Paper Elineide Raiane
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REGULAR
RESUMO
Este projeto tem como objetivo analisar a inclusão educacional e suas perspectivas diante de uma
sociedade que ainda não está preparada para aceitar as diferenças. Muitas vezes a questão é: se a
inclusão realmente acontece e se sim, como? Todas as leis garantem direitos às pessoas com
necessidades especiais? E o desafio de alcançar a inclusão dentro da turma onde quase todos os alunos
são neuro típicos, refletindo sobre o ambiente escolar e mudanças em seus espaços para acomodar a
inclusão. Além de debater se o professor está pronto para ensinar as diferenças e analisar a formação
que os educadores recebem quando ao longo do ensino, estas são algumas das preocupações
abordadas neste estudo, o processo de inclusão e os agentes envolvidos nesse processo, tais como: a
sociedade, a família, a própria escola e educadores. É necessário, portanto, que toda a comunidade
(família, escola, educadores), encontre uma forma de melhorar a qualidade de vida acadêmica em
cada disciplina juntos e que os alunos sem necessidades possam aprendam com exemplos de
aceitação, em casa, na escola, na sociedade para poder aceitar as diferenças, sendo empáticos com a
dificuldade do outro.
1. INTRODUÇÃO
É importante que o aluno da inclusão se conheça e se aceite para que a partir deste momento
o educador possa conhecê-lo e formular um programa melhor para atendê-lo, já que adaptações
precisam ser feitas de acordo com os limites de cada pessoa. Outro aspecto importante é a abertura
de falar na escola sobre diversidade, diferenças e suas questões. É necessário discutir as possibilidades
e os desafios da inclusão no contexto escolar para compreender os limites e, contudo, destacar as
diferenças e como abordá-las no ambiente de ensino. Essa é uma questão importante, uma vez que
quando surge este assunto, pergunta-se se a escola é realmente aberta a todos e se estão preparados
para acolher o que foge dos padrões imputados na sociedade. Pensar em como esse processo acontece,
em quais são os avanços, as dificuldades, e quais questões que foram examinadas para construção
deste projeto.
Sabemos que qualquer ambiente escolar permite a aprendizagem e que quando está inserido
em nessa rotina, o aluno amplia sua visão de mundo, vivências e experiências, aumentando as
possibilidades de conhecimento. Segundo Brasil (1996), é por isso que a escola acaba contribuindo
positivamente para a vida dos seres humanos e é responsável por responder a todas e qualquer tipo
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I – dd/mm/aa
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de diversidade, oferecendo assim o que se espera em relação a qualidade para todos. No entanto, a
escola enfrenta um grande desafio: a inclusão de alunos com deficiência.
Este projeto parte de uma prática educativa diante desse desafio da inclusão, particularmente
quando este processo ocorre no ensino regular. É importante a criança aprender a conviver com a
diferença, a aceitar o que é diferente e a compreender que a escola e a sociedade têm a obrigação de
acolher a todos, bem como, oferecer educação de qualidade, voltada não apenas para a vida escolar,
mas também a sua integração na sociedade e no mercado de trabalho.
Através da inclusão, as crianças começam a desenvolver todas as suas capacidades, bem como
o processo de socialização, começa a se preparar para enfrentar novos desafios, para fazer um mundo
melhor, onde não haja discriminação devido às diferenças. Segundo Mantoan (2003), inclusão é o
privilégio de conviver com as diferenças. A escola deve ser um espaço onde toda a diversidade seja
levada em conta, porque as pessoas são diferentes entre si e cada um apresenta sua individualidade e
singularidade, ao longo da vida escolar, essas diferenças serão destacadas, pois uma se destacará da
outra em uma determinada área e assim por diante. Portanto, todas as diferenças devem ser respeitadas
e deve ser levado em consideração no processo de ensino-aprendizagem, assim como no contexto da
interação social.
Para que a inclusão seja efetiva, muitos desafios devem ser superados, é necessária uma
reestruturação do programa escolar, formação de professores, para que eles saibam tratar
adequadamente essas pessoas, passando a contribuir de forma correta, positiva e significativa em seu
processo de ensino-aprendizagem.
A busca por uma sociedade igualitária, um mundo em que os homens gozar
da liberdade de expressão e de crença e poder desfrutar condição de viver
livre do medo e da necessidade, para um mundo em que o reconhecimento
da dignidade inerente a todos os seres humanos e a igualdade de seus direitos
inalienáveis é o fundamento da autonomia, justiça e a paz mundial, levou à
criação da Declaração Universal de Direitos Humanos, que representa um
movimento internacional cujo Brasil é signatário (FACION, 2008, p. 55).
O objetivo deste trabalho é abordar o assunto e mostrar como se deu esse processo de inclusão,
em que contexto histórico nasceu, quais leis proteger essas pessoas, para poder discernir melhor quais
são os direitos e deveres do instituições e sociedade. Mostrar que o processo de inclusão não deve
acontecer por acaso no ambiente escolar, mas na vida em sociedade, conferindo também direitos à
integração em um mercado de trabalho que os torne cidadãos competentes.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Pessoti (1984) relata que a inclusão ainda é um assunto muito controverso, pois mesmo com
a necessidade de inclusão e universalização da educação, as pessoas com deficiência continuam
diferente. No passado, a rejeição estava inscrita no código de Hamurabi, Aristóteles e Herófilo,
gravou alguns temas relacionados com a deficiência mental, estas foram as primeiras gravações sobre
o assunto. O autor explica ainda que neste momento histórico não há muitos conteúdos de literatura
sobre o assunto, mas podemos dizer que em Esparta, por exemplo, as crianças e pessoas com
deficiência eram consideradas subumanas e abandonadas, a sociedade não aceitava a interação nem
socializar com pessoas com deficiência.
Naquela época, as pessoas com deficiência eram consideradas fora da norma e muitos termos
têm sido usados até hoje para nomeá-los. Os termos que se referiam as pessoas com deficiência eram
vários, partindo de retardados, as pessoas excepcionais, as pessoas com necessidades educativas
especiais, pessoal especial, tudo numa tentativa de mascarar a deficiência.
Mendes (1995) afirma que na Idade Média, segundo a visão da Igreja Católica, os pais que
tinham filhos deficientes mereciam ser punidos por qualquer motivo, é por isso seus filhos nasceram
deficientes. Naquela época, essas pessoas deveriam viver isoladas da sociedade, porque era
consequência da sua própria incapacidade, sendo assim considerados incapazes durante toda a vida,
foram muitas vezes abandonados e à mercê da caridade. O autor também especifica que na Idade
Média as pessoas com deficiência eram isoladas e ficavam escondidas atrás dos muros das
instituições. Contudo, nestas instituições, as pessoas com deficiência não eram bem tratadas, pois
dependiam da caridade e muitas vezes eram até punidos.
O Renascimento surgiu no século XV, mas ganhou destaque no século XVI e os valores foram
muito diferentes dos valores da média de idade. E foi durante o Renascimento que autores que se
interessam pelas pessoas com deficiência, Jimenez (1994) define alguns deles:
- Bauer (1443 - 1485), que se refere aos seus estudos sobre surdos-mudos, na obra “De Invenção
Dialética” porque a comunicação se faz através da escrita.
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- Irmão Pedro Ponce de León (1509-1584), também baseou suas obras nas crianças surdo, é
considerado o pioneiro da educação de surdos através da criação de método oral, escreveu o livro
“Doctrina para los surdos”.
- Charles Michel de l'Epée (1712-1789) criou a primeira escola pública para surdos.
- Valentin Hauy (1746-1822) criou um instituto para crianças cegas em Paris, criou o
sistema braile.
Também nesta época, além de publicar obras, foram criadas escolas para alunos deficientes,
destacam-se muitas personalidades deficientes como Camões (cego), Johannes Kepleer (cego),
Beethoven (surdo), todos deficientes físicos (CARMO, 1991).
Ferreira e Guimarães (2003) afirmam que foi na era moderna que o homem se tornou
entendido como um animal racional e se esforça para alcançar a igualdade. Eles gostam de observar
e começam a querer descobrir as leis da natureza, deixando de lado as leis divinas.
Isso aconteceu porque essas pessoas não conseguiam levar uma vida normal, apesar de ser
capazes e nem sequer conscientes dos seus direitos e responsabilidades como cidadãos, deixando-os
então excluídos da vida em sociedade.
Segundo o autor, o número de instituições está aumentando e com esse ensino as necessidades
especiais tomam um novo rumo, são criadas as primeiras escolas para cegos, surdos e deficientes
mentais.
Pereira (1993) afirma que com o aumento do número de instituições especializadas seria
possível resolver problemas de deficiência através da educação especial e para isso foi necessário
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É neste momento que entram em vigor os direitos humanos, que passam a ser responsáveis
por grandes conquistas, sendo aquelas que se enquadram no nível da igualdade, que então se refere
ao processo de inclusão e não de segregação, que diz que essas pessoas têm direito à inserir-se em
um contexto social e educacional sem ser preconceituoso ou rejeitado.
No Brasil, foi a partir da década de 1950 que começamos a falar em inclusão, e Educação
especial. Bueno (1993) afirma que no Brasil esse processo de inclusão ocorreu através da criação do
Instituto Imperial para Crianças Cegas e do Instituto para Surdos e Mudos ambos criados no Rio de
Janeiro.
Jannuzzi (1992) afirma que na década de 1920, sob influência da Escola Nova, a educação
brasileira passa por reformas, a começar pela chegada de especialistas europeus formar professores
brasileiros, dando um novo rumo à educação especial. Em 1932, é fundada em Minas Gerais a
Sociedade Pestalozzi, instituto criado para atender desabilitado.
Nas décadas seguintes, a educação especial continuou a expandir-se por todo o país, com
algumas entidades privadas e autoridades públicas também começam a agir positivamente campanhas
nacionais de educação para pessoas com deficiência.
Mendes (1995) afirma ainda que era mais preciso na década de 1950 do que nos últimos anos,
as campanhas lideradas pelo governo foram de fato implementadas e os indivíduos que a incapacidade
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era presumida. Durante o período militar, as instituições privadas de ensino, e influenciada pela
Sociedade Pestalozzi, a APAES surgiu ao longo do território nacional.
Segundo Nunes e Ferreira (1994), neste período houve uma grande conscientização pública
sobre o movimento pela inclusão de pessoas com deficiência e em 1981 realizou-se o “Ano
Internacional das Pessoas com Deficiência”.
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Como resultado, notou-se uma evolução nos dados fornecidos pelo Ministério da Educação
na Atenção Especializada (BRASIL, 1991).
Essa trajetória de lutas e busca pelos direitos e deveres das pessoas com deficiência é marcada
por instituições privadas e filantrópicas, tiveram papel determinante, foram estas instituições que
organizaram grandes movimentos pelos direitos destas pessoas, elas passaram a denunciar os
preconceitos e discriminações sofridas pelas pessoas com deficiência, questionando também a falta
de programas educacionais básicos.
Para Bueno (1993), a educação das pessoas com deficiência proporciona, no âmbito do
sistema educacional para promover a capacitação desses indivíduos, onde desenvolverão seus
personalidade, participará ativamente da sociedade, caso esteja inserido no mercado de trabalho em
que agirão de acordo com seus limites.
Além disso, a Constituição Federal (1988) garante em seu artigo 205 que a educação é direito
de todos e dever do Estado e da família. Em seguida, no artigo 206, estabelece a igualdade de
condições de acesso e permanência na escola. O artigo 208 estabelece o atendimento educacional
especializado, oferecido preferencialmente na rede regular de educação, também é garantida pela
Constituição Federal. Pode-se dizer que com a Constituição Brasileira de 1988, todos passaram a ter
direito à educação, incluindo pessoas com deficiência, recebem assistência e assistência em ensino
regular.
Por fim, entende-se que para que haja educação para todos é necessário transformar a
mentalidade da sociedade que, ainda hoje, transmite muitas ideias preconcebidas e preconceitos. Não
devemos apenas fazer um movimento de inclusão, mas também um movimento de respeito para os
outros, porque como cidadãos, todos precisam ser acolhidos e aceitos pelas suas diferenças e só então
a igualdade será alcançada.
Hoje finalmente falamos de inclusão educacional, em que esses alunos com necessidades
especiais ensino especializado está obrigatoriamente inserido na rede regular de ensino, tanto no
ensino público como no ensino privado. Porém, para atender esse aluno, a lei também prevê uma
preparação pelo estabelecimento.
Neste contexto, a inclusão de pessoas com deficiência torna-se um aspecto social porque
educativo, não só a escola deve estar preparada para acolher o aluno com deficiência, mas também a
sociedade. Assim, a Constituição Federal de 1988 estabelece:
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A Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990) visa responder as necessidades
fundamentais de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos. Em seu artigo 3º, a Declaração
trata da universalização do acesso à educação e do princípio da equidade. Especificamente em relação
à educação de alunos com deficiência, o documento diz:
Segundo Brasil (1994), em 1994 a Política Nacional de Educação Especial, que visa a
integração de alunos com deficiência na classe regular, em que estipula que as crianças têm a mesma
condição de seguir o ensino comum da mesma forma de alunos sem deficiência. Com esta nova
perspectiva, entendemos que uma peça não é homogênea e que cada um evoluirá no seu tempo, o que
valoriza os diferentes potencial, mantendo assim a responsabilidade da educação exclusivamente para
os alunos de educação especial, as escolas têm o dever de servir todas as crianças, independentemente
do seu estatuto, e suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras.
Artigo 24 desta Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006) reconhece
o direito à educação sem discriminação e com oportunidades iguais para Pessoas com Deficiência.
Este artigo estabelece que os Estados devem garantir que as pessoas com deficiência não são
excluídas; pessoas com deficiência podem ter acesso à educação fundamentos inclusivos, de
qualidade e gratuitos; acomodações razoáveis de acordo com necessidades individuais; as pessoas
com deficiência recebem o apoio necessário; e realizar o desenvolvimento em todas as áreas do
conhecimento com inclusão plena.
Dar a todos o direito à educação regular quando necessário tem direito ao AEE (Atendimento
Educacional Especializado), realizando sempre levando em consideração as necessidades de todos.
Lei nº 9.394, de 20/12/96 de dezembro de 1996 (LDB – Lei da Educação Básica Nacional) A Lei de
Orientações e Bases da Educação Nacional – a mais recente LDB, Lei nº. Decreto nº 9.394, de
20/12/96 dedica integralmente o Capítulo V à educação especial. É importante ressaltar que a LDBEN
garante, em seu artigo 59, que os sistemas educacionais garantirão que os alunos com necessidades
especiais:
Diante de todas as afirmações, cabe à pessoa garantir todos os direitos da pessoa com
deficiência, criando espaço adequado, programa, métodos e técnicas próprios, e esses alunos
atendidos na educação especial devem estar preparados para se efetivarem na vida social. Portanto,
os professores também precisam ser mais bem educados e treinados para que podem educar as pessoas
com deficiência para se tornarem cidadãos capazes de participar da vida em sociedade, prontos para
ingressar no mercado de trabalho.
Para Morin (2004, p. 11), “a educação só pode ser viável se for uma parte integrante do ser
humano. Uma educação que aborde a totalidade aberta do ser humano e que não apenas um de seus
componentes.
nossa pátria, mas também permitir que esta consciência se traduza num desejo de alcançar a cidadania
terrena. (MORIN, 2004, p. 18).”
Ao pensar em inclusão automática, é preciso pensar na formação de professor, pois ele deve
estar pronto para trabalhar com esse aluno com deficiência.
Segundo o autor, o problema também está ligado à falta de capacitação dos profissionais porque não
estão qualificados para trabalhar com alunos com deficiência, e muito menos inseri-lo em um
contexto de classe, onde eles têm o direito direto educação de qualidade sem sofrer qualquer forma
de discriminação.
Porém, para que isso aconteça, o profissional deve estar preparado para receber esse aluno,
cabe ao sistema também realizar mais treinamentos e preparar o profissional, bastando só têm leis
que protegem a inclusão de crianças com deficiência no ensino regular se não tiverem profissional
preparado e nem capaz disso, a desvalorização dos professores, é outro problema relacionado está
relacionado à formação e qualificação desses profissionais, além de treinamento na própria
universidade.
Segundo o autor, as crianças com deficiência têm direito a um professor do ensino regular e
professor especializado nas mais diferentes necessidades, para que possam fazer uma trabalhar juntos
e garantir uma educação de qualidade para essas pessoas.
Segundo Mittler (2003, p. 35), “inclusão implica que todos os professores direito de esperar e
receber preparação adequada na educação e formação iniciais desenvolvimento profissional contínuo
ao longo de sua vida profissional”.
Pode-se dizer que além de um processo de formação continuada em que o profissional tem
direito, desde a sua formação até ao final da sua carreira profissional, é necessário também que esse
profissional analisa sua prática e se autoanalisa, buscando assim o crescimento, tentar buscar novos
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conhecimentos e novas práticas para melhor atender esses alunos, como o professor é a principal
ferramenta no processo de inclusão. No entanto, deve ser ajudou, porque sozinho não pode levar a
cabo este processo nem garantir uma educação de qualidade nem inclusiva.
Para tal, é necessário “preparar todo o pessoal envolvido na educação, como fator chave para
a promoção e progresso das escolas inclusivas” (DECLARAÇÃO SALAMANCA, 1994 pág. 27).
Devemos então preparar esses profissionais para poder atender melhor o indivíduo deficiente
e para que haja efetiva promoção e sucesso académico, tornando-os capazes de se integrarem na vida
em sociedade e no mercado de trabalho.
Por fim, entende-se que o profissional ainda não está preparado e que ele tem o direito de ser
formado, porque a culpa é sempre do professor que não está motivado até desinteressados, mas a
realidade é que não recebem formação nem incentivos fazê-los, o que gera falta de ensino de
qualidade e falta de preparo para eles estudantes.
3. CONCLUSÃO
O processo de inclusão educacional ainda não se concretizou, existem leis que proteger esses
indivíduos, eles estão inseridos em um contexto educacional regular, mas a realidade é outra, porque
a aprendizagem e o desenvolvimento das suas competências não acontecem de fato habilidades. É
necessário melhorar as necessidades relacionadas à prática de ensino e o próprio sistema educativo.
É importante pensar que todos são responsáveis por esse processo de inclusão e não apenas
instituições de ensino, mesmo sabendo que são as mais responsáveis e sempre eles devem estar mais
bem preparados para atender pessoas com deficiência. No entanto, a empresa é também uma
obrigação promover ainda mais estas questões, que estão ligadas à educação de qualidade e a
integração das pessoas com deficiência na sociedade e no mercado de trabalho é preciso assumir essa
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causa e lute pela dignidade humana e por essas pessoas com deficiência têm lugar não só nas escolas,
mas também em todos os segmentos sociais.
Ressalta-se que todos são responsáveis pela inclusão, tanto a sociedade como a escola, porque
todos os cidadãos participam de uma sociedade organizada, onde existem leis que devem ser seguidas.
Para conseguir isso, é necessário defender os direitos das pessoas com deficiência, quer sejam são
aceitos em todos os segmentos para que suas dificuldades sejam respeitadas.
Por outro lado, a escola deve desenvolver melhor o seu projeto de política educacional para
que esses alunos com deficiência possam ser adequadamente acomodados. Os professores devem
prepare-se para enfrentar esses desafios que serão introduzidos no ambiente escolar.
Vemos que as dificuldades ainda são inúmeras, que esse problema se refere um problema
educacional estrutural em todo o país, que o processo de inclusão gera novas situações, que englobam
muitos desafios e muitas dificuldades, e esse contexto só vem reafirmar que o sistema precisa de
mudanças que visem melhorar a educação de modo geral, tanto os relativos à qualidade do ensino
como os relativos ao processo de ensino-aprendizagem para alunos com deficiência.
Conclui-se que neste processo de inclusão, as mudanças nas leis foram apenas um primeiro
passo, ainda há um longo caminho a percorrer. As leis devem sair dos jornais e tornar-se realidade,
não apenas dentro dos muros das instituições, mas também fora delas, contemplando toda a sociedade
e que este caminho de lutas traga novas conquistas possibilidades de acesso a todas essas pessoas.
REFERÊNCIAS
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11 de agosto de 1991.
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