custos contábeis

No nível microeconômico, a diferença entre custos contábeis e custos de oportunidade pode ser
apresentada como se segue:

Custos contábeis: são despesas efetivas mais despesas com depreciação de equipamentos.
Custos econômicos: são custos incorridos pela empresa ao usar recursos econômicos na
produção (inclusive custos de oportunidade).
Custos de oportunidade: são custos associados às oportunidades deixadas de lado, caso a
empresa não empregue seus recursos da maneira mais rentável.

Custos totais de produção

total das despesas realizadas pela firma a partir da combinação mais econômica dos fatores que
resultará em determinada quantidade de produto.

 Custos variáveis totais (CVT): parcela dos custos totais, que dependem da produção e
por isso muda com a variação do volume de produção. Representam as despesas
realizadas com os fatores variáveis de produção (custos diretos), como folha de
pagamentos, despesas com matérias-primas etc.
CVT= f(q)
 Custos fixos totais (CFT): parcela dos custos totais que independe da produção,
decorrentes dos gastos com fatores fixos de produção (custos indiretos), como aluguéis,
depreciação etc.
 Custo Total (CT): é a soma do custo variável total com o custo fixo total.
C T = CV T + C F T
 Custos irreversíveis: são despesas realizadas que não podem ser recuperadas.

Exemplo 1: Custos fixos, variáveis e irreversíveis: computadores, software e pizzas.

 No caso de computadores pessoais, a maior parte dos custos é variável.


 No caso de software, a maior parte dos custos é irreversível.
 No caso da fabricação de pizza, os custos fixos são os componentes de custo mais
significativos.

O custo total CT só varia com o custo variável total CVT, que depende da quantidade produzida.
Notamos que, até certo ponto, as curvas CT e CVT crescem, mas a taxas decrescentes, para
depois crescer a taxas crescentes. Significa que, dada certa instalação fixa, no início, o aumento
de produção dá-se a custos declinantes. Contudo, um aumento maior de produção começa a
“saturar” o equipamento de capital (suposto fixo a curto prazo) e os custos crescem a taxas
crescentes.

No fundo, é a lei dos rendimentos decrescentes do lado dos custos (aqui, mais apropriadamente
chamada de lei dos custos crescentes). Isso ocorre, justamente, pelo fato de os custos serem um
“reflexo no espelho” da produção. Assim, produtividades crescentes estão associadas com custos
decrescentes, e vice-versa.

Custo Médio e Custo Marginal


Divisão da análise dos custos de produção:
 custos totais de curto prazo: compostos por parcelas de custos fixos e de custos variáveis;
 custos totais de longo prazo: formados somente por custos variáveis.
Custo Marginal (CMg)

às vezes definidas como custo incremental — é o aumento de custo ocasionado pela produção de
uma unidade adicional de produto. Uma vez que o custo fixo não apresenta variação quando
ocorrem alterações no nível de produção da empresa, o custo marginal é apenas o aumento no
custo variável ou o aumento no custo total ocasionado por uma unidade extra de produto.
Podemos, portanto, expressar o custo marginal da seguinte forma:

CMg = ∆CV/∆q = ∆CT/∆q

Custo Total Médio (CTMe)

Custo total médio, ou simplesmente custo médio (CMe), é o custo por unidade de produto. O
custo total médio (CTMe) é o custo total dividido pelo nível de produção. Basicamente, o custo
total médio informa-nos o custo unitário da produção.

CFT CVT
CTMe  
q q

CT
CTMe  CFMe  CVMe 
q

Custos no Curto Prazo

Determinantes de Custos no Curto Prazo

A relação entre a produção e o custo pode ser exemplificada com os casos de rendimentos
crescentes e decrescentes.

Rendimentos crescentes e custos

Na presença de rendimentos crescentes, o nível de produção aumenta em relação ao insumo,


logo, o custo variável e o custo total caem em relação à produção.

Rendimentos decrescentes e custos

Na presença de rendimentos crescentes, o nível de produção diminui em relação ao insumo, logo,


o custo variável e o custo total aumentam em relação à produção.
Custos a Longo Prazo

O longo prazo é um período de tempo no qual todos os insumos são variáveis. Não existem
custos fixos: todos os custos são variáveis. Deve ser observado que o longo prazo é um horizonte
de planeamento e não o que está sendo efetivamente realizado. Na verdade, é uma sequência de
situações prováveis de curtos prazos: os empresários têm um elenco de possibilidades de
produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanhos), que eles podem
escolher. Por exemplo, antes de fazer um investimento, a empresa está numa situação de longo
prazo: o empresário pode selecionar qualquer uma das alternativas. Depois do investimento
realizado, os recursos são convertidos em equipamentos (capital fixo) e a empresa opera em
condições de curto prazo. Portanto, um agente econômico opera a curto prazo e planeja a longo
prazo.
Linha De Isocusto

o custo de produção associado ao aluguel de fatores, que pode ser representado por linhas de isocusto de
uma empresa. Uma linha de isocusto inclui todas as possíveis combinações de trabalho e capital que
podem ser adquiridas por determinado custo total. Para visualizar uma linha de isocusto, lembre-se de que
a curva de custo total, C, para a produção de qualquer produto específico é obtida por meio da soma dos
custos da empresa referentes ao trabalho, wL, e ao capital, rK:

C = wL + rK

Para cada nível diferente de custo total, a equação apresenta uma linha de isocusto diferente. Por
exemplo, na figura a seguir, a linha de isocusto C0 descreve todas as possíveis combinações de trabalho e
capital que podem ser adquiridas com um valor igual a C0.
As curvas de isocusto descrevem as combinações de insumos de produção que custam o mesmo
montante para a empresa. A curva de isocusto C1 é tangente à isoquanta q1 no ponto A e mostra
que o produto q1 pode ser produzido ao custo mínimo com L1 unidades de insumo trabalho e K1
unidades de insumo capital. Outras combinações de insumos — L2, K2 e L3, K3 — fornecem a
mesma produção, mas a um custo maior.

Economias e Deseconomias de Escala

Economias de escala: ocorrem quando o custo total médio de longo prazo diminui quando a
produção aumenta.

Deseconomias de escala: ocorrem quando o custo total médio de longo prazo aumenta quando a
produção aumenta.

Retornos de escala constante: ocorrem quando o custo total médio de longo prazo não se altera
quando a produção aumenta.
Equilíbrio do Produtor

Tal como ocorre com o equilíbrio do consumidor, o equilíbrio do produtor ocorrerá no ponto em
que a empresa seja capaz de “compatibilizar” o menu de alternativas dado pela tecnologia com o
menu dado pelos preços dos fatores de produção; em outras palavras, no ponto no qual a empresa
seja eficiente do ponto de vista econômico. Essa maximização do lucro pode ser vista de duas
formas, o que se conhece como “dualidade do problema” da firma:

 maximização da produção;
 minimização dos custos.

Você também pode gostar