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Sistema Linfático

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DOMÍNIO: VIVER MELHOR NA TERRA

SUBDOMÍNIO: ORGANISMO HUMANO EM EQUILÍBRIO


A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA LINFÁTICO

SISTEMA LINFÁTICO
• Dis9nguir os diferentes 9pos de linfa, explicitando a sua função e a importância dos
gânglios linfá9cos, bem como a necessidade de efe9var medidas que contribuam para o bom
funcionamento do sistema linfá9co.
Além do sistema cardiovascular, onde circula o sangue, o corpo humano possui outro
sistema circulatório, o sistema linfá=co, que permite a circulação de outro fluido, a linfa.

O que é a linfa?
• A linfa é um fluido esbranquiçado/transparente constituído pelos componentes do
sangue, plasma e leucócitos, que atravessam as paredes dos capilares sanguíneos
(capilares) para os espaços intersticiais.
Como se forma: a linfa forma-se quando o sangue perde algum plasma e glóbulos brancos e
passa pelos capilares

Quais são os diferentes tipos de linfa?

Plasma

Linfa
circulante

Linfa intersticial

• Linfa inters=cial — fluido existente nos espaços entre as células (espaços intersticiais).
• Linfa circulante — fluido que circula no interior dos vasos linfá9cos.
O intercâmbio de substâncias entre o sangue e os tecidos não é feito diretamente, mas
através de um fluido intermediário, o fluido inters=cial. Este fluido ocupa os espaços entre
células, sendo o seu meio envolvente mais próximo.
A linfa inters=cial, com origem no plasma do sangue, banha as células para lhes fornecer
oxigénio, nutrientes, hormonas e outras substâncias transportadas pelo sangue. Recebe os
produtos de excreção e muitos outros produtos resultantes do metabolismo celular.
Uma parte da linfa inters=cial é recolhida pelos capilares linfá9cos, ficando com a designação
de linfa circulante, que circula nos vasos linfá9cos até se juntar ao sangue.
Os capilares linfá.cos são extremamente finos e apresentam uma parede idên.ca à dos capilares sanguíneos;
terminam em forma de saco e existem nos diferentes órgãos (entre os vasos sanguíneos).

Qual é a função da linfa?


A linfa tem a função de fazer a comunicação entre o sangue e as células, fornecendo as
substâncias necessárias à actividade celular e recolhendo os produtos de excreção resultantes
dessa actividade.
Funções do sistema linfático
• Defesa do organismo — os glóbulos brancos eliminam os microrganismos e outros
corpos estranhos que invadiram o organismo.

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Em alguns órgãos linfoides, como o timo ou a medula óssea, formam-se ou diferenciam-se
leucócitos que se juntam à linfa e podem viajar pelo corpo. Noutros, como os gânglios
linfáticos ou o baço, acumulam-se grandes quantidades de leucócitos.
• Absorção de nutrientes — nutrientes como lípidos (ácidos gordos) e as vitaminas
lipossolúveis são absorvidos pela linfa nas vilosidades intestinais (intestino delgado).
• Drenagem — recolha dos líquidos que se encontram nos espaços intersticiais pelos
vasos linfáticos, uma vez que uma grande parte dos líquidos da linfa intersticial, cuja
origem é o plasma do sangue, não regressa de imediato aos vasos sanguíneos.
• Transporte — as substâncias como os nutrientes chegam às células através da linfa e
os capilares linfá9cos recebem das células o dióxido de carbono e outros produtos de
excreção.

Descrever a estrutura do sistema linfático.


Constituição do sistema linfático. Quais são os componentes do sistema linfá=co?
O sistema linfático é constituído pela linfa, por vasos linfáticos e por gânglios linfáticos.
Estes últimos, juntamente com o timo, a medula óssea, o baço e as amígdalas, constituem
os órgãos linfóides.
• Vasos linfáticos (quilíferos nos intestinos) – canais transportadores de linfa dotados
de válvulas no seu interior. Formam uma rede distribuída por todo o corpo.

Qual é a função das válvulas existentes nas veias linfáticas? A linfa flui de forma passiva
devido à compressão dos vasos pelos músculos, não sendo bombeada. Logo, esta válvulas
impedem o retrocesso da linfa, para que circule em direcção ao coração, em sentido único.
• Gânglios linfáticos – pequenas dilatações com aspeto nodular (pequenos órgãos,
perfurados por canais), que se encontram distribuídos ao longo dos vasos linfáticos.
Predominam no pescoço, axilas e virilhas. São locais de acumulação e proliferação de
linfócitos.
Órgãos linfóides:
• Timo – onde se desenvolvem e se selecionam os glóbulos brancos. Pequeno órgão
localizado na cavidade torácica por cima do coração, importante para o
desenvolvimento dos linfócitos. Contém um elevado número destes, onde adquirem
a capacidade de identificar e destruir substâncias estranhas específicas. É muito
reduzido no adulto.
• Baço – o maior órgão do sistema linfático, quase tão grande como um punho. Situado
na parte superior esquerda da cavidade abdominal, mesmo por baixo das costelas, no
lado esquerdo. É esponjoso, liso e de cor púrpura. Contém vários tipos de leucócitos
que identificam, armazenam (acumulando-os), destroem os agentes patogénicos e
removem os elementos figurados do sangue (plaquetas e hemácias) envelhecidos.
• Amígdalas – onde se concentram glóbulos brancos e ocorre defesa do organismo.
Massas de tecido linfoide que se localizam na parte de trás da garganta.
Desempenham um papel de defesa contra os agentes patogénicos inalados. Existem

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dois pares de amígdalas, de ambos os lados da faringe e na base da língua. Apresenta
tecidos ricos em linfócitos.
• Medula óssea – tecido produtor de células sanguíneas. Importante para o
desenvolvimento de certos linfócitos, entre outras células sanguíneas.
• Placas de Peyer – Localizam-se na parte distal do intestino delgado e constituem um dos
principais agregados de nódulos linfáticos. Desempenham um papel fundamental na
eliminação de microrganismos contidos nos alimentos ingeridos.
• Apêndice – Estrutura constituída por agregados de tecido linfoide.

Explicar a relação existente entre o sistema cardiovascular e o sistema linfático.


O sistema linfático e o sistema
cardiovascular funcionam de forma
Circulação pulmonar

Veia subclávia coordenada para manter o equilíbrio do


Veia cava superior Coraçãoorganismo humano. Relacionam-se
porque ambos asseguram o transporte e
a distribuição de materiais necessários às
Vasos linfáticos

células e removem produtos do


Circulação sistémica
metabolismo celular.

Existe a circulação sanguínea que se divide em dois circuitos: circulação pulmonar e


circulação sistémica. Mas também existe a circulação linfática. Nesta, o plasma e alguns
glóbulos brancos saem dos capilares para os espaços entre as células, formando a linfa
intersticial. Parte desta linfa é recolhida pelos vasos linfáticos, linfa circulante, e é devolvida
ao sangue.
Como retorna a linfa
Capilares Espaços Capilares Veias
sanguíneos intersticiais linfáticos linfáticas
ao sistema cardiovascular?
Canal
• A linfa que chega aolinfáticos
Vasos canal linfático
torácico
direito e ao canal torácico entra nas veias
principais
torácica direita e esquerda, respetivamente,
Canal linfático retornando ao sistema
direito Junção da veia jugular
cardiovascular. direita com veia subclávia
direita
• Diariamente passam cerca de 30 L de líquidos dos capilares sanguíneos para
1. Transporte da linfa:
o espaço os capilares
intersticial, linfá9cos
retornando aos recolhem o líquido
capilares apenas 27inters9cial nos tecidos
L. Os restantes 3L e
transportam a linfa para os vasos linfá9cos maiores.
retornam através dos capilares linfáticos, onde o líquido se chama linfa, e
2. Retorno
sãodaconduzidos
linfa: a linfa que vasos
pelos chegalinfáticos
ao canal linfá9co
de volta direito
ao sangue.e ao canal torácico entra nas
veias torácica direita e esquerda, respe9vamente, retornando ao sistema cardiovascular.

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Quais são regiões do corpo drenadas pelo
canal torácico? O canal torácico é o maior
vaso linfá9co do corpo, e, em geral, todos
os vasos linfá9cos da parte inferior do
organismo escoam nele. Além da parte
inferior, a linfa do lado esquerdo da cabeça,
do braço esquerdo e de algumas partes da
região torácica também segue para o
ducto torácico. A linfa é drenada para a
veia subclávia esquerda.
O canal linfá=co direito recebe a linfa
proveniente do braço direito e do lado
direito da cabeça e do tronco. Drena a linfa
para a veia subclávia direita.

Justificar a relevância da linfa e dos gânglios linfáticos para o organismo.


A linfa circula no sistema linfático que tem um papel
fundamental no equilíbrio do meio interno, na defesa do
organismo e no transporte de materiais dos tecidos para o
sangue.
Os gânglios têm como função filtrar a linfa, removendo os
resíduos celulares e microrganismos (vírus e bactérias) e
produzir anticorpos (linfócitos). Os linfócitos vão-se
aglomerar nos gânglios, exercem as suas funções e
proliferam. A importância dos gânglios linfáticos para o
nosso organismo é evitar ou combater infecções e
inflamações.

Doenças do sistema linfático


Existem diversas doenças que podem comprometer a realização das funções da linfa, como,
por exemplo:
• Amigdalite – inflamação das amígdalas (nódulos linfáticos) com sintomas de febre,
dor de garganta e dificuldade em engolir. Com origem em vírus ou bactérias do género
Streptococcus.
o Medicação: antibióticos, anti-inflamatórios e/ou antipiréticos;
o Cirurgia: remoção das amígdalas.
• Linfoma – tipo de cancro que se forma devido à transformação maligna de linfócitos
(um tipo de glóbulos brancos) que crescem de forma desordenada e dispersam pelo
corpo. Acumulam-se nos gânglios linfáticos e não conseguem cumprir de forma
adequada as suas funções de defesa
o Medicação: derivados de cortisona e anticorpos.
o Quimioterapia e radioterapia (para eliminar células cancerosas e reduzir o tamanho
dos tumores)
• Linfedema – acumulação de linfa intersticial, o que provoca edema ou inchaço
geralmente nos braços e pernas, mas também noutras partes do corpo devido a uma
insuficiente drenagem linfática. Pode ocorrer devido a bloqueio, lesão, infecção ou
número insuficiente de vasos linfáticos

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o Massagens, exercícios, medicação e meias de compressão: contribuem para a
drenagem linfática.
o Cirurgia: apenas em casos muito graves
• Existem vários tipos de leucemia, mas todos envolvem o crescimento de leucócitos
cancerosos na medula óssea, local onde são produzidas as células sanguíneas. A
produção de leucócitos fica descontrolada e o funcionamento da medula óssea
saudável torna-se cada vez mais difícil, diminuindo a produção de células normais,
dando lugar ao aparecimento de anemia, infeções e hemorragias. A leucemia
caracteriza-se pela redução do número de eritrócitos e de plaquetas e pelo aumento
do número de leucócitos
Existem parasitas que se podem alojar nos vasos linfáticos e bloquear o fluxo linfático
originando um edema – elefantíase ou filariose.
provocada pelo parasita Wuchereria bancro1i que se aloja nos vasos
linfá9cos, obstruindo o fluxo da linfa.
A acumulação de líquido inters9cial, por falta de drenagem, provoca
edema permanente do membro afetado.
O parasita é transmi9do por um mosquito; a OMS prevê eliminar a
filariose do mundo até 2020, exterminando os mosquitos
transmissores.

Medidas que contribuem para o bom funcionamento do sistema cardiovascular


• ter uma alimentação/dieta saudável
• praticar exercício físico regularmente
• a ingestão abundante de água (beber pelo menos um litro de água por dia)
• massagens corporais
• uso de vestuário adequado
• manter uma boa higiene pessoal
• evitar a exposição a poluentes químicos e radiações que possam enfraquecer o
sistema imunitário

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