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Plano Setorial Das Artes Visuais

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PLANO SETORIAL DAS ARTES VISUAIS

DOCUMENTO BASE:
Secretaria de Políticas Culturais - SPC
Fundação Nacional de Artes – FUNARTE
Câmaras Setoriais de Artes Visuais

MARÇO DE 2009
CAPÍTULO I – DO ESTADO

FORTALECER A FUNÇÃO DO ESTADO NA INSTITUCIONALIZAÇÃO DAS


POLÍTICAS CULTURAIS

INTENSIFICAR O PLANEJAMENTO DE PROGRAMAS E AÇÕES


VOLTADAS AO CAMPO CULTURAL

CONSOLIDAR A EXECUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA CULTURA

1.1 Formar equipes de profissionais em arte/educação para atuarem nas instituições


culturais federais com acervo de artes visuais, bem como na elaboração dos
projetos educativos dessas instituições e na formação continuada de outros
profissionais da área.

1.1.1 Fazer levantamento das necessidades de profissionais em arte/educação nas


instituições federais de cultura para a solicitação de criação de vagas junto ao
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

1.1.2 Incluir a carreira de professor de artes nos editais públicos, a fim de suprir a
necessidade de profissionais dessa área nas atividades educativas das instituições
públicas de cultura.

1.1.3 Implantar editais públicos com abrangência nacional para bolsas de residência no
Brasil e no exterior, que visem à pós-graduação nas artes visuais – história, teoria,
crítica, sociologia e antropologia –, proporcionando novas perspectivas de integração
cultural e formação continuada, por meio de convênios entre a Funarte e universidades
nacionais e internacionais.

1.1.4 Fomentar as ações de pesquisa e documentação que levem ao aprofundamento do


discurso crítico e reflexivo sobre os acervos, bem como sobre o processo expositivo.

1.1.5 Investir mais recursos nos programas de financiamento à pesquisa, à produção e à


exibição de artistas, teóricos e técnicos que tenham sido convidados a participar de
residências, exposições, simpósios, congressos e outros eventos no exterior.

1.1.6 Criar um programa de bolsas de residência para receber profissionais provenientes de


países da América do Sul, visando ao estreitamento das relações culturais com esses
países.

1.1.7 Estabelecer parceria com universidades e outras instituições para o fortalecimento do


intercâmbio entre os profissionais contemplados pelos programas de residência e a
comunidade local, por meio da realização, pelo artista, de oficinas, cursos e
exposições.

1.1.8 Incentivar organizações, institutos e fundações brasileiras a oferecerem programas de


residência para artistas estrangeiros, favorecendo a criação de uma rede de pólos
espalhados pelo território nacional.

1.1.9 Promover o intercâmbio internacional de artistas, teóricos e técnicos brasileiros,


democratizando os critérios de ocupação dos espaços culturais disponíveis no exterior.

1.1.10 Buscar desenvolver ações interministeriais para fomentar o intercâmbio cultural entre o
Brasil e outros países.
1.1.11 Implantar uma agenda nacional de congressos, seminários, debates, encontros e
publicações periódicas, com foco na reflexão sobre as artes visuais e objetivo de suprir
a deficiência do debate teórico no setor.

1.2 Revisar aprofundar a política de fomento à pesquisa, produção acadêmica e artística,


considerando-se as carências da área.

1.2.1 Aprimorar e reforçar a divulgação, por meio de cartilhas e ações presenciais nos
estados e municípios, dos programas voltados para o fomento à pesquisa, produção
acadêmica e artística.

1.2.2 Criar prêmio editorial de ensaios na área de crítica de arte, teoria de arte, história da
arte e projetos experimentais, bem como aumentar a oferta de bolsas para o
desenvolvimento de projetos de pesquisa nessas áreas.

1.2.3 Reconhecer amplo da pesquisa e da experimentação em artes visuais, comportando


todas as mídias, suportes, técnicas e linguagens, nos editais de financiamento das
agências científicas.

1.2.4 Modernizar e ampliar a rede e a capacidade de operação e atendimento de centros


técnicos dedicados à produção e distribuição de obras digitais e desenvolvidas por
meio de novas tecnologias.

1.2.5 Divulgar com impressos e ações presenciais a existência de programas de


financiamento e as formas de apresentação de projetos para os fundos nacional e
regionais, criando oficinas de capacitação para proponentes, em parceria com as
secretarias estaduais e municipais de cultura.

1.2.6 Incentivar a criação de espaço específico para as artes visuais nos órgãos de pesquisa
do Governo Federal, como CNPq, CAPES e FINEP, e promover as relações entre
esses órgãos e o MinC, contemplando a elaboração de critérios para o
desenvolvimento e o acompanhamento das pesquisas.

1.2.7 Divulgar a criação desses espaços utilizando o maior número possível de meios, como,
por exemplo, página na internet, criação de mala direta e propagação nas instituições
de ensino de artes visuais e instituições de cultura.

1.3 Fortalecer as ações das representações regionais da Funarte. Ampliação da atuação


da instituição nas demais cidades e estados do país, onde não há agências
representantes.

1.3.1 Fortalecer as relações de cooperação entre a Funarte e seus parceiros locais,


estabelecer novas parcerias e melhor aproveitar as estruturas regionais já montadas.

1.3.2 Reavaliar a função e atuação das agências da Funarte nas cidades onde ela tem
representação, assim como das instituições culturais sob responsabilidade direta da
federação.

1.3.3 Elaborar agendas de programação local, com grande divulgação.

1.4 Criar políticas de fomento a acervos públicos de artes visuais.

1.4.1 Fazer um levantamento das demandas das instituições para fundamentar o formato de
novas políticas de aquisição e manutenção de acervo.
1.5 Destinar recursos para programas de aquisição e manutenção de acervos públicos
de artes visuais, incluindo os acervos regionais.

1.5.1 Estabelecer convênios com as secretarias estaduais e municipais de Cultura para


mapeamento de espaços disponíveis e desenvolvimento de projetos de ocupação.
1.5.2 Formar equipes técnicas a fim de identificar, descrever, publicar e divulgar tais acervos
em meios impressos e digitais.

1.5.3 Atualizar, ampliar e incentivar a criação de acervos em espaços multimeios, que


abriguem bibliotecas, gibitecas, videotecas, filmotecas e sítios virtuais associados às
artes visuais, incluindo a arte aplicada, etnologia e arqueologia.

1.5.4 Criar um banco de dados oficial para disponibilização de imagens digitais de obras de
arte sob domínio público, para emprego em diversos fins, em especial na educação e
difusão das artes visuais e sua história.

1.5.5 Montar biblioteca virtual no site da Funarte para disponibilizar obras editadas pela
instituição e demais materiais cedidos que tenham valor científico.

1.5.6 Modernizar os Centros de Documentação do MinC e suas vinculadas e investir em


projetos de seleção pública nacional para pesquisa e divulgação desses acervos.

1.6 Aumentar a capacidade de criação e execução de políticas públicas do MinC e suas


vinculadas.

1.6.1 Aumentar o investimento na qualificação do servidor público já em atividade na sua


área de atuação específica.

1.6.2 Fazer levantamento periódico das necessidades de recursos humanos e infra-estrutura


do MinC e vinculadas.

1.6.3 Realizar regularmente concursos públicos para o Sistema Minc e seus respectivos
órgãos.

1.6.4 Buscar maior volume de recursos para a Cultura, nos três níveis de governo.

1.6.5 Afinar a distribuição de recursos com os diversos perfis institucionais e as


necessidades específicas das diferentes regiões e linguagens.

1.6.6 Identificar os perfis das instituições e estabelecer as prioridades das vinculadas, de


forma a abranger as diferentes produções em artes visuais e atender às carências mais
acentuadas de cada região e atividade.

1.7 Estímular à circulação da produção artística e teórica nacional em artes visuais no


circuito internacional.

1.7.1 Definir política de incentivos a publicações bilíngües de títulos, como livros, catálogos e
periódicos, sobre artes visuais.

1.7.2 Traduzir para o Inglês e o Espanhol as principais atividades e programas apresentados


nos websites dos órgãos federais ligados à cultura.

1.7.3 Implantar política permanente de distribuição de publicações brasileiras em países de


língua portuguesa.
1.7.4 Estimular a fixação de dotação orçamentária para a produção de trabalhos de artistas
brasileiros e transporte de suas obras para exposições e projetos de reconhecida
importância no circuito artístico internacional.

1.7.5 Mapear e divulgar os espaços expositivos mantidos em embaixadas, consulados,


órgãos diplomáticos e outras representações do Brasil no exterior, com o
estabelecimento de critérios democráticos e transparentes para a ocupação desses
espaços.

1.7.6 Implementar programa sistemático de tradução, publicação e distribuição de textos de


referência em história, teoria e crítica da arte produzidos no país, de modo a torná-los
acessíveis ao público internacional.

1.7.7 Facilitar o sistema de importação e exportação temporárias de obras de arte, reduzindo


a burocracia excessiva da estrutura existente.

1.7.8 Criar Selo Cultural facilitador de intercâmbio de artes visuais entre os países da
América Latina e Caribe.

1.7.9 Criar espaços virtuais de publicação e difusão de dissertações e teses sobre artes
visuais.

1.7.10 Estimular dotação orçamentária para a criação de um programa editorial para a


publicação de produção acadêmica em artes visuais nas universidades públicas.

1.7.11 Buscar a ampliação do espaço da crítica especializada em história e teoria da arte nos
meios de comunicação, com o desenvolvimento de programas jornalísticos
especializados nas TVs públicas e comunitárias.

1.8 Ampliar os recursos destinados pela União para a atualização das políticas públicas
preservacionistas.

1.8.1 Estender e atualizar a catalogação das obras do patrimônio artístico nacional por meio
da interlocução entre as instâncias federal, estaduais e municipais.

1.9 Realizar ações interministeriais para a ampliação, aperfeiçoamento e atualização do


quadro de professores de artes para o ensino fundamental e médio, considerando,
também, a especialização do profissional da área

1.9.1 Incentivar a implantação de cursos de especialização com no mínimo 180 h para


professores do ensino fundamental e médio.

1.9.2 Incentivar a contratação de docentes com licenciatura plena em artes visuais para
ministrar disciplina e desenvolver projetos específicos nas escolas de ensino regular.

1.9.3 Incentivar a implantação de laboratórios nas escolas da rede pública de ensino para a
inclusão dígito-cultural do corpo docente e discente.

1.9.4 Contribuir para a definição dos marcos legais e organizacionais que ordenarão o
desenvolvimento tecnológico, a sustentabilidade e a democratização do acesso às
novas tecnologias de produção artística.

1.9.5 Estimular a criação de frentes parlamentares que atuem na representação das


demandas do setor junto ao Congresso Nacional.
CAPÍTULO II – DA DIVERSIDADE

RECONHECER E VALORIZAR A DIVERSIDADE

PROTEGER E PROMOVER AS ARTES E EXPRESSÕES CULTURAIS

2.1 Reconhecer a experimentação em artes visuais, comportando todas as mídias,


suportes, técnicas e linguagens.

2.2 Estimular à inserção de novos artistas no circuito das artes visuais.

2.2.1 Desenvolver seleções e programas específicos para artistas em início de carreira.

2.2.2 Buscar articulação com as instituições públicas e privadas para a criação de espaços
nas programações para artistas em início de carreira.

2.3 Reconhecer e apoiar o ensino informal, que proporciona relevante contribuição para
a formação prática de técnicos e artistas.

2.3.1 Criar bolsas específicas para mestres e aprendizes e incentivar a promoção de ações
para o ensino informal, abrangendo a variedade de linguagens artísticas e a
diversidade de espaços.
CAPÍTULO III – DO ACESSO

UNIVERSALIZAR O ACESSO DOS BRASILEIROS À ARTE E À CULTURA

QUALIFICAR AMBIENTES E EQUIPAMENTOS CULTURAIS PARA A


FORMAÇÃO E FRUIÇÃO DO PÚBLICO

PERMITIR AOS CRIADORES O ACESSO ÀS CONDIÇÕES E MEIOS DE


PRODUÇÃO CULTURAL

3.1 Estimular à aplicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte (PCN-Arte) nos
projetos pedagógicos da rede nacional de ensino pública e privada, desde a
educação infantil até o ensino médio.

3.1.1 Buscar parceria com o MEC para a realização de seminários em todos os estados
brasileiros, para a discussão do PCN-Arte, resultando na publicação de material a ser
distribuído para todas as secretarias estaduais e municipais de educação, a fim de que
estas encaminhem para as escolas de sua localidade.

3.1.2 Mapear e contribuir na qualificação da oferta de ações educativas nas instituições


culturais, para que estas possam servir de complemento às atividades realizadas em
sala de aula.

3.1.3 Produzir material bibliográfico em diversos formatos, com temática do campo das artes
visuais, para distribuição na rede nacional de ensino pública e privada, a fim de
incrementar e atualizar o conhecimento sobre o campo no Brasil.

3.1.4 Criar, em parceria com o MEC, fórum virtual de debate permanente sobre estratégias e
ações para a formação e prática do professor que ensina arte.

3.2 Difundir a educação patrimonial

3.2.1 Incentivar a pesquisa, por meio de editais específicos, e a publicação sobre o


patrimônio etnológico e arqueológico nacional.

3.2.2 Incentivar a inclusão da disciplina “educação patrimonial” nos ensinos fundamental e


médio, de forma a integrar a comunidade nas atividades escolares.

3.3 Incentivar o desenvolvimento de ações educativas em projetos expositivos, com a


participação de professores de artes visuais.

3.3.1 Implementar e ampliar setores educativos nos museus, centros culturais e instituições
afins, com contratação de pessoal especializado, como estagiários dos cursos de artes
visuais e profissionais da área.

3.4 Requalificar espaços culturais já existentes, bem como criação de novos onde
necessários.

3.4.1 Estabelecer programas de bolsas-estágio e bolsas-trabalho para a contratação de


profissionais.
3.4.2 Conferir a esses espaços um caráter multiuso, buscando contemplar a realização de
projetos de pesquisa e de formação profissional, como cursos e oficinas sobre as mais
diversas áreas da produção artística, das performáticas às tecnológicas.

3.4.3 Apoiar espaços culturais geridos por coletivos de artistas comprometidos com
programas complementares de difusão e compartilhamento de bens culturais, bem
como cursos de arte para a comunidade.

3.5 Criar, reconhecer e atualizar cursos de artes visuais (bacharelado e licenciatura)


nas instituições de ensino superior, especialmente em regiões carentes dessas
ações.

3.5.1 Incentivar a criação, pelo Ministério da Educação, de dotação orçamentária para a


formação de acervo bibliográfico afim nas instituições de ensino superior, bem como
para infra-estrutura acadêmica.

3.5.2 Incentivar a ampliação, pelo Ministério da Educação, dos programas de fomento à


criação artística, com atenção ao âmbito das universidades, por meio da concessão de
bolsa-trabalho/arte.

3.5.3 Estimular a instrumentalização dos cursos superiores em artes com equipamentos e


laboratórios de pesquisa em artes visuais.

3.5.4 Estimular a implantação de cursos de educação a distância no campo das artes


visuais.

3.5.5 Incentivar a criação de cursos de graduação em História e Teoria da Arte, assim como
cursos técnicos nas áreas de conservação preventiva, restauro, museologia e
museografia.

3.5.6 Incentivar a criação de cursos de pós-graduação em curadoria e crítica de arte.

3.5.7 Estimular a atualização dos currículos dos cursos de artes visuais para que eles
contemplem novas linguagens, atendendo à complexidade da produção visual
contemporânea.

3.5.8 Buscar a ampliação criteriosa da oferta de cursos de formação superior (graduação em


licenciatura e bacharelado e pós-graduação) em artes visuais.

3.6 Incentivar à ampliação das relações das universidades com as demais instâncias de
educação formal e com o conjunto da sociedade, através de atividades de extensão
acadêmica em artes visuais.

3.6.1 Incentivar a criação de mecanismos de fomento à pesquisa e à produção em artes nas


instituições de ensino superior que ofereçam cursos em artes e outras iniciativas
teórico-práticas de extensão em artes visuais.

3.7 Fomentar à troca de informações entre artistas individuais, grupos, espaços


independentes ou autogeridos e instituições culturais especializadas.

3.7.1 Realizar mapeamento das instituições e demais agentes culturais individuais e


coletivos em todas as regiões do país, com a criação de um sistema nacional integrado
de informações sobre a produção artística e teórica em artes visuais, veiculando
registros de textos e imagens, com espaço para uma agenda que divulgue
programações de todas as regiões brasileiras e ações internacionais, acessível em
meio digital.

3.8 Ampliar o número e qualidade dos equipamentos básicos para o setor das artes
visuais (ateliês, laboratórios, bibliotecas e acervos) nos municípios

3.8.1 Estimular o estabelecimento, por parte dos municípios, de cota mínima anual para
aquisição de publicações sobre artes visuais, a fim de integrar o acervo de bibliotecas e
espaços culturais.

3.8.2 Incentivar a adequação física dos equipamentos de cultura, por parte dos municípios,
para que se tornem acessíveis a pessoas com deficiência.

3.8.3 Estimular a implantação em todos os municípios brasileiros de pelo menos uma


biblioteca pública, dotada também de um tele-centro, capaz de promover a inclusão
digital da população e seu acesso qualificado aos conteúdos de artes visuais.

3.8.4 Garantir o funcionamento de espaços culturais públicos (bibliotecas, museus e centros


culturais) nos finais de semana.
CAPÍTULO IV – DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

AMPLIAR A PARTICIPAÇÃO DA CULTURA NO DESENVOLVIMENTO


SOCIOECONÔMICO

PROMOVER AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A CONSOLIDAÇÃO


DA ECONOMIA DA CULTURA

INDUZIR ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE NOS PROCESSOS


CULTURAIS

4.1 Revisar profunda das leis de incentivo à cultura dos três níveis de governo, assim
como dos editais de seleção pública com verbas oriundas de patrocínios.

4.1.1 Facilitar o acesso aos fundos de cultura nacional e regionais, considerando a


possibilidade da inserção de pessoa física na utilização desses recursos.

4.1.2 Criar mecanismos de descentralização e distribuição dos recursos aplicados em artes


visuais, de forma a definir novos critérios para a distribuição de recursos públicos,
levando-se em conta as carências de investimento do setor.

4.1.3 Estabelecer critérios para definição do papel e da respectiva visibilidade de


“incentivadores” e “patrocinadores”, bem como seus compromissos contratuais e
sanções cabíveis no caso de descumprimento do acordo pelas partes.

4.2 Identificar os arranjos e cadeias produtivas das artes visuais.

4.2.1 Elaborar estudo sobre o impacto dos investimentos em arte/educação para a produção
de bens da cultura visual e seu consumo.

4.2.2 Realizar estudos de mapeamento, documentação, propagação e disponibilização, de


maneira digital e impressa, de informações sobre a cadeia e os arranjos produtivos,
considerando todos os seus formatos, segmentos e variantes, de forma a incluir os
espaços públicos e a identificação dos impactos econômicos e sociais das atividades
do setor.

4.3 Elaborar política tributária diferenciada para produção, difusão, circulação e


comercialização das artes visuais. Desoneração da produção e desburocratização da
circulação, de modo a ampliar o mercado de trabalho formal das artes visuais.

4.3.1 Criar instrumentos facilitadores para desonerar as cadeias produtivas do pagamento de


impostos em cascata.

4.3.2 Incentivar o empreendedorismo cultural por meio de linhas de crédito especiais.

4.4 Valorizar profissional de artes aplicadas, com sua inclusão nos programas públicos
voltados para as artes visuais.

4.4.1 Estimular a cooperação entre gestores culturais de estados e municípios e entidades


organizadoras para a articulação de calendários, publicações e promoções conjuntas
ou coordenadas de eventos de artes visuais aplicadas.
4.4.2 Divulgar para a sociedade trabalhos e prêmios resultantes da atuação de designers
brasileiros no país e no exterior.

4.4.3 Regulamentar a profissão do artista e demais elos econômicos da cadeia produtiva das
artes visuais.

4.5 Fomentar à ampliação do mercado de arte.


4.5.1 Aumentar a comercialização de serviços e produtos que tenham a imagem de artistas e
obras de arte como valor agregado.

4.5.2 Estimular o debate acerca da implantação de remuneração para a exibição da


produção artística, com a previsão de um valor-base de remuneração.

4.5.3 Estimular que os municípios adotem uma regulamentação da produção de


monumentos públicos e da utilização de obras visuais em construções comerciais e
residenciais urbanas, através de incentivos fiscais, como descontos no pagamento de
IPTU e acréscimo de potencial construtivo.

4.6 Incentivar à criação e implementação de fundos municipais e estaduais de Cultura


em estados onde ainda não existam.

4.6.1 Mapear e promover a divulgação das leis municipais e estaduais existentes relativas
aos fundos e sistemas de cultura.

4.6.2 Criar mecanismos específicos de apoio à produção local e regional, com o intuito de
divulgar seus artistas.

4.7 Ampliar programas de aquisição e tombamento de obras de arte, de forma a


preservar divisas e incentivar o turismo cultural, de acordo com a legislação em
vigor.

4.7.1 Criar mecanismos de controle e fiscalização mais rigorosos em relação à saída de


obras de arte do país.

4.7.2 Estimular a identificação e divulgação dos patrimônios artísticos locais a fim de divulgar
a cultura brasileira no exterior, assim como estimular o turismo cultural interno.
CAPÍTULO V – DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL

ESTIMULAR A ORGANIZAÇÃO DE INSTÂNCIAS CONSULTIVAS

CONSTRUIR MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL

AMPLIAR O DIÁLOGO COM OS AGENTES CULTURAIS E CRIADORES

5.1 Criar canais de consulta, crítica e sugestões para acompanhamento e participação


da sociedade nas políticas públicas de cultura.

5.1.1 Estimular a realização de seminários para discutir a liberdade de criação e expressão


nas artes visuais, originando documento oficial com as resoluções finais da discussão,
a ser amplamente divulgado.

5.1.2 Estimular a criação de um Conselho Permanente das artes visuais para


assessoramento direto ao Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC).

5.1.3 Criar ouvidoria, acessível por telefone e internet, em todas as instituições do Sistema
MinC, que devem publicar em seus sites um resumo de seu planejamento estratégico
para cada período de execução orçamentária, abrindo a toda a sociedade canais de
críticas e sugestões para períodos seguintes.

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