Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Instrumentação Biomédica: Ana Paula Aquistapase Dagnino

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 24

INSTRUMENTAÇÃO

BIOMÉDICA

Ana Paula Aquistapase Dagnino


Equipamentos gerais do
laboratório, vidrarias
e descartáveis
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Identificar os equipamentos de uso geral em laboratórios, suas carac-


terísticas e suas funções.
„„ Descrever as principais vidrarias de uso laboratorial e suas funções.
„„ Analisar o instrumental descartável utilizado em laboratórios.

Introdução
Neste capítulo, você vai compreender que o total conhecimento do fun-
cionamento e também da aplicação de equipamentos como microscópio,
centrífuga e pipetas, está diretamente relacionado à realização de exames
com confiabilidade analítica e a resultados fidedignos. Fatores importantes
como a correta lavagem das vidrarias, assim como o descarte adequado
de resíduos descartáveis são fundamentais para um bom gerenciamento
de laboratório, em suas mais diversas áreas.

Equipamentos de uso geral em laboratórios


Ao entrar em um laboratório pela primeira vez, é possível observar um am-
biente com inúmeros equipamentos e vidrarias dispostos tanto em bancadas,
em armários e em prateleiras quanto no chão e, muitas vezes, até mesmo nos
corredores. Com o passar do tempo, esse ambiente se torna totalmente familiar;
no entanto, para o planejamento dos experimentos científicos, para a identi-
ficação de agentes patogênicos em exames clínicos e para o entendimento de
como algumas falhas no processo mecânico podem induzir a algum erro nos
resultados obtidos é essencial conhecer o funcionamento de cada equipamento.
2 Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis

Para o bom funcionamento do laboratório deve existir uma organização


dos espaços em comum, utilizados tanto por você quanto por seus colegas.
As bancadas são, de modo geral, ambientes públicos e, assim, utensílios
como pipetas e caixas de ponteiras, por exemplo, devem ser colocados em
seu devido lugar após o uso.
É importante que, antes da utilização de qualquer equipamento, você acom-
panhe alguém que saiba utilizá-lo e que você leia o procedimento operacional
padrão (POP). Nos laboratórios, o emprego dos POPs é corriqueiro para cada
equipamento. Nesse documento, são detalhadas informações relevantes para
a utilização dos equipamentos, assim como as suas características gerais, a
descrição de seus componentes, as instruções de uso, além da calibração, da
manutenção e da conservação.
Em uma típica bancada de laboratório, podemos encontrar pequenos
equipamentos como o vórtex, a chapa quente, o agitador, o banho-maria e o
ultrassom, entre outros. O banho-maria é muito utilizado para o aquecimento
de líquidos, como o meio de cultivo, ou soluções de tripsina, assim como
para o descongelamento de soro fetal bovino (SFB); além de ser amplamente
utilizado em laboratórios de análise bioquímica para incubação de reações.
Em laboratórios de microbiologia, outro equipamento encontrado sobre as
bancadas é o bico de Bunsen; um bico de gás muito utilizado para a assepsia
de alças e da boca de frascos.

Câmaras de contagem de células


A câmara de contagem ou hemocitômetro é um método manual para con-
tagem de células, utilizado para a estimativa da quantidade de eritrócitos,
de leucócitos, de bactérias, de esporos e de fungos em aplicações biológicas
(urina, sangue, sêmen, líquido cefalorraquidiano, líquido sinovial e líquidos
cavitários). Existem diferentes tipos de câmaras de contagem, mas a Neubauer
é a mais utilizada. A câmara de Neubauer é a escolha para a contagem de
células, de bactérias ou de fungos em altas ou baixas concentrações. Por outro
lado, a câmara de Fuchs Rosenthal é escolha para a contagem em líquidos
com pouco celularidade, como o líquido cefalorraquidiano. A contagem de
eritrócitos em sangue total é feita pela contagem automatizada.
Para a correta contagem muitos laboratórios utilizam a técnica de zigue-
-zague (Figura 1A), para não haver repetição do quadrante, e a técnica do “L”
(Figura 1B), para que não ocorra a contagem da mesma célula que se encontra
na intersecção de dois quadrantes.
Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis 3

(a) (b)

Figura 1. Contagens em zigue-zague (A) e em “L” (B).

Para a contagem de leucócitos são utilizados os quadrantes nos cantos A,


B, C e D (Veja a Figura 2). Cada quadrante tem um volume de 1/10 mm3 ou
0,1 mm3.

Figura 2. Retículo da Neubauer com quadrantes para contagem celular


e vista lateral da câmara.
Fonte: Mcpherson e Pincus (2013, p. 541).
4 Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis

A seguinte fórmula pode ser aplicada para a contagem de leucócitos:

A superfície contada corresponde à área dos quadrantes onde avaliamos as


“células contadas” (em mm2) e a profundidade da câmara equivale a 0,1 mm.
A escolha da diluição é baseada na análise visual do líquido biológico, quanto
mais células (mais turvo) maior será o fator de diluição. Assim, quanto menos
células (translúcido) menor será a diluição aplicada.

Veja, a seguir, um exemplo de cálculo da contagem de leucócitos.


Células contadas: 30 leucócitos
Quadrantes utilizados: A, B, C e D = 4
Superfície: 4 × 1 mm2
Profundidade: 0,1 mm
Diluição: 1:200

Microscópio
O microscópio proporciona imagens com alta resolução e a ampliação de
estruturas microscópicas, como bactérias, fungos, parasitas, células ou es-
truturas internas das células. Existem diversos modelos de microscópios com
aplicações em inúmeras áreas, mas um dos mais utilizados é o microscópio
ótico, utilizado, por exemplo, para verificar o cultivo celular. Esse aparelho,
em especial, é muito utilizado em laboratórios de análises clínicas na hema-
tologia, na microbiologia, na parasitologia, na uroanálise, principalmente nos
seguintes procedimentos:
Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis 5

„„ exame diferencial de células sanguíneas;


„„ observação de elementos presentes no sedimento urinário ou de para-
sitas nas fezes;
„„ visualização de bactérias no exame bacterioscópico.

Enquanto o microscópio óptico tem como princípio a refração da luz, o


microscópio eletrônico utiliza feixes de elétrons. O microscópio óptico possui
as lentes oculares (10 ×) e as lentes objetivas de menor aumento (4 × e 10 ×),
maior aumento (40 ×) e de imersão (100 ×). Esta última necessita do óleo de
imersão, que tem a finalidade de impedir a dispersão dos raios luminosos,
aumentando a resolução da imagem. Essa refração da luminosidade ocorre em
razão do espaço de ar existente entre a objetiva e a lâmina. O óleo de imersão
possui um índice de refração próximo ao do vidro da lâmina, o que diminui
a dispersão da luz. Para saber a potência de ampliação do material analisado
é preciso multiplicar a ampliação das duas lentes, da objetiva e da ocular
utilizadas. Por exemplo, se estivermos usando uma lente ocular com aumento
de 10 × e uma lente objetiva com aumento de 40 ×, a potência de ampliação
é de 400 ×. Entre os diferentes elementos que compõem o microscópio ótico
temos os itens listados a seguir.

„„ Revólver — peça que comporta as objetivas e permite a troca da objetiva


por movimento giratório;
„„ tubo — peça que comporta as oculares;
„„ condensador — concentra os raios luminosos incidentes;
„„ platina — suporte para a lâmina, que pode ser regulada com o macro
e o micrométrico para cima ou para baixo para ajuste de foco;
„„ macrométrico — possui a função de regular a altura da platina para
um ajuste grosseiro;
„„ micrométrico — permite um ajuste fino do foco;
„„ charriot — permite o movimento da lâmina sobre a platina;
„„ fonte de luz — pode ser uma lâmpada ou um espelho que reflete a luz;
„„ diafragma — regula a intensidade de luz que chega até a lâmina a ser
observada.
6 Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis

Na Figura 3, estão descritos os componentes do microscópio ótico.

Oculares

Tubo
Revólver Objetivas

Platina
Condensador
Micrométrico
Fonte de luz
Macrométrico

Figura 3. Componentes do microscópio ótico.


Fonte: Adaptada de RTimages/Shutterstock.com.

A escolha do microscópio a ser utilizado depende do tipo de amostra a ser


analisada e do que se deseja analisar. A seguir, podemos observar os principais
tipos de microscopia e suas indicações:

„„ de campo claro — observação de células e tecidos, amostras vivas


ou fixadas;
„„ de campo escuro — visualização de amostras com pouco contraste,
como espiroquetas;
„„ de contraste de fase — em razão das diferenças de densidade conver-
tidas em visibilidade, esse tipo de microscopia permite a observação
de microrganismos transparentes, células e tecidos sem corante; além
da sua utilização na sedimentoscopia urinária com visualização de
elementos na urina, como eritrócitos dismórficos (alterados morfolo-
gicamente) e cilindros;
„„ de fluorescência — com a utilização de uma molécula fluorescente
que emite luz, é capaz de marcar partes específicas de uma célula ou
bactéria; muito utilizada para a detecção de antígenos e anticorpos;
Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis 7

„„ de luz polarizada — especialmente importantes para a identificação


de cristais e gotículas de gordura em elementos presentes na urina;
„„ confocal — essa microscopia busca o aumento do contraste da imagem,
construindo, assim, imagens tridimensionais;
„„ eletrônica de varredura — empregada para a observação de estruturas
externas na superfície da amostra, como o contato entre espermatozoide
e óvulo; são obtidas imagens tridimensionais;
„„ eletrônica de transmissão — por ter uma resolução maior do que a
microscopia eletrônica de varredura, permite a observação de estruturas
internas celulares, como organelas.

Para o seu perfeito funcionamento, o microscópio precisa de manutenção


e limpeza rotineiras. O manuseio do equipamento deve seguir algumas regras
básicas, as quais veremos a seguir.

„„ Colocar a objetiva de menor aumento e posicionar a platina para baixo,


prendendo a lâmina sobre ela para iniciar a análise de uma lâmina.
„„ Iniciar a observação com a objetiva de menor aumento e a focalização
com a utilização do micrométrico.
„„ Passar para a próxima objetiva de maior aumento e focalizar com a
utilização do micrométrico, quando o foco estiver alinhado. Esse passo
deve ser seguido até atingir o foco desejado.
„„ Utilizar o óleo de imersão de forma criteriosa, uma pequena gota é
suficiente.
„„ Cobrir o microscópio com a sua capa após o uso.
„„ Utilizar papel de óptica ou papel de filtro para a limpeza das objetivas
após a utilização de óleo de imersão. A limpeza com esses papeis es-
peciais deve ser feita de forma suave. O xilol ou o álcool-cetona podem
ser utilizados para remoção do óleo de imersão que pode ter secado na
objetiva. As substâncias utilizadas para a remoção do óleo de imersão
não devem ser utilizadas para limpeza da superfície do microscópio.
Para isso, deve ser utilizado apenas um pano umedecido com água.
„„ Manter a platina limpa e seca.
„„ Limpar as lentes oculares com papel de óptica umedecido com água
destilada e, posteriormente, secá-las com algodão. Nunca deve-se passar
os dedos sobre as lentes.
8 Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis

Centrífuga
Um dos equipamentos mais utilizados em laboratório é a centrífuga, in-
clusive, poucas são as metodologias que não utilizam de, pelo menos, uma
centrifugação. Esse aparelho tem como função a separação de substâncias
(células, DNA ou organelas), a concentração de proteínas e a lavagem de pellets.
Funciona por meio da força centrífuga, caracterizada por ocorrer do centro
para fora do equipamento, em razão da rotação do rotor contido no interior
do equipamento. A separação das substâncias se dá pelo giro em velocidade
alta do rotor com as amostras.
Antes de iniciar qualquer experimento com a centrífuga, é primordial que
se saiba detalhes a serem utilizados na metodologia, como o tubo, o tempo, a
temperatura e as rotações por minuto (RPM). Os parâmetros de rotação são
identificados por RPM ou força centrífuga relativa (RCF), em que o número
de giros está relacionado ao raio do rotor em milímetros.
A centrífuga é um equipamento fabricado para suportar altas rotações.
No mercado, existem diferentes tipos de centrífugas, desde as mais simples
até as mais robustas, que possuem refrigeração e permitem a troca de rotor,
específicas para microtubos ou tubos Falcons. As centrífugas de bancadas
de laboratórios de análises clínicas, em geral, alcançam até 6.000 rpm. Em
contrapartida, ultracentrífugas utilizadas para a separação de componentes
celulares chegam até 150.000 rpm. Existem também as citocentrífugas, uti-
lizadas em laboratórios para concentrar células de líquidos biológicos, como
o líquido cefalorraquidiano. Esse tipo de centrífuga concentra as células em
um único ponto em uma lâmina, e é amplamente utilizado para a preparação
de lâminas para a diferenciação celular em líquidos com baixa celularidade,
em laboratórios de citologia, urologia, microbiologia e hematologia.
Com relação aos rotores, existem dois mais comumente utilizados em
laboratórios: o rotor de ângulo fixo e o rotor horizontal. Para a utilização
desse aparelho, de forma inicial, as amostras devem ser colocadas no rotor aos
pares, assim a centrífuga balanceia em razão de os tubos com o mesmo peso
estarem alocados em lados opostos do rotor. A maioria das centrífugas possui
uma trava de segurança na tampa, que impede a sua abertura caso o rotor
ainda esteja funcionando. A Figura 4 apresenta uma centrífuga com rotor fixo.
Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis 9

Figura 4. Centrífuga laboratorial com rotor fixo e balanceamento. Alocação dos tubos com
mesmo peso em lados opostos.
Fonte: ArtPanupat/Shutterstock.com.

Micropipetas
As micropipetas são de grande valia para o preparo de amostras e reagen-
tes que precisam de medidas exatas, para isso, esse instrumento deve estar
devidamente calibrado para se obter uma pipetagem fidedigna. O princípio
de seu funcionamento se baseia no deslocamento de ar, muito semelhante ao
de uma seringa. As micropipetas servem para transferência ou pipetagem de
pequenos volumes, como microlitros ou mililitros (10, 50, 100, 1000 µl, etc.).
Existem dois tipos de micropipetas, que são os seguintes:

„„ micropipetas de volume fixo — pipetam um volume específico;


„„ micropipetas de volume ajustável — possuem um volume mínimo e
máximo para a sua utilização, em que podem ser pipetados diferentes
volumes desse intervalo. Essas especificações devem ser respeitadas
para uma pipetagem precisa.
10 Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis

Para a pipetagem, são empregadas ponteiras descartáveis que impedem


o contato do líquido aspirado com a parte interna da micropipeta, evitando a
descalibração do instrumento. Para evitar esse problema, também podem ser
utilizadas ponteiras com barreira.
Para utilizar as micropipetas é preciso entender o seu funcionamento. Elas
possuem dois estágios: a aspiração do líquido e a ejeção dele. A Figura 5,
apresenta os estágios para a realização da pipetagem.

1 2 3 4 5
Posição de descanso

1º estágio

2º estágio

Figura 5. Estágios para pipetagem com micropipetas. De forma inicial, deve-se segurar a
pipeta em uma posição quase vertical. Na posição 1, pressionar o êmbolo suavemente até
o primeiro estágio. Na posição 2, mergulhar a ponteira da pipeta no líquido e permitir que
o êmbolo suba devagar até a posição de descanso. Na posição 3, colocar a ponteira em
um ângulo de 10° a 45° contra a parede interna do recipiente e pressionar o êmbolo com
cuidado para o primeiro estágio. Na posição 4, aguardar 1 segundo e pressionar o êmbolo
para o segundo estágio, removendo qualquer amostra restante da ponteira. Finalizar o
processo removendo a ponteira da pipeta da parede lateral, deslizando-a para cima na
parede. Na posição 5, deixar o êmbolo subir para a posição de repouso.
Fonte: Gilson (2015, documento on-line).

Para que não ocorra a formação de bolhas, a aspiração deve ser lenta e
contínua e, para um bom funcionamento da micropipeta, é imprescindível que
as pipetagens sejam feitas em temperatura ambiente e que os instrumentos
com o líquido nunca sejam colocados em posição horizontal. Além disso,
a profundidade de imersão da ponteira no líquido a ser aspirado deve ser
verificar para que a pipetagem seja eficiente. Quando maior for o volume
Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis 11

aspirado maior será a profundidade de imersão da ponteira e, quanto menor


for o volume menor será a profundidade, por exemplo:

„„ pipetagem de 1 a 100 µL — imersão de 2–3 mm;


„„ pipetagem de 100 a 1000 µL — imersão de 2–4 mm;
„„ pipetagem de 1000 a 10000 µL — imersão de 2–5 mm.

Na aspiração, a micropipeta deve estar na posição vertical com a ponteira


imersa no líquido, sem encostar na parede do tubo, enquanto que para a ejeção,
a micropipeta deve estar levemente inclinada e com a ponteira encostada na
parede do tubo.
Existem diferentes tipos de micropipetas, além da micropipeta monoca-
nal, que incorpora apenas uma ponteira, existe a micropipeta multicanal,
que incorpora várias ponteiras e é altamente funcional para protocolos com
pipetagem de um mesmo volume em diversos poços, de forma simultânea
(Figura 6).

(a) (b)

Figura 6. Micropipeta monocanal acolhe uma ponteira por vez (a) e micropipeta multicanal
acolhe múltiplas ponteiras por vez (b).
Fonte: (a) Dmytro Zinkevych/Shutterstock.com; (b) angellodeco/Shutterstock.com.

Ainda, as micropipetas podem ser mecânicas ou eletrônicas, estas últimas


determinam digitalmente a quantidade da amostra a ser aspirada. A maioria
das micropipetas tem seu funcionamento por deslocamento de ar, mas para
amostras muito voláteis ou viscosas, as pipetas de deslocamento positivo que
possuem êmbolo e capilar intermutáveis são as mais indicadas.
12 Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis

Autoclave
A autoclace tem por função a esterilização sob pressão de vidrarias de dife-
rentes meios de cultivo e tampões por meio do vapor saturado. Esse aparelho
também é utilizado para esterilizar resíduos antes de seu descarte. É importante
que seja realizado um treinamento prévio à utilização, pois a manipulação
incorreta da autoclave pode acarretar em queimaduras após a exposição ao
vapor oriundo de seu interior.
Existem alternativas ao uso da autoclave, por exemplo, os meios e tampões
podem ser filtrados e os instrumentais podem sofrer tratamento por radiação;
no entanto, a autoclavagem ainda é o método mais comumente utilizado para
a esterilização de uma ampla gama de materiais e substâncias. Em casos
específicos, a filtração é a metodologia mais indicada, como na preparação de
meios com ácido 2-[4-(2-hidroxietil)-1-piperazinil]-etanosulfônico (HEPES)
(um agente tamponante) e de tampões com dodecil sulfato de sódio (SDS)
(um detergente). A autoclave também não é recomendada para ingredientes
termolábeis, como antibióticos, proteínas e SFB. Outra possibilidade para
os agentes termolábeis é a sua adição às soluções previamente autoclavadas.
Antes de colocar os materiais na autoclave, é essencial verificar se as
vidrarias são de vidro borosilicado e se os instrumentais plásticos são autocla-
váveis, para evitar possíveis perdas por quebra ou derretimento de utensílios,
em razão das altas temperaturas e pressão requeridas para a esterilização.
Na preparação dos materiais para a autoclavagem, é preciso lembrar de
afrouxar as tampas dos frascos (garrafas, tubos Falcons, criotubos) de forma
a impedir uma pressão elevada no interior do instrumental. É imprescindível a
colagem de um pequeno pedaço de fita de autoclave nos pacotes e nos frascos
a serem esterilizados. Essa fita demonstrará que o material está estéril por
mudança na sua cor ou desenho.
O tempo do ciclo de esterilização é dependente do volume do meio a ser
autoclavado. Grandes volumes, 2 litros de meio, por exemplo, requerem um
ciclo de 30 minutos de esterilização, enquanto que o tempo de autoclavagem
de vidrarias é de 20 minutos. Para a abertura do equipamento, o profissional
deve certificar-se que o indicador da pressão esteja no mínimo, prevenindo,
assim, que o vapor saia e possa ocasionar alguma queimadura.
No momento da retirada dos materiais, o profissional deve estar equipado
com luvas especiais, grossas, grandes e termorresistentes. Luvas de procedi-
mento ou nitrílicas são sensíveis a altas temperaturas e não devem ser utilizadas
nesse procedimento. As tampas dos frascos devem ser fechadas antes da sua
Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis 13

retirada da autoclave, ou imediatamente após a retirada para colocação em


estufa de secagem.

Acesse o link a seguir e conheça informações referentes à correta utilização da autoclave,


como a temperatura e o tempo desejáveis para a esterilização dos materiais.

https://qrgo.page.link/LVi3g

Balança analítica
A pesagem é um procedimento simples e corriqueiro no laboratório. Durante
esse procedimento, é obrigatória a utilização de luvas, tanto para a proteção
do profissional quanto do recipiente que está sendo utilizado para a pesagem.
Contudo, se o pó a ser pesado for tóxico, é imprescindível o uso de máscara
ou, até mesmo, de luvas mais grossas e óculos. Antes do uso, a balança deve
ser limpa e nivelada. O material nunca deve ser pesado diretamente sobre
o prato de pesagem; para isso, utiliza-se um recipiente (béquer ou prato de
pesagem) ou um papel alumínio. O recipiente deve ser tarado (ter descontado
o seu peso) e, posteriormente, com o auxílio de uma espátula, o material pode
ser pesado. Caso o peso ultrapasse o valor desejado, pode-se devolver o pó para
o pote de estocagem do material. Entretanto, se o material for higroscópico,
ou seja, absorver umidade, esse material nunca deve ser devolvido para o pote
do material. É muito importante que os materiais e a balança sejam limpos
antes e após a sua utilização.
As balanças semianalíticas são utilizadas para a pesagem de grandes
volumes para o preparo de reagentes, com uma precisão de 0,001 g. Já as
balanças analíticas, são mais delicadas e possuem uma precisão de 0,0001
g, permitindo a pesagem de pequenos volumes.

Medidor de pH
O medidor de pH, também conhecido como pHmetro, tem a função de medir
a concentração de prótons (H+) por meio de um eletrodo. A medição do pH
das soluções e dos tampões é de extrema importância e deve ser feita antes
14 Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis

da filtragem ou da autoclavagem. Quando o eletrodo é colocado dentro da


solução, é essencial que se tenha a precaução de não batê-lo na vidraria (béquer
e bastão de vidro) ou nas barras magnéticas utilizadas para a mistura. Quando
não está sendo utilizado, o eletrodo deve ser mantido submerso em tampão
neutro (cloreto de potássio 3M).
A calibração desse equipamento deve ser feita diariamente, pois a deter-
minação das medições da solução em questão é dependente dessa regulação
e sempre são utilizados dois tampões com valores de pH diferentes (pH 4,
pH 7 e pH 10). Não há a necessidade de calibrar antes de cada nova medição
no mesmo dia, somente se há a suspeita de desajuste por mau uso do pHmetro.
A escolha dos dois tampões para esse processo de ajuste é feita levando-se em
consideração o pH que será medido na solução em questão. Para a calibração
e a medição do pH de determinada solução é necessário que a temperatura da
solução e do tampão de calibração estejam na mesma temperatura em que a
solução será utilizada durante o experimento, pois o valor de pH é totalmente
dependente da temperatura.
Para a utilização do equipamento devem ser seguidos alguns passos que
são descritos a seguir.

„„ Realizar a calibração com a medição do pH dos dois padrões de escolha


e, em seguida determinar o pH da solução em questão. Tanto para
a medição quanto para a calibração, o eletrodo deve ser retirado do
tampão neutro e lavado com delicadeza e com auxílio de uma pisseta
com água destilada.
„„ Secar o eletrodo suavemente com um lenço de papel ou com papel
higiênico para retirar o excesso. Nesse momento, o aparelho está na
função stand by.
„„ Colocar o eletrodo na solução em que será medido o pH e esperar que
a leitura estabilize. Caso seja necessário, pode-se ajustar o pH com a
utilização de uma solução contendo base (NaOH) ou ácido (HCl), para
ajuste de pH baixo ou pH alto, respectivamente.
„„ Retirar o eletrodo da solução quando o pH estiver aferido, lavar nova-
mente com água destilada e secá-lo.
„„ Colocar o eletrodo no tampão neutro e desligar o aparelho.

Assim como o pHmetro possui um eletrodo de íon seletivo para o hidro-


gênio, em laboratórios de análises clínicas, são encontrados eletrodos seleti-
vos de íons (específicos para sódio, potássio, cálcio iônico, lítio), utilizados
amplamente na clínica.
Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis 15

Vidrarias de uso laboratorial


Diferentes utensílios específicos, chamadas vidrarias, são utilizados em labo-
ratórios, em especial para o preparo de soluções e tampões. Existem diferentes
tipos de vidrarias, como béqueres, balões volumétricos, provetas, frascos de
Erlenmeyer, pipetas e garrafas. Os laboratórios, em sua maioria, utilizam
tanto utensílios plásticos quanto de vidro. As vidrarias possuem a vantagem
de reutilização, já que a maioria dos reagentes podem ser removidos com a
limpeza do recipiente, além de serem preferíveis aos materiais plásticos, por
raramente reagirem com os compostos a que são expostas e, por consequência,
não alteram as propriedades das substâncias. Além disso, o plástico contém
microporos que podem reter resíduos nocivos ou tóxicos. Contudo, materiais
de vidro são passíveis de quebra e exigem um maior cuidado no seu manuseio.
Neste item, detalharemos os cuidados, as características e as funções das
principais vidrarias.
As vidrarias necessitam de cuidados especiais, como uma limpeza
adequada e um local apropriado para o armazenamento do material limpo.
A limpeza é realizada de acordo com protocolos restritos de cada laboratório;
contudo, os protocolos mais utilizados podem ser conferidos a seguir.

„„ Lavagem com água e detergente específico para vidrarias com a função


de eliminação de gordura.
„„ Lavagem com água destilada ou deionizada para a retirada de possíveis
sais impregnados nas vidrarias.
„„ Desinfecção com agentes químicos, como álcool isopropílico, etanol,
em casos em que a sujeira é mais profunda.
„„ Desinfecção com hipoclorito de sódio a 1%, caso o material esteja
contaminado. Limpeza comumente empregada para materiais para
uso em cultivo celular.
„„ Esterilização em autoclave para materiais que requerem total descon-
taminação, livres de qualquer microrganismo. Essa limpeza, em geral,
é empregada para materiais de uso em cultivo celular.
16 Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis

Os laboratórios realizam a lavagem com detergente por um período de


24 horas, em que os materiais ficam totalmente imersos até a remoção total dos
agentes contaminantes. Para instrumentos como pipetas, provetas e buretas, a
escova de vidraria é de grande valia, pois chega a locais sem o alcance manual.
Para a remoção de detergentes, a descontaminação com lavagem em água
destilada pode ser realizada, para remoção de íons, possíveis interferentes
em muitas reações bioquímicas.
Após a limpeza, a secagem das vidrarias pode ser feita em temperatura
ambiente ou em estufa de secagem. Posteriormente, os materiais devem ser
armazenados em local fechado, como armários com portas, evitando, por
consequência, a poeira.
Grande parte das vidrarias é produzida com vidro borossilicato, um
material com propriedades que as torna altamente resistentes à altas tempe-
raturas e à quebra mecânica. É interessante ressaltar que mesmo os vidros de
borossilicato se expandem ou dilatam com o aumento da temperatura, mas
essa expansão somente terá importância analítica para trabalhos que exigem
muita exatidão.
Em laboratórios também podemos encontrar vidrarias como frascos âmbar,
com uso para o armazenamento de soluções sensíveis à luz. Frascos de Erlen-
meyer, béqueres e balões volumétricos são utilizados com frequência para a
mistura de sólidos com solventes. Os béqueres, por exemplo, servem para a
mistura de meios de cultivo celular, o preparo de tampões ou o aquecimento
de soluções. Esse utensílio é colocado sob um agitador magnético para a
dissolução de soluções; barras magnéticas ou bastões de vidro também podem
ser uma segunda opção para agitar a mistura; no entanto, não é indicado para
medições precisas de volumes. As provetas graduadas são utilizadas para
medições de líquidos, mas não são resistentes a temperaturas elevadas, assim,
não devem ser aquecidas. As provetas possuem volumes variáveis, de 5 mL a
2.000 mL. É importante ressaltar que o aquecimento de vidrarias volumétricas
pode levar à sua descalibração.
O balão volumétrico é amplamente destinado à mistura de duas substâncias
com volumes precisos. Por apresentar um traço de aferição no seu gargalo,
essa vidraria é direcionada para concentrações previamente estabelecidas.
A mistura da solução se faz por meio de movimentos manuais circulares.
Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis 17

As pipetas volumétricas e graduadas são instrumentos requeridos para


a medição e a transferência de líquidos. Enquanto as pipetas volumétricas
possuem um valor fixo de medição, as pipetas graduadas permitem a trans-
ferência de volumes variáveis, podendo ser de 5 ml, 10 ml, etc.
Em procedimentos de filtração, a vidraria mais indicada para a transfe-
rência de volume são os funis de vidro, com a associação de papel filtro para
a retenção de partículas.
As garrafas de vidro com tampas coloridas são utilizadas para estoque
de meios de cultura ou de tampões. Em laboratórios de cultura celular, essas
garrafas são previamente autoclavadas e, posteriormente, utilizadas para
armazenamento de meio de cultura filtrados. Em adição, em laboratórios
de microbiologia, essas garrafas podem ser autoclavadas juntamente com os
meios de crescimento ou de isolamento bacteriano.
Em laboratórios de química, um utensílio muito utilizado para transfe-
rência de volumes e titulação de soluções que necessitam de volumes exatos
é a bureta. Em laboratórios, de maneira geral, o dessecador é comumente
utilizado para manter substâncias com baixo teor de umidade. É um recipiente
que possui um agente dessecante, o sílica gel, e é lubrificado com silicone e
fechado hermeticamente.
A Figura 7 apresenta as principais vidrarias utilizadas em laboratórios.

Figura 7. Vidrarias. Da esquerda para a direita: balão de fundo redondo, béquer, balão de
fundo chato, tubo de ensaio, balão volumétrico e frasco de Erlenmeyer.
Fonte: Ivan Feoktistov/Shutterstock.com.
18 Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis

Manejo do instrumental descartável


de uso laboratorial
O grande interesse pela implementação de programas de biossegurança em
laboratórios surgiu em decorrência de vários acidentes ocorridos pela ma-
nipulação inadequada de material biológico e pelo descarte incorreto dos
resíduos gerados. Nos anos de 1949 a 1985, nos Estados Unidos e na Inglaterra,
analistas contraíram infecções associadas com Brucella spp., Chlamydia spp.
e Mycobacterium spp. Além disso, o aparecimento da tuberculose, com maior
intensidade, e da epidemia de aids no início da década de 1980, levou a novos
indícios de que a biossegurança não estava sendo uma prioridade. Apenas no
final da década de 1980, houve uma preocupação maciça para a normatização
do descarte correto e seguro desses resíduos. Todos os instrumentos, como
ponteiras, seringas, tubos de armazenamento sanguíneo, de urina ou de fezes,
agulhas, entre outros, que entraram em contato com agentes biológicos, ra-
dioativos e/ou químicos, têm um destino específico, um lugar apropriado para
o seu descarte e que deve estar de acordo com as regras do departamento de
segurança da instituição em questão. Para a manipulação desses instrumen-
tais é obrigatória a utilização de luvas e, em casos específicos, dos demais
equipamentos de proteção individual (EPIs).
Antes de iniciar qualquer metodologia, é essencial conhecer a composição
do material e saber se ele possui risco biológico, se é perfurocortante e se
pode ser caracterizado como lixo reciclável. Todo profissional de laboratório
tem a responsabilidade de conhecer os instrumentais com os quais trabalha,
o seu manuseio e acondicionamento. O lixo laboratorial, quando manipulado
da maneira correta, reduz o risco de acidentes sérios, evitando até mesmo a
contaminação com diferentes agentes, como o vírus da hepatite e do HIV.
O gerenciamento dos resíduos de laboratório possui várias etapas e aqui
destacaremos a caracterização, a segregação e o acondicionamento de resíduos
biológicos ou infectantes, químicos e perfurocortantes, classificados como
Grupo A, Grupo B e Grupo E, respectivamente. Os resíduos biológicos ou
infectantes são classificados no Grupo A, ou seja, que apresentam risco po-
tencial à saúde pública ou ao meio ambiente. Essa classificação foi disposta
pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 306, de dezembro de 2004,
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (BRASIL, 2004).
De nosso interesse, dentro do Grupo A, temos os instrumentais usados tanto
para a transferência quanto para a inoculação ou a dissolução de culturas, assim
como materiais contendo ou não amostras de sangue ou líquidos corpóreos
de forma livre. Entre esses instrumentais estão os seguintes:
Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis 19

„„ placas e garrafas de cultivo;


„„ ponteiras;
„„ placas de Petri;
„„ pipetas Pasteur;
„„ pipetas volumétricas descartáveis.

O descarte é feito por meio da segregação realizada durante a geração dos


resíduos. O acondicionamento deve ser feito em sacos brancos identificados
com o símbolo de risco biológico, com o nome da instituição, do departamento,
do responsável e da data do descarte. O saco branco deve ser posteriormente
lacrado e substituído, quando a sua capacidade máxima for atingida, ou seja,
dois terços da capacidade. É importante destacar que esse saco nunca poderá
ser reaproveitado e, caso ocorra algum vazamento ou ruptura dele, uma segunda
embalagem pode ser adicionada.
Posteriormente, o material para descarte deverá ser autoclavado e destinado
aos aterros sanitários licenciados, ou incinerados. Os materiais que entraram
em contato com microrganismos receberão tratamento (inativação microbiana)
antes de sua saída do laboratório. Por outro lado, instrumentais contaminados
como bolsas transfusionais vazias ou amostras humanas não necessitam de
tratamento prévio.
Os resíduos do Grupo B são substâncias químicas que podem apresentar
risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características
de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade, de acordo com a
Anvisa. Em laboratórios de pesquisa, todos os recipientes ou instrumentais
que tenham sido contaminados por reagentes de laboratório ou por agentes
químicos de média periculosidade, como desinfetantes e metais pesados, ou
de alta periculosidade, como brometo de etídio, fenol clorofórmio, diami-
nobenzidina (DAB) e trizol, fazem parte dos resíduos sólidos do Grupo B.
Nesse caso, materiais como perfurocortantes (seringas, agulhas, recipientes
quebrados, lâminas de bisturi ou de vidro, termômetros de mercúrio), assim
como frascos e ponteiras de plástico ou de vidro, que entraram em contato com
algum resíduo químico terão seu acondicionamento em embalagens rígidas,
para descarte de perfurocortantes, devidamente identificadas como “resíduos
químicos sólidos perfurocortantes”. Os resíduos sólidos, posteriormente, serão
destinados aos aterros sanitários licenciados ou incinerados.
Os resíduos do Grupo E podem acarretar risco potencial à saúde e ao
meio ambiente. Nesse grupo, materiais perfurocortantes ou escarificantes,
limpos ou contaminados, são definidos como resíduos do Grupo E. Dentro do
grupo encontramos lâminas e lamínulas, ponteiras, tubos capilares, ampolas
20 Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis

de vidro, agulhas, seringas com agulhas, lâminas de bisturi e lancetas, além


de instrumentais de vidro quebrados. Esses resíduos são acondicionados em
caixas rígidas e resistentes e identificadas como resíduos infectantes perfuro-
cortantes. Quando a caixa rígida tiver atingido dois terços de sua capacidade
máxima, deve ser encaminhada ao setor de esterilização e, após, aos aterros
sanitários licenciados ou incinerada.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306, de 7 de dezem-


bro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos
de serviços de saúde. Brasília, DF, 2004. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/
documents/33880/2568070/res0306_07_12_2004.pdf/95eac678-d441-4033-a5ab-
f0276d56aaa6. Acesso em: 25 set. 2019.
GILSON. Gilson guide to pipetting. 3rd ed. Middleton: Gilson, 2015. Disponível em: https://
splice-bio.com/wp-content/uploads/2015/10/Gilson-Guide-to-Pipetting-2015_SPRE-
ADS.pdf. Acesso em: 30 set. 2019.
MCPHERSON, R. A.; PINCUS, M. R. (ed.). Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos
laboratorais de Henry. 21. ed. Barueri, SP: Manole, 2013.

Leituras recomendadas
SPLABOR. Micropipeta: conheça todos os tipos de micropipetas e suas diferenças. Brasil,
2018. Disponível em: http://www.splabor.com.br/blog/micropipeta-2/micropipeta-
-saiba-mais/. Acesso em: 18 set. 2019.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Medicina. Cartilha de orientação de des-
carte de resíduo no sistema FMUSP-HC. São Paulo, [201-?]. Disponível em: http://www.
biot.fm.usp.br/pdf/cibio_Cartilha_descarte_de_residuo_FMUSPHC.pdf. Acesso em:
18 set. 2019.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Gestão de resíduos sólidos. Tratamento
prévio e acondicionamento. Florianópolis, 2019. Disponível em: http://gestaoderesiduos.
ufsc.br/acondicionamento/. Acesso em: 18 set. 2019.
ELEUTÉRIO, J. P. L.; HAMADA, J.; PADIM, A. F. Gerenciamento eficaz no tratamento
dos resíduos de serviços de saúde - estudo de duas tecnologias térmicas. In: EN-
CONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 28., 2008, Rio de Janeiro. Anais
eletrônicos... Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_TN_
STP_069_490_11445.pdf. Acesso em: 18 set. 2019.
ESTRIDGE, B. H.; REYNOLDS, A. P. Técnicas básicas de laboratório clínico. 5. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2011.
Equipamentos gerais do laboratório, vidrarias e descartáveis 21

SOARES, J. L. M. F. et al. Métodos diagnósticos. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. (Série
consulta rápida).
XAVIER, R. M.; DORA, J. M.; BARROS, E. (org.). Laboratório na prática clínica. 3. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2016. (Série consulta rápida).
BARKER, K. Na bancada: manual de iniciação científica em laboratórios de pesquisas
biomédicas. Porto Alegre: Artmed, 2002.
MASTROENI, M. F. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. 2. ed. São
Paulo: Atheneu, 2006.
STRASINGER, S. K.; DI LORENZO, M. S. Uroanálise e fluídos biológicos. 3. ed. São Paulo:
Premier, 2000.

Você também pode gostar