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Princípios de Gestão Financeira

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Princípios de Gestão

Financeira
TESP de Serviços de Restauração e Catering
Ano letivo: 2020/2021

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

A gestão financeira está ligada à comunicação dos


relatórios financeiros de uma empresa, suportando
funções como planear e tomar decisões com o intuito
de controlar os resultados e resolver os problemas
inerentes a um departamento financeiro (Weetman,
2006)

A gestão financeira na indústria hoteleira é encarada


como um desafio para os gestores, não deixando de ser
uma promotora de sucesso e força de mercado, se bem-
sucedida (Sorin & Carmen, 2012).

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

A gestão financeira abrange:

❖ Análise dos documentos financeiros mais importantes (DR, Balanço, DFC);


❖ Elaboração de informações financeiras para utentes internos e externos;
❖ Planeamento financeiro a longo, médio e a curto prazo;
❖ Estudo das decisões de investimento em capital fixo, capital circulante permanente e
seleção das respetivas fontes de financiamento;
❖ Gestão de tesouraria: decisões financeiras a curto prazo visando a maximização do cash
flow;
❖ Negociação de financiamentos;
❖ Estudo das políticas de distribuição de resultados;
❖ Controlo da rendibilidade das aplicações efetuadas na empresa;
❖ Controlo do equilíbrio financeiro estrutural;
❖ …
Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

Conceito de EMPRESA:

“Agrupamento humano hierarquizado, que mobiliza meios humanos, materiais e


financeiros para extrair, transformar, transportar e distribuir produtos ou prestar
serviços e que atendendo a objetivos definidos por uma direção, faz intervir nos diversos
escalões hierárquicos as motivações do lucro e da utilidade social” (Lauzel, 1971)

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

Meio envolvente da empresa

Envolvente transacional: constituída pelo


conjunto de elementos externos à empresa mas
que têm influência sobre a sua atividade e
desempenho.

Envolvente contextual: constituída pelas


macrotendências que traduzem mudanças na
sociedade em geral.

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

As empresas são conjuntos organizados de meios materiais e humanos orientados


para produzir e/ou comercializar bens ou serviços, sendo que têm um ciclo de vida
dividido em três fases:

1. Institucional:
• Decisão de criação;
• Obtenção e combinação dos recursos necessários.

2. Funcional (funcionamento):
• Desenvolvimento do processo;
• Obtenção dos resultados.

3. Liquidação (extinção).

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

Durante todo o ciclo de vida, com maior relevância na fase de funcionamento, existe
a necessidade de obtenção de informações regulares sobre a evolução dos negócios.

Os processos de registo dos factos decorrentes da atividade da empresa foram-se


generalizando e melhorando até se sistematizarem no designado método
contabilístico, fornecendo informação que permite:
• Apurar resultados;
• Elaborar as demonstrações financeiras;
• Avaliar o desempenho da direção;
• Cumprir obrigações fiscais;
• Apoiar a tomada de decisão;
• …

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
Fluxo real vs Fluxo financeiro
No desenvolvimento da sua atividade, as empresas estabelecem relações
internas e externas. Estas relações traduzem-se em fluxos de bens e
serviços, aos quais correspondem, em geral, fluxos monetários de sentido
inverso.

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

Assim, existe a necessidade da empresa organizar a informação sobre os


factos relativos à sua atividade, de modo a torná-la acessível para todos os
stakeholders, para que, deste modo, estes possam sustentar as suas
decisões em dados concretos.

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

Classificação dos fluxos financeiros: Fluxos


financeiros

Induzidos Autónomos

Diretos Indiretos

Imediatos Diferidos
Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

Classificação dos fluxos financeiros:

Resultam dos fluxos reais.


Induzidos

Envolvem unicamente dois agentes económicos no


Diretos fluxo real.

São aqueles em que intervêm mais do que dois


Indiretos
agentes económicos.

Não decorrem, direta ou indiretamente de qualquer fluxo real.


Autónomos

Carolina Campos
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Classificação dos ciclos financeiros:

Ciclos
financeiros

Operações de Operações Operações de


Investimento financeiras exploração

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

Óticas dos fluxos das empresas

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

A informação financeira e as demonstrações financeiras

▪ A informação financeira deve ser compreensível para aqueles que a


querem analisar, distinguindo recursos económicos eficientes,
demonstrando os resultados do exercício da gestão da entidade, e a
responsabilidade desta sobre os recursos que lhe foram colocados à
disposição para essa gestão (António, 2012)

▪A informação financeira é, um instrumento destinado a satisfazer as


necessidades informativas daqueles agentes interessados na situação
económico-financeira e patrimonial da empresa (Gabás, Moneva, Bellostas e
Jarne, 1996)

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira

A informação financeira e as demonstrações financeiras

▪ A Contabilidade é uma atividade que consiste em proporcionar


informação de natureza financeira sobre as entidades económicas com o
intuito de facilitar o processo de decisão e a escolha entre diferentes
opções.
Accounting Principle Board – Statement nº4 – 1970

▪ A Contabilidade é o processo através do qual se identifica, mede e


comunica a informação económica para que os utilizadores da mesma
possam estar informados e tomem as suas decisões baseados em dados o
mais reais possíveis.

AAA - American Accounting Association, 1966


Carolina Campos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras


Utentes da informação financeira

1. Detentores do capital, potenciais investidores, consultores e analistas financeiros.


-analise da evolução dos seus investimentos;
-como estão a ser distribuídos os resultados;
-quais as estratégias de crescimento;
-avaliação do potencial da empresa.

2. Gestores
-avaliar a performance da sua gestão;
-compreender e controlar as operações para tomada de decisões (investimento,
financiamento, distribuição de resultados, políticas comerciais, correção de possíveis desvios);
Carolina Campos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras
Utentes da informação financeira
3. Trabalhadores e sindicatos.
- avaliar a evolução futura da empresa;
- planos de incentivo (comissões, bónus, gratificações)
4. Credores e Público em geral
- avaliar a capacidade da empresa quanto à liquidação dos créditos.
5. Estado e Outros entes públicos
- cálculo do montante de imposto a pagar;
- obtenção de elementos sobre a atividade da empresa.
6.Outros
- concorrentes que pretendam avaliar a performance relativa
- estudantes, investigadores e docentes.

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
Sistema de Normalização Contabilística (SNC)
Estrutura Conceptual (EC) (Conceito)

Aborda as seguintes temáticas

Objetivos Pressupostos Características Elementos


das DF subjacentes Qualitativas das DF
das DF

Conceitos de
Reconhecimento Mensuração
capital e de
Carolina Campos dos Elementos dos Elementos
manutenção de
das DF das DF
capital
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC – Objetivos das DF

O objetivo das DF, é o de proporcionar informação útil para o processo de tomada de


decisão económica, indo ao encontro das necessidades comuns da maioria dos utentes da
informação financeira. Assim, tem por finalidade fornecer informação sobre:

▪ A posição financeira (recursos económicos controlados, estrutura financeira, liquidez,


solvência, …);

▪ O desempenho (resultados da atividade desenvolvida);

▪ As alterações na posição financeira (comparações e fluxos financeiros); e

▪ Outras informações complementares às anteriormente referidas (notas, quadros


suplementares, …).

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC - Pressupostos subjacentes

I - Regime de Acréscimo (periodização económica) («Accrual


basis»)

..os efeitos das transacções e de outros acontecimentos são


reconhecidos quando eles ocorram ( e não quando caixa ou
equivalentes de caixa sejam recebidos ou pagos) sendo
registados contabilisticamente e relatados nas demonstrações
financeiras dos períodos com os quais se relacionam… (§22 )

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC - Regime do acréscimo - Noções
No desenvolvimento da sua atividade e em fluxos de bens e serviços, aos
quais correspondem, em geral, fluxos monetários de sentido inverso.

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Regime do acréscimo - Noções


Três ópticas distintas podem ser evidenciadas:

I - Ótica Financeira

Diz respeito ao endividamento da empresa perante o exterior. Está diretamente


relacionada com a remuneração dos fatores e dos bens e serviços vendidos.

Despesas : correspondem à remuneração dos fatores produtivos. São obrigações de


liquidação de determinado compromisso, que irão originar saídas de valores monetários.
P.e. fatura de eletricidade

Receitas : correspondem à remuneração das vendas efectuadas e/ou serviços prestados.


São direitos a receber de terceiros, que irão provocar a entrada de valores monetários.
P.e. fatura ao cliente
Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
II – Ótica Económica
Está relacionada com a transformação e incorporação dos diversos materiais, mão de obra, etc., até
se atingir o produto ( bem ou serviço) final.
Rendimentos Gastos

Correspondem à produção de bens e serviços são consumos/ sacrifícios e utilizações de bens e


independentemente da sua venda. serviços em que a empresa incorre, tendo em
vista alcançar um rendimento

De acordo com o IASC De acordo com o IASC


“são aumentos nos benefícios económicos “são diminuições de benefícios
durante o período contabilístico ,na forma económicos durante o período
de influxos ou aumentos de ativos ou contabilístico, na forma de exfluxos ou
diminuições de passivos que resultem em deperecimento de ativos ou incorrências
aumentos do capital próprio, que não de passivos, que resultem em diminuições
sejam relacionados com contribuições dos do capital próprio, que não sejam
participantes
Carolina Campos do capital próprio.” relacionados com distribuições aos
participantes do capital próprio.”
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Regime do acréscimo - Noções

III - Ótica de tesouraria

Está relacionada com as entradas e saídas monetárias da empresa.

Recebimentos: corresponde à entrada de valores monetários.

Pagamentos: corresponde à saída de valores monetários.

Carolina Campos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Regime do acréscimo - Noções


Exemplo:
A empresa Alfa faturou e cobrou, em Novembro do ano N, 25.000€ de
manutenções de equipamentos a efetuar no ano seguinte.

• Receita: 25.000€
• Recebimento: 25.000€
Ano N • Rendimento: 0€

• Receita: 0€
• Recebimento: 0€
Ano N+1 • Rendimento: 25.000€ Rédito diferido
em N: 25.000€

Carolina Campos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Regime do acréscimo - Noções


Exercício:
A empresa ABC adquiriu em 10/Nov/N, 200 garrafas de vinho “Douro Tinto” ao preço de 5€
/unidade, para o departamento de bebidas. A dívida resultante desta aquisição foi paga em
30/Dez/N.
Durante o mês de Novembro e Dezembro de N, efetuou apenas a venda de 150 garrafas ao
preço de 10 €/unidade, em 8/Jan/N+1 recebeu o valor, correspondente a esta venda.
Em 31/Jan/n+1 vendeu as restantes garrafas, ao preço de 10 €/unidade e recebeu de
imediato.

Pedido: Identificação dos fluxos económicos, financeiros e de tesouraria que


ocorreram nos períodos N e N+1.
Carolina Campos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Regime do acréscimo - Noções


▪ Período N:
▪ Despesa = 1.000 € (200*5);
▪ Receita = 1.500 € (150*10)
▪ Pagamento = 1.000 € (200*5);
▪ Gasto = 750 € (150*5);
▪ Rendimento = 1500 € (150*10).
▪ Período N+1:
▪ Rendimento = 500 € (50*10);
▪ Gasto = 250 € (50*5);
▪ Receita: 500 € (50*10);
▪ Recebimento = 2.000 € (200*10).
Carolina Campos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC – Pressupostos subjacentes


II – Continuidade («going concern»)
…a entidade não tem nem a intenção nem a necessidade de liquidar
ou de reduzir drasticamente o nível das suas operações; se existir tal
intenção ou necessidade, as demonstrações financeiras podem ter
de ser preparadas segundo um regime diferente e, se assim for, o
regime usado deve ser divulgado. (§23 )

Por exemplo, se houver previsão de dissolução de uma entidade as


suas DF devem ser preparadas numa base de liquidação o que
implicará, nomeadamente, que os ativos e passivos não correntes
passem a ser divulgados como correntes.
Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC - Características qualitativas das DF
Características
Qualitativas das
DF

Utilidade para os
utentes

Características
Primárias

Relevância Compreensibilidade Comparabilidade Fiabilidade

Representação
Materialidade Plenitude Neutralidade Prudência
fidedigna

Substância
sobre a forma
Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC - Características qualitativas das DF
COMPREENSIBILIDADE (§25)
A INFORMAÇÃO PROPORCIONADA SEJA RAPIDAMENTE APREENDIDA PELOS UTENTES. ISTO IMPLICA UMA
APROXIMAÇÃO AOS UTENTES

RELEVÂNCIA (§26 a 28)


A INFORMAÇÃO PARA OS UTENTES, PARA SER ÚTIL, TEM DE SER RELEVANTE, DEVE TER
O PODER DE AJUDAR OS AGENTES ECONÓMICOS NAS DECISÕES

MATERIALIDADE (§ 29 e 30)
CARACTERÍSTICA QUE AFETA A RELEVÂNCIA. ESTÁ ASSOCIADA À NATUREZA DAS
INFORMAÇÕES DADAS E DEPENDENTE DA MATERIALIDADE, ISTO É, SE DA OMISSÃO
OU INEXACTIDÃO DESSA INFORMAÇÃO RESULTAM DISTORÇÕES OU ERROS DE
CarolinaANÁLISE
Campos PARA OS UTENTES
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC - Características qualitativas das DF
FIABILIDADE (§31 a 38)
AS DF DEVEM SER DIGNAS DE CONFIANÇA, ISTO É, ESTAREM ISENTAS DE ERROS MATERIAIS E, PRECONCEITOS
QUE AFETEM A CORRETA INFORMAÇÃO AOS UTENTES

REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA (§33 e 34)


REPRESENTAR COM FIDELIDADE TODAS AS TRANSAÇÕES E OUTROS ACONTECIMENTOS QUE ELA
OU PRETENDE REPRESENTAR OU POSSA RAZOAVELMENTE ESPERAR-SE QUE POSSA
REPRESENTAR.

SUBSTÂNCIA SOBRE A FORMA (§35)


AS OPERAÇÕES E ACONTECIMENTOS DEVEM SER TRATADOS E APRESENTADOS NAS DF DE
ACORDO COM A SUBSTÂNCIA E REALIDADE ECONÓMICA QUE CONSTITUEM PARA A EMPRESA E
NÃO APENAS PERANTE A FORMA LEGAL QUE ASSUMEM
Carolina Campos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC - Características qualitativas das DF
NEUTRALIDADE (§36)
PARA SER FIÁVEL, A INFORMAÇÃO DEVE SER NEUTRA, LIVRE DE PRECONCEITOS. NÃO
DEVE APRESENTAR OS SEUS ELEMENTOS DE FORMA A PRODUZIR UM EFEITO PRÉ-
DETERMINADO.

PRUDÊNCIA (§37)
INCLUSÃO NAS DF DE UM GRAU DE PRECAUÇÃO NO EXERCÍCIO DOS JUÍZOS
NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DE ESTIMATIVAS LIGADAS À HIPÓTESE DE PERDAS
ASSOCIADAS COM DIMINUIÇÕES DE ACTIVOS OU AUMENTOS DE PASSIVOS

PLENITUDE (§38)
AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS DF DEVEM SER COMPLETAS, DENTRO DOS LIMITES
DE MATERIALIDADE E DE CUSTO

COMPARABILIDADE (§39 a 42)


AS DF
Carolina DEVEM PERMITIR O ESTABELECIMENTO DE TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO OU DE
Campos
COMPORTAMENTO, NO TEMPO E NO ESPAÇO, PARA A MESMA OU VÁRIAS ENTIDADES.
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC - Características qualitativas das DF
BALANCEAMENTO ENTRE BENEFÍCIO E CUSTO (§44)
OS CUSTOS NA OBTENÇÃO DA INFORMAÇÃO DEVEM SER CONFRONTADOS COM OS
BENEFÍCIOS QUE A MESMA PROPORCIONA. NÃO SE APLICARÁ PROPRIAMENTE A ANÁLISE
DE CUSTO/BENEFÍCIO MAS DEVE HAVER AQUI ALGUM JULGAMENTO.

TEMPESTIVIDADE (§43)
SE A INFORMAÇÃO, PARA SER PERFEITA, NÃO FOR PROPICIADA A TEMPO, PERDE
UTILIDADE.

BALANCEAMENTO ENTRE CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS (§45)


É POR VEZES NECESSÁRIO UM BALANCEAMENTO, OU UM COMPROMISSO, ENTRE AS
VÁRIAS CARACTERÍSTICAS E PONDERAR QUAIS SE DEVERÃO SOBREPOR, OU NÃO, A
OUTRAS.

Carolina Campos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Elementos das Demonstrações Financeiras

RECURSO CONTROLADO PELA EMPRESA COMO RESULTADO DE


ATIVO
ACONTECIMENTOS PASSADOS E DO QUAL SE ESPERA QUE FLUAM PARA A
(§52 a 58)
ENTIDADE BENEFÍCIOS ECONÓMICOS FUTUROS

CARACTERÍSTICAS NÃO ESSENCIAIS DE UM ATIVO


Tangibilidade - corpóreos/tangíveis ou intangíveis.
Propriedade legal - adquirir a propriedade plena ou o controlo dos rendimentos inerentes.
Forma de obtenção - aquisição onerosa, produção, doação.
Carolina Campos
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SNC – EC - Elementos das Demonstrações Financeiras

Recurso controlado pela • Refere-se à possibilidade de dispor dos rendimentos


que se obtêm ou da contribuição dos mesmos para
entidade os resultados da entidade.

• O reconhecimento como ativo tem que ver com a


situação económica do bem ou direito num dado
Resultado de acontecimentos momento, é condição essencial que seja resultado
passados de acontecimentos passados ou transações prévias.

• Ativos são potenciais contribuintes para o fluxo de


caixa e equivalentes de caixa.
Fluir de benefícios económicos
• Usado ou trocado por outros ativos.
Carolina Campos futuros
• Usado para liquidar uma obrigação (passivo).
• Distribuído aos detentores de capital
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Elementos das Demonstrações Financeiras

Carolina Campos

Fonte: Guimarães, MC (2009) - Apresentação do SNC


Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Elementos das Demonstrações Financeiras


OBRIGAÇÃO PRESENTE DA EMPRESA PROVENIENTE DE ACONTECIMENTOS PASSADOS
PASSIVO
(§59 a 63) DA QUAL SE ESPERA QUE RESULTE UM EXFLUXO DE RECURSOS DA EMPRESA

INCORPORANDO BENEFÍCIOS ECONÓMICOS

CARACTERÍSTICAS NÃO ESSENCIAIS DE UM PASSIVO

Imposição legal - a vinculação contratual não é condição indispensável para o reconhecimento de um


passivo.
Determinação exata do montante - passivos certos vs provisões vs ajustamentos de ativos.
Existência de um vencimento - sempre e quando seja provável que se terá que prescindir de recursos
futuros para o seu cancelamento.
Carolina Campos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Elementos das Demonstrações Financeiras

Obrigação presente, resultado de acontecimentos passados, resulte um exfluxo de

recursos.

Liquidar a Obrigação através de :

Pagamento em dinheiro
Transferência de outros ativos
Prestação de serviços
Substituição dessa obrigação por outra obrigação
Conversão da obrigação em Capital Próprio
Carolina Campos
Abdicação do credor ou perda dos seus direitos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Elementos das Demonstrações Financeiras


CAPITAL PRÓPRIO (§64 a 67)

É O INTERESSE RESIDUAL NOS ATIVOS DA EMPRESA, DEPOIS DE DEDUZIR


TODOS OS SEUS PASSIVOS

AJUSTAMENTOS DE MANUTENÇÃO DE CAPITAL (§79)

SÃO REVALORIZAÇÕES OU REEXPRESSÃO DE ATIVOS E PASSIVOS QUE ORIGINAM


AUMENTOS OU DIMINUIÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO
Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Elementos das Demonstrações Financeiras


RENDIMENTOS (§72 a 75)

SÃO AUMENTOS NOS BENEFÍCIOS ECONÓMICOS DURANTE O PERÍODO CONTABILÍSTICO, NA FORMA DE


INFLUXOS OU MELHORIAS DE ATIVOS OU DE DIMINUIÇÕES DE PASSIVOS QUE RESULTEM EM AUMENTOS
NO CAPITAL PRÓPRIO, QUE NÃO SEJAM OS RELACIONADOS COM AS CONTRIBUIÇÕES DOS
PARTICIPANTES NO CAPITAL PRÓPRIO.

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras

SNC – EC - Elementos das Demonstrações Financeiras


GASTOS (§76 a 78)

SÃO DIMINUIÇÕES NOS BENEFÍCIOS ECONÓMICOS DURANTE O PERÍODO CONTABILÍSTICO NA FORMA DE


EXFLUXOS OU DEPERECIMENTO DE ATIVOS OU NA INCORRÊNCIA DE PASSIVOS QUE RESULTEM EM
DIMINUIÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO, QUE NÃO SEJAM AS RELACIONADAS COM DISTRIBUIÇÕES AOS
PARTICIPANTES NO CAPITAL PRÓPRIO.

Carolina Campos

Fonte: Guimarães, MC (2009) - Apresentação do SNC


Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Reconhecimento dos elementos das DF
Reconhecimento: processo de incorporação de um dado item, no
balanço e na demonstração dos resultados.
Em que condições um item se qualifica para reconhecimento?
Se satisfizer a definição de uma classe e se:
▪ For provável que flua para, ou da, entidade um qualquer benefício
económico futuro associado ao item; e
▪ O item tenha um custo, ou um valor que possa ser mensurado com
fiabilidade.

Note-se que existe inter-relação entre os elementos patrimoniais, o que


significa que um item que se qualifique para reconhecimento, por exemplo, um
Carolina Campos ativo, requer, simultaneamente, o reconhecimento de um outro elemento, por
exemplo, um rendimento ou um passivo.
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Reconhecimento dos elementos das DF

Probabilidade de benefícios económicos futuros

(§83) => Avaliação do grau de incerteza com que fluirão os benefícios


económicos futuros associados ao item.

Por exemplo: quando for provável que uma dívida a receber venha a
ser paga, justifica-se, na ausência de provas em contrário, o seu
reconhecimento como ativo.

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Reconhecimento dos elementos das DF

Fiabilidade da mensuração

(§84 a 86) => Quando o valor do elemento é medido com base no


seu custo ou valor efetivo decorrente de transações efetuadas. Por
vezes, o custo ou valor necessitam de ser estimados – nesta situação
o item pode ser reconhecido com base em estimativas credíveis e
sustentadas.

Quando não for possível mensurar um dado elemento com


fiabilidade, este não deverá ser reconhecido no balanço ou na
Carolinademonstração
Campos dos resultados, devendo, contudo, ser divulgado no
anexo.
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Reconhecimento dos elementos das DF

Reconhecimento de ativos (§87 e 88)

Quando for provável o influxo de benefícios económicos futuros; e


Haja fiabilidade na mensuração.

Se o grau de incerteza sobre os benefícios económicos futuros for


elevado, os dispêndios em causa deverão ser reconhecidos como
gastos, pois nesta situação existe improbabilidade de influxos de
benefícios económicos para além do período contabilístico em
Carolina Campos
que ocorreram os factos.
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Reconhecimento dos elementos das DF

Reconhecimento de Passivos (§89)

Quando for provável que um exfluxo de recursos, incorporando


benefícios económicos, resulte da liquidação de uma obrigação
presente; e

Haja fiabilidade na mensuração da quantia pela qual a liquidação terá


lugar.
Carolina Campos
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A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Reconhecimento dos elementos das DF
Reconhecimento de Rendimentos (§90 e 91)

Quando tenha surgido um aumento de benefícios económicos futuros


relacionado com um aumento de ativos ou de uma diminuição de passivos; e
Haja fiabilidade na mensuração.

Reconhecimento de Gastos (§90 e 91)

Quando tenha surgido uma diminuição de benefícios económicos futuros


relacionada com uma diminuição de ativos ou de um aumento de passivos; e
Haja fiabilidade na mensuração.
Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Resumindo:
Reconhecimento dos elementos das DF

Carolina Campos
Fonte: Guimarães, MC (2009) - Apresentação do SNC
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Mensuração dos elementos das DF

Mensuração dos Elementos das DF(§97 a 99)

Processo de determinação das quantias pelas quais os elementos


das demonstrações financeiras devem ser reconhecidos e inscritos
no Balanço e na Demonstração dos Resultados.

Isto envolve a seleção da base particular de mensuração.

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Mensuração dos elementos das DF

Bases de mensuração

Custo Custo
histórico corrente Valor realizável
(ou de
liquidação)

Valor Justo
presente valor

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Mensuração dos elementos das DF
Custo Histórico:
▪ Os ativos são registados pela quantia de caixa, ou equivalente de
caixa, paga, ou pelo justo valor da retribuição dada para os adquirir
no momento da sua aquisição; (Exemplo: mensuração inicial de ativos
fixos tangíveis – NCRF 7)

▪ Os passivos são registados pela quantia dos proventos recebidos


em troca da obrigação, ou, em algumas circunstâncias, pelas
quantias de caixa ou equivalentes que se espera que venham a ser
pagas para satisfazer o passivo no decurso normal dos negócios.
(Exemplo: Apuramento de IR a pagar – NCRF 25)
Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Mensuração dos elementos das DF
Base de mensuração Combinado com outras bases de
geralmente adoptada mensuração - por exemplo:

▪ Inventários, pelo mais baixo entre


CH ou VR;

Custo histórico ▪ Títulos negociáveis, pelo justo


valor;

▪Passivos por pensões de reforma,


pelo seu valor presente

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Conceitos de capital e manutenção de capital

Conceito financeiro de capital:


Capital como sinónimo de ativo líquido ou de capital próprio.

Conceito físico de capital:


Capacidade operacional ou produtiva de uma entidade, medida,
por exemplo, em unidades de produção diária.

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Conceitos de capital e manutenção de capital

Conceito de manutenção de capital financeiro : (§102 a))

UM LUCRO SÓ É OBTIDO SE A QUANTIA FINANCEIRA (OU


DINHEIRO) DOS ATIVOS LÍQUIDOS NO FIM DO PERÍODO
CONTABILÍSTICO EXCEDER A QUANTIA FINANCEIRA (OU
DINHEIRO) DOS ATIVOS LÍQUIDOS NO COMEÇO DO PERÍODO,
DEPOIS DE EXCLUIR QUAISQUER DISTRIBUIÇÕES AOS, E
CONTRIBUIÇÕES DOS, PROPRIETÁRIOS DURANTE O PERÍODO.

Carolina Campos
Princípios de Gestão Financeira
A informação financeira e as demonstrações financeiras
SNC – EC
Conceitos de capital e manutenção de capital

Conceito de manutenção de capital físico: (§102 b))

O LUCRO SÓ É OBTIDO SE A CAPACIDADE FÍSICA PRODUTIVA


(OU CAPACIDADE OPERACIONAL) DA ENTIDADE (OU OS
RECURSOS OU OS FUNDOS NECESSÁRIOS PARA CONSEGUIR
ESSA CAPACIDADE) NO FIM DO PERÍODO EXCEDER A
CAPACIDADE FÍSICA PRODUTIVA NO COMEÇO DO PERÍODO,
DEPOIS DE EXCLUIR QUAISQUER DISTRIBUIÇÕES AOS, E
CONTRIBUIÇÕES DOS, PROPRIETÁRIOS DURANTE O PERÍODO.

Carolina Campos

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