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DO
CONTBNDO
POR
TOMO II.
a, 'gr'1 H ~ f ~f
s5'~6
..1 '834
RIO DE JANEIRO,
NA IYP. J.l\lP. E CONSTo DE SEIGNOT-PLANCHER E C·,
Rua d'Ouvidor, N. 95•
. 1835.
, I...
ANNAES
to ,L
,,
'I: O
v;!Í}! Ij
, LIV~9
j fi .:.--w.
• (1 O ,.,( ; [')j !')
CAPITPL,O PRUIEIRO.
, r ~ oJ'" ~. f~! I .. C ~
.
S 1. ,
Sendo urgentíssima a necessidade de se fortifi-
car o Rio de Janeiro, para se repellirem vigorosa..
mente as incursões dos piratas que infestavão
·cruelmente os differentes pont<ls.da Provinciá, ella
.despertou o .enthusiasmo Fluminense, qua.ndo.a
TOMO II. 1
"
.2
" ~-1 .J. L,"
Côrte Portugueza participou ri este Governo o as.
som s .~; .. :a g ti.fi d, inv~sãq das
Pro inclai;--es roço a .;r a I ' e inmer~
cio, com a institui<;f19".~ tQ 'lpação da Companhia\
Oriental, nà9 ,podendo o ~eino ,de :r9rtl1~al dar
o mefi' 'J éffii'iiY;G eift~uf1Uotij étf.b a ,e de ~
(I) Li Iro de Regi-to tia Villa de Sall tos 1647 fi. 7-6:
§3.
Em tão difficil ~ilnação faÍleceu o GOVCl:J.l~dol·
• - • • r I
§ 5..
*. ~~âl1 inli~am:e:l!lltí ergnadida da 'm'Pffl!~
1!..'Úlcitl' dãg ~ -PQsÍ1jil'e-s do 0v~r.nador s~re a" Sg-,
g'llrançà. e '~fes~-d~ Cidade, se 'P1!~stGu' . eNecuÇt1o>
dali ~ag! D.lêl!l:Kt'lS, f.a~ili.tk1)lt l!JtU..'lllf& ~af3ia D.O seU'
' &r~m:.-e p ",i~Ulfsm(jj ~ex.c:!\lu~ijes li.lo di(i{v€·e1tesde
I II CaPtót!à' ãlé á> Pl'aj,n&a', q"l~ po," mais deI n.um
/
secu~ àeràfJ li -vel'·e:s·.es1!i'gí~de'semelfIai'l'te &l>ra:.
• GrãenGU Óâ:'~&5io:1-~;pwresse' ãrvend-a- de llta'8t-a p1.f-
Mica. O~ d~ii'~ da'S pFaia& a q uem por e1fe& mats.
de!fSe,. t~0lherrdo- a> impodancii:r em num cehe
~ páHi€11'lar {)~~ea~n<J Q(,J:kgt~-dM JIe's-RiI!as, dfe.,
CJ'!I'all ·g'U'aPtla~ titl mal chaove' o·P a!6re Rei'l!w -dclle ,
ó' 1J-1l>eSOm-e1rO nOflllled60' peJla €a'I11ffi'él' eutra, '0'
J1ttiz (lJU ;Yet:'e;;hlor~<.I'ts velha a-ultiB'.la.~ la-açaooo-se
tiO cómpeteBite )two com distil:t.~ã& e elar.e'Aa> a.
des.fJ€lia por pa.peis d~r~s:, pa.ra servireM de
-83 . façãe' Me Gida€Faos a fIRom oumpria {Mel<
ber n(f~tle se digpgmtêrfiO'. as sommas, eUv.Ía'flt.
do-se 'l'elaçõeS'.igltatmfIDte . Das a·S. Magesfade,.
a qu:em se·-dooa Mzer saber. o.emfJ€nh3 des.t-es ha-
hittantes ~m .b€Ii\ll ·s€l~ir·, C~~C()l'P.eOOQ tdG()s' €otu.
·g.Wa~ ;possrbi:t;dades~rtrahalh,(). p<::s&oafi: ,ara a.gJoria
c'e ptCBdi:H~ da ii~nã:F6hia" PF·~}teaod(jHle'-a'Ve:nd:a
de!! ohã(:}S mÚmllJeIlte 1*ira '8€ le"\!ant'clF e se forri.-
fícár, a F ortalcza d~ Luge, €U-Jw tocaHdaoo a~
sentava ~ m~úor defuz.'l da foz, pela, estreittlZa do
lugar,. e as a~uas correrem para a Lage, oRdo
o!~nll 8IT€o!rt'a'B.:do-se .pélll ~0't6ncilí·cIO'!f0·go- dê"-
"ião ílàll16ra-gar', e'poT lesta ifol'rifi'eagãoapapeéia .Qé.
V01' so'oegal"o 'OOIitilm!lo"e ~us1;G tdós'~tàB>'ffé8' ,"~P'0t'
fle-ar rg1':Jlarcl.aâa-:e élefePlQM~ -a .ci<:"bnlle,-6·,a ,fdJ:(tuna
e ·viâa·Êlêl1es, no .1H'io, 'lU)(l-Pà ,'eê '\la1o.r:dbs'-sens-.de.
fellg~f'e5, 0'51 rri'a~ 6~n:p'6ftlYadós aitIt~la, 'p"elã,:glot'ia
Elo 'Seu S'ali>'el1an'0', 'e taafti'quantO' ,era' m~nif.e"'Sto'á'
tódell>..{le qU'e-tYinimig0 ã'o'~e;co11l:onlla~a éOm ()
q'fie rerá lici.tf0 e' J:!lerIDiui~o';l1'a gntn'vu', po'. obl'a..
V:'l'-a 'mms tim\lpp0Fta~'ld cato"i"óio:a da or'..l!leld,:ule,
não epel"€ooande'a~vidas oro 9da<erqua1quer iiiade
ou 'sexo.
§ 6~
§ 10.
----
como fossem o Padrasto da Candelaria, o do Con-
vento de S: Antonio, chamado 'de N. Senhora da
Ajuda, que o leyantou, construio e fortificou An·
tonio Corrêa á sua custa com o serviço de seus es-
cravos, senq.o por isso nomeado pelo Governador
Capitão deIle (2); bem como para a Fortaleza do
Outeiro de S. Bento que estava sem presidio, foi
_no~eado por Capitão João Rodrigues Brabo; pas-
sou-se·novo Provimento pelo Governador Geral da
Fortaleza de S. Cru~ a Fráncisco de Seixas Ra-
bello.
. : ..
(1) Livro. de Vereançasfl. 156 v.
(~) Dito Livro fl. 168v.
DO RIO DE JANEIRO.
§ 11.
§ 12.
- §' 15.
.. I> • ".."t .-n ,,, .\.... ' .... , JXJDIO%Q .,_ J"2veu:::
no mo. P'~ JANEIRO.
S 19·
Apenas té.'io illustre e veneravel Fidalgo acabou
de fallar, banhado em lagrimas de alegria, qlle
o povo se apinhoou, e resoárão o~ gritos de li-
berdade, e de que vivesse D. João IV, e mor-
ressem os inimigos de Portugal. As guardas Hespa- ./
nholas da Cidade acommettidas por Jorge de Mel-
lo, Estevão da Cunha, e Antonio de Mello e Cas-
tI'O , naquella inesperada surpreza proclamárão:
Viva o Duque de Bragança! Os Corpos de gna~.
da Allemães ficátão prisioneiros pelos sempre dig-
nissimos Miguel de Almeida, Affonso de Menezes,
Gaspar de Brito Freire, Mar00_ Antonio de Azeve-
do, Pedro de Mendonça, Thomaz de Souza, e
João Pinto, que abrirão a entrada do Palacio';
pelo qual penetTárão Antonio Telo, João de Sá
Menczes, Antonio Telles, o Conde de Atouguia,
e seus Irmãos Antonio Bartolomeu de Saldanha,
Tristão da Cunha de Ataide, e seus filhos Luiz ,
e Nuno da Cunha, e seu genro Manoel Chelde
Rolim, ficando aberta a porta do ;Palacio , elles se
dirigirão para o quarto do lVIinis tro de Estado Vas-
concellos, que então foi morto o Albergaria, por-
que em vez de proclamar a D. João IV, gritou
viva Filippe IV; depois destcs forão tambem mQf~
DO RIO DE JANEIRO. 31
tos Antonio Corrêa, hum dos primeiros Officiaes
do Ministro de Estado, e o Capitão Garcez Paleia
que defendia a entrada do quarto do Ministro, o
qual tendo-se oCéultado sem poder dar huma pala-
vra, foi ferido de pistola e espada por Antonio
Telo, e lançado da janella ahaixo, ás acclamações
de viva a liberdade e El-Rei D. João IV: assim
acabou aquelle Fidalgo que tanto odio teve á sua
Hierarchia, assim como p0I; ella era justissima-
mente aborrecido.
§ 20.
·S 22.
I,
DO RIO DE JANEIRO. 35
§ 2!~.
§ 27;
...
no RIO DE JANEIRO • 45
• an~lão usando de maleficios, e solturas dema-
(I siadas ; e querendo as Justiças de Sua Mages-
• tade acudir com assistencia dos seus Officiaes "
II lhes não obedccem, ~el~1 ~plardão o devido res-
,
observancia daql1ella Real determinacão"
'fim( f \ .J • l ( I .3 •
i
As rendas do Conselho
•
er50 de tão pouca mon-
ta 'que a aferição se arremaLava por dezoito' mil
réis, e a chamada do Ver, em que hmm particn1ar
orrêmatava as condemnaçõe~ da Camara;por oiten~
ta mil réis. Para augmentar os reditos della se
ordenou pagarem as quitandeiras hnm foro oe
oitent,a réis (2) , cuja impósição não foi approvada
pelo Ouvidor da Comarca Diogo de Sá, o qual fez
despéjar aos que moravão no rio da Carioca, e
ordenou que de outeiro a outeiro se levantassem
hicas que le\'assem as aguas para as fontes da
, -
li) Dito Lino p1tg:'-20 a 22 v.
(2) Dito Livr01>ag>. 25t: 18 v.
5'4 ANNAES
§ 36.
Quctão diversos forão os sentimentos de D. Jor-
g.e de. M;ascarenhas dos- do Marquez. ~€ Montalvão
e do seu SUcc€ssor ,. <tue ~ulg-úrão que eJD tão aper-
tados e criticos lU(!Hl),en·toS. da fV,lonarchi.<.l ,; dGvia 9
Governado},' sef fl).unide) de tQdQl? OS pQqer~ para
poder obr.a1' com "l,cer~o. e~v tã,o. des.va.irada~ dista.J;l- -
.cins; e aq~lçUe cOllltradmdQ as oro.ens do sen 50-
~et'ano, que con.íel!io ~(!) Go.vemqclor 0.0 Rio toq.os
.QS amplos p:Qcler.es. qados.a D. FI,'anciscOJ de SO\lza '.
e ao D(;moor Salema, constituindo a Capitan~{\ do
Ri(),. de Janeiro., pela sua imp.Qrté!ncia em quasi
,absoluta independ~nc~a da c.ap,iJ,ªm~ da ~~4.~.,
'JOMO II, 8
AN A'l!S
§ 38.
Não nega;v.a aquelIe Ministro COTIrO rora no'todo.
o recurso das' pal'tes " mas n<~o reconhocia. o 'O u-·
v.idor geral ua
llahia po!" seu superidr, e son'l'en.te
a casa da ~u'Pplicaçãode Lisboa , e aos Trib'unaes:
em tal contestaçãó, ao Soberano com})etia a deci·
são da ma1eria de JurisdiC'g'ã(); por reCllrso 'Ofdina-
rio, das partes, e· extraord'inario perante o Tr-ono:
não era exacta. a accnsação, da in~eren'CÍa do qàe
tocava a Ueal Fazenda, por isso que CO'lnO 'o Pro-
vedor conhecia as materias que mio el'ào da sna
€ompetencia, e' perten.cia a discussão á justiÇa
DO lUO DE J<AiNEmo. 61
ordina'ria , onde as part€'s .o:eviélo ,demonstrar o di-
relto em que se funda'vão, e não commettia erro
em def. nder a sua jnrisdtcç,10 nas wateriaS em -qlé
tinlilu a Fa,zenda Real interesse, nem erão de sellS
RendeirG'S. 'Pela Ord. d~ Livro 2. o, Til. 63, § 9 :
não tinha Lambem commeLtido falta em consentir
CJue TIas papeis p~lblicos se chamasse do Desem-
nargJ de S"lla Mage5tade e Onvidor Geral, a-inda
não sendo Deselnhargador aclual e Titular, {H'lr-
que todos o' 'Ministros que despachão, desern-
bargão as cansas c m a sua decisáo , e aquf'Ue ti-
tulo neste seRlido era .Il'gal c propdo. Tendo dado
o Soberano o poder e jmisdicção aos Magi-trados
pela impossihilida'de de per si deC"iclir as duvidas
d~s VassaUos ; 'só llle11 te a el!e com pelia o pri val!'
dó ex'Crcicio daquelle RonOI'inc{} ml1UIlS: o al.Hlso
-do p(;)der em -serviço do Soberano, e em prejuízo,
-grave dos .povos, ainda mio aut risa aos G. verna-
,dol'es pam a saspelilsão dos Magistrados, n50
(cQmmetl~ndo orime de lesa M,agestaoe; pois que
'em tal caso áevem ser estranha os,. avisando-se ao,
Soberana da 'Sua má conducla.
§ 39'
\Apartando a esta Cidade o Provedor com a com~
Ií"lissão dadà aQ GQ\T.ernador Geml, ao tempo ql'lC
fM:ia a sua él'1.ül.iencia, aqueUé M<tgistrado m8n-
d6~ pelo Esorivãa Jorge de Figneredo, ler, e inli-
mar O, emprazaaleuto- e suspensão, para compa-
ANNils
§ 41 .
. Ao (),u ido v que lhe s.ucc.e,®"JJ, f.r:a-uPQ;®, Ver-:.
reiN da v,:eiga, se quei~~ãQ magpad,~m~nl;.e ' C'lSr
po-V<0S so~re os excessos. dQs, E.ectesias.tico.s-,~p,çl~ op.-
pres&ão e v,olencia que lhe ~iã,Q". p,ar~ q:t.l,e lhes.
v.alesse €l ~cQ.disse cpportu,n::)mente: Dlla.&. e~. J;l.a.
~o.rrei\tão de L<i3fi ,.} p.rolQ..ng.Q\l Q §eu,. @feri..
•
í~) Livro da Oorrei~ãO pago :10.
no RIO n~ JANEIRO. 9&
Wctpto, pr..om.ettellp.,O as ppoy,iç4:Jlcj... ~ que n&q d~4,
e~limdo. ~<!da a gente .sQSsol:)ll~dq. .çoJl). Q pe~c;> q,~
tf\Dto~ m.al~s 7 'con} 'IJ ming.Qi,) ~.e 4>dq ,o »e.ç~~sft.·
rÍQ~ se~n çomulerçio~ '~ew I}.dminJstração ~ hl.~l~;"
ça, poip até os réps .er4Q ~shum~P,lHn,gn-te ~~met
Jic10s PÇlra'se defe~dgfelll P/l Bahia , ,Qnde Jhes fat-
fél-Yt)o todos os ~DCCOPl~OS delllll>.si~te1),ç·a ~ prM~c::
çi!~ ~ pois pí!fíl ~ll~!s ~rfl pai~ €f' tPé}-Q-po e iq.p.o§pito..,
;.tcl'escja.o immi,n.el}te p~ ~igo dR inva,são, qJI.e ,a,rmq..-
v~ todos P$ Pf<;l.ÇOS PélI:<l s?1 Y<;ll'/Olm ~ ,ci~ade 4ª Ilg·
gr~p~üp ~xwr!la como pediq a 4OO1'a :n.açiQ.J;lal 7 o~
gireito~ do Soher~nQ, os s~Y.s QçI)s ~ ,a Sl;l3 f~;mi1ia~
C.Q PQ.m nopu; .q~le bavião gi1,nh,ad~ de Iwqr4Po~
e ~e·s. O ;Ol,lvi4p1' da .comarça !iÓ pr.efen4i.<l g,o,.aF
da 'protecçíl o .do Gov~r~.a·d9;r G~r91" não fJO pari'
~v,itar a sua nlÍn,a de~ªgr.adan.Q.Q , ,co~o pO,r ~Q
zar os seu.s açr.esçeptap}l;:nt9~,IlSl. rJ:lc?m}.Í)l~p.da~ãQ
ilpte oSoherçmo" que sem.pr,cy ,t!?JjI1aya- em. eons' d~·
[tlç~; aS.!ijm pe cO,ILige da seg~1Ín.tel'~.sJ>p;;~ do ,Go..-
Y.el'Q-ador ~~'~ 'par~ n.qup)~ M-ogistréldo (J). u ~~.•
« ceb.i a ,ç1e V.oss~ :Pt;lercê de 2'] ,cJ.e 'M,<;l,r.ç.o.: F~Jg~
4( IUui,fo fel' e.n..t~Q,.d~Q, ,quantp :ne~ rnl'l .d,i.z; ~ ,do
t' 11 Li * I
t y :, $ • i:._. .~ .. i :- .. f' ":- ...
;'
68-
res no lugar do delicto, se tornavão por isso dig 4
. -
Om..
,'crno ( r) e impõssad'O' nefIe '. :rs!lim falldtI aos
DO RIO -1m- iANElRO-. 69
daeB d;á Cãmara; if'8ua Mageslade quê DêbS frUài'~
(l de; inandou~me Gó\lernar esta Praça recótn;'
li meíldahdo-mê q\-ro {l ptimeil'à cousa quê pu.
§ 45.
A maneira da cohrança desta coneota não esta-
a presc!:ipta, a sim como a boa ordem da arre-
ca{lação da vintena -P<lü1 lstentação do Presidio
c Fo~ toleza = j ll.J.ltáriio-se por esta çansÇ) novamen-
DO RIO DE J'ANEIM. 73
te eDl .Camara os da goverfl.aÍl~a âeHa cóhl os Re:.
libiosos, Prelados, e pessoas Ecclesiasticas, o os
homens reconhecidamente sabios da Cidade, para
deliberarelu com reflex,ã\} e acerto sobre aquelIe
negocio.. Depois de varia discussão (1) foi o resul-
tado dasrefle~óes e discussões o seg'uiute: 1 ô' Que
se acrescentasse em cada pipa de vinho por en-
trada treze eanadas sohre as 'medklas por que
éorria então, dimimündo-se, 011. l ãugmentando a·
medida que crescesse em cada pip'a àquellas'treze
canácias; 2° Que apenas chegassem os navios COln
vinho, receberiéto huma guarda, jl1ra~lentando
se o Mestre Í)am que debaixo da pena de perjuro
declarasse o que tl'azia, e não desE!mcaminhasse
alguma pjp~, para o que ãpresentarião em Cm.rta-
ra o livro da carga, declarando as pipas de parteS'
J' ,
ou proptias. que trazião; e náo começasse a des-
carregar, sem primeiro aCamara matidàr varejar
os navios, eexaminar a sua carga, o vasio das
pipas extraviadas; 3° Que o dinheiro a que mon-
tasse o subsidio se recolhes'se' em huma al'ca do
preterito s\lbsidio de quatTo chaves, que se repar;';
tirião entre sí os mesmos Officiaes, creando-sc
11llm livro de receita e despeza, e onde o Almo-
xarife daria quitação do-que recebesse; finalmen-
mente que a ai'recadaç<'io se fizesse por determina-
ção da Camara, auxiliada pelo Governador, e pelo
§ 46.
§ 50.
A Carta Regia de 30 de Abril de 1634 (I) , or-
denou que' se dispendesse o prodllcto c1aquella
imposição nas cousas necessarias, com assisten-
cia do Provedor da Fazenda, e os sobejos parti.-
culares que tivesse o Govel'nador, que forão ooni
cífeito assim concebidos: l< Luiz Darbalho Dezer-
~ ra, Capitão Mór, e Governador do Rio ele' J a-
a neiro; En EI-Rei vos envi9 muito saudar. Pela
'a ordem que com esta vos envio, ordeno aoPro-
177 3 • J 'n:557';jj)508
1774 . J 74 :973';tt>7{~9
J7,5 .. J 74: 106';jj)574
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17 80 • J4LpG88';jj)011
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17 86 . '116:612';fb4 29
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179 1 • 93:94g~791
'79 2 • • 93: 616';jj)g3g ..
179 3 . 96:5 t 5';jj)670
1794· . lOo:335';jj) 189
. 2,go5:3LO';jj)153
DO RIO DE JANEIRO. 85
§ 53.
Coberto de serviços e de mui gloriosos traba-
lhos, o Governador Luiz Barbalho, assim na de-
feza da Cidade como na administração da Jus.
liça e e'Xacção do que respeitava ti Fazenda Real,
zeloso da felicidade dos povos, e prosperidade de
Colonia, tendo adquirido a immorLalidade, co-
mo bom Christão, valoroso, e sabio Governador,
pagando o devido tributo da fraqueza humana,
morreu deixando da sua pessoa a mais justa ma-
goa e saudade: Não se poupava ao trabalho, era
o. primeiro que apparecia nas obras da fortifica-,
ção , nas quaes muito dispendeu da sua fazenda,
exposto aos ardores estnantes do mez de Fevereiro,
e ás chuvas ,-o que foi causa da renitente febre
- que o lev0u. á eternidade; e para o succeder BO.-
D)eou a Ca,l'úara a Duarte Corrêa Vasqu anes, pela
expel'iencia qu.e já tinha das ~ousas do mesmo
. Governo, em o ql~al tãe sabiameate tinha procc..
did<? (1); e na Camara prestou juramento e ho-
menagem entre os vivas e acclama _ões do povo•.
§ 54·
Pel'manece\~ pouco ternpo no Governo; pOl'
q·nanto na osc·I.~<}Ü(} do povo excitado do partido
da opposição do Sargento Uór do Presidio, que.
§ 55..
§ 56.
Os serviços relevantes feitos pelos habitantes do
Rio erão mais plenamente reconhecidos e sanc-
cionados até da approvação Real, pois de boca
em boca por todo o Brazil e Reino se faliava" 0.0'
enth11 siasmo com que todas as pessoas se prestavão
ao serviço da Monarchia; tendo feito habito no
povo os sacrmcios pela boa causa, e estes bons I
a' paPa.EÚ~ndaflil'es:rgloo.nÓ.,,~s-~Z-0-illoid0aOJ1Í>)l~~i~
ll· n~~ se:qlleF.(al. '~l:d0 l'pa'P~ttodd M' .d~ i alos~[le"
Ia.{l~ 'aeméh' f€ Jtl'O tfe raw.'Il}{lm:lá'P'oOmfilI3'paa
i> N€)rltérqUW~ã'U: Se3nqaNOOt€O a bl"-0.vidtl,(]~l 50
I
ª
Gt ·I'lU ~ i 0S/- flali dita. éllftm élda, 'porque Co mpq I) ~i~
a,.~mmp ~t-€. Di· sOJa) Qhcigação elll: dar; 0 comb0i,
fá'z(fr Q. de5cpesaqdel1t'trpol" s~ SUlt\1 io.tençãQ
Je
·'Dã~,se. allFis€"arem ,t 0'-11 :os...t omar.em-os 'f)iiD~gos~
~ vindo'sc!Js 'é -cal'1legarl'0S. E pelO! n-lesmo J)Jodo.
,'tIDo. pó<!iero r sahir ,:na.vio.•. caravelta, ou barco
« <t~llte.Rein.o, pcWl o Estaqo.d0 Braúl:, s~n<i.o Qm
o. cfllnFanll <h:1.x1ita"m1:J:Qadb, e seneio N€c(tssario·
ií.. irem, a.~~ 116 llay.lQ,S ilbJ:a dQ> corp.Q d~l:l.a para.
r~NAES "
'o ;réis Icada '~acca 'de lâJlgod;Iio., 'e 'vinte róis cnda
la 'c'6:ln~, ,le isto, pelo' oomhbi 'CilledevtlD _p3'"gat'
''Os'-ditos' Mestrcs1ija ,segura'llça :de 'se'tlS oavios~
« fl1etes j:e dos1assltoates1qtt.re neiles "vier.etn s'Ó':~)a
q -'gará'Õ por cwà~,iarrbbnto~l'fioo'o lal c-ellltO' e'.quU'-
<1;. cle v.inre a' CihCO poP centre-, per, esl~' mod<J- lhe.-
li' eTeforcando
. .as armadas e frotas com melho-
II res náos de força, para haverem de ir para esta'
- .
1/ cousas valer-se dos Ministros de J llslica como
,
II se faz para os de Vossa Magcstade; seja VCSSi)
S 59-
Por Ahará de 10 de Março-de 1-649 foÍ appl'o"
vóda a -Companhia gera'}, d'írigindo El-Rei á Ca·
lÍlaTu do Río de Janeiro n seg11inte carta (J ).: .
« Juizes; VereadQres, e ProcuradOl' da Cumara
(( do Rio de Janeiro. Eu ~J-Rei vos envio muito
(( saudar. Presentes vos devem ser pela notorieda-
..,.de do negocio .05 fundamentas que Q.'lC movê·
(( rão a vir na PrO:posta q'ne se me fez peJos h9-
t mens que ne.ste R-eino tr,atão a merça,ncia, con-
llEI.
§ 60.
:J:o~o 'II. 17
r30 ANN~ES ,
ti. de trinta' navios que Sua Magestade mand/!
li. espeFar paTa irem com segurida'de., ~ para
« fazer partir a Vossas Mercês e ao Senhor
II Governador mandamO's este aviso, ordenan-
(
DO RIO DE JANEIRO. 141
S:65..
Grandes emb ,rMJOS todfi'via;se-offerecêrão á Com.
panhia para admittir a p,aFticipar dos interesseS:·
~o.se\~.commercio· aos JUde08 ',_ p.or estc.lrem 'SUl'!';
14!~ . _ A!llNAES
. § 66.
POI" vent(l'ra Dcos que creou o -Sol, que des....
péll tandQ no h oriso te ílI umina 11',0 meSmo instante
S 68.
Acabando de ler a Memoria na Casa da Camara,
para onde tinhão sido.convidados e chamados os
melhores dos Cidadãos, c os Prelados das Reli-
giões, por unanime acordo proclamárão todos
de que era mui acertado tudo quanto fÔl'a propos-
to, e que todos crão contentes se desse a execução
ás medidas da publica segnrança da Cidade c Ca-
pitania, e que se continuasse o subsidio da Vin-
tel'la por hum anno, ou por aqnclle tempo que
152 .lNNAl\S
§ 69·
- Empregoi! aCamara é.lssidua diligenciá na arre-
, . das contrrnllicões;
cadaeão , além disso acordou
que os donos dos barcos e bateis que navegavão
para osEngenhos fossem obrigados (2) de apresen-
tarem-se ao Thesoureiro da Vintena, para delle
~eeebe1'em as cautelas, e 1)01' elIas os SeIlhores d~
Engenho e Lavradores emb~arem as caixas,
dando G I11a~ife&tQ deBas ao mesmo Thesoureiro,
bem comá que se Gontinuassem a pélgar todos os
impostos, visto existil'em os justos motivos por (l'~e.
se aceitárão, para oecorrer á urgencia da cousa pu-
blica, gloria do sen Soherano, e ~eguridade do
paiz, a fim de constitl,lir-se em estado respeita-
~el que podesse repellir toda c, qualquer aggrcssão
dos IJollandezes; mandou-se jgualm~nte admittir
lou"ações ou ajustes qos Seahores de Eqgenho ê
I Lavradores do quanto devião pagar debaixo de
ele sua palavra de hônra, segundo tivessem obtido
flas suas safras já copiosos, já escassos productos.
.'
I
l •
p I , •
e
pr~8€ntativo metall!co ; a U1?eda (alsificada faci·
. .
lita~a. ~s opel;açõe~ de ft:aude, e, rqubo publico:
não occorre~l eIij. tão praIide cal?nliçl.ade ° meio d~
..,.
DO RIO; DE- ":4-N~IRO.
'-
, .A lei d9 IilOVO, ,cu,nb9. da ~geda.Clol~W.ia1 foi
publicada n~8ta Cida.de ê ~Gp:1 d<ks ~.ix.a.s ~ d~
20**
iS6 ANNÂE~
" '( I) Archivo da VilIa de Angra dos R~is, Livro dos Re-
gistos do ann'o de 1645, pago 85. ' '
~o RIO-DE J'ANEIRO. ~151J
muitas vezes tem (eito hu'milhar e'perder os mais
·helu constituidos Estados. Graças e mil graças
-sejão dadas ao entbusiasmo e patriotismo leal dos
·habitantes do Rio de Janeiro, que em hum estado
·tão indigente e critico;obrárão tantos prodigios' ~e
,valor e de generosidade a bem do Real .serviço
iJue·El-Rei D. João IV em testemunho perpetuo'
{].O seu reconhecimento pelo Alvará de J o de Fe-
lVereiro de 1642 (J), tendo ou vido ao Desembar-
~ador Procurador da Corôa Thomé Pinheiro da
:Veiga, lhe permittio as honras, privilegios, isen-
ções e liberdades de que goza vão os Cidadãos da
.cidade do Porto, a quem EI-Rei D. João II no
-anno .de 1490 concedêra os privilegios e direitos,
de que gozavão os Vereadores da Cidade de Lisboa
com os·conjunctamente.concedidos aos Infanções,
e ricos homens que pq,ssnirão antigamente as ter·
-ms de Santa Maria de Besteiros. Este espirito de
-dintinnção das pessoas foi em todos os tempos o
que exaltou o espirito publico, que transmitlião á
poster.idade os glofiosos feitos das Nações civili·
sadas.
§ 74.' .
Recl~mava na verdade o estado beJIlcoso dos
tempos medídas de segurança e de prevenção, poís
.... \
(
'"
.
Em obscrvanciii daquellasReaes determinações•
.q ue forão acompanhadas de h!lma provisão dq
Governador Geral Ar:ttonio Tel~es, datada aoa .2 \
de Fevereiro de 1645, entrou na serventia d,este
Governo Duarte Correa Vasqueanes, lev.antando a
homenagem ao nomeado Governaq.or de Angola t
que devia partir .gem demora; por cuja razão o
Governador Geral ( I) apprleciando o merecimento
da pess0<;1 do General da Armada .. que estava eu·
carregado de prestar-se a tão importante diligen-
cia da restauraf:ão de huma Provincia tão vanta·
josa aos interesses da Corôa, ordenou levas de
gente para o Exercito que devia acompanha-lo,
que se servia na Provisão de 21 de Fevereiro de
1645 no Real Nome de seu Soberano conceder-lhe
todos os poderes ejurisdicções,· que e~ão pelo mes~
mó Rei concedidos ao seu Governo, confiando na
pr\ldencia, taleuto, e inlelligencia do dito General
das Frotas, obrasse, segundo sua obrigacão, pcl~
satisfação que tinha da sua pessoa, em qualquer
materia ou caso que ii demora e urgencia dQ
Ilegocio não permiltisse fazer aviso.
se' p'ôSsà éonseguir: HeI pOF bem' e 1\to ndof ii t6r1as a51 Jus-
tiça ':iSSllD' de's1e Reino, como do iÍito Est'lld'o, fa'ção Hrev I
e' su'h'imariamenLe p'agar os fretes e di~i<fo's pel'teneénLes'
a ésta' Yiag'~m ao mésLres, mercadorcs~ pas âgeiros, e
tn'ai'S interessados que vierem nas dilas Fret,às, 'ctlostand'()l
,do que liquidaméiífe 1,IIe deverem.
22. E'por quanto pal'o a defensa e segu'rança.dos 11:1 v!9s;
mercardes', êeol'é'm 'q'ue os donos deTlcS lhe :iJ. "iLãô'àrma,
para a' ge'nté de mar C(ue nelles hão de' ll'üzer: fiei' p 'r béllf
que'rrkgão nos' áiLos navios tanto~ mós u ls é'lh'huxos,
quantas forem as pes flaS que nelles trouxerem.
25. E: Hei' Ollrt·O situ pbr be'rn q'lIê der oe te' ,Reído,
iiê'iiI' b"'E rildo do Bràiil, sé possa talHícal' natiõ olf ca.
tavel1a que e)iio' dê til nós de 20b t'ori Ind~s" e d' hifparaf
Clfft., porq'he neóhum I a de navegar h. s' dlftas FI'ó'las de'
men'ó porte, de'pó'i ' quê acaoareÚl' o qtie já é lião' faliri.J
ciáb : é 8"5 éarnvell 's que a'Ssim -ê fãhriCltrém de porte'
éIé zoo Loill:J.adas, seraõ Il'rma Llo' eàm 10 l'eç s de 3:'rti:,;
lfit'rm; C8Ú1b ó'" {javib~ U'é itlen10's' p'õrLe; se eBtél'lderó: na
éf:ulavClras e na",'ios que hOllvereu1 d'e iJavegar {lapá o' Bra'i
iiÍ; porque pa-ia oóLros porfo's se poderáõ lubricar os oa'"
-vios que lhe fizer éonta.
2'~: Os óavios que forem ao Rio de Janeiro' e maiS'p-or;l
tos do Sul, viráõ ilemaodãr oOln a carga 'crue tiveréih fi
Cidãtle da Bah~à ; no tcrrip8 qÚÍ! por y(Js mi' lJ1'dõlf, "do para
vir iif' C1alíi em vossa cooserva, medindo b .en:i~b fI'it tal
mOdo qUe dem veohão IDufLo árHes' lfa partida d~ FI' ,La #
pari\ (;Vital' os gá tds e 'iJéspezas que podcl'áõ filzér ná Ba J '
hia, sendo muita a detença, nem tifúi6êm que vclÍbãb,
t'éo4o vós jú pàrtido.
no RIO DE JANEIRO. 1j 1
.'
DO RIO na!: 'UNEIl'.O.
CAPITULO II.
,
Sendo .geral-a 'paixão dos-habitantes do Br3zil
~"Ulas l~iqnezas natu'raes ,qne se esperavão 'cnCOfl":'
'tnl1~
no'inttu'ior do }Jaiz" a exemplo dos, Hespa-
nhoes, ~petJ:étráráojasm~tas no;.morflento das trc-
{Jôas"\«dm 05 'Indigenas di'Versos aventureiros,
querendo' :Hchar no~os 'Potozis' nQoS deseptos das
Gupitàniás 'de IPorto Se~uro e ,Espirito Santa. O
·Gnvaltl1'wdól'''Geral buiz de Rrito efrcallregou a Se,;.
bastião -Pellnann:és Toni'lnho, o' <rescoherto -das
3p'etediüas minas, e .aqi:leRe 'a'poll'tatldo""<se ao Rio
. ·D;@ce, ~s'eguirrdo ,ell1er,úrrio de 0cste'hnn;1 palÍz iro-
'Ilil'6USl'>., 'IlIOl"tFes' me'Z€'S',sbcoessiv0s, eIflcontrou na'-
,qnélla-s.cOFl'eriãS' FOg:heaos cdstams~cl:os e luatl'izes
tde ~J!fhiras.· (!}s n1esmós Indigenas Uíe mostrání@
'tb~11a5' e-sG'àrpàdats:a@Il.de estavã@, ,. 'como 'cmara Va'-
da:" pedr~s do mais lindo 'azul' com oüro,; elIe
topou huma esmeralda e iluma 'Saphirn j'iei'feitas,
'Vio varias rochas de peHrll's verdes e de ontras'cô·
~l'es" b6n1~@s~0tisllaes, e ncHes embutidos ÍléClras
'"~tJid,€s .e aZ116s,de hllma rom1o-sura Ular vil'h6 a,
õ.
j
~
2.
180 ANN.A:ES'
§ 3.
Roberto Dias, descendente de Caramurú', des-
~brio naqnella mesma Serra da. JacGbina , huma.
..
DO RIO DE ;r ANEIRO.
DO RIO DE JANEIRO.
§ 5.
Aos moradores de S. Paulo mandou o meSIllo
Rei' por Carta R~g.ia de 8 dé' Junho do mesmo
anno communica'r a escolha que fizera dos Admi-
nistradores das mi -as, Í"écomm~tiâhndo-lhes qné
lhes prestass-ero toda ajuda' e favor que esperava
de tão leaes Vassll11os. Ignorava-se n'aquélle tem-
110' a' atte doS' fi'abálnos das ~inas', a Chim,ica, e
M:etallt.irg'i qu~ 'lhe servem d~ apoio, e escláreci-
roemo: d &scobertos que appar'ecião forã,o effei:'
tos da' casu~lidade e: coragem dos habitantes, pe-
netJ:ian'd'O o-interior de paizes inc,hItos, habibdos
de povos bravos e barbaróS. Ainda <í:*e as'penções
conferidas aos MirÍéirós' não p'odiã~ ~ont'entar, e
satisfazer 'O trabalho de' bõi:Pens sabias naqpelle
gcneró de s ,rviçd , cóm tu~o as ~eréés d,e I10rira
..
(I) , Arch. da' Camara' do' S'o {lnulo Livro' dé' ncgist6.
il~ 164~ ,tI. &9.
192 ANNARS
as estimulava emprehenderem e executarem, os.
projectes os mais sensatos que' ael\lelws descobri-
mentos exigião, pOl~ ql.!anto s'em o moveI do inte-
resse os homens'não seguem pela rec~a razão a €S-
traua da, 1:).on~·a e do, dever., ,
, ,
I
. ~
tj 6'•.
§·s.
D.epoi . o. ID€5mO Mouarc~ l.lle dii'jgjp Qlítl'P
Carta .Regia datadc aos 19 de Janeiro çJ.Ç}. J 64.0"
...... DO 1\.10· DE UNElRO. r~
'"pm'tioipun;do haV&r"""es-criptô' ao,Pravineiahla Cd~h
:j:láilhià de J'esus , p3it' d~~:-es I11Iitnos J:l:acessa'l'ios,~
'e~ao Pr@vedm~ da Bazenda Rrea~ para gn-p;pxirf até,
''dotllS mil; Cfllza-<ittlS'·ós ,gastos' «iI:a" j{i)lnad'a. A~tlene~,'
.A'le]'ef1@.g, A11té'Pí1.<;), , "e.~Ih\)mi:rig~s\, escDev~t;i0. enr;
tãb a El"-]Qü em r6' de- Alhtil: d~: 1 ID46'~ I'l.la·mfust.an---
·dá' o ard!0.F' d~l'S~tI' zelOl.pfd:O Reat seuvilp.o.\" 6 quo
'p0r tíctnCO;. q,lteÍfuSl d~sg@br.imenllosr.1lire perrei'iciãor' .
"c0ih~ 'filllfiol; cJf::f Mal!C~'S \de- Azem~dé:,1
, , e'q-.ue <ile.h0~\
'gI'adb, se lH'êB [{.v.m adlal};e-l~ frs na.'clts·ta : 'ishHhes,'
{fuii á§ra,d.eai(Io pela -(!;a,ufa R€gi'<:c ~~ de Màrçp. dé~ ,
)t647.'A! h(nql'a-~é l'e~eb~ini(i) aa~JtÊfspnsta â.eiseú
;-Sobel~a-nor(i)S fi~ilêl@f'par.tlk" S~rtl dem(ira~ I~Vlâilii.~i
'em 'suát cómp1uihi:a~intai lt s~t~' lromens b alll~
~oS· " e" cento- é' 'C\:J..le(;jeuta .Jirdms e: 'Vinte' ei eirrco,'
t:anôas (í l'.
/
DO llIO nt JA.NEIllO. j 97
mlta do' Conselho' Ultramàrino de 16 de Noycín'·
aro de 1644, incumbir o proseguimento daque1le:
descoberto aos Jesuitas (t) 1 tendo aquelles Já:'
-----~-----_ _----------
.......
(I) €onsult'a do Cllnselho'.~ S'cnhor. Foi Vossa' Mages'"
tade servid-o manda r remeller a este Conselho hum me'·'
morial para que se visse e se consultasse logo e Ibg.o , no"
qual se diz a Vossa l\Jagestll'de qU'e hayilí'o mais de trinta"
annos qu'e Iruro Antonio de Azeredo descohri'o no Sertfu'
la Capitania d'o Espi'ri'lo Santo huma grand'e Serra das (JS--
meraldas, e tambeÚJ alguns diamantes que forão trazidas'
• esta Côrte, e reconhecidas pelos lapidarios por verd.. ~
deiras e finas esmeraldas, e se lhe acbavão o defeito de'
.erem algum tllnt'o escuras e requeimadas, por estarem a'
flor da terra, segurando que as mais inferiores da Serra',.
que «:nWo se não tirllrill.O por não ha'Yerem instrumentos,·'
terião perfdt~ss;ID'as. Que são certas estas noticias da Serra'
das esmeraldas, pois que no 80no' de 1654 pedirão os Ps.'
dres da Coinpannia ao C:;overnador· Diogo Loiz' de Oli-
veira, que, em Nome deVossa M'agestade, lhe desse licen~a'
para á sua cu.la irem descobcir a dila Serra', entendendo'
que com o que dilquella vez·tirassem, ficarião desendivi..;,:
chdas de mais d1l cento e cincoenta mi1'cruzados., em que'
nnquelle·t'empo estav'3 cmpcniladb a Provincia. Forão com'
efl'cito os ·Padres, e não achárão a Serra por filha de guia,'
que lhe adoeceu no caminho, ou porque Dcos'tinba gllar-'
dado esta mina para o tempo de Vosssa l\tagestade, co'-
mo outras muilas riquezas' que nas Serras eJ3qllelle Sertlu·
be certo-estão escondidas', e por negllgenda dos' Portu---
gueze8 se' não logrão. Se Vossa Magestade fôr servido rc-
'.oIver e~te descobrimento·, niogucm o' poderia faler'
com mais facilidade e con-veniencia que' os ditos Padres- da'
Companhia, assim porque se ba d.ru-er.e'sta jornada com'
198: 'ANNUS
foi O haver achado U& I;astQs d~, muito Genlip '. e que os
·qne ião 'com elle COql r~éeio lhe requerêrão se to;nass-e ,
:c,oufo feí; lJavendo por~lb caváâo e'Ln h'um 'oulei~-o;tf~n
'fIe dc:háí:3 a'lgulnas' pe'tlras.a' fl.-o'r dg te'l'ra , e ô-ci c'e'afro 'nã'o
'~~ àc~'I'lu nada. E qíle lhe parece que quéren(!'o' oS'P1ú.lrell
·da Carn:p'lIrrhiq, em Piª-rlic~lal' o dito Padre J,levll,Qdo etn
6;ua c'ampa·nhia o ·F-arlre Fra~cisco de i\:lo'raes, grande Ser~
.tll'oej.o, com hum ~lho de Antonio de Azered,o J d?~ qn,e
eslão 110 R~o de Janeiro, que tem nOlicia desle descoh.ri.-
i{lento, ou pessoas' de. ~'uá' obrigação que a' qui~erem' fa~
2er á ma 'êu'sl'a J ~e llC' d'cVc d'ar o (;ent,jô das Aldêas "qlll'a
'h.o'uver m~~ er, e juris f1eçã:a para lé-Var oincoenta hOql~n&
1>'ra-ncos ; e-qu-e d-esoob1'ind,o-se a Scrra, se lhe, fará a.mer-,
.!f,ê,q~c ,V.ossa l\lal!estqde fdr servido J p,olldo pqr çO.!lsi~e,
,r;a:9ão que 040 l)l'aráõ'G-cnlios SIlQ'l ordem 40s Padre~ que
fQ}lm~igo, le-vqrem ; e q,ue e~ t1l40 que se 9.fferecer na jor.-
,ojk!a, lomarÍlõ ~j)l\ parecer, e,em-Ilarticula,r q:-o po~'~r'p
do'!' gyel'ra ,!O G.enqo ,. salvo ,se ('ôr.. ~m s.ua ,ue.fe23 , que
constará. por cenicJüo ,dps P~tlres; e que is lo , p que \h~
.pa.~.ep'e, Ire que n Fazenda rleVossa (\lagestAde niio es~~ eql.
'estudo de fazer despe~l;; 'f l~a9 qf1e sem ellas se pôde faz.e/.'
o.g.escobrÍlnenlo , cpiio.anisça Vossa l\lagestarle na~a, ',e
p:Q,4!l S\lQccPeI} que seja de !\ygl~ento pAra c til Jlei\10 , .~
dep,ois ue cO!Jb.f.Qitlo se potJerd l11eller captlual. E que d~~ ,
IUi-\S .distp li S*l.U 'oargQ, delle Siill'adol' Gorrêa, eJlà mandllr
r~let:l.di,ligcncia sobre..,toda a no~icia ,llue ~iver das miflaS,.
lt\n todª a I'epal'tiç~p que. ~iver do Sul J cómo Vossa l\la l'
,8~sla4elh,e ~elp pncarreglldo, ,e d terminava faze-lo nas' re..
f~ridas' pelo lT)odo que 51; apf)n~a. P~l'ece a c?te Conselho
que. est~ negocio se de.ve recoJl)meQutl'r a.Salva.dpr Corrôjl ••
.200 ANNAl5
§ 15••
Para cumprjl' o .AdmiI)~strador geral cóm aqueI-'
.Ia· Real Resolução, se.· passou immediatame~te 3;.
Paranaguá e ao Ignape, a fim de pesso. Imente fa-
"
no RIO 'ThE ·JáNEIRO. to.;
vilra em sua companhia moitos uaquelles Indios, -
na occasião que fô~a buscar as pedras das minas
- de PaI"anag'l13, 'e d'aiJ.i expedií'ã 1111'l1s , por I'nui
:rem'ota dis'tancia na tropa dos dcsC'Ol)riélóte's ·tIm,
minas de pràla, os quaes suppoit~rão por mUito
tempo a saudade das suas familias, por acudirem
gostosos ás <leterminações do Real Serviço.: pelo
que M? {:l3I'cda" just-o~ e adcql1~dG ~rem 'armn-
~ados das suas Ald~s , 'ÜB<ire além disso .para 's"e
lhes cenSér~~\'t "a fé 'tia Religião·, e á fidelid'àde i3à'rà
'Com o se'u Sobel'a'n'O tinhão igrej'as e Strce'i·dote's.
E no caso de ser absolutamente necessarÍo a trans·
migração dos Indlos , não obstante as razões
{{ue ex,punhão a consideração do Administrador
,geral, <I...m aqucUa mudança não se p"@dia etrei..
lnar "líen5'O depois de dous anho.s de intifilIaçát>
p'Ol' "se fu.zer in(:hspehsa\r~I 'pré})ât'lll':a tel'i'à , pInn-
-lã):' ,e colhei' oS frt'lctos 'Com rà'rtma pàra segu-
rar 3 sua subsistcncia, visto qne os lnoios mal se
acommodavão com o pão de munição portan"lina.
Que tedas estas graves oC(msideraçóes se deviéi9
pesar ~ elevadas ao tonhecimootó de El-Rei , qne
:só qU'Cl'ia G bem do se\\ R.eal Servtçu., c tl felíci..
'-dade e gozos trnnqUll!os de seus Ya'SsaUoS I I).
§ 17·
Tão sahia representação fez diss~ladh' ao f\.driii..
nistrador Geral da projectada ll1ud~nça dos Indios;
/
'150 1\10 Jl!& IMlEmO, ~
§ 18.
, Não obstante haver Duarte Corrêa Vasqueane's'
procurado fazer a composição entre os filhós de
Marcos de Azeredo Continho com os Padres da
Companhia, por isso que os Padres tinhão cabe...
daes para supprirem as .despezas da jornada, b,
que lhe .foi agradecido ~pela Carta Regia de 2 de
Setembro de 1648, e que não resultaria por isso
algum 'desar .aos,Azeredos naqJlelle desco~rimen
to , se elle se não effeitnas~e ~ por isso que era da
vontade Real que pelos Padres'da Companhia se
fizesse to(lavia os· briosos'· sentiínen tos dáquclles
Azeredos, cujos serviços sâo reconhecidos na Carta
;Regia de 26 de Julho de I 6~ 7, on9,e se commettla
aos Jesnitas o descobrimento das minas; e que
este fosse na c0rI?panhia da'quellcs padrf"s , affir..
mando o mesmo Soberano, que mandava COI}-
5ultar seus serviços, -não' soffrÍão a partilha: de
honra nos sellS trabalho daquelIe descobrimen-
to, quando receava que tão acreditada Corpora-
ção pela sua. riqueza, credi!~ : e confiança do Go- .
verno, se attribu}sse .9 bot:J;l suçcesso da emprc~
~Onl <lesar da su~ honra, industria, e conhecida
no RIO DE JANEIRO. 21 '
.
6otJ.';jj;oooil's. soldo. ·P.el~ il?-rol'ísãll <ie 1i9~elM~.
-
satísfap'.o .e-eom..a.cer.to.,.que s.c f(Ue):.ell\- jO~Dada,de t..'lnta
ínWlJr,Lançia: Rei por bcm".il me ,praz",. de lhe fazer mef'c/!'
por todos os diLos respeitos do cargo de Governador da
gente de guerra, e da mais que o acompannar'na dita jor·
nada por tempo de quatro. anuos, e que haja com eIle.
~oo~ooo rs, de soldo pa);os ·na forma da minha Ordena-
ção, fi metade na Ca,pitania do Rio ,de JaDe~ro, cqmo se faz
éom o maIs' presidio dáquétla Praça, -e a bu ra metade no.
rendimento das mosfnas mil.la~; o qual cargoJt:xel'Citara duo
t·ante os 'Ôito 5 quatro 'auna , COln} todJOs. os (>t1de'r~s 'e' j;uri-5'
dicçã!hOeCessariil-, que convém tenha CObfO solJ c·o lilita4'
p,ar-a oonti-llual'-O-d-ito-d.escobrimcnto-, e~.o~:u,,1.de-t.o{}as-as.
honra ; I pl'i\dlegiotl, is.eliçó'es., franque:zas ,.preelDinencias,
liberdades, e t!.ldo ,o mais que por razão do dito,o!l~O lho
rooar. Pelo qúe lballdo a.-t-oda-s-,a's p~soall ~e nooulpa-
ohavelnf1lo dilo A-s0stinho Barbalho Rezer.r8'nestaljMnada,
de'<{l1álqúer qualidade-t)ue<sejão ,'Capitães, ~f11'cia~s,>e'Su-.
'bahe-rnos-, e ,o.s Il't81S. da jUl\isdit.:Ção das·ditas-mibas () cu.'-
Dh~ã(l por 'SCIL ·Governa'dor durante.n -tempo 4e'quatr,o.
andos:, 'e(jollna da que fiaja fazer a eIlas;. e cOm'o 11 tu/ he
obedeção, eumprãmeguardelD -as SU!ls:ot'dens, e. mandàd-os,
eomo ,devem 'e são ol:lrigados., E po esta o 'Hcilp.·omellido
de posse'~o.dito bango, .jurando primeiro na' mióha .Cbao-
e.ellâria na formá costumllda, Aue'cumpritó int-eiramente
"Com as obrigações dcUcr, de. que ~e fará.o -assento oas' coslas
desta, que por firmcn de tudo lhe' mandei dar }}or· Miln·.
~ssignada e sellada .com o weu sello pendente, -e, se 'pas·
i'oO por duas 'vias, huma -só ha verá-emito. Não vagoul 0'8
novos direil'es', \ p'or l 6u resolver queros 1 oüo.devil1. An~Griio.
S~rranll o 'fez cm 'Lis1,)oa'lI (19 de Maio 'ue IG64! OISccrelll·~
na lU~ 'DE J'fANEIlI.O. 215
\ ,
~'t'Vi 4ti~~S1
ltartl:I1,9:.:paFa O"pM~pto. aYiamerrlr€t, al0. ser;viç<f al.
qt\.e< i:h. se.g@~~~cil.Q 'ÍJlIfQrma'1" a,Soa, Magesfade de:
ltldolq~e, 0brasseml n€$t~ pall1Ji"€ll1kll~" para ter~Ull
·d~ nlCsPlo::Se.oho.r·a <k\'.i&r~amponsa (l):.
sr
('I~ Düo· niv.. 'e ~·pehi·ve', Litv. flI.IHit. Jtj64 piag. 40"
Canta ~:Jj)J Rei·.a os P'lI e If.slllls. ,J.1lÍrl .,. V'e rea.u orllti<-r e·lh:ocu.•
·~~tl\ír da. C'a~iUla l1a~, Vl1J~ d.~. S'•. l?ap·I~.
E,u, E1.,Uej VrO~ c,l)v·i.o. m.LliLo. sa.ud.ar~ Df'I10.is qpe- t,om.ei
.~osse do Gov.eroo desles !D-eus Reio,os, B,(JoJwma OULl'l,I
co.u.sa mais desej,o -senã o q~le. os meus Va s' aHus I()grem a-s
·utilidàdes que 11"1 c pod~U1 fazél' at'cançar hum fdiz negocio~
'e 'porque e te podm-á' 'Vil' a' ter os' moratl'Orcs'd~'ssa ·Capittr.
Ria, se se app-licareIDillio.dllSG ullimeflto·dhsILD.illas q'lle.t'll>ot-b
s!l: deseLol: Fmj· seJ;v·~o cllJvJa,r: a dia &$0 till'h.U Baoobnlho "Bec·
·Z~l; li cpo idel'U.ndp ser, Il)lLor;.lJ,dcs~. E,s,tar[{l" e gp G.OID-o
'tall1~osJra·p<\I'f,i,oular, df~s.ei.o QQs all:g!p.ent.Ps deUe,: e,p.eJa eL-
'P"l1l'icoçia quc .tcqho do bem que lité agora IDe ha servJdo "
. me fllz con{ihr que Bssim o fara cm ludo e~ que o encar-
regaI'. EI1'e vos dirá o que con,vier para este dfêiro: e VOI
eo.c.ommendo ·vos dispr,nlíai., e' animeis> a lrat'lJr'd'Ci\e';
sendo.cento:" que se .s<YcousegniJl o fim, vos hei de 'fa:tp,l'
h.onras C:Jf.t I'Oêll, 'e) 1II;l.1-i\l!:l1'licu'la, ;<1fJ& q!Je: nc&l'ttl.se- viç,o
's~,af\Signíllar~ n'" fi12Worlo-os. accresct:nlar DOS Officios." e
Lug~res. quc,forem uecc55BTj,OS. nara__a.boa A.dmillistraçüo
das minas, ~egllnrln a qualidade de carla hum, e oooforme
o zelo que lOlIstrarem nesM diligeocia que a lo.dos e a cllcla
hum cm particular hei de r'emuoerari 'E'scripta cm Lisboa
,a ~,7 de Setembro de 1664., _ Rei. .
no RIO DE JANEIRO. 2
§ 20.
§ 21.
§. 2~.
.§ ~8.
DO nI<Y DE J!NEIRO.
§~~r.
J;l~il' ~e.ral s.,:·~ ltJT"ado .em cuntia ttos OffiOia68 que 1lfJe-relO
. dil.Jl·l~lrtlg~, 1J.9 qutlldcxe~ 40 seu ,1:eoeb'Ill~Dt{) ; oe o
lelltJlfl !l~/lcUl.ar;i,~ 0.8 (i)aiE:iall~ da .<Jaroal'll e J.llepYla~OS ~
QIIJ:I{; ps h.fl11l\'.er qJt>r ,q.uem cn~r~ 'o,d~aCiív() -d~"Ingdllterr~
~ 'píl~ dtl 'B~n~fJd~', piá'rA ~1I6' 'as 4ilíl~f.();m~u.Jhe fa~ão .ef).~
J}l1l.g!l·II.Q q'l-I~, ~,'lli!Y~r. dobro:do e 'w Icabi~rl~., '{,o1' 'eu JllIVC1'
!P~ lbemrqull {Htl5.djJjgc.nc~l).s'Jqtro ,vüOq>O'S~~~N:I&SpenU r1hu·
JJ)a e. !J;t1JIllÍ ,GQD5:31 Jli\)f~lllJJa do ,,~u Uéglim6Dl'O. E jl8l{\ se
, ij.lllpr.irill-lJ,lu1to illlenur/n!entc:.cQmo Rella·se contém, e·n'oío
p;l~PU. p.ele (Uhn.~cllopia,.e .tale,,~i como 'Cl\rta, ~eU1 em-
lMl!glQ da-'Otr!bllll)ç~O d'o Livro apfIfll. :!iI}, e'4o ern<c()nl'ra~
ripA 1MllnOfli R:o:dl'j~1l8, íhl'4r8~1ir,im 1(1 féz -e~ LLl108 -n '2~
. ' ,
.A:nhelàndõ
, . . . O mesmo Oro,. .... v-isnrs- mrri
Pl'.Ínci Je C01IT
h~mfu~sf\S.l~r~!fiover os desco]jrimento~ çlas D1in~l!i
de. .Q-çatfl· e 9\lro de I?araqagu,á.,! e Serril d~ Sabra-
b\\'}}L,. o,rp.epo .. aQJAdmi.Q.iSã'~dor GerílI. q.pe nro-
me.lJ[ease:: no ~l:)1 Real N,Q~ él,f;)S'lq&le..ª~G~n, anb.as...
(lJ) UiJp, ~iv~o 6- ~rq~i\';o ~.Qt 3{} e, egW t%" " ~l.v~r4!,
dali. Mal ro.ê~'l .
·E.m o, Pj1Íloihe~ ç,olp'()·ne.genl,~.·e Gio.v.~roa.dor, dps n~1l08
de nOl'tu~lQ. AIl}{l.J:~;, F.aQP. SJ\p.e.l' a.vósMD~ Rod.rj!Jo. de.
€ll1t~ltlJDrlUlQ!); Eijla-l&o. dç M~nha Cas;,a'1 q.u.e:qr I\viO-
aO·lde5Wb~Ul(}nto. qe. wata. !l>. o.uroJd~ ~,a1JlP., g. á. e. t?prra
4e..>&b.arll!lw.9 '.,. q.uCi',ppr.lw v,ilj 1\,0, m~q sftriy.içp q,e P~s.~
S~., dilígeD~ia.s! S~r p.ouha'lt«!4p q(QP!'!a#0 ile. B' a, -eHe. de~
oobr-imwLo 111.O:~1 p.Elissãir. a<lQ1llWJ'nharG a!U!el!~s e~s'.oas; q.p_~
dellas\ tÍ\ erem~n!llici~.. UeiíP.or Qelp que os q,ue: ios',l4loO!'l'
J!8llltaret.ma suaLQusllli', ,a.:. eS,0,O~rJte!Jl;; qu!\es!tuerl !!as d'tas.
minasl, seudn.. o. m:in1\r~.1 &x..o ~. de s rle. q.ue ~e4unde. elJl
h1m6fieiJ)~ destlll.OqrQ81, v.ps,lb~ Pl'05~ais, Pl'0mell,Crem, lJl,~lt
ll;()1)lC!.h'UiIiDlIHubi/lQf)QlI<, Q,ru~tp(d,e,Chi·i~tp_., ,«)wUS) ~e ,.A..VJZ'i e,;
hum'deLS"JTlhioglO "qOm,j20..tJ) \lté,4~;1'8 Çff~lVOS a,·Cil,.....
da.,hlfJ:n; dQS .d·ilo~H~Qito.s"J n~,r~ndil11~lO das dilas mino9':
qtJe ,vjiá.éJaJ.coJtfiL:n:~a:~,P . Pr. ~ilP' S,cjs,.ieu-os ~e.Ca.valheiros·
~jdaJ@oB~~~ISçis., de"rtloQP lda,.·Caw~~a ~ e. s. tcra,resp,clt()..
ctlAfGr.w~ '. qi\llJ1Wad, ~a,s Pi~S!r.l'· erser.vi§lp qUl:dj~er~1D !'
pll1auh;Ü~cn~1n.Jde m~'P,.,(h fQIiQ:.:de.,F!i~·lgp f <Ire. ~liqtla C~~a::
e. O; JJ,lo%ll\.().ll'ç~P~ÜQ.sC(lepi.p./lll s.e~el;D,.de6flri1eqa.das .. aqw:l....
laS1l!eSspRS,1 q,~e.. se aqhalle!1! ,',leste.serviço conf9rme..o que'ó
,ll.t:ll,e.9~l;at m.. :& PIlra lO bD~ -effi;itPrdeslal,4i~g~ncia, S~ll
·tl~ ne~e~*~ ~~g~r~m-.~.c ..·Ca~.Oj q"e~ ha j~()l, " S'!l,c}.n.al'oa
240 ,~NNA~~
se;'D a sua custa e des~obriss.em q.uaesquer mi-,
nas de metal fixo, hum habito da Ordem de Chris.
534'·
No Sergipe d'El:Rei vivia aquelÍe' Joã'o Alves,
e o Governor Geral lhe expedio em ebs-ervancia'
§ 55.
,
Para a conducçã'o da bagagem e fabricas parll,
as ll1).as d!'l S. ~iguel, se apromptârão sele sUma~
cas, mal}dando o Administrador Geral D. Ro-
ddgop1;lssar Pat~nte de Capitã.o Mór,a Manoel Fer-
nandes, a quem os demais Mestres das outras em-
barcações devião seguir a derrota, sendo aquella
datada em Santos a 2.9 de Janeiro de 1679' Deu
Tambem Patente ao Capitão da Sumaca No~sa Se-
nhora d.a Conce~ção e ,Alma,s, em data de 31 do
mesmo a~no, a Tho,maz' de Souza Rio,; a mes-
ma Patente obteve João Taq'Jes, Mestre do Pata-
cho Nossa Senhora do Rozario.e AI~as, em '28de
Feverejr.o <;le 1679, assim como Vicente Pe~dãp,
Mestr~ .da,SuIl)a~~ NDSS~ Senhora do M.op.te e AI-
mP.s, em datade 7 de' Marçp do mesmo ap.l}o" No
mesmo tep1po mandou ppblicar hum bando, para
que os Mestres das Sumacas fretadas não recebes-
sem a se~l bordo outra carga, e que os ute~ciliosJ
fabricas , man~imentos, e· trem Real, com pena
de serem perdidos para a fazenda Real? QS effei-
tos ~mbarcados em .contravenção daquella ~rdem,
dando-se ao denunciante a quarte parte (1)-.
, ,
§ 38.
§ 39·
Correndo a noticia de -que as tres Sumacas que
faltavão estavão na Ilha deserta de Santa Catha.
rjna~se determin:ou seguir por terra o Tenente do
~esLTe de Campo Genel'al Jorge Soares, para d'ali
})assar-se ao Rio de S. Francisco, e daquelle lugar a
Santa Catharina com todos quantos desembarcarão
~m Santos, projecto fatal , supposto effeituasse ;
aporton com effeito a- Santa Cat~arina , ond~ for-
mando os quarteis nccessarios, levantou Alfandeg~
1)<)ra pôr, a bom recato as fazendas , utencHios ,
e mais efI'eitos da Fazenda Real; empregou todos
os braços nas obras que os edificios pedião , para
Q fundamento da núva Cidade do Sacramento da
.Col0nia que estava creando, e levantando Dom
l\'Ia1!1oel Lobo; construio os fornos de queimãr é\S
caeira& formadas- dos mariscos para poder em- ,
pregar a cal 'na constl'ucçâo çlas Fortalezas, e
casas c10& seus habitantes.
-§ Li -.
Er~' aquelle ~occoúo J'l inutil, por havcr:"se
':mumettido a Colonia aos Hespaohóes em 6 dc
~ gosto dc 1680, o que causol.l a maior scnsibili-
dade ao nosso Governo do Rio de Janeiro. Du- .
'raílte estelnfortnnio o Administrador das minas
'do Sertão de Parantlgná se i nlgou pcrdido, nJo
vendo como poderia sustentar o Eeu credito. Vol-
t:ínio para S. Paulo de Santa Calharina os 501-
uados e Indios qne restilrão daquella dcsgraçada
Expedição, por determinação do Desembargador
5inclicante João da Rocha PiUa , datada naquella
Cidade, aos 13 de Novembro de 1680: oíferec:.·
'rão-se com ttido para o acompanharemna jornada'
das ülinas o Capitão Francisco Dias Velho o pri-
meiro povoador de Santa Catharina, com seu
Primo o Capitlio Mór que depois de vario annos
e successels crdeu a vida na Igneja ~ LIltando com
a-espada na mão a defendia, a'fi de que Q:s fIoI...
lalldezes que havi50 invacli.do a Ilha, não f}t'ofa...
nassem :as Sagradas Lnag.cns, recebendo na mes~
nla Igreja daqueHes impios cruel morte; oifere-
Cêl'ão-se igualmente para a jornada além dos Ir-
mâos do falleci<1o Capitão Mór JClEé Diaa Velbo ,
'lanoel'da Fonseca, J0<10 de G.."li['valho , João·ele
. Godóes Raposo, ~Iau.oel de Godó.es , e muit~s ou"
tros honrados Paulistas.
§ t~7'
:Desenganado porém de encontrar as' minas que
descjava de prata 'no Scrros de Paruungná , por
11ais e -I}P.riemcias que fizesse, contenton-se com
ProvedoJ'es
, .
que"'..,.
são e forell;l
.,:a
nlé ,Sua
c.. •
Allez,a,
•
~I
ql,le DeQs;~
~
§ q8.
§ LÍg·
Em Paranaguá e COl,itiba estabeleceu as offici-'
nas pam a fundição dos Quintos Reaes, e nomeoU'
para Provedor ao Capitão ManoeI da Costa das mi.
nas de Iguape e Cananéa , e que elle e seus snc-
Gessores no entabolamento daquellas de prata e
Quro, observasse o Regimento (I) qU,e lhes deixa-
§ 50.
Repartio as terr.as das minas do Itahihé. da Rí-,
beira de. N. ·Senhora. d.a Graca , mandando arro-.
: . . . ~
.1 ~ ,. t
:2 68 ,. i'NNÃE5"
......
DO IUO 'VE 1IANEl1\O.
§ ,53.
Partio c~m' eIfeíto 'a visitar <> S~rro Ó Aâ01iriis!..
'trador ém' Iode Sete.i:nbro daql1elle 'almo " acom=-
:prlnhàdo 'dos 'Officiaes da 'Camal;a tia Villa tIe Pà~
1.'ánaguá , mas' querend~ encbhdr a sua -falta dê
conhecimentos 'melalurgicos', ~u~pen.d'fj~l~ as esca..
;-vacões 'miendo que a"pi:átá que' às pedraS"conti'-
-a • 1 _ • r t .
rthão eTa: á~'mina pobre (que elle não a ei1~Jaiál'a)
que ~lêlo pa'gava q ctisto ela ft'lndiç'ão; é ignoranclo
por qu'e'~eios devia~prose~uieem jmjc Í'ái' o veio
do metal t1escôberi"o'; sua gro~sllra .e tli :ecç'ãÓ, 'iIi·
Hica'J.'1do a razão de '1) oh reza d~ mina, !pel(J' r'é~ittl-
'tado oas l)erações ébimicas , pelas q\laes-'devê1~a
.conie'çar, mandou 'a'barfêI9nai' ii slta
c ltuÍ'a pe-
los ln'esmos principi?s t~nl quê .rorão-d'es~~i)à-
'i~ados os trabalHos âas onteas incetadas "n~ Serra
• • • ( ff' '>
<;1e B-iracoyaba ~fu í68o, quando por determina-
Içao Regia se'pássâra âs Mesmas,' pa'ra fazer ~ JJ.-
sàíó da práta que bqtlarmente se conhecia conter,
~ntã~ FI'. 'Pedro de Sôuza 'acolhpanhâdo 'dos 'Pau-
listas o Alcaide Mór do S~rbcaba JaéÍnto Moreira
Cabral, recebeti numa 'ml~i honro;a Carta 'Regia
" '
DO RIO DE· JANEIRO. 2 j 1'-
.S 56.
N o mesmo tempo" corrêrão boatos D'OVOS qlw
no districto da Villa Ue Ituguassll existiãQ r;nirias
de ptÍahi :" ó à~se:Jó qli/! lInna o :Adü;li'(lÍstL!ador d~
que elIas se 'achassem para sa'tisfa~er aos desejos
do Sobera~o e cte-di'to da sua administração,' pto-
Inetteu po~ ~um Bando, uar dous itabitbs ao,
.
J • ( - ~
§'6o~
§r 8h~
§ 62.
Não cabe na ex-pl'e-sSào significar-áte o'nd~ se ele"
vaNa I~ pi.\triotilUtl~' daq,(lelle Illínca assâs' I<nivand
PaulistaJ Fernão Dià~' ,.d~ <{ue pelo'amor do Ser':'
viço Real que só anhelavá· a· gloria de' seu' Princi.l.
pe ,.pel" qmdJ se.expat'l'iou e'sah'io da-doçurà da
!lua; fámilial, paFa a asper'eià dás' Dosques"c'rttreJ.
g.anoo·se: áS.Jmais vivas' diligeúciãs·, sem~ pdttpàr
,
esf6roos_
>
def deseutr~uhàr) dã s' entranHas' da. terrd
àS riquezas ,que. a~j natureza tão liberalmente 'pro'"
duzio;naquelles tão 'vastbs désettôs', a fim de po~
der"ao'menos apresenx-ai'''o''aétrado tão t1petecido
das' esmeraldas.,. j ámais ,ettcotitradás' deífois dá...
quellêr feliZ', achadO' de Marcós· d(Y Azeredo· Conti
nho, e por tantas vezes nlcommendado pelo Sobe..
rano, a sua pesquiza assim aos filhos daquelle ve·
neravel desGob'tiddr ' , como- atis J'esüttá's , e' a; ou·
tras:, divenas peSSO<lSi" com· tào mal&g1{a4oS' dis..
pcndins do Real Erario, estando, tão empenha... ,
dos os desejos Reaes naqueHes donat'vos da natu-
reza: AqueIlc Femão 'Dias aceitoll do' Governador-
G€ral do ,Estado e~l 1671 a commi'ssã0 do desco-
hrj~e)lJo das esmeraldas, é-Gfllespon,dendo a pu-
blica epinVo 1que~ se tinha do s'e'U' merit<f, 'formou
hl1ma tr,opa nuineros:r cooopósta 'd~, Guaianazes
'~cUiçoso,s e fort~, qüe os ~lavia' domado c .oon~
qllis-tado n'ó S~rtão de Tybagy , q'ue desagua em
duas leguas n0 Rio da Prata, 'acima do Urngllay;
pelos annos de 1671, vencendo a tres Principes
Indigenas, confillantes'<1aquella Nação-, denomi-
~ados: Gravit~ , Sondé e-T'ung:lÍ , dos qú<;tes falIe.
~êl:ã9 0.& don~, primeita;t& n,a.jÓfl(l.ada: qüo fazia Fer-
mio Dias",pé:!ra' '. Fanlo., e,Qllltimo ques.obre...
.. yiVGll recebeu no Baptism'o (;) nome de Antonio.
Tambem se ,c9mpunha aquella tropa dé Ip.dios
.Çhristãos para condncção da bagagem 'do Gover-
nador , dos soldados, e Sertaóejos, e mormente
de sen 'filho primogenito Garcia Rodriróues Pàés-,
~ outro filho ,natural José Dias, e ,do '-Tenente
~eneral Mathias Cardozo, e seu futuro succes-
501', além de. muitos parentes e amigos, enLre os
qllç.CS· .se fizerã.o mui recommendavéis' FJ.lanoisco
. Pir€s Ribeiro, e Antonio de Prado da Cunha.
§ 6,3.
Apenas chegava q Aqministrador. Gerdl óQm a
~'\la' tropa ás ma1as -da Parahipeba, 'e 'Arraia~ de
, .
DO nro DE' 1'âNEIRO.
.§ 64.
f Farão remeUidas as ·esmeraldas em hum saqui-
nho lacrado .pelo Administrador Geral aos Cama-
i'istas de S. Paul~ , em 6 de Junho de 1681 ; pelo
Córidnctor Francisco João· da' Cunha, do siti.€} do
Sumidouro, Al'râial de S. J05ó" e na' Carta que
-dirigio exprimio-se cem toda a franquez{l, de que
·Fernã'd Di~s linha' descohert.o aqué'llas minas DO
TOMO n. 5G
28~' !;'NAU
§ 65.
"Como 'pois encontrasse o Administrador Geral
Bescdberlas as minas das esmeraldas, sem a~har
de que gloríar:-se em seus trabalhos, e exp~ricn.
Cias que mandára praticar, por serem todas in-
rructifera~, além de dispendiosas em prej llizo de
outros ramos da prosperidade publica, vacilloll
~obre o que 'lhe cumpria fazer, por não poder
encobrir por mais tempo a sua nnllidade , e im-
postura; não tendo menor conhecimento das
terras mineraes, comprimento, largura, e pro-
fundidade das veias metallicas, a sua mistura com
'outros , a maneira de. os amalgamar ou separar,
'á nal\lreza dos terenos que pisa va, se de rocha,
saibro, argilla, espâtho., ou de outros aggregados
corpos; que pedras ernolfundiveis; que camadas
','estião as minas qual a sua matriz, e com que saes
'Inetallicos devia fundi-los; que direcção levavão
,as minas das montanhas, horisontal ou perpen-
'Clicular, que formações continhão, que ventos
constantes as dirigião ; qual a sua hora, segundó
.§ 6!). !.
• .. ~ r:f •
,. I •
,§ 7
2.
"
292 ANN~
CAPITULO 111.
S I.
togo que a Côrte de Portugal teve cabal co'"
nhecÍI~nento dos seniços de Fernando Dias, pra-
ticados nos desçobriment(;)s das esmeraldas, ouro
e outras preciosidades, cujas amostras tinhão sido
entregues ao Administrador Geral, bem como as
feitorias que havia formado de sete para oito an-
J?,0s, já na Comarca do Rio das Mortes, no lugar
que se intitula - Vituruna - &c. , tres outras no
do Sabará , e bem assim a do Parupeba, ao do
iiumidouro do Rio das Velhas, a roça grande que
I ainda hoje conserva o seu primitivo nome; a 1'0-
'll • re~olh ro qtíé Ííãj a 'li {Nu {hf~ r<1~' Mó ({às mAas
« <te s: i>áúfo I e n'cf p~ss8á a'e G'ár'ci Rolfrigues
>(l Pàes conéorrérem:üs re1f\íI~j'tos tlé ser (las' p'rlli':
'a éipáéS ~esS'õàs àá'qne1la~Cã<p1fJIiiá'~ é illd7Zêloso
« do metl 5'etviç6, óhtÍ'ô tód~ '6' uRfadõ em e
li abrrr o cafuhíhü ~a a ãs' clitJs fÍllfíã t tentr&'
(l' petclido p'ór este Í' 'sp'el o ~tânae§'1có~l'véÍlie'ncIf{
( pa á' não fa~taf o 'ql ee "lHi te't611illié . d'otÍ,' ré'
;.:>e ac
~ h ~ '"" "'0 <'1 ,r"" rP.é"~·' ( ... ,!t-!'L ' [I ('51 .ot
(l
§ 2.
Aqnellt fallecido Administrador GoraI D. Ro-
drigo foi frant<i> e sincero na exposição dos s@rvtços
daql1elle b nemerito Paulista, como da fiel en-
trega que lhe uzera se'l filho Gímí:la Rodrigues,
CDnstante .da seguinte veridi~a attestação: -
a D. Rodrigo de .Çastel Branco, Hidalgo de. la Ca-
,I sa deSu rvfitgestad ,Administradot, y ProvedOl' I
r
c TlIcarmbira, y en los matDs de las pew'cri3s;
!' 10 q\lal bize en nombre dcl clich@ ·Sinol' , err-
e biando personas ,sufficie:ptes a replantar ,_y tC1}el'
§ 3.
§ 4·
§ 5. -
l\"ão foi o moveI de tão ardnas e heroicas em-'
prezas dos Paulistas o commercio c escl'avisação
dos Indigenas, havendo deixado em o seú paiz' os .
mais caros penhores que nelle prendião , de suas
famílias, e de suas riquezl}s ; porém sjm forão ex-'
))0 1I.Io DE J ANELRO. 303
citados por nobres sentimentos de gloria, para
contentarem os desejos tão implicitamente mani.,.
feitados pelo seu Soberano, do descobrimento dos
·metaes preciosos; a. escravidàa dos Indigenas pro-
cedeu da S"ia resisteacia '$'.igorasamen te"eiD,pre-
gada para obstar ohjecoos de suas heroicas ·emi-
graçõeS' pele deseobrimentG das minas l .fazendo-.
lhes guer.ra, fora de teda provocaçã0, pela qual
-se·.reproduzir.ão·as reacções e calamidades, de que
a. h-l'lmanidade se lastima, sendo de muito grande
im.portancia os felizes ~'esultados q.ueaquellas em-
prezas trol1'xérãe á consideraçá@ politica da Mo-
narchia, ;pela riquezf\ achada, qlJe povoon os bos-
ques dos. lJaizes centraes, e 'trouxe fi civi:lisacão.
,
muitas hOI'das ha.'baras , ·e ti Religião adoradt;lre6
do Doador de tantos. bens.
.S 6.
A 'fim de se 'fadli.tarem taes emprezas, D. Af-
{anso VI hav,ia escripto a Fornanuo Dias, a Ca.rta
Regia de 29 de 'Setembro de 166!~, expondo que.
<level'ldo .por via dos naturaes elo paiz COfrero seu
melhQramen~o, ·commctlêra·a :diligencia .do eles·-
cobrimento das minas ao Govemaelor Agostinho
Barbalho Bezerra., ol'<1enando-'se a 'PcmaBdo Dias
.que estava em .S. P.aulo, ajnda-Io e sl;1pprir 'cóm
Sua assislericia; as- desiutelligencias elo Governa-
dor Bal'balho com Salvad-or .corl'êu de S{t .coCom.
mundanle el~ Náo de guerra., déráo occasião d~
\ A,Nr lES ' ,
., ,
S. 7,
fure.eel.'t a<!}J Cf,}n'Solho~ d€r S~.edJ>ria.- dn Rei
conveni~H-ll~ e~tréga.Jl ~.~ bq,bi,tafiJ!e§. os. dQ~e~ri."
m.e.atos Q tlí\Í!n~ ~·lll,'miL p.~ Jtsj €t!<}fiçi~ fi
e aJ!'Mov.ci,~l'e~),.. pt\gE\.nd~ ~ó'!ili.e~tct Q Q'~ tJll;tq. §0g.j)0"
FeM OOll.tii> de t0t!Q: ~ . u~\O- ,. l'~pill"!i~dQ-st:t u" da
HbS miool'ae~ na, eQ"ij.fllcmid..aM d~ ~libt~ i€gi...
mento:
« Et, El-Rei :fa.çJ1 saheI! aQB (lJi\iW. esle EOf.lR AI..
U> v1mí viram, q:w~ Bn. SQU in60rmucOOJ €J!u~ ,oas
I. p.arte do. fuaz' $.íiQ d.es.c.o.b.~Las. algtllIlM..miJ::IJ!s
« d~ Q~ro w'a~, e, que. (a~ijij1~lilte~ S(} pli\derúõ
II descobrir outt'<:lS, e querendo nisso faz€l~ gOOça.e
no RIO DE i1ANEIRO. ':507
« n'lêí'éê IWs méüs VàSéalio~ 1 ê pôr glltr~~ tespêltos
cr do ttleti seí'i'iço: Héi por bêm, e me apraz
« I~Kar as ditas minas aos descó]jtldó~€'8 d~UáS,
(l e que eHes a possão ben~ficiar e aproveitar á
(l sua custa, pagando a minha Fazenda o quinto
(I somente dá todo o ourg 011 pl'atll qn€} das ditas
li minas se tirl;h~ ~'àalvó de '1i0do o C~l&tO, depois
CAPITtJLO PRllfEIllO.
CAPITULO III:
CAPITULO Vo.
CA.PITULO VII.
" tiver.
c A: PIT'tJú> VITr'o
As quarenta vams que ai:>' descobr1do~ se con-
o:
C'A:P~:tU,I.QI IX.
CAPITULO X.
~ qu balisa.
no 11.10 DE JiNEIUO.
CAPITULO XII.
CAI'ITULO XIII.
CAPITUno xv.
tAl'lTutO "-VI.
.
"ü d~lt1) 1 ~scont'é"do fllJi eOO ã.llfá1-lf'ê ~ q\re'~1Í'.
li ~
o <{lUe p~ail' as di~as, ou sej~à -fie mais 'Yá ~
aI ras? ou ,de mais minas, das que cada hum p8dci
([ ter? n~o te.rá fi}ina na dita beta., nem ao rcdot
, em aistânCia dê legua e méia.
40··
316··· ANNA.ES
'CAPITULO XHII.
CAPITUI;O XIX.
CArITULO xx.
'CAPITULO XXI •
CArITULO XXII.
.• dras e marcos.
C"A:P~TULO XXIII.
CAPITULO XXIV.
GAPrrl,JI!Q xxv.
CAPiTULO XXlX •.
CAPITULO XXX.
CAPITULO XXXI. • •
CAPI'FUL<) XXXII.
CAPITULO XXXIII.
CAPITULO· XXXVI.
CAPITULO XXXVII.
CAPITULO XXXVIII.
CAPITULO XXXIX.
CAPITULO XL.
CA!'lTULO XLI.
CAPITULO XLII•
não ficar alguem scm ler que lavra! por nfio ter doze escra-
vos, se manda reparti)' segundo a sua qllanl'itTaile, e enlão o
Guardamór ou Provedor manda escolher ao· descobridor o
lugar'da sU,a dala , de qU:lll',O successivas segundo a poste-
rior de'terminação da Carla Hegia de I' de Jaoeiró de 1,35,
demarcadas·donde pedir; seguindo-se depois delIa a data
da Fazenda Real, e a par deIla a du GuarJamÓI', como por
ajuda de custo llS despezlls da pa rlilha, por serem no lugar
desproporcionados os preços dns ma nlimenlos; passando-se
a dar igualmente a cada h um dos Socios do descobridor
meia dala, enlrando aquelles com os seus escravos na par-
tilha, que como mineiros couber em sua sorle, fazendo-se
dous papelinhos da parle porque deve c?mcçar a medição,
que sendo em rio e quebradas, conlerá em hum debaixo,
e no outro de cima. e daquella em que ~al1Ío, começar a
parlilha, e nos mon'os acbapaJos os dous rumos oppostos,
proporcionadamente escolhidos por sorte, para evitar 0.8
queixumes, lançando· se rio escru li nio, ou vasilhól proporcio.
nada com os nomes dos que cnlregárão seus bilhellls e re-
querimentos bem guardados para esle fim, tirada a sorle
por hum menino ou preto buçal, marcados coín seu nu'"°
mero, que se entregão a seus donos depois de lançados no
livro respectivo das datas com o numero de sortes e dos
!orteados ~ e por eIles se fazer a parlilha pela ordem da
80rte da terra mineral segundo o numero dos escravos, e
autuada fica inscripla no livro das ualas rubricado pelo
Guardamór. Parecia conveniente que se contentassem com
aqueIlas duas braças e meia por cada escravo nas minat
ANNAES
CA1'ITULO XLIII.
JJado do l'empo.
DO RIO DE .JANEIRO.
CAPITULO XLIV
'l
GAPITULO XLVII.
CArlTULO XLVnL
CAPITULO rI;
CAPITULO LIl.
CAPITULO LUI.
CAPITULO LV.
CAPITULO LVI.
CAPITULO LVIII.
CAPITULO LIX.
'. VIlO d€l Lei que or~ set'va n~O 9'l. ....:...Miguel Mal··
-. don~dh."="Regístado na Fazeqda Reill do Rio:
fi de Janeir0 , em 2~9' de Maio de 1652.<"T"Ü Go-
, gina 29 Y.
45**
34.0~ ANNAES
I "
fh - § "lst.
oJ} ~ I
P~a pr.~venir os moti~sfdas -,!\ipasde t~9(énfaus
ta c,á.lamidade 'Jse nQmequ hum G9vern!ld,Q~ para
instaurar em tão -op, lento e asto, pai~ hum go-
.. ~ ~ J ; .. "
,:§ ~4~
< °B' ~ persu~dido:o Governa~or da necessidade
di! 'órgarfisação do governo civil do~ po os, que
stP i~ ~ ~o péla'recta . admirii~tração .da Justiça..,
prdsp'éros .p'ela segurança de slfas pessoas e ,bens,'
sénClo o maior dos ~ales, o serem privados da ..
quella bella instituicão, que tende a fazer.a Jeli-
clCÍa8e d. s ,pessoas ;eunidas na socied~dê, á qual
todos têem clireit() , -ereoll a Villa db N. Senhor-a
a'o' Cármo
r
, qu~' hoj'e se intitula ·a Cidade dé Ma-
riána , e que se digÍ1ificou 'com a denominação do
·Carmo., para re~ordação da memoria do seu des-
coberto' pelo Paulista João Lopes de Lima cm
1700, vencendo muitas fadigas e trabalhos, parll
.extrahir o ·ouro pela frieldade da torren~e de .suas
aguas., e ,despenhadeiros que o ahordavão, que
não se toleFava o trabfllho1
depois de quatro, horas:
aq~elle ribeirão .desa.gua perto de dezoito legoas na
foz do Rio doce em 20 gráos de longitude ~ 2 1 de
l<,ttitude ao Sul. Data a .creação daquella Villa em 8
d,e A'bril de:: F11:l ., ·que teve a Regia approvação
,pala Cada..R.cgia de 14 <de Abril de 17 12 ~ 1.-). Le-
de S. Paulo;>
r.
deveri fixÇlr elIaro
J , '.Jc;
,Gov..e 'n
' . I c'"
dor a
sua 'residenci ,;~P9~~W. iI?s~anda l~a,(~a~ara.slf:'
~olveu-se d~R.,o!Sap~I,a (f~r.tiaJ}e9if e, Res9Iução d~
~8 de Fev~rejro.4 171'.1.(2) a. )~rmissão 4a mer-
cê po 'Foro ,de CavqI~eiro .~H?-eJItt. Camara , ha-
ve.l1,do-se ~,qado anteced~nte~ente o mesmo So-
berano ·pe.Ia C, rti:!i lleg.ia ,de'l19. de Janeir?~ d~ 17 15
fazer.-Ihe a graca ,de que 9S píliei,acs e Cilhos mi-
Iitar~s pl'eferisse~,no ç~no. H~SO ~a ig.u~ldade, do
~ • • I ,
,§." ~ ,. .J
• I
-s 16.
-Erig{o"se tambem del)BÍs a Villa do -Rio das
Mortes, digniJicada com o titulo e.e-YiUa .de S.
10:10--, assim como a de S. J.osé em 19 de Ja-
neit'o de 18! 8. Tinha sido ,aquelle Rio .fr~ mm
qQcntado ~ pelos Pa<tIlistas, licánd-e _distante de
VilIa Rica cinco dias dejorn:ad~ : () primeiro «lHe
o reconheceu foi () Paulista Thomé F,orte -de El-
Rei, natural de Ta"iJl:~até, ea1i;se leroo.t-ou a Villa
cenl'Ü titulo-oe S. J'@âo ,d'JURei-; ncaü.Go situa-
da adeS. Jos-énomorr.0 dosàesC(')brimentos de João
de Siqueira tt.lfOllSO, 'Batufa} <ile TaubaM,-, as «i{uaes
ohtiverã'o a R-eg.iã. -co.Iitllrmaçiio pela eat'ta .Realde
a 2 -de Jhl}eil'O--de 17 I!:) " parétn"Se mand'oo ,limitar
a faeuMad(~ -de mais creaç6es-de Villa , êOlicedida
ao G€)\'eI'lWl'dor das mina>s, no gn.venllo de Oonde
de Asilmar,- paDa:não-o fazer em diaute, s~u que
a necessidade-
. e- ·utilidadedfHiaes 'Cl'ea-éaes
, f'Ossem
J.e.vadas ao con.hooiment-&·Q-c,sa-a Magestade, e-eUe
se coLlf-oI'm-ass.e 1:om a informação do Gov.er.na.Q@r,
dando -9r,deffi Faraa Cll€aç-ão ,(f(,)m a designaçã()
dos -limites.
/
no RIO DE JANEIRO. 3'53
mittia novas addições, nem dilações, ,empennado
sómente no exame e d~cisão da verdade. Creada
, porém a .superintel?dencia lhe dirjgi~ ElRei a se-
guinte Carta Regia: .
lf Doutor José Vaz Pinto. Eu ElRei vos envio
• muito saudar, mand:mdo ver em Junta por
• alguns meios que se me apoatárão para aarre·
tt cadação dos Quintos, sendo hum d€lles, não
TOMO II.
No &leSn)~ ~m~8' dirig-iQ· @t~lt.M C<.lda ie.gia a~'
mesmo Magistrado, sonre a nom~,alfão dGs Dual'·
das s:lJlàsllittutns , da. t~Q.r s.eguinoo-:
p H~ntQr '.J~~Q V:í:lZ J"int!!. E~1.E1Jlei vos tllllia
• 'DílluitCil s.a Hilal1. PJi>r.se ~Gll,h-ec.el~ .a i i:l'lp,O!iS jJí>.iH- .
~! . ~dap:e ,élQ Guarilll,:Mól' QUÀAV -;lJi istij' , e pçJJdir a
q PArtds :tã'u rem~ J\s.,.ç~mQ illi eJ:i)íl q",e ~p Jl1e$JJlQ'
li t~t:utD,@ se xmbalb;a 1í!:aS rnhHi~ ~ em que pód.e $00
~ lTWt.es~~ia~a SR!} q8.-sis!flncia ~ toe· pÇ\.:r~C~'\l,cOnç;c,,·
I! 4~r.-lb.I3·.,. q-itle po.ssa nOllJeap·G}tçl.rdas. SJlbstilu",
f jp'~, pmJl 'Ipc::' fls.si~.ãQ MA ~aFt~§ m::ú~ di,stilP"ll'
'" ~~s,,>~' ~ªIP..lic1nl ~sçpj~~~s qn~' &,jf"t4~ ~9.m eJl~s,
U' ,2,s .q~1· ej,'~ lªIJ~4J; ~ §tHJ~ U§f{r,i~'ª§§ p~f1~J"M 'te\:
'!' q' ID~~l1ir·.Bqº~@pj{ZO{li~ d.fl. 01infl.Vªll .' ~. ªs;' ~ais.·
f H~le e119.Ju:;eªl'l;~ Pq oÇtMª-fíl.~ M~f em '~~lg;p flQ'
U· .P lp~gJ\4~qm~ ag!e§ fi~ lhes ,t-.!1~ra ~9t R.Nrim~fl1·
~: tR" \~e IIY~ Q~ a •~Q PfJl~Sl, ~ tflf~ f\$.sjÍ.P.J ~p\~%lji~
, §8~ ~'~ , §~ft:íl~~f n~é\mlg ~kel~ ~af ê~tH lWf!f!'jli r,:-
(~ ~ mM! l1!. çQ.q.y'~dp", . ,P~f~ ÇJJW Dgs~q 1J~jlr dPk
!li' ~. E. pj'i:p~a'l!§,l1, li~!>(H\ ~qS- 7J ~l~ ~AW 4~ 1 '7>~.3 ..
~ menta.
" hum livro que para o dito effeito terá, qrie será
« nume1'acl-e pelo Ouvidor da' Capitania.
,.
,. (I)' Essa Lei tev'c em grande cousiJ,~ração a conversão
dos Indígonas á Fé, sobre l"uo outro inlcre se pllhlieo,
1I11hdando o 80tH'ranO firmar no Hrazil hqnJ'gnV'erll"l pa-
~el·l)ul. que muito dependia ria p37- interna dQS Sl..!blJitos,
pai' isso declarou POI' liV!'es a-.lndns ns gentios do 13rnzil
assim ys bnplisadus e I'e.!uzír!ns li Santa fé Calholica , cu-
mo os. qne vÍ<~ssem segUIdo os seus ritos e c~remnllias ;
p:Il'n qne jlilnais fossem constrangidos a scrviço ou cousa
algllL1:a contr'a a ,;U:l vontade i e que as pe~sons que dell~s
·se ,ervis,;em lhes pngari;i:) LI seu tralwlho J assim e tia ma-
nrira que erijo o~l'ig(lllo~ á p:Jgnr a~ pessoas liv,'es ; tirIJu
as diHincções Otl IÍll1ilnçÕcs de. serem. 9u não Dp-gressores
e snlteadores contra os Portugllczes e Gentios para os co-
Increm. e de serem lomados em jusln guerra; ClJlIlllltt-
C! mílias.
I
" 17. E [~ando aQ Goycrnador Geral do dito
0
« de Agosto de I 6 IS.
§ 20.
§ 2 t.
(I
/ .-
." hoje em estado que não ba a gente necessaria
para' a cultura' de terras ,. nem para o ,serviço'
u dos povos , Cl1 ja falta se faz tão sensivel, que;
.-
« criados que a cada hum competir, cOl'lforme a
.
({ veniencia facão· os ditos· descobridores os setis
u serviços. O que tudo participo a V. S.,. para
,5 2;).
\
DO RIO DE JANEIRO. 385
ainda mesmo depois que ás instancias do Gover-
vernador' Artur ,de Sá lhe fossem enviados quatro
ho;nep.s que não podião ser senão trabalhado-
r~~ iornaielro~, attento I) QJ;,'denado . qne se nlan.
dOll vencer de 6';fbooo réis mensaes., Porém co-_~
mo os Ministros insisJirilio na refoqna do Regi-
mento(, com o fim de sel~ll elIes os arbitros uni 4
"
I,
38'6'
(f eu approva~d'clles,. o que 'tiVer- por' c'onvelllente"
« a meu serviço; e' eUY- q:·uanto o que se não Re'-
a solver este negocio·,' fará todas as' repartiçóes
§ ·30.
);9. ~ Tocando a sensibilidade e moralidade do Bis-
~o do Rio de Janeiro: o espectaculo ornais lasti-,
moso da nudez das escravos de hum e outro sexo
que sem alguma decencia, que a moral e a reli-,
gião rec1all?-ava, desen:rbarca~áo. e andavão nús
I~ela Cidade, como se não' fossem nossos seme-
lhantes que arrancados do seio do s,eu p'aiz para
ti ciyi1isação, devião eS,perar se ,adoçass~ a suà 001-
serayel existen,~ia , c~br'in~o-s,e os ,seus membros,
a.o menO$ com algum~ grosseir~ vestimenta á face
~e ~~ID; 'povo reJigio~o, 'tod.~via ° .Rei não jnl-'
S 31,.
Foi crescendo f.l. .P9P\1.laç::io das 'Minas 1;\ propor-
.ção das riquezas gue as entmnhns da terra com
l)OUCO trabalho prodl1ziüo ; e os habitant~s acha-
~ão pela agricultura 'dos cereal~s e gado~ tão
facil 'slíbsistencia , qu/.') se ·çonstitliirão e el.evárfio /
a Governos os ter,l'ilorjos de Goyaz e Mato Gros-
so ,com)?reben.dendo G<o) nz 1 I Fregl,lezias e 14
J ~dgados COI,ll seu JUIZ ~>rdinarío , e de Orphãos,
com .CapiUio Genc~al , Junta da .Fazenda, Depu-
tados, e Intendente <la casa da F.ulJdi.ção, che-
gando a sun população a 30,00,0 pessoas bra~cas,
CO,U\ o Paraguay.
§ 35.
,
Confina tambem o Guapul'é pelas immeiliações
de ViUa BelIa com a Provincia de Chiquitos aQ
Sul habitadas aquellas Missões de 20,000 pessoas,
em terreno saudavel, passagens d~ gado v.aCllID e
c.avallar, sel)do as mai$ proximas á YiUa Belia as de.
S. Rafael ~ S. Miguel, S, Anna , e S. Ignacio em.
distancia ·de 30 a 40 legoas : pelas duas ultimas,
podem QS Republicanos peQ.etl'al'cm os C&.mpoSJ
ç~ Cazalvasco, e aportarem facilmente á Villflj
BeUa ,. d'onde distão 8 legoas com toda ~ facili.,..
dade para serem aquelles. caIQpos abertQs e d.e-.
grande largur.a, faZetldo mui p.rejudicia~ diver~ã()
as indispOl)iveis e insn fficientes fGrças dõ Govel'Q.o
qe ~Iato Grosso, pois que em J 5 dias, p.odeIQ
s.abir de Santa Cruz paFa Cbiq11itos, oQdea([:h<i~
mantimentos, braços, e cav~lgadul'as e todos O~l
SQccorros pm~a atacar com.successo a Villa Bella t
quando I)oc1essem vencer ~ passagem .pOl·, duns
vezcs,do Hio AlegT'e, e Q Guapllr.é hurna, qu..e ba-
pha' por i!J1pen traveI mataria, enLre margens
palndosas, que dão aos Brazi!eiros a gran,d,e e su..,
pedor "\'antagem de sna localidade pâr~ a dcfen:-"
<lo, cs~andQ mórmente a Capité!l q>llocada so-
no RIO J:JK .JANEIRO!. 59!)
bre a, fl'ont~ira, prevenida de' gente e arfl1ll:'lmentã
~om()( lhe €umpre por 5ua propl'ia defeza, mas
para acudir -aos @ul;ros. seus; iU'lpOrl'antes- deraF-
t-am~tos, contan.dol com :J imajl1hridad(~' das
pa~es atacados, infertilidade dos eampos, alaga-
diços. para mais do tempo do anno , que frnsft'á-
',~ os projectos de conquistadores injustos.
~ --
~ .}~.
Pagill:l.li o
FIM DO INDICE.
51 ••
ERRATAS.