TEste1 1
TEste1 1
TEste1 1
(10 x 7) = 70 pontos
2. Tal como a filosofia, também a ciência assume uma perspetiva crítica sobre o mundo.
Esta afirmação é:
A. verdadeira, porque quer a filosofia, quer a ciência formulam problemas que serão posteriormente
colocados à prova de forma sistemática.
B. falsa, porque a filosofia é a única disciplina que pressupõe um olhar crítico e indagador sobre a
realidade envolvente.
C. verdadeira, porque ambas recorrem à atitude crítica na busca de certezas para os fenómenosocorridos
na natureza.
D. falsa, porque embora a ciência assuma uma perspetiva crítica sobre o mundo, apenas a filosofia o faz
de forma sistemática.
159
4. O método de investigação filosófica não é:
A. a reflexão crítica.
B. a argumentação e discussão racional.
C. fundamentalmente empírico.
D. o pensamento e a análise crítica.
160
10. Atenta no seguinte argumento e depois seleciona a alternativa correta.
1. Se os profissionais de saúde usarem máscara durante 24 horas seguidas, então vão ficar com
marcas na cara.
2. Os profissionais de saúde usaram máscara durante 24 horas seguidas.
3. Logo, vão ficar com marcas na cara.
A. O argumento é dedutivamente válido porque é impossível que as suas premissas sejam todas
verdadeiras e a conclusão falsa.
B. O argumento é dedutivamente inválido porque a verdade das premissas não torna necessária a
verdade da conclusão.
C. O argumento é dedutivamente válido porque a verdade das premissas torna provável a verdade da
conclusão.
D. O argumento é dedutivamente inválido porque as premissas podem ser verdadeiras e a conclusão
falsa.
Grupo II
(4 x 25) = 100 pontos
“Eis algumas perguntas que qualquer um de nós pode fazer sobre nós mesmos: O que sou eu?
O que é a consciência? Será que eu poderia sobreviver à morte do meu corpo?
(...) O que há de singular nestas perguntas é não apenas serem desconcertantes à primeira vista,
mas também desafiarem processos simples de solução. Se alguém me perguntar quando é maré
cheia, sei como fazer para obter uma resposta. Há tabelas fidedignas que posso consultar. Posso
ter uma ideia de como se fazem essas tabelas. E, se tudo o resto falhar, eu próprio posso ir medir
as marés. Uma pergunta deste género refere-se à experiência: é uma pergunta empírica. Pode
responder-se por meio de processos comprovados, que incluem olhar e ver, medir, ou aplicar
regras que, perante a experiência verificámos que funcionam. As perguntas acima não são assim.
Parecem exigir mais reflexão. Não sabemos imediatamente para onde olhar.”
Simon Blackburn. (2001). Pense. Trad. António Infante, António Paulo da Costa, Célia Teixeira, Desidério Murcho,
Maria de Fátima St. Aubyn, F. J. Azevedo Gonçalves e Paulo Ruas. Lisboa: Gradiva, pp. 12-13
Partindo do texto, esclarece em que medida o questionamento filosófico difere dos restantes tipos de
questionamento.
161
2. Atenta no argumento que se segue.
3.1 Imagina que alguém se dirige a ti, expondo o texto descrito acima. O que pretende defender?
Grupo III
“Uma das séries de sátiras gravadas pelo pintor espanhol Goya tem por título ‘O Sono da Razão
Produz Monstros’. Goya pensava que muitas das loucuras da humanidade resultam do ‘sono da
razão’.
(...) As convicções são contagiosas e é possível convencer as pessoas de praticamente tudo. (...)
Quando estas convicções implicam o sono da razão, o despertar crítico é o antídoto. A reflexão
permite-nos recuar, ver que talvez a nossa perspetiva sobre uma dada situação esteja distorcida
ou seja cega, ou, pelo menos, ver se há argumentos a favor dos nossos hábitos, ou se é tudo
meramente subjetivo. Fazer isto bem é pôr em prática mais alguma engenharia conceptual.”
Simon Blackburn. (2001). Pense. Trad. António Infante, António Paulo da Costa, Célia Teixeira, Desidério Murcho,
Maria de Fátima St. Aubyn, F. J. Azevedo Gonçalves e Paulo Ruas. Lisboa: Gradiva, pp. 12-13
De acordo com o texto, explica em que medida o “sono da razão” produz monstros, evidenciando a
componente crítica da atividade filosófica.
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CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO
Grupo I
Grupo II
1. Cenário de resposta
– O questionamento filosófico difere dos restantes tipos de questionamento porque tal como
refere o texto, este desafia processos simples de solução, isto é, trata-se de um conjunto de
problemas que não apresentam uma resposta definitiva e consensual partilhada por todos.
– Os problemas filosóficos são problemas conceptuais, isto é, são problemas acerca de conceitos.
– Os problemas de que se ocupa a filosofia não são problemas empíricos, isto é, não se resolvem
com base na observação e na experiência – tal como acontece com os problemas da ciência, ou
outros problemas empíricos (no texto são mencionados os seguintes exemplos: “Quando é
maré cheia?”, “Como medir as marés?”, que são problemas cuja solução pode ser alcançada
através de uma investigação empírica).
– Os problemas de que trata a filosofia resolvem-se através do pensamento apenas, tal como
acontece com os problemas da matemática, mas ao contrário dos problemas da matemática
que se resolvem com base em cálculos ou métodos formais de prova (como fórmulas e
teoremas), os problemas filosóficos resolvem-se através da reflexão crítica, da argumentação e
da discussão racional.
NOTA: Não se exige que o aluno utilize exatamente os mesmos termos do descritor da resposta
correta.
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Descritores do nível de Níveis
desempenho no domínio
da comunicação escrita em
língua portuguesa
Descritores do nível 1 2 3
de desempenho no
domínio específico da
disciplina
– Distingue corretamente o questionamento filosófico de outros tipos
3 – de questionamento.
Justifica, com clareza e precisão recorrendo ao texto. 23 24 25
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
– Distingue corretamente o questionamento filosófico de outros tipos
2 de questionamento.
- Justifica de forma superficial e pouco precisa sem recorrer ao texto. 16 17 18
Níveis – Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
– Distingue de forma vaga e superficial o questionamento filosófico de
outros tipos de questionamento, mas não
justifica adequadamente.
1 – Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não 9 10 11
contradizem os conteúdos relevantes e corretos apresentados.
2. Cenário de resposta
Este argumento é válido porque se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também o será.
– Aspremissas relacionam-se de tal forma com a conclusão que é impossível que caso as
premissas sejam verdadeiras, esta seja falsa. Como tal, aceitando que se o Marcelo Rebelo de
Sousa é médico, então o pico do Arieiro fica na Madeira e o Marcelo Rebelo de Sousa é médico,
somos obrigados a aceitar logicamente a conclusão de que o Pico do Arieiro fica na Madeira.
– Contudo, ainda que o argumento seja válido, não é sólido.
– Um argumento é sólido se, e só se, é válido e tem premissas verdadeiras.
– Ora,uma vez que a profissão de Marcelo Rebelo de Sousa não tem quaisquer implicações no
que diz respeito à localização geográfica do Pico do Arieiro, podemos concluir que a primeira
premissa do argumento é falsa e, por conseguinte, o argumento não pode ser sólido. Além
disso, Marcelo Rebelo de Sousa não é médico, o que significa que o valor de verdade da segunda
premissa também é falso.
NOTA: Não se exige que o aluno utilize exatamente os mesmos termos do descritor da resposta
correta.
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(2) Porém, a filosofia ao contrário da ciência não assenta em experimentações nem na
observação, mas apenas no pensamento.
(3) Além disso, a filosofia ao contrário da matemática não tem métodos formais de prova.
(4) Logo, a filosofia não é igual à ciência e matemática.
Grupo II
1. Cenário de resposta:
A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados:
– A filosofia é uma atividade crítica, pois pressupõe que pensemos criticamente sobre
problemas fundamentais e procuremos avaliar de forma rigorosa as respostas possíveis para
esses problemas, estruturando e avaliando argumentos a favor e contra as diferentes
explicações.
– Contudo, se o homem adotar uma postura acrítica, passiva e de adormecimento face à
realidade que o rodeia, o tal “sono da razão” referido pelo autor, aceitando sem questionar
tudo o que lhe é partilhado cairá num dogmatismo do qual é difícil sair, pois as convicções e
as crenças enraizadas são de facto contagiosas como é referido no texto. Sem o uso de um
pensamento crítico e racional é possível convencer o homem de quase tudo e é partindo
deste pressuposto que o “sono da razão” produz monstros, pois como sabemos muitas das
loucuras cometidas pela humanidade (guerras, revoluções, extermínios, etc.) resultaram
desse “sono” e dessa ausência de criticidade.
– Impõe-se, por isso, o “despertar crítico” e a reflexão. Estas competências (entre outras)
poderão retirar o homem do “sono” que o impede de ver mais além e de ver que talvez a sua
perspetiva esteja distorcida, procurando perceber de forma imparcial as razões que temos
para pensar desta ou daquela maneira e é esse o caminho da filosofia.
NOTA: Não se exige que o aluno utilize exatamente os mesmos termos do descritor da resposta correta.
4 Nível intercalar 22 24 25
– Explica em que medida o “sono da razão” produz monstros, evidenciando a componente crítica da atividade
filosófica.
Níveis 3 – Justifica de forma vaga, superficial e pouco precisa. 19 19 20
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
2 Nível intercalar 13 15 16
– Explica superficialmente em que medida o “sono da razão” produz monstros, mas não evidencia a componente
crítica da atividade filosófica OU evidencia superficialmente a componente crítica da atividade filosófica, mas não
1 explica em que medida o “sono da razão” produz monstros. 8 10 11
– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos
apresentados.
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