Livreto Sae
Livreto Sae
Livreto Sae
COMIDE
SSÃSISTEMATIZAÇÃO
O DE SISTEM ATIZAÇÃODA
DA ASSISTÊNCIA
ASSISTÊNCIA DE DE ENFERMAGEM
ENFERM AGEM
(COMISAE)
(COMISAE)
AVALIAÇÃO
DE
ENFERMAGEM
ANAMNESE E EXAME FISICO (ADULTO, CRIANÇA E GESTANTE)
CURITIBA
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Hospital de Clínicas
Diretoria de Enfermagem
Comissão de Sistematização da Assistência de Enfermagem (COMISAE)
Diretora de Enfermagem
Prof. Dra. Marilene Loewen Wall
Coordenadora da COMISAE
Enfa. MSc. Otilia Beatriz Maciel da Silva
Autores
Profª. Dra. Marilene Loewen Wall (DE) Profº Dr. Marcio Roberto Paes (UCP/DEnf )
Enfª. MSc. Otilia Beatriz Maciel da Silva (DE) Enfª. Esp. Mariá Comparin Machado (UHHO)
Enfª. Mda. Anna Carolina G. Ribeiro (UCP) Enfª. MSc. Maria Luiza Segui (UNP)
Enfª. Esp. Daniele C. R. Bolmowc (UCIR) Enfª. Esp. Mariana Bertotti (UHHO)
Enfª. Esp. Débora C. P. Zatoni (UHHO) Enfª. MSc. Maísa Arantes da Silva (UHHO)
Enfª. Esp. Elaine Zen (UNICLIN) Enfª. Mda. Rosane Maria dos Santos (UCIR)
Enfª. MSc. Élide Vaccari (UNICLIN) Enfª. Dda. Sandra Maria Sheffer (UMRN)
Enfª. MSc. Gisela Maria Assis (CCP) Enfª. R-2 Eunice Maria Aquino (residência
Enfº Esp. Jossandro Rodrigues Cruz (UUEA) multiprofissional)
Enfª. Msc. Kaoana Lima (UHHO) Enfª. R-2 Bruna Savio (residência multiprofis-
Profª Dra. Márcia Helena de S. Freire (DEnf ) sional)
Ficha catalográfica
35p.: il.
4
Lista de Abreviaturas
A - Avaliação
AVP - Acesso venoso periférico
BCNFSS - Bulhas cardíacas normofonéticas sem sopro
C/P - Cabeça e pescoço
COMISAE - Comissão de Sistematização da Assistência de Enfermagem
dL - Decilitro
ECG - Eletrocardiograma
ECOD - Escala comportamental objetiva de dor em crianças
EVA - Escala visual analógica
FC - Frequência cardíaca
FR - Frequência respiratória
HAS - Hipertensão arterial sistêmica
HS - Histórico de saúde
IAM - Infarto agudo do miocárdio
ID - Identificação
mL - Mililitro
MMII - Membros inferiores
MMSS - Membros superiores
MSD - Membro superior direito
MV - Murmúrios vesiculares
O - Dados objetivos
P - Plano terapêutico
RA - Ruídos adventícios
RHA - Ruídos hidroaéreos
S - Dados subjetivos
SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem
SAMU - Serviço de atendimento médico de urgência
SatO2 - Saturação de oxigênio
SCA - Síndrome coronariana aguda
SIH - Sistema de informação hospitalar
SOAP - Subjetivo, objetivo, avaliação, plano terapêutico
SSVV - Sinais vitais
ST - Intervalo do eletrocardiograma
T - Temperatura
UPA - Unidade de Pronto Atendimento
UBS - Unidade básica de saúde
UP - Úlceras por pressão
5
Sumário
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 7
AVALIAÇÃO DO ENFERMEIRO............................................................................ 9
EXAME FISICO......................................................................................................... 12
ELIMINAÇÕES.......................................................................................................... 22
EXAME FISICO: particularidades em pediatria............................................ 25
EXAME FÍSICO: particularidades em gestantes.......................................... 31
EXAME FISICO: particularidades em puérperas.......................................... 34
REFERENCIAS.......................................................................................................... 39
APENDICES.............................................................................................................. 43
ANEXOS..................................................................................................................... 45
6
Introdução
A Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) é uma metodologia ordenada e deliberada que possi-
bilita ao enfermeiro e sua equipe desenvolverem o Processo
de Enfermagem por meio do conhecimento técnico, cientí-
fico e humanos, conferindo-lhe autonomia, respaldo cientí-
fico, legal e satisfação profissional em suas ações.
O desenvolvimento da SAE nos serviços de saúde
converge com preceitos ético-legais da profissão do Enfer-
meiro previstos na Lei do Exercício Profissional 7498/86,
Código de Ética da Profissão e nas Resoluções 272/2002
e 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem, que in-
stituem a SAE nos serviços de saúde.
Para tanto, a Comissão de Sistematização da As-
sistência de Enfermagem (COMISAE – HC/UFPR) foi insti-
tuída em 2012. Desde então, vem trabalhando com diversas
atividades com o objetivo de implementar o Processo de
Enfermagem no HC, embasada em um referencial teórico
que norteie os cuidados de enfermagem, segundo o perfil
da clientela atendida nesta instituição. A COMISAE é formada
por um grupo de enfermeiros voluntários das diversas áreas
da instituição, que se reúne continuamente para planejar e
desenvolver atividades com o intuito de instrumentalizar os
demais profissionais de enfermagem nos aspectos teórico-
práticos para a efetiva implantação do Processo de Enferma-
gem.
Este manual é um instrumento de apoio para a re-
alização do exame físico e padronização dos registros nos
prontuários dos pacientes pelos enfermeiros, poderá ser uti-
7
lizado diariamente ou sempre que houver dúvidas relaciona-
das ao exame físico e/ou registros no prontuário.
Diariamente o Enfermeiro deverá realizar o exame
físico dos pacientes sobre sua responsabilidade, elencar
os diagnósticos de enfermagem prioritários e realizar as
prescrições de enfermagem, bem como, reavaliar e regis-
trar estes dados no prontuário, seguindo o conteúdo deste
manual.
8
Avaliação do Enfermeiro
Anamnese
Identificação do paciente
Histórico de saúde
9
Envolve questões como: potencialidades e limitações, hábi-
tos alimentares, padrão de eliminações, padrão de sono e re-
pouso, presença de desconforto/dor/ansiedade, efeitos ad-
versos da terapêutica, sexualidade, lazer, família, condições
para o autocuidado e resgate das informações relevantes.
Diagnóstico de Enfermagem
Plano de cuidados
10
Veja o exemplo no Apêndice 1
S# Dados subjetivos
O# Dados objetivos
11
rações e nas queixas novas.
- SSVV, SatO2, fluxo e método de oxigenoterapia, vazão de
medicamentos em infusão contínua, exames laboratoriais
(alterações), controle de eliminações, volume de drenos, dis-
positivos, procedimentos, exames, transfusões.
- Escalas: Dor, Glasgow, Ramsay, Escala de Braden, Escala de
Morse, conforme especificidade da unidade.
A# Avaliação
P# Plano Terapêutico
Exame Físico
REGULAÇÃO NEUROLÓGICA
Categorias principais de avaliação:
Aparência (postura e posição; movimentos corporais; ves-
tuário; asseio e higiene).
Comportamento (nível de consciência; expressão facial; fala;
humor/afeto).
12
Cognição (orientação – tempo, lugar, espaço; atenção;
memória remota; julgamento).
Processos de pensamento (conteúdo do pensamento; per-
cepções).
Níveis de consciência:
13
somente gemer murmurar ou mover sem descanso, mas mantém atividade reflexa.
Coma: completamente inconsciente, não responde à dor ou a qualquer estímulo interno
ou externo.
Orientado 5
Confuso 4
MELHOR Palavras inapropriadas 3
Palavras incompreensíveis 2
RESPOSTA VERBAL
Nenhuma 1
Não testável NT
14
A monitorização do nível de sedação é necessária para permitir o melhor ajuste de
doses. Por isso, a escala de Ramsay deve ser anotada pela enfermagem junto aos dados
vitais do paciente.
Escala de Ramsay
Escore Descrição
1 Paciente ansioso, agitado, impaciente ou ambos.
2 Paciente cooperativo, orientado e tranqüilo
3 Paciente que responde somente ao comando verbal
4 Paciente que demonstra resposta ativa a um toque leve na glabela
ou a um estímulo sonoro auditivo.
5 Paciente que demonstra resposta débil a um toque leve na glabela
ou a um estimulo sonoro auditivo
6 Paciente que não responde aos mesmos estímulos dos itens 4 ou 5.
QUADRO 2 – ESCALA DE RAMSAY
FONTE: NASCIMENTO et al (2007)
Dicas
ESCALAsobre
DE Dcomo
OR interrogar o paciente:
• Você tem dor?
• Como você classifica sua dor? (Deixe ele falar livremente e
apresentar quadro e escala)
12
15
CABEÇA E PESCOÇO
Inspeção da ouvidos,
Inspeção: olhos, cavidade
nariz eoral: observar
garganta alterações.alterações.
Inspeção da cavidade oral: observar alterações.
Atentar uso de sondas, próteses e outros.
Atentar uso de sondas, próteses e outros.
GRAUS DE MUCOSITE
Cavidade oral sadia; gengivas normais, rosadas, rugosas e
GRAU ZERO
firmes, sem alterações clínicas visuais; mucosa rosada,
Ausência de mucosite
úmida, sem lesões ou crostas.
Mucosa oral e gengivas edemaciadas, podendo apresentar-
se eritematosas e brilhantes ou com velamento branco-
GRAU 1 azulado; poderá apresentar placas brancas; língua
Mucosite discreta edemaciada, avermelhada e saburrosa; presença de placas
dentárias. Queixa principal: sensação de espessamento,
desconforto ou queimaduras.
Mucosa e gengivas edemaciadas, eritematosas, brilhantes,
com ulcerações locais; lesão inicial ocorre geralmente em
GRAU 2
freio lingual; poderá apresentar sialorreia. Queixa principal:
Mucosite moderada
dificuldade para se alimentar devido à dor ao mastigar ou
deglutir.
Eritema intenso; ulcerações generalizadas, confluentes, com
GRAU 3 placas pseudomembranosas; sangramento; saliva viscosa e
Mucosite severa grande quantidade de sialorreia. Queixa principal: dor intensa
e insuportável, sem condições para mastigar ou deglutir.
GRAU 4 Sangramento e alimentação oral impossível.
QUADRO 3 – ESCALA DE AVALIAÇÃO DE MUCOSITE
FONTE: VOLTARELI et al. (2009)
PELE E ANEXOS
16
Inspeção e palpação: cor, áreas com alteração de coloração; temperatura; umidade;
PELE E ANEXOS
17
bloqueada por tecido desvitalizado.
Suspeita de lesão tissular profunda: Área localizada, escurecida, com consistência ou
temperatura diferenciada do tecido subjacente, pele íntegra.
Obs.: Não se classifica UP reversamente
A escala de Braden é adotada na instituição para avaliação
de pacientes adultos,
A escala de Braden quanto
é adotada ao riscopara
na instituição para desenvolvimento
avaliação de pacientes adultos,
de úlceras
quanto por desenvolvimento
ao risco para pressão (UP).deDeveúlcerasserporaplicada
pressão (UP). Deve ser aplicada
diariamente,
diariamente, no momento
no momento doquando
do exame físico, exame físico, da
a inspeção quando a realizada
pele também
inspeção da pele também realizada
ESCALA DE BRADEN – RISCO PARA ULCERA POR PRESSÃO
(Avaliar somente na ausência de UP)
1 2 3 4
Percepção Totalmente Muito limitado Pouco limitado Nenhuma limitação
Sensorial Limitado
Umidade Completamente Muito molhado Ocasionalmente Raramente úmido
molhado Molhado
Atividade Acamado Confinado à Anda caminha
cadeira Ocasionalmente
Mobilidade Totalmente Muito limitado Pouco limitado Sem limitação
imóvel
Nutrição Muito pobre Inadequada Adequada excelente
Fricção e Problema Problema em Sem problemas ----
cisalhamento potencial
Abaixo de 12 13 ou 14 16 ou 16
Risco elevado Risco moderado Risco mínimo
QUADRO 4 – ESCALA DE BRADEN
FONTE: SILVA et al (2010)
TÓRAX
Função pulmonar
Inspeção: alterações e assimetrias,
14 padrão respiratório (rit-
mo, frequência e profundidade), posicionamento no leito
observar expansão e simetria, durante o movimento respi-
ratório.
Função cardio/vascular
ABDOME
19
MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES:
20
Sinal da Bandeira: consiste em menor mobilidade da
panturrilha empastada ao se comparar um membro inferior
com outro, durante a palpação.
21
na.
Eliminações
Eliminações
EVACUAÇÃO: Atentar para aspecto, consistência e odor das
fezes (líquidas, semipastosas, pastosas, melenas, hemato-
quesia, presença de muco, etc).
ACUAÇÃO: Atentar para aspecto, consistência e odor das fezes (líquida
DIURESE: O volume urinário de 24 horas em várias idades é
ipastosas, pastosas, melenas, hematoquesia, presença de muco, etc).
dado na tabela abaixo:
RESE: O volume
Volumeurinário
urináriodede
2424
horas emem
horas várias idades
relação é dado na tabela abaixo:
a idade.
ume urinário de 24 horas em relação a idade.
17
22
• Disúria: dor à micção;
• Noctúria ou nictúria: predomínio da diurese noturna;
• Incontinência urinária: perda involuntária da urina.
Alterações do Volume Urinário
• Enurese noturna: micção durante sono
DISPOSITIVOS:
Não: 00
Dispositivo intravenoso Sim: 20 __________
Normal/ Imóvel: 00
Marcha Marcha fraca: 10
Marcha prejudicada: 20 __________
Orientado para sua capacidade: 00
Estado mental Esquece de suas limitações: 15 __________
QUADRO 6 – ESCALA DE MORSE
FONTE: URBANETTO et al (2013)
Exame Físico
Particularidades em Pediatria
25
Atenção: devemos evitar explicações cansati-
vas aos familiares e crianças (ou seja, oferecer
informações para as quais os envolvidos não
tenham interesse); realizar o exame o mais
Iniciar o processo de maneira decidida, independente da reação da criança,
sempre com a colaboração da mãe/pai/acompanhante, inclusive o exame poderá ser
rápido possível; e avaliar áreas dolorosas por
realizado no colo dos mesmos, discutir os achados com a família e indagar sobre as
último.
condições anteriores à internação.
26
IDADE FR / MINUTO IDADE Pressão arterial
(mmHg)
RN 30 – 60 1 ano 106/58
2 anos 110/63
< 1 ano 25 – 35
3 anos 113/67
5 anos 116/74
4 - 5 anos 20 – 25
6 anos 117/76
8 anos 120/80
> 10 anos 12 – 16
RN 10 4 8
Criança 15 6 12
Infantil 22 9 18
Adulto pequeno 26 10 24
QUADRO 11 – VALORES DE TAMANHOS DE MANGUITOS PARA AFERIÇÃO DA PRESSAO
ARTERIAL, SEGUNDO ESTAGIO DE DESENVOLVIMENTO E CIRCUNFERÊNCIA BRAQUIAL
FONTE: WONG’S (2009)
27
21
ESCALA COMPORTAMENTAL OBJETIVA DE DOR EM
CRIANÇAS (ECOD)
ESCALA OBSERVACIONAL LLANTO
ESCALA COMPORTAMENTAL OBJETIVA DE DOR EM CRIANÇAS (ECOD)
Utilizada para OBSERVACIONAL
ESCALA crianças que LLANTO
não conseguem ver-
balizar sua DOR ou não a consegue analisar (dizer seu escore)
Utilizada para crianças que não conseguem verbalizar sua DOR ou não a
mediante uma Escala Numérica ou Escala Visual Analógica
consegue analisar (dizer seu escore) mediante uma Escala Numérica ou Escala Visual
(EVA). Pode também ser utilizada para confrontar o escore
Analógica (EVA). Pode também ser utilizada para confrontar o escore indicado pela
indicado pela criança com as suas reações perante a dor, em
criança com as suas reações perante a dor, em situações de discordância avaliativa.
situações de discordância avaliativa
28
Vale lembrar que as crianças
e também os adolescen-
tes podem ter dificuldade
para localizar a dor, e para
tanto bonecas e desenhos
poderão ser utilizados em
uma intervenção terapêu-
tica de enfermagem para
aferição da dor como quinto
sinal vital.
Assim, os mesmos poderão
apontar o local do corpo
que sente dor; e/ou colocar
um pedaço de fita no local,
neste caso pode-se traba-
lhar com fitas coloridas para indicar intensidade da dor (tipo
semáforo); ou pintar a região que dói, nesta situação pode-se
estabelecer a relação da cor com a intensidade também.
Registros necessários:
• Registrar o tipo de escala de escore de dor utilizada e sua
quantificação pela criança ou pela enfermagem por perío-
dos (frequência vai ser determinada pela intensidade). Data
e horários sempre.
• Registrar os possíveis sinais ou efeitos da dor: respiração,
náusea, vômito, solicitação de alívio da dor, limitação de
movimento, fácies, intensidade do choro, humor, interação,
qualidade do sono, inapetência etc.
• Registrar intervenções (farmacológica com ou não): com-
pressas, analgesia prescrita, mudança de posição, brincadei-
ra, caminhada, jogos, etc.
• Registrar avaliação dos resultados das ações.
29
• Registrar a comunicação ao profissional médico respon-
sável nos horários de maior expressão da dor e a conduta
tomada.
Instruções:
Pinte nos desenhos os locais onde você sente dor.
Certifique-se de pintar todas as áreas (grandes e pequenas)
onde sente dor.
30
Exame Físico
Particularidades em Gestantes
Altura uterina: fixar a fita métrica no meio da borda superior
da sínfise púbica, deslizá-la sobre a superfície mediana da
parede abdominal, com a borda cubital da mão, até o encon-
tro do fundo uterino. Através da palpação do corpo uterino
avalia-se a forma e a consistência do útero; bem como, o tô-
nus muscular uterino.
31
Circunferência abdominal: Medido com fita métrica na al-
tura da cicatriz umbilical. Através da palpação percebe-se a
consistência, contratilidade e movimentos fetais.
Se os valores da circunferência abdominal ou do fundo do
útero são maiores que aquelas normais, poderemos con-
siderar a possibilidade de gestação gemelar, fetos macros-
somos, ou excesso de líquido amniótico.
32
Batimentos Cardiofetais (BCF): Tem por objetivo constatar
a cada consulta a presença, o ritmo, a frequência e a normali-
dade dos batimentos cardíacos fetais (BCF). Deve-se posicio-
nar a gestante em decúbito dorsal, com o abdômen desco-
berto; identificar o dorso fetal. Além de realizar a palpação,
deve-se perguntar à gestante em qual lado ela sente mais
os movimentos fetais; o dorso estará no lado oposto. Procu-
rar o ponto de melhor ausculta dos BCF na região do dorso
fetal; controlar o pulso da gestante para certificar-se de que
os batimentos ouvidos são os do feto, já que as frequências
são diferentes, contar os batimentos cardíacos fetais por um
minuto, observando sua frequência e ritmo e anotar.
33
Exame Físico
Particularidades em Puérperas
Os sinais vitais, a inspeção das mucosas, de edema
em face tronco e membros, de varizes em membros infe-
riores, e a ausculta cardiopulmonar deverão ser avaliados
no período pós-parto, para que tenha a detecção prévia de
quadros hemorrágicos e/ou febris. Neste período, a mulher
deverá ter uma avaliação mais específica que englobe a
inspeção das mamas, a palpação uterina, avaliação da ferida
cirúrgica em região suprapúbica ou em períneo, avaliação
da genitália externa e das eliminações uterinas (lóquios) e
da urina, pois muitas vezes, são elementos preditivos de in-
fecções.
34
3. Verificar a presença de vasocongestão, calor, ingurgita-
mento e algia mamária;
4. Avaliar a pele, elasticidade e formato dos mamilos; a pre-
sença de sinais flogísticos (dor,calor, rubor) e/ou infecciosos,
e de fissuras nos mamilos;
5. Aplicar a manobra de expressão ou descarga papilar, ava-
liando as características da secreção ejetada.
6. Detectar a presença de nódulos nos linfonodos cervi-
cal, infra/supraclavicular e axilar, com intuito de averiguar a
instalação de um quadro infeccioso.
Palpação uterina
Tem por objetivo acompanhar a involução uterina
até o estado não gravídico. A involução uterina deve acom-
panhar os períodos puerperais, isto é, pós-parto imediato
(após a expulsão da placenta até o 10º dia), pós-parto tardio
(11º - 45º dia) e pós-parto remoto (46º dia).
35
Atentar
a. Se o útero estiver amolecido e acima da cicatriz umbilical,
no pós-parto imediato, verificar a possibilidade de atonia ou
hipotonia uterina e avaliar atentamente os SSVV, buscando
evidências de infecção;
b. Na segunda semana pós-parto, o útero deverá retornar a
uma posição em que dificulte a palpação. Caso ocorra, con-
siderar atonia/hipotonia uterina e retenção de fragmentos
placentários e verificar a presença de quadro infeccioso.
Atentar:
a. Para as eliminações placentárias com odor fétido, alter-
ações na cor e quantidade, acompanhadas de febre superior
37
com 38°C, são indicativos de infecção. Será preciso reforçar a
verificação contínua dos sinais vitais;
b. Para a quantidade e coloração da eliminação urinária. Sus-
peitar de atonia vesical quando observada oligúria ou anúria;
c. Para os sinais de hemorragia: hemorragia exsanguinante
(perda abrupta de mais de 1500 mL), sangramento intenso
(perda brusca ≥ 150 ml ou mais de 02 absorventes noturnos
em 20 minutos), sangramento moderado (60 a 150 ml em 20
minutos ou 01 absorvente noturno), sangramento leve (≥ 60
ml em 6 horas = 01 absorvente normal).
38
Referências
39
vereiro de 2007.
40
Janeiro: Elsevier, 2012.
41
Acesso em 10/02/2014.
42
Apêndice 1 – Exemplo de Avaliação inicial do Enfermeiro
43
Apêndice 2 – Exemplo da Avaliação diária
34
44
Anexo 1 – Diagnósticos de Enfermagem –Taxonomia II da NANDA- I, utilizados no HC/UFPR
Domínio Classe Diagnóstico de Enfermagem n .SIH
2 - NUTRIÇÃO
2 1 Nutrição desequilibrada: menos que as necessidades 271
corporais
2 1 Deglutição prejudicada 272
2 4 Risco de glicemia instável 316
2 4 Risco icterícia neonatal 286
2 4 Icterícia neonatal 287
2 5 Risco de função hepática prejudicada 268
2 5 Volume de líquidos excessivo 270
3 - ELIMINIÇÃO E TROCA
3 1 Eliminação urinária prejudicada 291
3 2 Constipação 273
3 2 Diarreia 274
3 4 Troca de gases prejudicada 288
4 - ATIVIDADE/REPOUSO
4 1 Padrão de sono prejudicado 317
4 2 Mobilidade física prejudicada 299
4 2 Mobilidade física prejudicada (equipamento de tração) 300
4 2 Mobilidade física prejudicada (gesso) 301
4 3 Fadiga 278
4 4 Débito cardíaco diminuído 314
4 4 Intolerância a atividade 318
4 5 Déficit de auto cuidado - alimentação 276
4 5 Déficit de auto cuidado - banho 277
5 - PERCEPÇÃO/COGNIÇÃO
5 1 Negligência unilateral 280
5 4 Confusão aguda 281
5 5 Comunicação verbal prejudicada 282
7 - PAPÉIS E RELACIONAMENTO
7 1 Amamentação ineficaz 306
7 1 Amamentação interrompida (definitiva) 307
7 1 Tensão do papel do cuidador 319
8 - SEXUALIDADE
8 2 Padrão de sexualidade ineficaz 283
9 - ENFRENTAMENTO/TOLERÂNCIA AO ESTRESSE
9 2 Ansiedade 137
9 3 Comportamento desorganizado do lactente 321
11 - SEGURANÇA/PROTEÇÃO
11 1 Risco de infecção 322
11 2 Risco de aspiração 323
11 2 Risco de quedas 279
11 2 Mucosa oral prejudicada 285
11 2 Risco de choque 292
11 2 Recuperação cirúrgica retardada 293
11 2 Integridade tissular prejudicada (ferida cirúrgica não 294
complicada)
11 2 Integridade tissular prejudicada (ferida complexa) 295
11 2 Integridade tissular prejudicada (cateteres e drenos) 296
11 2 Integridade tissular prejudicada (dermatite por 297
incontinência)
11 2 Integridade tissular prejudicada (estomas intestinais) 298
3445
11 2 Risco de integridade da pele prejudicada (UPP) 302
11 2 Risco de integridade da pele prejudicada (dermatite por 303
umidade)
11 2 Risco de integridade pele prejudicada (dermatite 304
periestomal)
11 2 Risco de trauma vascular 305
11 2 Desobstrução ineficaz de vias aéreas (via aérea superior) 309
11 2 Desobstrução ineficaz de vias aéreas (tubo orotraqueal) 310
11 2 Desobstrução ineficaz de vias aéreas (traqueostomia) 311
11 3 Risco de suicídio 284
11 2 Risco de síndrome de morte súbita do lactente 324
11 5 Risco de resposta adversa a meio de contraste com iodo 315
11 6 Termorregulação ineficaz 325
12 – CONFORTO
12 1 Conforto Prejudicado 264
12 1 Dor crônica 265
12 1 Dor aguda 266
12 1 Náusea 267
PROBLEMAS DE ENFERMAGEM
Cuidados de Enfermagem no período pré-operatório 312
Cuidados de Enfermagem no período pós – operatório 313
46
35