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Lei Das Lentes

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS

E CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

FÍSICA EXPERIMENTAL III

RELATÓRIO SIMPLIFICADO

EXPERIÊNCIA Nº05

LEI DAS LENTES

Membros do grupo:
Jaciane Calheiros- 20210161
Miriam Sow- 20210325
Francisca Silvestre-
Niria Paulo- 20210040
Curso: Engenharia de Produção Industrial
Turma: EPI3-T4

LUANDA
2023
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS
E CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

RELATÓRIO SIMPLIFICADO

LEI DAS LENTES

Curso: Engenharia de Produção Industrial


Turma: EPI3-T4

Docente:
Anselmo Gomes Tomás

DATA DE REALIZAÇÃO DO TRABALHO: 06/04/2023


Índice
1. Introdução....................................................................................................6

3. INSTALAÇÃO EXPERIMENTAL..........................................................19

4. Tratamento de dados..................................................................................23

5. Resultados e Discussão..............................................................................26

6. Conclusão..................................................................................................28

7. Anexos.......................................................................................................29

8. Bibliografia................................................................................................32
5

Lista de Símbolos e Abreviaturas


-Grandezas:
f s- distância focal
f - distância focal
∆ f -desvio padrão da distância focal
f m−¿¿ distância focal média
G - altura do objecto
g- distância entre a lente e o objecto
∆ g - desvio padrão da distância entre a lente e o objecto
gm −¿ distância média entre a lente e o objecto
b m−¿ distância média entre a lente e o objecto
B- altura da imagem do objecto
b - distância entre a lente e a tela
∆ b−¿ desvio padrão da distância entre a lente e a tela
d - distância
m - ampliação
6

1. Introdução
O Presente trabalho retrata uma experiência realizada no laboratório do ISPTEC
( Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências), no dia 6 de abril de 2023,
com o tema: “Lei das lentes”. As lentes são dispositivos ópticos que funcionam por
refração da luz e são muito utilizadas no nosso dia a dia, como nos óculos, nas lupas,
nas câmeras fotográficas, nas filmadoras e em telescópios. O material que as constitui
normalmente é o vidro, mas o plástico também pode ser utilizado. As principais
características desses dispositivos são a transparência e a superfície esférica. Não se tem
certeza de quando é que foram criadas as primeiras lentes, mas já no século VIII a.C
existia um cristal de rocha com propriedades de ampliação da imagem. (Teixeira, 2023)
A experiência em questão tem como objectivo geral:
 Comprovar as leis associadas a passagem da luz (refração) em lentes;
e como objetivos específicos:
 Analisar o comportamento das imagens do objecto em lentes diferentes
 Determinar o comprimento focal através do método de Bessel.
Nos problemas de visão, podemos usar lentes convergentes para hipermetropia
ou divergentes para miopia. As lentes de contato tem a mesma finalidade que as dos
óculos e são importantes, inclusive na correção de certas doenças. A lupa ou lente de
aumento é uma lente convergente, usada para ampliar a visão de um objeto. Entender
como ocorrem esses fenómenos (como as lentes funcionam e como a luz actua sobre as
lentes) é muito importante até para descobrir novas aplicações das mesmas e poder criar
novos instrumentos que podem facilitar o nosso dia-a-dia.
7

2. Revisão Bibliográfica
A luz é um tipo de onda eletromagnética visível, formada pela propagação em
conjunto de um campo elétrico e um magnético. Como é característico da radiação
eletromagnética, a luz pode propagar-se através de diversos meios e sofrer alterações de
velocidade ao passar de um meio de propagação para outro. No vácuo, a luz possui
velocidade máxima equivalente a 3 × 108 m/s. E a esta onda estão associados diversos
fenómenos entre os quais destacamos a Refração.
2.1 Refração da luz
A refração da luz ocorre quando a luz atravessa a interface entre dois meios
ópticos e transparentes, como ar e água. Quando isso acontece, a velocidade de
propagação da luz muda, uma vez que essa velocidade depende de uma característica de
cada meio óptico chamada de índice de refração absoluto. (Helerbrock, Refração da luz,
2023)
O índice de refração absoluto é uma grandeza adimensional, isto é, uma
grandeza que não tem unidade de medida, calculada pela razão entre a velocidade da luz
no vácuo e a velocidade da luz naquele meio, descrito na seguinte fórmula:

c
n=
ν
Fórmula do índice de refração absoluto (1).

n – índice de refração absoluto


c – velocidade da luz no vácuo (c ≈ 3,0.108 m/s)
v - velocidade da luz no meio (m/s)

Uma vez que não existe qualquer meio óptico em que a luz se propague mais
rapidamente que no vácuo, o índice de refração absoluto é sempre maior ou igual a 1.
A refração da luz sempre ocorre quando o índice de refração relativo entre dois
meios é diferente de 1. A fórmula do índice de refração relativo é:

ν1 n1
n1 , 2 = ou n1 , 2 = (2)
ν2 n2

Onde:
8

n1 , 2 – índice de refração relativo dos meios 1 e 2;


n1 e n2 – índice de refração do meio de origem e do meio de destino da luz,
respectivamente;
ν 1 e ν 2 – velocidade de propagação da luz no meio em que a luz emerge e
imerge, respectivamente.

Diferentemente do índice de refração absoluto, que mede a relação entre a


velocidade da luz naquele meio e a velocidade da luz no vácuo, o índice de refração
relativo mede a relação entre as velocidades de propagação da luz nos dois meios e, por
isso, pode assumir valores maiores ou menores que 1.
A mudança de velocidade da luz que atravessa do meio 1 para o meio 2 pode
ocasionar o surgimento de um deslocamento lateral do feixe de luz. Essa mudança
acontece se o raio de luz em questão, incidir perpendicularmente à superfície (90º), na
mesma direção da reta normal ao plano. A reta normal, por sua vez, é usada como
referência para as medidas dos ângulos de incidência e refração, como mostramos na
figura a seguir

Figura 1: Refração da luz em dois meios.


Fonte: Página Brasil escola

θi e θr – ângulos de incidência e refração

n1 e n 2 – índice de refração dos meios 1 e 2.

Outro fato importante sobre a refração da luz diz respeito à dependência entre o
índice de refração e a frequência da luz incidente. A mudança de velocidade da luz
9

depende, dentre outros fatores, da “cor” da luz: quanto maior é a frequência da onda
luminosa, menor é o índice de refração absoluto do meio. É por esse motivo que a luz
branca se dispersa em múltiplas faixas coloridas ao atravessar um prisma: cada uma de
suas componentes tem um índice de refração específico e isso faz com que cada uma
delas sofra uma mudança de direção específica.
Um raio de luz é uma linha orientada que representa, graficamente, a direção e o
sentido de propagação da luz. Um conjunto de raios de luz constitui um feixe de luz.

2.1.1 Leis da refração


Depois de conhecermos os conceitos principais da refração, podemos entender
como funcionam as leis da refração:

1ª lei da refração
A primeira lei da refração afirma que os raios de luz incidente e refratado, bem
como a reta normal, são retas coplanares, isto é, devem estar contidas no mesmo plano.

Figura 2: Refração da luz em dois meios.


Fonte: Página Brasil escola

2ª lei de refração – Lei de Snell-Descartes


A segunda lei da refração, também conhecida como lei de Snell-Descartes, é
usada para calcular o desvio angular sofrido pelo raio de luz refratado. De acordo com
essa lei, a razão entre os senos dos ângulos de incidência e refração é igual à razão entre
as velocidades da luz nos meios incidente e refratado, respectivamente.
n1 sin θ1=n 2 sin θ2
Fórmula: lei de Snell-Descartes (3)
2.2 Lentes
10

As lentes são dispositivos empregados em um grande número de instrumentos


muito conhecidos, como óculos, máquinas fotográficas, microscópios, lunetas etc.
Como você já deve ter observado, uma lente é constituída por um meio transparente,
limitado por uma ou mais faces curvas, que normalmente são esféricas. Este meio é, em
geral, o vidro ou algum plástico, mas poderia ser até mesmo a água ou o ar.
Em nossos estudos, desconsideraremos o caminho percorrido pelos raios de luz
dentro das lentes, fazendo com que elas sejam tão finas quanto desejarmos. Chamamos
esse tipo de lentes de lentes delgadas.
Lentes convergentes
Uma lente convergente é aquela onde todos os raios que nelas incidem
convergem para um mesmo ponto, denominado foco.

Figura 3: feixe de raios paralelos refratados por uma lente convergente.


Fonte: Trabalho de Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

As lentes convergentes têm sempre um lado convexo, sendo os tipos mais


comuns:
 Biconvexas: são aquelas que têm duas partes convexas;
 Plano-convexas: são aquelas em que um lado é plano e outro, convexo;
 Côncavo-convexas: são aquelas cujo um dos lados é côncavo e o outro, convexo.

Figura 4: exemplos de lentes convergentes.


11

. Fonte: Trabalho de Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Como podemos perceber, essas lentes possuem o centro mais largo que as
bordas, que são estreitas. Cada lado convexo de uma lente convergente possui seu
próprio foco, assim uma lente biconvexa tem dois focos. Um comportamento curioso de
uma lente convergente é que ela muda de tipo quando está imersa em algum meio cujo
índice de refração é maior do que o material que a lente é feita, tornando-se assim uma
lente divergente.

Lentes divergentes

Ao contrário do que ocorre nas lentes convergentes, os raios luminosos que


chegam a uma lente divergente incidem para pontos distintos do espaço. Quando
traçamos o prolongamento dos raios refratados, percebemos que eles se encontram em
certo local. É nesse ponto que está o foco da lente divergente. As lentes divergentes
sempre têm um lado côncavo, sendo o responsável pela divergência dos raios
luminosos. Analogamente às lentes biconvexas, as lentes bicôncavas também possuem
dois focos. Uma característica comum é que as lentes divergentes possuem os centros
mais estreitos que as bordas.
Há 3 tipos de lentes divergentes:
 Bicôncava: Nesse tipo de lente esférica as duas faces são côncavas.
 Plano Côncava: Nesse tipo de lente esférica uma das faces é plana e a outra face
é côncava.
 Plano Convexa-Côncava: Nesse tipo de lente esférica uma das faces é côncava e
a outra face é convexa.
12

Fig. 5: exemplos de lentes convergentes.

Fonte: Trabalho de Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Formação de imagens nas lentes esféricas


As lentes esféricas podem ser do tipo convergente, que focalizam a luz
incidente em um ponto único, ou divergente, que espalham os raios de luz incidentes.
As propriedades das lentes podem variar dependendo do meio em que estão
inseridas. Em meios no qual o índice de refração é menor que o da lente, como o ar,
para lentes de vidro e acrílico, as lentes podem convergir ou divergir a luz.
As lentes convexas convergem a luz, ou seja, são capazes de redirecionar todos
os raios de luz para um único ponto. Já as lentes côncavas divergem a luz, ou seja, são
capazes de redirecionar os raios de luz para diferentes pontos.

Figura 6: 1. Lente convexa: converge a luz. 2. Lente côncava: diverge a luz.


13

1.1 Elementos geométricos das lentes


esféricas

No estudo das lentes esféricas, é definido um sistema óptico,


independentemente de a lente ser côncava ou convexa, para identificar seus
elementos geométricos, sendo eles:

 Centro óptico (O);

 Foco principal do objeto (F);

 Foco principal da imagem (F’);

 Ponto antiprincipal do objeto (A);

 Ponto antiprincipal da imagem (A’).

Figura 7

O centro óptico (O) da lente fica exatamente em seu centro geométrico. A


distância do centro até o foco é chamado de distância focal (f) e essa distância tem o
mesmo valor da metade do raio da lente (R/2). Já a distância do centro óptico até o
ponto antiprincipal (A) é conhecido como raio de curvatura (R).
A linha que traça esses pontos é o eixo de simetria para definir o referencial de
Gauss, que indica se os valores encontrados para cada ponto será positivo ou negativo.
Para essa convenção de sinais, determina-se que:
qualquer ponto que esteja acima e/ou à direita do eixo de simetria possui sinal
positivo;
qualquer ponto que esteja abaixo e/ou à esquerda do eixo de simetria possui sinal
negativo.
14

Assim acontece a formação das imagens:


Para a Lente convexa:
Objeto posicionado antes do foco antiprincipal do objeto A 0. A imagem formada
será real, invertida e menor que o objeto.

Figura 8
Fonte da imagem: mundo educação.

 Objeto posicionado no ponto antiprincipal do objeto A 0. A imagem formada será


real, invertida e do mesmo tamanho do objeto.

Figura 9
Fonte da imagem: mundo educação.

 Objeto posicionado entre o foco do objeto f 0 e o ponto antiprincipal do objeto


A0. A imagem formada será real, invertida e maior que o objeto.
15

Figura 10
Fonte da imagem: mundo educação.

 Objeto posicionado no foco do objeto f 0. Como os raios não se cruzam, não há


formação de imagem. Nesse caso, dizemos que a imagem é imprópria. Pode ser
que no infinito ela seja formada.

Figura 11
Fonte da imagem: mundo educação.

 Objeto posicionado entre o foco do objeto f 0. e o centro óptico O. A imagem


formada será virtual, direita e maior que o objeto.

Figura 12

Fonte da imagem: mundo educação.


16

Para a lente côncava:


 Todas as imagens serão virtuais, direitas e menores que o objeto

Figura 13
Fonte da imagem: mundo educação.

– Imagem real: Formada em um anteparo/superfície. Não depende do observador


para existir. Os raios de luz convergem na imagem.
– Imagem virtual: Formada pela projeção de raios de luz. Depende do
observador para existir. A imagem se localiza no ponto de onde os raios projetados
parecem divergir.
2.3.1 Equação de fabricação de lentes
A equação do fabricante de lentes é utilizada para calcular o grau, ou vergência,
de uma lente esférica. O grau da lente, nesse caso, é chamado dioptria, e sua unidade de
medida é o m-¹ ou, simplesmente, di. Portanto, quando nos referimos a uma lente de + 2
graus, essa lente apresenta uma vergência de +2 di.
O sinal que aparece à frente da dioptria indica se a lente é convergente, para o
caso de sinal positivo, ou divergente, quando o sinal é negativo. (Helerbrock, Equação
dos fabricantes de lentes, 2023)
A equação dos fabricantes de lentes é a seguinte:

f (
1 nlente
=
nmeio
−1
)(
1 1
+
R1 R2 ) (4)

Onde:
f – distância focal da lente
nlente e nmeio – índices de refração da lente e do meio
R1 e R2– raios das faces da lente
17

Os raios de curvatura R1 e R2 são os raios das calotas esféricas que dão origem às
lentes esféricas."

2.3.2 Equação de pontos conjugados


A equação dos pontos conjugados, ou equação de Gauss, nos fornece a posição e
a altura da imagem conjugada por uma lente esférica.
Em que:

1 1 1
= + (5)
f p p'

Onde:

 f : distância focal (m)


 p: posição do objeto (m)
 p’: posição da imagem (m)

2.4 Equação do método de Bessel


O método de Bessel é um método focalométrico para a determinação
experimental da distância focal de uma lente convergente.
Colocando um objeto AB e um anteparo em um banco óptico, podemos dizer
que eles serão mantidos nas posições fixas, sempre a uma distância adequada.
Suponhamos que ocorra a hipótese de duas posições distintas da lente para as
imagens do objeto fixo AB, com isso irá ocorrer uma imagem nítida no anteparo.
Considerando uma distância representada por D, onde essa é a distância
existente entre as duas posições da lente e d representa a distância do objeto até o
anteparo. (Lunazzi, 2021)
Figura 7: Representação de um objecto e um anteparo
18

Figura 14

Fonte: Página Brasil Escola

Logo:
Para a lente na posição (1), teremos:

1 1 1
p= p 1; p' =d −p 1 e + = (1)
p 1 d− p1 f

Para a lente na posição (2), teremos:

1 1 1
p= p 2; p' =d −p 2 e + = (2)
p 2 d− p2 f

Considerando as equações acima simétricas em relação a p 1 e


p2, para uma única solução de f, devemos ter: p2 = d – p1.

Logo:

p2 + p1=d (1)

p2 + p1=D (2)

Considerando (1) +(2), temos:

d+D
p2 =
2

Considerando (1) - (2), temos:


19

d−D
p1 =
2

Portanto na equação (1), temos:

1 1 1
+ =
d + D d−D f
2 2

2 2 1
+ =
d + D d−D f

2 ( d+ D )+ 2 ( d −D ) 1
=
2
d −D
2
f

Isolando f , temos:

2 2
d −D
f=
4d

Fórmula da equação de Bessel (6)

3. INSTALAÇÃO EXPERIMENTAL

Para este experimento foi preciso o uso dos seguintes elementos preparativos:

 Banco óptico: é um equipamento utilizado nos laboratórios de física para


efectuar experimentos na área da física óptica, como o estudo do comportamento
de raios luminosos que incidem sobre espelhos, prismas, olho normal, etc.
 Tela: é um elemento que cria barreira visual e física com finalidades diversas.
 Lâmpada: é um dispositivo que actua como suporte de uma ou mais luzes
artificiais e que serve para iluminar.
 Fonte de alimentação para lâmpada: dispositivo eléctrico que fornece energia a
uma carga eléctrica.
 Lente :trata-se de uma lente convergente, ou positiva e que possui o centro mais
espesso que as bordas.
20

 Lente da fonte: é um dispositivo electromagnético transparente que possui duas


superfícies, sendo uma delas pelo menos curva, quase esférica.
 Fonte de luz: é todo corpo capaz de emitir luz de uma fonte primária ou
secundária.
 Objecto: é todo e qualquer corpo que pode ser descrito pelas teorias da mecânica
clássica ou quântica e experimentada com medidas físicas.
 Paquímetro: é um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas,
externas e de profundidade de um objecto.

DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL

Com o auxílio do banco óptico, montou-se uma lente convergente de f =+100


mm entre o objecto e a tela. Em seguida, nivelou-se a tensão da fonte luminosa até 12v
para criar um feixe de luz, mantendo ela fixa em todo momento tal como o objecto em
estudo, que esteve situado na posição 20 cm do banco óptico.

Inicialmente arbitrou-se uma distância entre o objecto e tela. Com esta distância
foi possível colocar uma lente de f=+100 mm na posição “ g”, com as seguintes
medidas: 12cm,16cm e 20cm.

Figura 7: instrumentos montados para o experimento.


Fonte da imagem: laboratório de química, Isptec.
21

1: fonte de alimentação para a lâmpada, ligada a lâmpada


2: tela
Para uma melhor visualização de certos instrumentos, temos:

Figura 8
Fonte da imagem: laboratório de química, Isptec.

1: fonte de luz
2: lente
3: objecto posicionado sobre o suporte
4: lente biconvexa

PROCEDIMENTO DO EXPERIMENTO

Após toda a instalação no banco óptico e nivelação da fonte luminosa,


colocamos em prática a nossa experiência, que teve um total de 4 procedimentos
descritos abaixo:

Para a realização do primeiro experimento foi necessário implementarmos uma


distância “ g” entre o objecto e a lente em estudo com relação a lente da fonte. Movemos
a lente lentamente e observamos por meio da lente o resultado de uma projecção de uma
imagem real no fundo do globo ocular. Podemos comprovar como o nervo óptico capta
22

o sinal luminoso e o transforma em um sinal eletro-químico que se encarrega de enviar


ao cérebro as imagens captadas pelo nervo óptico de forma invertida.

Para o segundo experimento, desligamos as luzes do laboratório, tendo como


única fonte de iluminação a lâmpada ligada na fonte, permitindo a visualização do
objecto na tela. Só foram movimentadas a lente e a tela até que se obteve uma imagem
nítida, e notamos que quando o ponto objecto estava distante da lente (b=∞), os raios
incidentes eram paralelos. De forma a procurar uma imagem nítida no infinito
utilizamos a parede para a propagação dos raios que incidiam paralelamente depois da
reflexão, para um ponto “ f ” situado a uma distância R/2 do vértice da lente. Realizou-
se este procedimento 3 vezes para cada distância “ g” do objecto até a lente e calculou-se
o valor médio.

Neste terceiro experimento, utilizamos o método de várias posições e ajustamos


os valores de “ g” de acordo com uma tabela que apresentaremos mais abaixo.
Posteriormente localizamos a imagem do objecto na tela, com o auxílio de uma folha
A4 desenhamos o contorno no papel e medimos a sua altura "B" e a do objecto "G"
utilizando um paquímetro. Este procedimento foi feito para as três posições adoptadas
pela lente, medindo em cada caso, a distância da imagem “b”, e observou-se que quanto
maior fosse a distância da lente com o objecto, ao atingir o plano focal acorrerá uma
descontinuidade no comportamento da imagem na tela, ou seja, menos nítida será a
imagem.

Por último, calculamos a distância focal da lente baseando-se no método de


Bessel, que consistiu em obter uma imagem ampliada em um dos casos, e no outro,
reduzida. Para colocarmos em prática este método, foi necessário ajustar d=60 cm de
maneira a ter uma distância 4 vezes maior que a distância do foco (d > 4f). Mantemos a
tela fixa e deslocamos a lente entre o objecto e a tela para encontrar duas posições para
as quais se formou uma imagem nítida (x1 e x2 )do objecto, e para cada caso calculamos
as distâncias correspondentes.
23

4. Tratamento de dados

4.1 Exercício 1: Observação do comportamento da


imagem

Nesse primeiro exercício, foi montado os materiais segundo a configuração:

Figura 9.
Fonte da imagem: laboratório de química, Isptec.
24

Foi aproximado a lente o mais perto possível do objeto e conseguimos observar


a imagem pela lente. Movendo a lente afastando-se do objeto lentamente observamos o
aumento gradual da imagem conforme o aumento da distância, onde após uma certa
distância a imagem inverteu-se. Com essa observação conseguimos comprovar mais
uma vez que a lente é de facto convergente (mesmo já existindo outras provas, pela
mesma ser biconvexa) pois focaliza a luz incidente em um ponto único formando desse
jeito, uma imagem real.
Com essa mesma observação comprovamos propriedades das lentes esféricas
como:
Todo raio de luz que incide paralelo ao eixo principal é refratado na direção do
foco;
Todo raio de luz que incide sobre o centro óptico não sofre desvio. (Júnior,
2023)

Com a intercessão desses raios, forma-se a imagem, que pelo aumento da


imagem e a inversão da mesma, o objeto encontra-se em um ponto antes do foco
principal e a imagem é formada depois do mesmo, como é ilustrado na figura 10,
sendo ela maior que o objeto, invertida e real.

4.2Exercício 2: Determinação da distância focal ( f ¿ .


Método 1: Objecto no Foco

Com a sala escura, deslocamos a lente a uma certa distância, até que a imagem
(que se encontra no infinito) ficasse nítida (considera-se infinito uma certa distância que
é maior 10 em relação ao objeto de medição). Anotamos o valor da distância focal ( f ¿ ,
repetimos mais duas vezes e calculamos seu o valor médio. Calculamos também o seu
erro, pois toda e qualquer medição (em física) não é considerada exata. Então
precisamos de considerar um mínimo erro para que chegue o mais próximo possível ao
valor exacto. Os dados são descritos na tabela seguinte:
Nº f ,cm ∆ f , cm

1 8,00 0,05
25

2 9,00 0,05
3 8,50 0,00
Médio 8,50 0,05
Tabela (1)

O valor total de f é descrito segundo a seguinte fórmula:


f =f m ± ∆ f (cm)
Que quando descrita em valores numéricos, fica:
f =¿ )cm.

4.3Exercício 3: Determinação da distância focal


segundo o método de várias posições

Montando o sistema segundo a figura (7), movemos a lente segundo várias


posições com o objetivo de calcular a distância focal. Medimos g(distância do objeto
até a lente), b(distância da lente até a tela), medimos o tamanho do objecto, o tamanho
da imagem para cada etapa e calculamos os valores médios. Calculamos também a
distância focal segundo a fórmula (5) e calculamos a ampliação das imagens. Assim,
conseguimos obter os seguintes dados:

Nº Medição g,cm ∆ g , cm b,cm ∆ b , cm G,cm B,cm f ,cm −b B


m= m=
g G
1 1 13,0 0,5 36,9 4,1 3,3 8,5 9,57 -3,2 2,5
2 12,0 0,5 43,5 2,5
3 12,5 0,0 42,6 1,6
Médio 12,5 1,0 41,0 8,2
2 1 15,5 0,4 27,0 1,4
2 15,9 0,0 25,3 0,3 3,3 4,3 9,81 -1,6 1,3
3 16,3 0,4 24,6 1
Médio 15,9 0,8 25,6 2,7
3 1 20,1 0,3 19,7 0,4 3,3 4,1 9,93 -0,9 1,2
2 20,4 0,0 19,5 0,2
3 20,9 0,5 18,7 0,6
Médio 20,4 0,8 19,3 1,2
Tabela (2)
O valor da distância focal segundo o fabricante é de 10. Comparando com os
dados acima, notamos que o valor que mais se aproxima dessa mesma medição é a
26

terceira, que se encontra a uma distância do objeto até a lente, maior em relação às
outras e que se encontra a uma distância menor em relação atela. É aquela que tem a
menor imagem e a menor ampliação da imagem e do objeto.

4.4Exercício 4: determinação do foco segundo o método


de Bessel

Com uma distância de 60 cm entre a tela e o objecto, fomos movendo a lente até que a
imagem ficasse ampliada e nítida. Apontamos x 1. Fizemos o mesmo até que a imagem
ficasse reduzida e apontamos x2 . Com a fórmula (6) então, calculamos a distância
focal.
X1 = 12,50 cm
X2=46,50cm
f =10 , 18 cm

5. Resultados e Discussão

5.1Exercício 2: Determinação da distância focal ( f ¿ .


Método 1: Objecto no Foco

Em relação ao segundo exercício realizado com o objetivo de determinar a


distância focal segundo os dados da tabela (1) obtemos o seguinte resultado:
f =¿ )cm.
Tendo como valor fixo medido pelo fabricante 10.
Calculando o erro com a fórmula:
%error=¿ valor aproximado−valor exacto∨ ¿ ×100 ¿
valor exacto

Obtemos um erro de 15% o que é de uma diferença considerável, afastando-se


bastante do valor esperado. Com base na figura 11, conseguimos observar que a
imagem em que o objecto se encontra no foco se encontra no infinito, sendo nesse caso,
a justificação para tal discrepância.
27

5.2Exercício 3: Determinação da distância focal segundo


o método de várias posições

Em relação ao terceiro exercício realizado com o objectivo de determinar a


distância focal segundo o método de várias posições, notamos, com base na tabela (2)
que em relação às medições feitas, o terceiro foco foi o que mais se aproximou do valor
dado pelo fabricante, com um erro de 0,7% apenas.
Com base nas figuras de formação de imagens da lente biconvexa que se situa
no capítulo que fala sobre as lentes mais acima, em comparação, notamos um padrão.
Quanto maior pequena for a distância do objecto à lente, mais longe se forma a imagem,
tendendo para o infinito. Uma prova dessa afirmação é também a análise feita
anteriormente do exercício 2 que o objecto se encontrava em cima do foco (próximo a
lente) e a mesma imagem se formou no infinito. Comparando a figura 8 com a figura
11, conseguimos notar essa afirmação.
Por este motivo o terceiro foco foi o que mais se aproximou do valor exacto
dado pelo fabricante.

5.3Exercício 4: determinação do foco segundo o método


de Bessel

Os resultados do exercício 4 também foram resultados muito satisfatórios, tendo


apenas um erro de 1% e sendo usada a fórmula de Bessel.
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6. Conclusão
Depois de todo o exposto podemos concluir e comprovar a veracidade da
afirmação que diz que as lentes biconvexas são sempre convergentes pois define-se
lente convergente como aquela onde todos os raios que nelas incidem convergem para
um mesmo ponto, denominado foco.
Esta é uma definição que pode ser comprovada por esse relatório pelo facto de
todas as imagens terem sido reais, possibilitando afirmar que sim são todas
convergentes.
Com o primeiro exercício comprovamos as propriedades das lentes esféricas,
pois a intercessão dos raios de luz que foram observados, formou-se a imagem, que
pelo aumento da imagem e a inversão da mesma, o objeto encontra-se em um ponto
antes do foco principal e a imagem é formada depois do mesmo, como é ilustrado na
figura 10, sendo ela maior que o objeto, invertida e real. Com o segundo e o terceiro
exercício comprovamos as leis da formação de imagens comparando a teoria que se
encontra no capítulo das lentes com a prática descrita na secção passada.
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7. Bibliografia
Helerbrock, R. (2023). Equação dos fabricantes de lentes, p. 1.
Helerbrock, R. (2023). Refração da luz. p. 1.
Júnior, J. S. (2023). Formação de imagens nas lentes esféricas. p. 1.
Lunazzi, .. J. (2021). Método de Bessel. Rio de Janeiro.
Teixeira, M. M. (2023). Instrumentos ópticos. p. 1.
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8. Anexos
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