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Conselho Editorial
10.48209/978-65-5417-129-8
1 https://www.unicef.org/lac/en/reports/two-years-after-saving-a-generation (2022)
A Educação do Campo, que neste ano de 2023 completa 25 anos de (re)
sistência enquanto movimento organizado e contemplado via políticas públicas,
como o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA),
Programa Nacional de Educação do Campo (PRONACAMPO) e Programa de
Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo (PRO-
CAMPO), manifesta seus frutos também nesta obra. A maioria dos autores/as
são docentes ou egressos de Licenciaturas em Educação do Campo, desenvol-
vem pesquisas de mestrado/doutorado relacionadas à Educação do Campo e
vários, atuam como educadores/as na Educação Básica do Campo. Desta ma-
neira, através da seus estudos, cumprem o papel social da universidade pública,
de atender às demandas da população e compartilhar, através do ensino, pesqui-
sa e extensão, conhecimentos científicos produzidos, em uma troca entre o que
se faz academicamente e o que se produz em termos de sabedorias populares e
memórias bioculturais.
Que este livro sirva de inspiração a outros trabalhos coletivos e boas lei-
turas para quem acredita em uma docência em ciências diversa, atuante e que
faz a diferença na vida das pessoas.
SEÇÃO 1........................................................................................................23
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
Sinara München
Viviane de Almeida Lima
Renata Portugal Oliveira
doi: 10.48209/978-65-5417-129-3
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 8
Eduardo Pastorio
Rafael Scheffer
Edimar Fonseca
doi: 10.48209/978-65-5417-129-7
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 17
SOBRE OS ORGANIZADORES......................................................445
SEÇÃO 1:
Volume II 23
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 1
Considerações Iniciais
Volume II 24
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 25
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Diante desse panorama sobre CTS, o objetivo deste estudo foi realizar
uma reflexão teórica a partir de uma revisão bibliográfica das dissertações e
teses defendidas e publicadas na rede do Programa de Pós-graduação em Edu-
cação em Ciências (PPgECi), do qual participam as universidades federais:
UFSM, UFRGS e UNIPAMPA. As teses e dissertações buscadas deveriam con-
templar o descritor CTS. Nessa perspectiva, buscamos identificar os autores,
títulos, anos de publicação, universidades, principais autores CTS referencia-
dos nos trabalhos, as categorias CTS a priori de acordo com Aikenhead (1994)
apud Santos e Mortimer (2000), e os focos temáticos apresentados em cada
trabalho, conforme Megid Neto (1999).
Volume II 26
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 27
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 28
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
mento estanque - em uma sociedade cada vez mais permeada por CT. Para tan-
to, se faz necessário discutir a formação de professores de ciências, objetivando
criar novas concepções do ser professor.
Volume II 29
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Aspectos metodológicos
Volume II 30
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Uma das análises realizadas, a partir dos trabalhos selecionados, foi ve-
rificar em quais dos focos temáticos (quadro 1) as pesquisas se encaixavam.
A partir daí, elaboramos uma nuvem de palavras (figura 4), em que, apresenta
os focos temáticos mais desenvolvidos nas pesquisas analisadas. Os focos
temáticos foram abordados, inicialmente, por Megid Neto (1999), conforme
quadro 1.
Volume II 31
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 32
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 33
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Categorias Descrição
Volume II 34
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Fonte – Aikenhead (1994 apud SANTOS; MORTIMER, 2000), adaptado pelas autoras (2021).
Resultados e discussões
Volume II 35
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Abordagem de temas
no ensino de ciências: MEDEIROS,
T1 2019 UNIPAMPA
Reflexões para processos E. F.
formativos de professores
O jovem como
multiplicador das práticas BOTEGA,
T2 2011 UFSM
agrícolas no município M. P.
de Agudo, RS, Brasil
Panorama reflexivo
da contextualização da
química no ensino FAVILA, M.
T3 2014 UFSM
médio: Nas escolas A. C.
estaduais e particulares
de Santa Maria/RS
Intervenções curriculares
na perspectiva da
abordagem temática:
GIACOMI-
T4 avanços alcançados por 2014 UFSM
NI, A.
professores de uma
escola pública
estadual do RS
O diálogo entre a
formação tecnocientífica
e a humanística na
educação tecnológica:
T5 Uma problematização a ILHA, G. C. 2014 UFSM
partir do estudo de caso
do curso superior de
tecnologia em gestão
ambiental da UFSM
Volume II 36
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 37
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Experimentos de física
SILVA, C. H.
T12 no laboratório de ciências 2019 UFRGS
E.
e do de informática
Um olhar sobre os
cursos técnicos em
geoprocessamento e meio
ambiente do colégio COSTA,
T13 2016 UFRGS
politécnico da UFSM, M.R.J.
a partir da perspectiva
ciência, tecnologia e
sociedade
Uma análise crítica, a
partir do enfoque ciên-
cia-tecnologia-sociedade SOUZA, C.
T14 2018 UFRGS
(CTS), do ensino de L. P.
botânica na educação
básica
Entre concepções e práti-
cas de educação integral
ALMEIDA,
T15 e educação ambiental: 2017 UFRGS
L. H. de
Ausências, contradições
e possibilidades
A abordagem CTS no
contexto da formação e
T16 da atuação dos CORTEZ, J. 2018 UFRGS
professores da área de
ciências da natureza
Educação museal e
enfoque CTS: Reflexões
MARTE-
T17 sobre a prática educativa 2018 UFRGS
LLO, C.
no museu entomológico
Fritz Plaumann
Enfoque ciência,
tecnologia e sociedade RODRÍ-
T18 (CTS): contribuições GUEZ, 2018 UFRGS
para a profissionalização A.S.M.
docente
Fonte: As autoras (2021).
Volume II 38
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 39
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 40
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 41
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 42
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Identificação
Categoria nº trabalhos
dos trabalhos
Conteúdo de CTS 0 -
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 44
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
sor (T1; T5) e Formação de Conceitos (T3; T10) estiveram presentes em dois
trabalhos cada.
Volume II 45
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Os estudos T4, T8, T11, T13, T16, T18 buscaram analisar em currículos,
documentos oficiais da Educação no Brasil as abordagens CTS na formação ini-
cial, continuada e na prática pedagógica/didática de professores. As pesquisas
T7 e T9 buscaram analisar as percepções e concepções de professores acerca
da Alfabetização Científica (T7) e de currículo integrado com enfoque em CTS.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Considerações finais
Volume II 47
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Referências
AIKENHEAD, G. S. What is STS science teaching? In: SOLOMON, J.;
AIKENHEAD, G. (Orgs.). STS education: international perspectives on re-
form. New York: Teachers College Press, 1994. p.47-59.
Volume II 48
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 49
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Abstract: Education in Science, Technology and Society (STS) is the field of knowl-
edge that studies its interrelationships in their multiple influences. Thus this work
presents a theoretical reflection and a qualitative bibliographic review, based on the
STS perspective, in dissertations and theses searched online in the network of the
Postgraduate Program in Science Education, which includes the federal universities
UFSM, UFRGS, and UNIPAMPA, from 2011 to 2020. Among the results, we ob-
served that Auler, Santos, Mortimer, Delizoicov, Cachapuz, Dagnino, and Strieder
were the authors most frequently referenced regarding the STS theme. Additionally,
based on the studies by Santos & Mortimer, we sought to categorize the results found
in the eight categories studied by the authors that group the scientific production on
the subject. However, it was evidenced that of the 18 works evaluated, they fit into
only six of the categories: STS content as a motivational element; occasional incor-
poration of STS content into the programmatic content; systematic incorporation of
STS content into the programmatic content; scientific discipline (Chemistry, Physics,
and Biology) through STS content; science through STS content; incorporation of
science into STS content. Finally, teacher education was the axis found in most of
the analyzed documents.
Volume II 50
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 2
AS ILHAS INTERDISCIPLINARES
DE RACIONALIDADE COMO
POSSIBILIDADE PARA O
DESENVOLVIMENTO DA
ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA
E DO LETRAMENTO CIENTÍFICO
Ana Paula Santellano de Oliveira
Heidi Fernanda Bertotti
Marcus Eduardo Maciel Ribeiro
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-1
Introdução
Volume II 51
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Volume II 59
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Para que ocorra a construção das IIR, o autor propõe oito etapas que con-
tribuem para a delimitação do trabalho e para alcançar o objetivo final:
Volume II 60
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
taneidade dessa etapa não requer busca por especialistas e traz relevância aos
próprios conhecimentos dos estudantes;
Volume II 61
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Até que ponto o que foi estudado nos ajuda a negociar com o mundo tec-
nológico focado durante o trabalho? O que nos proporciona autonomia no
mundo científico-tecnológico e na sociedade em geral? De que maneira
o conhecimento obtido nos ajuda a discutir com maior precisão quando
decisões precisam ser tomadas? Como isso nos dá uma representação do
nosso mundo e da nossa história que nos permite comunicar e posicionar-se
melhor? (FOUREZ, 1997, p. 121).
Segundo Milaré (2014), as etapas que constituem as IIR não precisam ser
cumpridas na ordem posta acima, pois vão sendo construídas juntamente com
os estudantes. Além disso, também podem ser ampliadas, suprimidas ou até
mesmo revisitadas (PIETROCOLA; ALVES FILHO; PINHEIRO, 2003).
Volume II 62
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 63
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 65
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 66
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Contribuições finais
Convém destacar que não existe apenas uma forma de articular a interdis-
ciplinaridade e a alfabetização científica e técnica. Quanto a diferentes estraté-
gias além das Ilhas Interdisciplinares de Racionalidade (IIR), podemos citar o
ensino de Ciências com enfoque Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), o En-
sino Através de Temas (EAT), a Aprendizagem Centrada em Eventos (ACE), a
Metodologia de Projetos (MP), a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP)
e os Três Momentos Pedagógicos (TMP).
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
traz sugestões e contribuições ao Ensino de Ciências, uma vez que não existem
receitas prontas em educação. Por isso, pensar medidas integrativas de constru-
ção de conhecimento se faz necessário para qualificar o trabalho que vem sendo
feito na área até o momento.
Referências
CUNHA, Rodrigo Bastos. Por que falar em letramento científico? Raízes do
conceito nos estudos da linguagem. Campinas: Estante Labjor/Nudecri/Uni-
camp, 2019.
Volume II 69
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 3
DISCUSSÕES SOBRE
INTERDISCIPLINARIDADE E
ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA
A PARTIR DE UMA ILHA
INTERDISCIPLINAR DE
RACIONALIDADE
Milene Ferreira Miletto
Lia Heberlê de Almeida
José Vicente Lima Robaina
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-2
Introdução
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Nesse sentido, o trabalho a partir das IIR visa promover uma Alfabetiza-
ção Científica e Tecnológica (ACT) nos estudantes envolvidos, pois, conforme
concebe Fourez (2002, p. 258),
Volume II 72
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 73
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Caminho metodológico
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Médio (EM) de diversas localidades dos dois munícipios, que vão até a esco-
la utilizando transporte escolar. Situa-se em uma área rural na qual prevalece
a agricultura (especialmente de monocultura de soja), fator preponderante na
escolha desta para a realização da pesquisa, com vistas a discutir a temática da
segurança alimentar e Agroecologia.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
O desenvolvimento da IRR:
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Abertura de CP sem
- Apresentação dos demais seminários 2 aulas
auxílio de especialista
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Logo foram realizadas novas aberturas de CP, dessa vez sem auxílio de
especialista, de forma a apresentar os demais seminários construídos pelos gru-
pos a respeito de agronegócio e agricultura tradicional.
Volume II 81
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
não considera que esse seja o seu perfil, o que atribuiu sobretudo ao componen-
te curricular de Física que atualmente leciona na escola em estudo.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
tempo, atendendo parte da turma que havia retornado à escola, pois isso tudo
demandou muito tempo extra dos professores, de forma que se tornou muito
mais difícil “ter tempo para planejar e programar alguma atividade interdisci-
plinar” (PROFESSORA ALICE).
Volume II 85
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 86
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Acho que envolver um pouco de cada um, trazer uma aula mais didática
e também trazer uma aula que gere uma conversa, um questionamento, a
maioria das aulas que a gente teve geraram questionamento, dentro do
questionamento, tu acaba aprendendo sobre o assunto melhor do que em
um texto passado no quadro, e precisa pensar mais de uma disciplina ao
mesmo tempo, foi legal ter mais de uma professora junto. (ALUNA ANA).
1. muitos temas trabalhados nas aulas poderiam ter uma abordagem inter-
disciplinar, o que tornaria a aprendizagem mais enriquecedora e significativa;
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Fonte: os autores, baseados em Paiva (2016).
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
A questão ali dos agrotóxicos que apesar de saírem do campo (os alimen-
tos, no caso), passarem por toda aquela função de agrotóxico, de a gente
ter noção que ainda chega com uma certa porcentagem na mesa, que a
gente ingere agrotóxico, apesar de ser uma pequena quantidade, aquilo ali
foi bem chocante de descobrir, porque eu só ouvia falar bem dos defensi-
vos. (ALUNA ANA).
Volume II 91
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 92
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Considerações Finais
Volume II 94
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
atributos elencados por Fourez (1997), quais sejam, autonomia, domínio e co-
municação, de modo a construir as habilidades necessárias para que o estudante
se aproxime de uma alfabetização científica. Assim, eles entendem o contexto
e aprendem a se posicionar criticamente frente às situações reais para além da
escola, de forma a mobilizar conhecimentos científicos nas mais diversas de-
mandas do dia a dia.
Referências
AUGUSTO, Thaís Gimenez da Silva; CALDEIRA, Ana Maria de Andrade.
Dificuldades para a implantação de práticas interdisciplinares em escolas esta-
duais, apontadas por professores da área de ciências da natureza. Investigações
em Ensino de Ciências, v.12, n. 1, 2007.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 96
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 97
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 4
ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO EM
CIÊNCIAS DA NATUREZA:
DESAFIOS E POTENCIALIDADES
DO PROCESSO FORMATIVO
DE LICENCIANDOS EM
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Sinara München
Viviane de Almeida Lima
Renata Portugal Oliveira
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-3
Introdução
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 99
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A interdisciplinaridade na formação de
professores de Ciências da Natureza
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Considerações finais
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Referências
AULER, Decio; DALMOLIN, Marcos A. T.; FENALTI, Veridiana S. Abor-
dagem Temática: natureza dos temas em Freire e no enfoque CTS. ALEXAN-
DRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.2, n.1, p.67-84, mar.
2009.
Volume II 114
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 115
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 116
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 5
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
NAS AULAS DE QUÍMICA
NA MODALIDADE DE ENSINO
EJA – SAPUCAIA DO SUL(RS)
Andréia Lisandra Lussani
Camila Franceschi da Silva
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-4
Introdução
Volume II 117
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
– EJA, onde muitos estudantes estão fora da idade escolar, tornou-se necessário
à adequação dos conteúdos e seleção de temas relevantes para trabalhar a Quí-
mica de forma articulada às necessidades dos estudantes matriculados na etapa
final da Educação Básica na modalidade de ensino EJA na instituição de ensino
Saint Germain, localizada no município de Sapucaia do Sul – RS.
Partindo desse pressuposto, a escolha por esse projeto de ação pode ser
justificada pela necessidade de inserir a EA no contexto escolar, dada a impor-
tância da contextualização no ensino por meio da abordagem de temas sociais
do cotidiano do aluno não dissociados da teoria, e tampouco utilizados como
meros elementos motivacionais ou ilustrativos (BRASIL, 2006).
Volume II 118
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 119
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
tes acerca das questões ambientais ligadas aos produtos industrializados, mais
especificamente estudo da composição presente nos rótulos de produtos de lim-
peza; levantamento da composição química para compreender as implicações à
saúde humana, bem como ao ambiente culminando com o desenvolvimento de
um produto com princípio ativo menos agressivo.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Contrário a tudo isso, a educação bancária tão criticada por Freire nos
faz colocações, ressaltando que a “educação padece da doença da narração.
O professor fala da realidade como se esta fosse sem movimento, estática,
separada em compartimentos e previsível.” Assim, para Freire a concepção
bancária é antidialógica por natureza, onde ao aluno a única ação permitida é
a de captar e guardar todo o conhecimento, o que consequentemente bloqueia
toda a criatividade e a transformação. Desta forma, o professor do século
XIX, comprometido com a educação e a formação de sujeitos críticos, aptos
a intervir na sociedade-deve ser o agente da transformação educativa.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Percurso metodológico
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Volume II 129
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 130
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Cabe avaliar que talvez um dos fatores que podem contribuir para a falta
de interesse de leitura dos rótulos, possivelmente seria o emprego de nomencla-
turas e termos técnicos não acessíveis à população.
Volume II 131
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Tendo em vista que o projeto de ação teve por objetivo promover a in-
tegração da temática ambiental com o conhecimento químico, preparando os
estudantes para que sejam capazes de acompanhar, intervir e discutir o papel
da Ciência e da Tecnologia na sociedade, depois de realizado o projeto de ação,
consideramos que a prática trouxe resultados positivos ao que se propôs a tra-
balhar. No decorrer dos estudos realizados os alunos demonstraram participa-
tivos, envolvidos e sensibilizados em relação às implicações ambientais decor-
rentes dos princípios ativos presentes nos produtos industrializados.
Volume II 132
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 133
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Considerações finais
Volume II 134
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
ser omissa, pelo contrário, deve favorecer e contribuir para a inserção nos cur-
rículos escolares. Assim, gradualmente foram sendo introduzidos no currículo
da modalidade EJA novas perspectivas e olhares que encontraram apoio na
interdisciplinaridade, nos conteúdos de química e na relação homem natureza.
Por isso é importante elaborar estratégias para intervir nos processos que
afetam e culminam com a falta de informação, fazendo com que os órgãos
competentes se mobilizem para realizar os ajustes necessários, situação essa
que somente cidadãos críticos terão condições de reivindicar.
Referências
BRASIL, Secretaria da Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio:
Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares
Nacionais. Brasília: Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Média e
Tecnológica, 1999.
Volume II 135
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
FREIRE, Paulo & SHOR, Ira (1987). Medo e Ousadia: O cotidiano do pro-
fessor. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2005.
GADOTTI, Moacir. Paulo Freire: uma biobibliografia. São Paulo: Cortez: Ins-
tituto Paulo Freire; Brasília, DF: UNESCO, 1996.
Volume II 136
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 137
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 6
ANÁLISES ESTATÍSTICAS
NA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS: UM
ESTUDO SOBRE CONHECIMENTOS
E ATITUDES AMBIENTAIS
DE ESTUDANTES BRASILEIROS
E ALEMÃES
Renan de Almeida Barbosa
José Vicente Lima Robaina
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-5
Introdução
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 139
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Volume II 142
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Dimensões do
Sigla Exemplo de questão de múltipla escolha
conhecimento ambiental
Fonte: adaptado e elaborado pelo autor a partir de Roczen et al. (2014) e Geiger et al. (2019).
Volume II 143
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
pode ser entendida como simplesmente o conteúdo conceitual, e pode não levar
à mudança de atitude. Portanto, as dimensões ACT e EFF também influenciam
atitudes e comportamentos, que têm suas bases na dimensão SYS (MAURER;
BOGNER, 2020).
Volume II 144
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Isto posto, entendo que a distinção entre tais paradigmas do método cien-
tífico, aplicados à pesquisa em Educação, direciona a compreensão de uma in-
compatibilidade das duas abordagens, porém, essa constatação recaiu também
por muito tempo sobre o nível técnico (SANTOS FILHO; GAMBOA 2013).
Dessa forma, percebe-se um debate superficial que, alimentado por “ismos” e
supostos “vieses”, impede o aprofundamento do debate sobre a relação sujei-
Volume II 145
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 146
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Sujeitos do estudo
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Análises realizadas
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Volume II 150
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
1º 3º Desvio-
Variável Mínimo Mediana Média Máximo
quartil quartil -padrão
País de
1,00 1,000 1,000 1,48 2,00 2,00 -
origem
Participação
em protestos 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 1,00 -
ambientais
Preservação
1,5 3,5 3,9 3,84 4,30 5,00 0,6070
(PRE)
Utilização
1,00 1,20 1,50 1,59 1,80 4,40 0,4839
(UTL)
Conhecimento
relacionado ao 0,20 0,80 1,00 0,93 1,00 1,00 0,1161
sistema (SYS)
Conhecimento
sobre a 0,00 0,20 0,40 0,45 0,60 1,00 0,2322
eficácia (EFF)
Conhecimento
relacionado 0,00 0,50 0,75 0,73 1,00 1,00 0,2187
à ação (ACT)
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Conhecimento relacionado
0,60592 658 < 2,2e-16 Rejeita-se H0
ao sistema (SYS)
Conhecimento sobre
0,92926 658 < 2,2e-16 Rejeita-se H0
a eficácia (EFF)
Conhecimento relacionado
0,85129 658 < 2,2e-16 Rejeita-se H0
à ação (ACT)
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Figura 3. Gráficos boxplot das médias dos escores em UTL e PRE de acordo
com país de origem e participação em protestos ambientais.
O asterisco (*) acima das colunas indica a diferença das medianas a p-valor < 0,05.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Reflexões finais
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Agradecimentos
O presente estudo foi financiado pela pesquisa foi financiada pela Coor-
denação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-Brasil (CAPES)-
CÓDIGO FINANCEIRO 001 e pelo Deutscher Akademischer Austauschdienst
(DAAD), bolsa individual número 57507870.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Referências
AMERICAN PSYCHOLOGIAL ASSOCIATION. Thesaurus of psycholog-
ical index terms. 9a. ed. Washington: American Psychological Association,
2001;
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
KOLLMUSS, A.; AGYEMAN, J. Mind the Gap: Why do people act environ-
mentally and what are the barriers to pro-environmental behavior? Environ-
mental Education and Research, v.8, p. 239–260, 2002;
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Abstract: Climate change (CC) and its consequences require actions for its miti-
gation, motivating society to debate about educational processes, knowledge, and
environmental attitudes. We conducted a study with quantitative methods to measure
and analyze cognitive factors related to environmental behavior, related issues to the
field of Science Education (SE). The present study aimed to (1) assess the environ-
Volume II 163
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
mental attitudes (EA) and environmental knowledge (EK) of Brazilian and German
students and (2) verify whether the frequency of participation FF is a relevant factor
EA and EK. A total of 658 students participated in our study, 327 from Germany and
331 from Brazil (mean age 25.21 ± 7.91 years). The 2-Major Environmental Val-
ues scale and questionnaires with three dimensions of EK were applied. Descriptive
and inferential statistical analyses were performed, namely distribution trends and
Mann-Whitney test. Participation in the FFF protests showed a relationship with
environmental attitudes, with participants having higher scores in the preservation
values. Moreover, these same participants also demonstrated lower scores on utili-
tarian values. The study provides a discussion of methodological issues in SE and on
the effect of EA and EK on environmental behavior.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 7
Introdução
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
servação de áreas com alta diversidade de espécies nativas. Essas áreas verdes
que se encontram em territórios urbanos são extremamente importantes para as
cidades, pois aproximam os humanos de ambientes naturais, remetendo assim
a uma melhoria na qualidade de vida para os habitantes.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Contagem %
Não respondeu 2 -
Não respondeu 3 -
Ótima 8 20,5%
Não respondeu 1 -
Reflorestamento 7 20,0%
Conscientização 6 17,1%
Tem proposta de
melhoria na qualidade Preservação ambiental 11 31,4%
do Rio Macaco
Ações contra a poluição 4 11,4%
Outros 7 20,0%
Não respondeu 5 -
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Variáveis Freq. %
O Rio Macaco tem importância socioambiental para a região
Não 13 33,3%
Sim 26 66,7%
Não respondeu 1 -
Qual a importância
Apenas abastecimento de água 28 70%
Biodiversidade e fonte de recursos naturais diversos 10 25%
Não respondeu 2 -
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Todavia, reconhecemos que cada pessoa ou grupo social pode ter a sua
própria representação ou trajetória. O que é inadmissível é que as pessoas se
livrem do poder da criticidade e reproduzam discursos e práticas orientadas
para uma desmobilização da EA como gestão ambiental ou somente como uma
prática educativa qualquer. Atualmente, até orientações para modificar sua es-
trutura nominal vêm sendo feitas, como “educação para o desenvolvimento
sustentável”.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
A grande maioria dos educadores relatou que sua escola não tem ativida-
des de EA com relação ao Rio Macaco (84,2%). Nas escolas onde existem ati-
vidades realizadas no Rio, as visitas e intervenções são focadas em atividades
(como plantio de árvores), ambas com 40% das respostas.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 179
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Assim, entende-se que o educador, precisa estar atento a planejar suas ati-
vidades de forma criativa num movimento de ação-reflexão-ação para que uma
postura interdisciplinar seja atingida de forma gradual em sala de aula como
também em conjunto com os educadores parceiros.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Algumas Conclusões
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Referências
AZEVEDO, J. M. L. A educação como política pública. 3. ed. Campinas, SP:
Autores Associados, 2004.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 183
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Resumo: O meio ambiente precisa ser cuidado, considerando a importância dos ele-
mentos naturais para a sobrevivência humana e manutenção da vida. Nesse contexto,
a educação ambiental busca oportunizar o respeito à sustentabilidade ambiental, so-
cial, ética, econômica e política. Este texto tem como objetivo identificar as percep-
ções ambientais de educadores a partir de seus conhecimentos e prática relacionada
ao Rio Macaco, em escolas municipais de Palmeira das Missões/RS. A pesquisa foi
realizada em três escolas, contando com a participação de 40 educadores de dife-
rentes áreas do conhecimento. Para coleta de dados foi aplicado um questionário
semiestruturado, em que as respostas abertas foram analisadas por meio da Análise
de Conteúdo. Como principal resultado, foram observados que o Rio Macaco não
é abordado nas práticas pedagógicas dos docentes participantes, os quais possuem
percepções conservacionistas sobre a questão ambiental.
Volume II 184
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 8
ENSAIO SOBRE
APRENDIZAGEM BASEADA
EM PROJETOS – ABP
Eduardo Pastorio
Rafael Scheffer
Edimar Fonseca
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-7
Introdução
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
O Buck Institute for Education (2008) define ABP ou PBL como “um
método de ensino no qual os alunos aprendem se engajando ativamente em
projetos do mundo real e pessoalmente significativos” e reforça que “os alunos
adquirem conhecimento e habilidades trabalhando por um longo período de
tempo para investigar e responder a uma questão, problema ou desafio autênti-
co, envolvente e complexo”.
Para Bender (2014, p.15), “A ABP pode ser definida pela utilização de
projetos autênticos e realistas, baseados em uma questão, tarefa ou problema
altamente motivador e envolvente”, com a finalidade de “ensinar conteúdos
acadêmicos aos alunos no contexto do trabalho cooperativo para a resolução de
problemas”. Ainda na perspectiva de Bender, a ABP deve envolver a participa-
ção ativa dos alunos na escolha e planejamento do projeto, na pesquisa e coleta
de informações, na criação de soluções e na apresentação dos resultados. Para
isso, é necessário estabelecer metas claras e objetivas, permitindo que os alunos
tenham um papel ativo na construção do conhecimento, além de adaptar o pro-
jeto para as necessidades individuais dos estudantes. Através da ABP, os alu-
nos desenvolvem habilidades sociais, cognitivas e emocionais, além de terem
a oportunidade de aplicar conceitos teóricos em situações práticas, tornando a
aprendizagem mais significativa e relevante para suas vidas.
Aprofundamento teórico
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
o tema abordado pelo projeto a ser desenvolvido e que perceba, entre outros
aspectos, que vale a pena aprender (MOURSUND, 1999).
Volume II 190
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Considerando Buck Institute for Education (2021, p.14), “os alunos tra-
balham em um projeto por um longo período de tempo [...] que os envolve na
solução de um problema do mundo real ou na resposta a uma pergunta comple-
xa”. Por fim, “como resultado, os alunos desenvolvem um conhecimento pro-
fundo do conteúdo, bem como pensamento crítico, colaboração, criatividade
e habilidades de comunicação”, liberando “uma energia contagiante e criativa
entre alunos e professores”.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 192
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
tuais ou um discurso. Ela pode conter uma questão inquietante ou uma reflexão
que estabeleça esta natural orientação para o desenvolvimento do projeto e que
proporcione o espírito investigativo entre os alunos.
Outro elemento presente na ABP são os artefatos, estes itens são resul-
tado do progresso dos trabalhos desenvolvidos ao longo do projeto e podem
representar uma ou diversas respostas ao problema proposto. Em geral estes
artefatos se encaixam como uma mostra real e concreta, presente na realidade
dos alunos.
Outro elemento que pode ser destacado é a questão motriz, ela deve
estar clara pois, é o que podemos denominar como o centro do projeto, ela for-
Volume II 193
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Há também uma relação com a web 2.0, sendo que este termo nos per-
mite compreender o espaço mais amplo, onde o desenvolvimento da ABP pode
ser alavancado pelos inúmeros recursos tecnológicos disponíveis, onde por
meio da colaboração é possível superar os limites impostos pelo tempo e es-
paço, aumentando o rendimento do trabalho. Além disso, os alunos possuem a
possibilidade de criar propostas e testá-las das mais diversas formas, abrindo
oportunidade para desenvolvimento de novas pesquisas em espectros ainda não
estudados ou direcionados pela questão norteadora, esta abertura de horizonte é
oportunizada por intermédio do uso dos recursos digitais.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Tecnologias e a ABP
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Volume II 197
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Um grande desafio pensar ABP nas escolas. Porém, a inserção dos princí-
pios de investigação e planejamento, favorece e incentiva a adoção de práticas
organizacionais e metodológicas nas escolas. Isso contribuirá no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos que, de forma inovadora, favorecerá a cons-
trução de novos conhecimentos.
Nesses últimos anos, outros termos foram sendo utilizados para definir
essa abordagem de ensino, incluindo: aprendizagem baseada em problemas,
aprendizagem investigativa, aprendizagem autêntica, e ainda aprendizagem
por descoberta.
Volume II 198
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Volume II 199
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Considerações finais
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Referências
BARBOSA, E. F.; MOURA, D. G. Trabalhando com projetos: planejamento
e gestão de projetos educacionais. Petrópolis: Vozes, 2011.
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, 1996.
Volume II 201
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 202
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 203
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 9
RODAS DE CONVERSA:
CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE
DIÁLOGOS E APRENDIZAGENS
Regina Beatriz Leal Morgavi
Vera Maria Treis Trindade
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-X
Introdução
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 205
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 207
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Volume II 208
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Definir data e horário, organizar o local com materiais sobre o tema. Es-
tes poderão ser revistas, cartazes, frases e imagens que servirão para estimular
as falas dos participantes sobre o assunto em pauta e, assim, todos os objetivos
possam ser alcançados.
Volume II 209
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 210
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Supõe-se que Sócrates, entre 469-399 a.C., quando debatia seus pensa-
mentos e conclusões, tenha utilizado esta estratégia. Ele promovia, habitual-
mente, uma troca de ideias com seus interlocutores, estimulando a reflexão
e caracterização de algumas qualidades e virtudes como dever, amizade, co-
ragem, justiça, moderação, etc. (KERBRAT-ORECCHIONI, 2006). Aqui no
Brasil, acredita-se que as Rodas de Conversa foram inspiradas em Paulo Freire
que utilizava os chamados Círculos de Cultura para alfabetização de adultos.
Ele, devido aos contatos que teve durante a sua adolescência com os trabalha-
dores rurais e seus filhos, vivenciou a realidade e as dificuldades do trabalhador
adulto analfabeto. Este educador iniciou a sua jornada, rumo a uma prática
consciente e libertadora, a partir, das experiências que foi adquirindo com os
pais e educadores, em 1950, no Nordeste do Brasil. O próprio Freire entendia
que o Círculo era o Coordenador de Debates em lugar de professor, que tinha
tradições fortemente doadoras (SCOCUGLIA, 1999).
Volume II 211
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Volume II 214
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Volume II 215
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Pensamos que a Educação Infantil tem início em casa, sem dúvida o papel
das famílias é fundamental. São elas que constituem os alicerces para a orienta-
ção inicial tanto no desenvolvimento cognitivo quanto no social. Entretanto, as
interações com colegas e com professoras na primeira escola são fundamentais,
pois é neste espaço que os pequenos alunos aprendem a se expressar, comparti-
lhar, respeitar aos outros. Além disto, são estimulados a organizar seus objetos,
seus pensamentos e suas ações.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Sem dúvida, no Grupo Focal, o próprio nome já chama a atenção, pois fo-
cal se remete ao assunto exato a ser debatido, enquanto nas Rodas de Conversa,
além da formação em círculo, as colocações circulam naturalmente e dentro do
tempo necessário dos participantes.
Considerações Finais
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
envolvimento dos participantes. Isto pode ocorrer pôr colocações ou por contri-
buições sobre os saberes e as experiências individuais desenvolvendo o fortale-
cimento das aprendizagens, do autoconhecimento e da autoestima (MACHA-
DO et al., 2015).
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 228
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Referências
BEDIN, Everton; DEL PINO, José Claudio. Interações e intercessões em rodas
de conversa: espaços de formação inicial docente. Revista Brasileira de Estu-
dos Pedagógicos, Brasília, V.99, n 251, p.222-238, jan./abr.2017.
Volume II 229
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 230
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Abstract :This review arose from the search for the concept, dynamics, history and
applicability of Conversation Circles in research carried out on the Google Schol-
ar platform, which indicated many journal articles, book chapters since 1995 about
the subject. Conversation Circles are considered a methodology or formation space,
exceed the simple fact of chairs arranged in circles, they are dialogic spaces for ex-
changes, contextualization and reflections on one or more subjects. It can be said
that the Conversation Circles involve fundamental elements such as cognitive struc-
ture and experience, seeking an interactive attitude of the participants. They have
great relevance as a pedagogical instrument favoring knowledge and the exchange
of experiences, in companies, community services or health centers. Conversation
Circles can be used as a teaching methodology in Formative Itineraries since early
childhood, elementary, high school, undergraduation and graduation levels. In ad-
dition, some differences from Conversation Circles and Focal Groups are contextu-
alized. Therefore, Conversation Circles may be present in formal and professional
teaching processes, family and social living, and also in enhancing the exercise of
participants’ protagonism, knowledge expansion, and in the increase of inclusion and
mutual respect.
Volume II 231
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 10
REVISÃO DE LITERATURA:
ALFABETIZAÇÃO E
CULTURA CIENTÍFICA NO
ENSINO DE APRENDIZAGENS
SIGNIFICATIVAS DE
CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS,
UMA ABORDAGEM STEM
Felipe de Carvalho César
José Vicente Lima Robaina
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-9
Este artigo tem por finalidade fazer uma revisão sistemática de literatu-
ra no período de 2019 a 2022, utilizando como descritores as palavras STEM
(Science, Technology, Engineering, and Mathematics) sendo esse, um acrôni-
mo proveniente da língua inglesa e um movimento ligado a educação e seus
mecanismos de aprendizagem nas áreas envolvidas no acrônimo, Aprendiza-
Volume II 232
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
gem Significativa que tem como referência a relação entre o saber existente
e a reconstrução do novo saber adquirido, Alfabetização Científica e Encul-
turação Científica, se referindo a como o estudante vê e participa da ciência
e do conhecer científico, esse último tendo como variação o termo “Cultura
Científica”. Tais descritores são bases para a dissertação de mestrado junto ao
Programa de Pós Graduação em Formação Docente Para Ciências, Tecnolo-
gia, Engenharia e Matemática (PPGSTEM) da Universidade Estadual Do Rio
Grande Do Sul (UERGS), unidade Guaíba.
Volume II 233
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Nesse sentido, o profissional de educação deve ser a base para que esse
questionamento seja respondido, pois somente ele é capaz de “aproveitar aquilo
que é natural nos alunos: o desejo de conhecer, agir, dialogar, interagir e experi-
mentar. Um ambiente em que se proporciona aos estudantes essa oportunidade
favorece a aquisição da Alfabetização Científica” (LEITE, 2019, p.25), onde
“ser alfabetizado cientificamente é saber ler a linguagem em que está escrita
a natureza.” (CHASSOT, 2003, p.91). Logo, o profissional atuante nos anos
iniciais do Ensino Fundamental I (4º e 5º ano) é o responsável por estimular
os estudantes e norteá-los rumo ao conhecimento. É nessa fase que ocorre o
“desenvolvimento de conceitos, da aplicação dos princípios e da lógica, da
capacidade da criança realizar ações em seus pensamentos relacionadas às
ideias e memórias” (PIAGET, 1983, p.31), reforçando, então, a necessidade de
esse profissional ter ferramentas que alcancem os estudantes nas mais diversas
esferas do conhecimento.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 235
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Quantidade
Base Endereço
Encontrada
Rede de Revistas
https://www.redalyc.org/ 21
Científica (Redalyc)
Scientific Eletronic
Library Online https://scielo.org/ 13
(Scielo)
Biblioteca Digital
Brasileira de Teses e http://bdtd.ibict.br/vufind/ 20
Dissertações (BDTD)
Revista Brasileira
de Pesquisa em
https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec 06
Educação em
Ciências (RBPEC)
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 238
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Descritor Critério
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Cultura/
Alfabetização Aprendizagem Quantidades
STEM Enculturação
Científica Significativa Totais
Científica
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Aprendizagem significativa
Volume II 242
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
para o Ensino em Ciências, uma vez que as clássicas feiras de ciências são, e
sempre serão, mecanismos de disseminação da ciência e do fazer científico
dentro e fora da sala de aula regular. O uso de sequências didáticas otimiza e
potencializa o processo de apropriação do saber, bem como norteia o ensino
do profissional, minimizando as lacunas no processo de aprendizagem, sendo
possível, também, analisar as habilidades e as atitudes desenvolvidas através
das competências propostas pela BNCC.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Enculturação/cultura científica
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 245
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Dayvisson Luís
As Representações Do Ensino De Ciências
Vittorazzi;
De Um Grupo De Professores Do Ensino Artigo
Alcina Maria
Fundamental: Implicações Na Formação 2020
Testa Braz Da
Científica Para A Cidadania
Silva
Guilherme Da
Da Reformulação Discursiva A Uma Práxis
Silva Lima; Artigo
Da Cultura Científica: Reflexões Sobre
Marcelo 2019
A Divulgação Científica
Giordan.
Ana Glória B.
Bezerra De
Sousa Lima;
Projeto Vida: Educação Científica Fernanda
Artigo
Para Estudantes Do Ensino Fundamental Heloisa Cruz
2019
Anos Iniciais Marques;
Rozicleide
Bezerra De
Carvalho.
Bruno Francisco
Melo Pereira;
Uso Da Linguagem Cinematográfica
Eliane Ferreira Artigo
Para Promover A Argumentação E
De Sá; 2019
Enculturação Científica
Marina Assis
Fonseca.
Volume II 246
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
STEM
Volume II 247
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Volume II 248
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Volume II 249
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Implementação De Um Makerspace Na
Thatiane Verni Dissertação
Perspectiva STEM Em Séries Iniciais Do
Lopes De Araujo 2019
Ensino Fundamental
Francisco
Antonio Vieira
Lins;
O Uso Da Metodologia STEM
Elwis Gonçalves
(Science, Technology, Engineering And Artigo
De Oliveira;
Mathematics) No Ensino De Química: 2019
Lucas Ferreira
Uma Proposta A Ser Aplicada.
Batista;
Ariana Leticia
Furtado Abrantes.
Volume II 250
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Artes em alguns trabalhos, pois, conforme algumas leituras que utilizam desse
acréscimo, tendem a aprimorar os conceitos relacionados à visão espacial das
outras áreas já existentes no contexto STEM. Nesse sentido, “a arte e o design
teriam uma função de engajar os estudantes em ciência e tecnologia, tornando
o ambiente de aprendizagem mais produtivo e substancial” (PUGLIESE, 2020,
p.211).
Alfabetização científica
Virginia Roters
A alfabetização científica nos anos iniciais: Artigo
Da Silva;
Os indicadores evidenciados por meio de 2020
Leonir Lorenzetti.
uma Sequência didática
Cristiane Assis
De Siqueira; Artigo
A importância da alfabetização científica
Raphael Guazzelli 2019
Valerio.
Werner Zacarias
Abordagem dos temas alfabetização
Lopes; Artigo
científica (ac) e ciência, tecnologia,
Rosane Nunes 2019
sociedade (cts)
Garcia.
Amanda Cristina
Alfabetização científica e criança: análise de Teagno Lopes Artigo
potencialidades de uma brinquedoteca Marques; 2019
Martha Marandino.
Volume II 251
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 252
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Werner Zacarias
Promoção da alfabetização científica(ac):
Lopes; Artigo
construção, formação e desenvolvimento na
Rosane Nunes 2021
prática docente
Garcia.
Tatiana Schneider
Vieira De Moraes;
Débora Vanessa
Perfil dos estudos sobre Alfabetização
Camargo; Artigo
Científica no Ensino Fundamental: uma
Sônia Maria Petitto 2021
pesquisa bibliográfica
Ramos;
José Salustiano Da
Silva.
Ileana Cardoso Da
ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NOS Silva Calasso; Artigo
ANOS INICIAIS: Reflexões teóricas José Augusto 2019
Mendes Sobrinho.
Volume II 253
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Sasseron e Carvalho são citadas por diversas vezes nos documentos que
fazem parte do corpus de análise, trazendo a apresentação de três eixos bases
para que a Alfabetização Científica possa se concretizar, “a saber: 1) a com-
preensão básica de termos e conceitos científicos; 2) a compreensão da nature-
za da ciência e dos fatores que influenciam sua prática; 3) o entendimento das
relações entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente” (SASSERON, 2015.
p. 56). Para ela, esses eixos surgem “da análise de referenciais da área de En-
sino de Ciências que apresentavam ideias e habilidades a serem desenvolvidas
com o intuito de que a Alfabetização Científica ocorra” (SASSERON, 2015,
p.56), refletindo, assim, sobre “a concepção de Alfabetização Científica como
um processo de aprendizagem potente para o Ensino de Ciências e que se cons-
titui em uma ferramenta para a formação científica desde os anos iniciais vi-
sando uma formação mais crítica, social e política das crianças e adolescentes”
(CAMARGO; RAMOS; MORAES, 2021, p.03).
Volume II 254
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Considerações finais
Volume II 255
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
A cada dia, torna-se mais necessária uma abordagem que possa ser utili-
zada como ferramenta eficaz em sala de aula e fora dela, trazendo a significa-
ção do aprendizado, com o intuito de alfabetizar cientificamente os estudantes
participantes da pesquisa e enculturar cientificamente a sociedade escolar. Por
esse fator, a busca pelo descritor STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e
Matemática) apresentou-se como uma possível ferramenta metodológica a ser
usada, pois aborda áreas distintas de conhecimento de uma proposta didática
e está em constante crescente nacional; fato esse percebido durante as leituras
dos arquivos selecionados. O potencial de ensino e aprendizagem desse tipo
de abordagem é amplo e merece um olhar mais detalhado, pois estimula várias
áreas cognitivas durante a sua aplicação.
Volume II 256
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 257
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Agradecimentos
Volume II 258
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Referências
AUSUBEL, David Paul. Aquisição e retenção de conhecimentos: Uma pers-
pectiva cognitiva, Lisboa: Editora Plátano, 2003.
Volume II 259
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 260
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Abstract: This Literature Review is the result of an ongoing research at the State
University of Rio Grande do Sul, with the purpose of analyzing the textual produc-
tions on the descriptors Scientific Literacy, Scientific Culture/Enculturation, Mean-
ingful Learning and STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics),
with their educational approaches, from 2019 to 2022. It sought the theme from the
databases of the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations (BDTD), the
Scientific Journals Network (Redalyc), Scientific Electronic Library Online (SciE-
LO), the Brazilian Journal of Research in Science Education (RBPEC) and the Goo-
Volume II 261
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
gle Scholar Repository. The methodology was based on the literature review that
we call “Knowledge Study”. A total of 84 productions related to the aforementioned
descriptors were found, analyzed sequentially, through the reading of their respective
abstracts; thus leaving 53 productions for reading in full. Four questions were used
that guided the selection of the rest of the material, which are found in the body of
this writing and are presented in thematic topics. These productions were organized
in a reference and citation platform called “Zotero”. The results obtained, in this
literature review, show promising and relevant data for the current educational sce-
nario, as well as for the contribution of the theoretical and methodological tools of
this research.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 11
Introdução
Este texto está de acordo com o que foi abordado na dissertação que
compõe o projeto de Mestrado Profissional em Docência para Ciências, Tecno-
logias, Engenharia e Matemática, (PPGMSTEM), oferecido pela Universidade
Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), do qual faz parte a Revisão sistemá-
tica literal (RSL). Esta gerou os estudos que procuramos apresentar como uma
proposta à viabilidade de se montar um Clube de Ciências STEM na escola e
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
para que a partir desse trabalho conseguíssemos atender aos objetivos da pes-
quisa que compõe a Revisão sistemática literal (RSL).
Buscou-se, com isso, dar significado para a análise feita na Revisão siste-
mática literal (RSL) qualitativamente, baseado em bases confiáveis, referenciar
o trabalho como forma de contribuir com a formação de ideias que auxiliam
aos estudantes atuar em uma sociedade que está sempre em constante evolução.
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Diante das justificativas sobre a reforma, entendemos que ela foi propos-
ta para sanar a necessidade de se ver os jovens dentro da escola e de buscar os
que não estavam frequentando. Com isso conseguir oferecer um novo ensino,
com aulas mais atrativas, proporcionando como solução em uma concepção
utilitarista do conhecimento. Evidenciando isso nos itinerários formativos que
vem sendo propostos pelas escolas estaduais de Porto Alegre.
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Desenvolvimento da pesquisa
1https://www.academia.edu/76254433/Abordagem_STEAM_na_educa%C3%A7%-
C3%A3o_b%C3%A1sica_brasileira_uma_revis%C3%A3o_de_literatura
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Desígnio a atingir
Para tanto, é por conta disso que o estudo relacionado com a RSL cor-
robora com a aprendizagem baseada em projetos. O artigo de Gil (1987), em
aspectos teóricos, informa alguns propósitos que são usados e auxiliam os estu-
dantes e profissionais, ao elaborar-se projetos de pesquisa. Estes que envolvem
o processo de criação científica, tendo como preocupação a natureza prática,
com atividades propostas para o CCS. Maneira usada para que futuramente
seja recomendado como forma de trabalho, com a intenção de produzir projetos
que ajudarão na montagem de um espaço Maker, com ênfase na disciplina de
ciências STEM. Propondo experiências que estarão de acordo com o currículo
onde os resultados apoiarão a abordagem STEAM, gerando proveitos para o
desenvolvimento da criatividade significativa dos discentes, além de favorecer
as experimentações científicas de forma interdisciplinar.
Desenvolvimento do Estudo
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Legenda Unitermos: ALC: Alfabetização e Letramento Científico; CCS: Clube de Ciências STEM;
EI: Ensino por Investigação; ID: Interdisciplinaridade; STEM, science, technology, engineering
and mathematics” Ciencias Tecnologia Engenharia Matemática; UT:Unitermos
8 8 8 8 32
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CCS ID ALC EI
CCS ID
CCS ALC
CCS EI
CCS ID ALC
4x - sozinho PAUT
ID ALC 6x - dois PAUT
ID EI 4x - três PAUT
1x - quatro PAUT
CCS ID EI
CCS ALC EI
ALC EI
ID ALC EI
CCS ID ALC EI
8 8 8 8 15 cruzamentos
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Anos
Base Operadores Unitermos Quantidade
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Aplicação Técnica
Para tanto foi feito um modelo de plano de análise literária PAL (quadro
4), onde as avaliações qualitativas dos dados coletados foram analisadas a partir
das unidades de análise a priori. Esta análise considerou as informações descri-
tas na RSL revisão sistemática literária a qual nos permitiu identificar através
da organização bibliográfica feita por Zotero a análise dos textos investigados e
disponíveis no PAL, que consiste em analisar as informações, exemplo de mo-
delo no quadro 4, de forma que cada Unitarização e categorização fosse feita
de formato rigoroso, pois os mesmos geraram o metatexto representativo dos
fenômenos investigados em cada um dos PAL, Plano de Leitura inventariada,
descrito abaixo: exemplar acadêmico (EX), área da pesquisa (AP), (TI) título,
(AU) autor, unitermos da pesquisa (UT) e ano (PA1), resumo (RE) e a conec-
tividade do unitermo e STEM. É importante ressaltar que os dados completos
que contemplam os resultados de toda a investigação contidos nos quadros
deste trabalho estão disponíveis na dissertação que este artigo compõe.
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1 EX Exemplar
Artigo científico dissertação LUME UFRGS
Acadêmico
AP Área
Google Acadêmico
Da Pesquisa
UT Unitermos -
Clube de Ciências – 2021
Ano da Pesquisa
Demarcações De
Busca trabalhar com a participação da comunidade /
Clube Ciência
didáticos com base nas curiosidades.
STEM
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Volume 2 280
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Categorias
...Participação da comu-
A1
nidade
1...Abordagem qualitativa.
...Clube de Ciências
2...Clube de Ciências.
...construídos, que o
3...Participação da comunidade
aprendizado.
4...construídos o aprendizado.
5... base nas curiosidades. ...Ambiente interativo
...base nas curiosidades
Onde? No Clube de ciências um
A6 ...aprendizagem interdis-
24...aprendizagem interdisciplinar ciplinar
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
*P1RL Qual o maior fator que influencia para que se consiga a viabilidade de
montar um Clube de Ciências STEM na Escola?
Categorias
Unitarização Metatexto
emergentes
A3
11...formar novos cientistas.
13...estimulem o estudantil.
15...críticas e reflexivas
Onde e Como?
A4 Espaço escolar
16...currículo de ciências físico e virtual
17...pensamento crítico.
No Clube de
A6 ciências um
Coletividade
24...aprendizagem participar do ensino ambiente interativo e
por investigação. que propõe
singularidade
participar do ensino
com a
por investigação.
Prática edu-
A7 Em encontros
cativa em um
25...prática docente. semanais, no contra
ambiente em
P1RL 26...perspectiva de espaço virtual turno; com tempo
que acontece
27...melhoria da prática docente controle organizado de
a
da carga horária acordo com o plano
alfabetização
de trabalho proposto
e o letramen-
A9 e no modo virtual.
to científico.
30...Desenvolvimento profissional do- Na Elabora-
cente singularidade Clube de Ciências
ção e constru-
31...Perspectiva do ensino por investiga- como lugar em
ções dos
ção em ambiente on line que acontece a
saberes no
32...Abordagem qualitativa ambiente in- alfabetização e o ensino por
terativo letramento científico
investigação.
33...protagonismo, singularidade e ensino por
investigação,
A11 através do
36...Materiais educacionais na internet compartilhamento
37...Qualidade tecnologia de informações
38...elementos construções dos saberes e trocas de
investigativos experiências.
A17
52...Pesquisa como qualitativa.
53...Ensino investigativo virtual
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Metatexto P1RL
Assim, em concordância com o autor, para que, através das obras, tam-
bém pudéssemos fazer a separação dos diversos conteúdos propostos nos arti-
gos, em unidades de significados, a chamada unitarização da ATD, comentada
pela autora a respeito da Análise Textual Discursiva, com a intenção de inter-
pretar os dados contidos nos Planos de Analise Literal, como se fosse a des-
montagem textual, à luz do pesquisador, para que a proposta pedagógica fosse
aproveitada e agregada como fator importantíssimo, observado e categorizado
como emergente nesta pesquisa.
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Metatexto P2RL
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Outra questão que nos fez pensar foi o ponto que trata sobre o tempo para
se trabalhar em um CCS e assim, de acordo com as análises que foram feitas na
RSL e a partir da escolha para essa unidade de significado, que teve como meta
buscar formas para entender os pontos negativos. Logo, a questão da otimiza-
ção do tempo veio como sugestão após a análise. Na questão de que algumas
das leituras dos artigos nos levarem a perceber as relações negativas com a car-
ga-horária de trabalho excessiva do professor, com isso a falta de tempo dentro
do espaço escolar e assim a falta de tempo para participar de projetos dentro do
contexto educacional.
Concordamos com Freire, uma vez que traz à tona o desejo de conhecer,
descobrir e realizar o aprender, capaz de relacionar conhecimentos de várias
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Considerações a atingir
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Tais construções foram objetivadas nas buscas dos unitermos e pelos cru-
zamentos desses, para que, assim, fossem definidas para que houvesse a cons-
trução do inventário a partir das fontes e de acordo com os critérios de inserção
e eliminação. Estes diagnósticos foram provenientes dos estudos primários, os
quais foram conduzidos para responder à questão da RSL e se obtivesse argu-
mentos plausíveis para implementar um CCS na comunidade escolar.
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cos que foram estudados em aula, onde se tornam significativos quando vistos
de forma prática no CCS.
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Referências
AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel.
São Paulo: Moraes, 1982.
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ZITKOSKI, Jaime José, ROBAINA José Vicente Lima et al. Paulo Freire e
a educação contemporânea. Editora BAGAI, 2021 Disponível em: https://
www.ufrgs.br/bibedu/novidades-livros-impressos-ago22/ Acesso em: 26 de
out. 2022.
Resumo: Este artigo da Revisão sistemática literal (RSL) foi feito a partir do estudo
em aportes teóricos que modelaram o cruzamento na forma de matrizes matemáticas.
Esta buscou interconectar os unitermos, com o objetivo de analisar as relações entre
eles ancorando relevantes argumentações para a viabilidade de montar no espaço
escolar um Clube de Ciências como produto educacional. A finalidade incidiu em
apresentar o desenvolvimento da RSL buscando pelos quatro unitermos em bases
acadêmicas nacionais confiáveis, em um panorama geral que abordou as diferentes
visões dos assuntos relacionados nos últimos três anos. Dessa forma foi criado o
modelo sistemático Plano de análise da literatura (PAL), para que se obtivesse defini-
ções sobre as decorrências e se conseguisse, através da metodologia Análise textual
discursiva (ATD), formular unidades de significados e categorizações para que a pes-
quisa qualitativa, após aplicados os critérios de eliminação, inventarie quinze formas
diferentes coligadas, estabelecendo relações, captando o novo emergente, trazendo
sentido ao trabalho. Resultados sugerem benefícios como ferramenta importante na
comunidade escolar, num ambiente propício para construção do conhecimento, apro-
priação da alfabetização, letramento científico e ensino por investigação, numa abor-
dagem de aprendizagem significativa Ausubel (1982) como forma interessante de
projetos do ensino de Ciências STEM, interdisciplinar na educação básica e no novo
ensino médio.
Abstract: This RSL article was made from the study of theoretical contributions that
modeled the intersection in the form of mathematical matrices. This one that sought
to interconnect the keywords, with the objective of analyzing the relationships be-
tween them, anchoring relevant arguments for the feasibility of setting up a CCS in
the school space as an educational product. The purpose focused on presenting the
development of RSL, searching for the four keywords, in reliable national academic
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
bases, in a general panorama that addressed the different views of related subjects, in
the last 3 years. In this way, the Systematic Model, PAL, was created in order to ob-
tain definitions about the consequences and manage, through the ATD methodology,
to formulate units of meanings and categorizations so that the qualitative research,
after applying the elimination criteria, inventory fifteen different connected forms,
establishing relationships, capturing the new emergent, bringing meaning to the
work. Results suggest benefits, as an important tool in the school community, in an
environment conducive to the construction of knowledge, appropriation of literacy,
scientific literacy and teaching by investigation, in a meaningful approach Ausubel
(1982) as an interesting form of STEM Science teaching projects, interdisciplinary
in basic education and new secondary education.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 12
Introdução
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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casa para a escola, por exemplo, podem ser visualizados diferentes conceitos
que são vistos em aula, como: ecologia, reino das plantas, reinos dos animais,
etc. Ou seja, a ciência pode ser construída em espaços que saem do cotidiano
da sala de aula e atinge lugares que antes eram vistos apenas como destinos de
lazer ou até mesmo de trabalho, distantes da realidade de cada um.
Para que isso aconteça basta que, dentro da sala de aula, seja despertado
um olhar atento dos alunos para o seu entorno, que fuja da realidade virtual e
conecte-se a uma realidade palpável cheia de novas descobertas. Contudo, é
notório que, para dar vencimento aos conceitos exigidos, professores se veem
em uma “saia justa”, pois não podem fugir do tradicional, já que as exigências
são de vencimento de conteúdo. Existem diversos espaços extraclasse que po-
dem servir de auxílio no processo de aprendizagem dos estudantes, possibili-
tando romper os muros escolares e ir em busca de um processo participativo.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Ensino de ciências
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Considerando o que foi exposto, vemos que uma das grandes dificul-
dades encontradas nas metodologias de ensino de ciências é a forma como os
conteúdos são passados aos estudantes. Muitas vezes, são abordados de manei-
ra muito formal e com pouca didática, tornando os temas em ciências menos
atrativos que os demais e distanciando os estudantes do meio científico (PA-
TERLINI, 2016).
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
mar cientistas, mas passar a ser um ensino amplo para todos cuja meta deve
ser uma ciência vivida e estudada por/para todos (DELIZOICOV; ANGOTTI;
PERNAMBUCO, 2011).
Letramento científico
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Branco et al. (2018) dizem que, de acordo com esses objetivos estabe-
lecidos, não importa a definição a ser adotada, mas o que se manifesta no Le-
tramento Científico é a formação cidadã que se torna uma ligação com a luta
por uma sociedade igualitária e pela ascensão e divulgação das pesquisas, ino-
vações e do desenvolvimento científico. Cunha (2018) enfatiza também que o
letramento científico não envolve somente as questões vinculadas à ciência e
a tecnologia, mas traz consigo o viés de uma ciência que faz relação com a so-
ciedade e que procura a divulgação dela, tornando-a algo de todos e para todos.
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Clube de Ciências
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Procedimentos metodológicos
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Volume II 311
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1º 2º 3º
Unitermos
filtro filtro filtro
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Ensino de ciências 42 8 3
Letramento científico 2 1 0
Educação em espaços não-formais 2 1 0
Clube de ciências 2 0 0
Fonte: a autora (2022).
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Trazemos isso para refletir que, apesar de não ser um conhecimento valorizado,
o ensino de ciências se mostra eficaz e resistente perante os desafios encontrados
em nosso país.
Por mais que os Clubes de Ciências façam parte de um assunto que está
cada vez mais em evidência, ainda há um déficit de trabalhos relacionados ao
tema, talvez pelos últimos anos terem sido atravessados pela pandemia da Co-
vid-19 e suas restrições, já que as atividades relacionadas aos clubes necessi-
tam ser presenciais e de trocas entre os alunos. Contudo, no decorrer dos anos
seguintes, o número não aumentou, mostrando que apesar de ser um assunto
muito importante e de uma extrema valia para o ensino, ainda há poucos traba-
lhos dedicados a esse tema em específico.
Volume II 316
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Acredita-se que esse número irá crescer nos próximos anos já que as
medidas e restrições impostas pela pandemia vem diminuindo, permitindo en-
contros presenciais e, além disso, a Base Nacional Comum Curricular estimula
a articulação de conhecimentos científicos dentro do ensino de ciências em
diferentes ambientes que possam assegurar aos alunos um trabalho de aprendi-
zagem voltado para processos, práticas e procedimentos de investigação cientí-
fica, encontrados dentro das atividades propostas pelos clubes de ciências.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
todas as áreas de ensino – e ainda mais dos professores de ciências e suas ra-
mificações – já que os assuntos tratados são práticos e precisam fazer parte do
cotidiano dos alunos.
Sendo assim, destacamos que a aprendizagem dos alunos deve ser feita
através da interação do mesmo com o seu meio circundante, cultural e social,
dessa forma a aprendizagem deve ser vista com um novo olhar voltado para um
sistema que é resultado da interação do espaço escolar com o espaço fora do
muro das escolas (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2011).
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Considerações finais
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Referências
BORGES, Gilberto Luiz de Azevedo. Ciências nos anos iniciais do Ensino
Fundamental: fundamentos, história e realidade em sala de aula. In: BORGES,
Gilberto Luiz de Azevedo. Conteúdos e didática de Ciências e Saúde. v. 10.
São Paulo: Unesp/UNIVESP, 2012. p. 19-41. Disponível em: http://acervodigi-
tal.unesp.br/handle/123456789/47357. Acesso em: 28 mar. 2023.
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Volume II 322
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ROCHA, Nando Matheus et al. Como seria se não fosse como é: compartilhan-
do a experiência da inclusão inversa em Clubes de Ciências. In: VII EREBIO
- ENCONTRO REGIONAL SUL DO ENSINO DE BIOLOGIA, 7., 2015, Cri-
ciúma. Anais [...]. Parte I. Criciúma: UNESC, 2015. p. 46-56. Disponível em:
https://www.unesc.net/portal/resources/files/497/ANAIS_REBIO_2015_par-
teI_ISBN.pdf. Acesso em: 28 mar. 2023.
Volume II 323
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Resumo: O ensino de ciências está cada vez mais desafiador, considerando a reali-
dade em que os estudantes estão inseridos. Com isso, surge a necessidade de novas e
mais atrativas metodologias de ensino para alcançar mais êxito no processo de ensi-
no-aprendizagem. Este capítulo faz parte de uma proposta de trabalho que pretende
unir o letramento científico e a educação em espaços não-formais de ensino dentro de
clubes de ciências, incluindo atividades que visam o fortalecimento da aprendizagem
e que rompam os muros das escolas. Foi realizado um levantamento bibliográfico em
três bancos de dados digitais (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações,
Red de Revista Científicas de Acceso Abierto no Comercial Propiedad de la Aca-
demia e no Encontro Nacional de Pesquisas em Educação em Ciências), utilizando
esses quatro unitermos: educação em ciências, letramento científico, clubes de ciên-
cias e educação em espaços não-formais de ensino, a fim de analisar a existência de
estudos que envolvam esses quatro termos. O número de trabalhos que fizessem essa
relação foi muito abaixo do esperado, chegando ao marco zero, evidenciando dessa
maneira a grande importância de trabalhos que deem destaque a esses temas que tem
um grande potencial para serem auxílio no processo de ensino aprendizagem.
Abstract: Nowadays the science teaching is getting challenger due to the reality in
which students are in. Building on that, the need of new and more attractive method-
ologies of teaching emerges to achieve success in the teaching-learning process. This
chapter aims to show a proposal of work in which science literacy and non-formal
educational spaces of teaching in science clubs are united, promoting activities that
support the strengthening of students learning in a way to break down the schools’
walls. It was carried out a bibliographical survey in three digital databases (Bibliote-
ca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, Red de Revista Científicas de Acceso
Abierto no Comercial Propriedad de la Academia e no Encontro Nacional de Pesqui-
sas em Educação em Ciências), using these four uniterms: Science teaching. Scien-
tific literacy. Science clubs. Non-formal educational spaces, in order to analyze the
existence of studies involving these four terms. The number of works that made this
relationship qas much lower than expected, reaching the zero mark, thus evidencing
the great importance of works tha highlight these themes that have great potential to
be an aid in the teaching-learning process.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
SEÇÃO 2:
CIRANDAR
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 13
COOPERB: O COOPERAR
EM UMA ESCOLA DO/NO
CAMPO DE NOVA SANTA RITA,
RIO GRANDE DO SUL
Sabrina Silveira da Rosa
Andressa Luana Moreira Rodrigues
Mariana Paranhos de Oliveira
José Vicente Lima Robaina
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-B
Volume II 326
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
decidiu por conhecer um pouco mais sobre esse assunto que tanto desafiava
as educadoras das escolas do campo de Nova Santa Rita, Rio Grande do Sul.
Curso esse ofertado pela nova gestão (2013 a 2020) municipal que acreditava
na reforma da Educação do/no Campo de nossa cidade.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
tudos científicos em países que eram influenciados por eles para que tornassem
a referência mundial. Os muitos projetos desenvolvidos pelos norte-america-
nos, da época, influenciaram o ensino de ciências brasileiro, com a intenção de
formar pessoas que pudessem ajudar nos estudos para descobertas no espaço.
• Nos anos de 1950: o IBECC confeccionou kits para ensino Química, Físi-
ca e Biologia para professores e estudantes da educação básica.
• Em 1961: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº
4024/61) tornou obrigatório a inclusão da disciplina de Ciências Naturais
no currículo para todas as séries ginasiais, que antes atendia somente as
duas últimas séries. Com a lei foram aumentadas a carga horárias de Físi-
Volume II 329
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
ca, Química e Biologia e com essa mudança os alunos passaram a ter uma
educação baseada na reflexão e na crítica a partir dos seus conhecimentos.
• Em 1964: após o golpe militar as disciplinas científicas sofreram alte-
rações e um convênio foi assinado entre o governo brasileiro e a United
States Agency for International Development (USAID).
• Em 1965: foram criados seis centros de ciências: Centro de Ciências do
Nordeste, no Recife, Centro de Ciências do Rio Grande do Sul, em Porto
Alegre, o Centro de Ciências de Minas Gerais, em Belo Horizonte, o Cen-
tro de Ciências da Guanabara, no Rio de Janeiro, o Centro de Ciências de
São Paulo, em São Paulo e o Centro de Ciências da Bahia, em Salvador.
• Em 1966: verba da Fundação Ford – que concedeu 86 mil dólares para
profissionais que atuariam nos CECIs.
• Em 1967: Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ci-
ências (FUNBEC) – tinha como objetivo renovar o ensino de ciências para
o ensino superior.
• Em 1968: curso regional realizado pela Unesco em São Paulo: curso dire-
cionado para as professoras do magistério com a intenção de desenvolver o
ensino de ciências nos anos iniciais.
• Em 1971: a Lei nº 5.692 tornou obrigatório a inclusão da disciplina de
Ciências Naturais nas oito séries do primeiro grau, atingindo todos os ní-
veis de ensino. Instituiu o Projeto Nacional para Melhoria do Ensino de
Ciências.
• Anos 1980: redemocratização da sociedade brasileira – Criação da Coor-
denação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
• Em 1998: os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
O ensino de ciências, a partir dos anos 1990, não ficou estático, esteve em
constante movimento e adequações, foi se desfazendo dos objetivos de somen-
te formar cientistas para construção dos avanços tecnológicos e passou para
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Os Clubes de Ciências devem usar uma fala que melhore a nossa com-
preensão sobre o mundo (CHASSOT, 2006). As atividades desenvolvidas de-
vem promover práticas lúdicas e atrativas sobre temas diversos, os quais terão
sempre ligação com o mundo real, presente no dia a dia e no cotidiano dos edu-
candos, as quais estão ligadas as demais atividades da escola que fazem parte
do todo, o ensino e aprendizagem.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
ensinar ciências que faça sentido para essas educandas/educandos, que então
foi realizada, como uma das primeiras atividades o (re) conhecimento da
comunidade, onde educandos e educadores fizeram uma visita, em caminhada
pela comunidade, com provocações para um novo olhar, um olhar atento e
curioso à aquilo que normalmente quando estão indo ou vindo para a escola não
é visto por pressa ou costume. A partir desta saída de observação foram criadas
pelas educandas/educandos e educadoras temas que seriam importantes saber e
conhecer envolvendo ciências.
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Neste ano de 2021 foi sugerido que se estudasse uma temática durante
a escrita do Cirandar: rodas de investigação na escola e sendo este ano o cen-
tenário de Paulo Freire e levando em consideração toda sua significância para
diferentes áreas do conhecimento que também sugerimos como tema para ser
estudado no Cirandar: rodas de investigação na escola, 2021 “Paulo Freire”.
A partir dos estudos sobre Educação do/no Campo se tornou parte do pla-
nejamento escolar textos sobre nosso patrono da Educação, Paulo Freire, foi a
partir das capacitações que nos aproximamos ainda mais deste amoroso autor,
onde conheci um pouco sobre sua história de vida e seu método de ensino e sua
contribuição para a educação nacional e mundial.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
palmente porque sua finalidade não era somente instrumental, mas sobretudo,
uma forma de provocação da consciência das massas, isto é, nesses Círculos, os
processos históricos de exclusão social - denunciados entre a leitura de mundo
e a leitura da palavra - passavam a ser objeto de estudo, temário do conteúdo
de seu método.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Foi com base em todo esse contexto de Educação do/no Campo, Educa-
ção em Ciências, Clube de Ciências e em conjunto à teoria de Paulo Freire que
constituímos nossa Cooperativa Escolar, baseada em conhecimentos teóricos
e em seu Território Educativo, a mesma complementa uma colcha de retalhos,
feita por muitas mãos e com diferentes conhecimentos que conversam entre si
e constituem a fortalecida educação da escola descrita nesse artigo.
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Junho: neste mês tivemos o retorno das aulas presenciais e com isso po-
demos nos aproximar dos associados que não tinham a possibilidade de esta-
rem de forma online, pois, os mesmos não tem acesso à internet. Em diálogo
com os cooperados presenciais e remoto, como o inverno foi bem rigoroso,
os educandos tiveram a ideia de realizar uma ação social de apoio às famílias
carentes, através de doações de roupas quente, com o projeto “Varal Coopera-
tivo”. Todos os cooperados em conjunto com as educadoras da escola fizeram
uma campanha de doação de roupas e arrecadaram muitas peças e assim se fez
o I Varal Cooperativo da Cooperb. Com o sucesso e também ainda necessária
ação, em julho, foi realizado o II Varal Cooperativo e agora com doações de
alimentos também. As famílias que realmente necessitavam de doações de ali-
mentos receberam uma cesta básica, tudo organizado pelos educandos, associa-
dos da Cooperativa.
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não teve, e este ano retornou, porém somente a professora orientadora poderia
ir para expor os materiais construídos pela cooperativa. Nos anos anteriores
essa era uma das atividades mais esperadas do ano, não somente pelo retorno
financeiro, mas principalmente pelo fato de estarem participando de um even-
to internacional, onde eles podem apresentar e mostrar todo o conhecimento
e atividades que fazem na cooperativa.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Observar todo esse contexto nos faz refletir que a Cooperb desenvol-
ve nos educandos não somente o esperançar de novos conteúdos didáticos e
o aprender mecanizado dos saberes, mas sim o esperançar de uma sociedade
mais igualitária e justa para os cidadãos e as cidadãs da nossa cidade, onde os
mesmos sairão da EMEF Rui Barbosa com um novo olhar sobre a sua função
na sociedade.
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Referências
ADAMS, T. Solidariedade. In: STRECK, D. R.; REDIN, E.; ZITKOSKI, J.
J. (org.). Dicionário Paulo Freire. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. p.
662.
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Resumo: o presente trabalho tem como objetivo descrever como foi a chegada para
participação no programa Cirandar: rodas de investigação na escola, bem como rela-
tar as atividades da Cooperativa Escolar da Emef Rui Barbosa, de Nova Santa Rita
durante o ano de 2021. A Cooperb tem como objetivo o protagonismo dos educandos
e as contribuições dessa organização para a educação e a sociedade como um todo,
e é importante no que diz respeito ao impacto que ela traz para o ensino e a própria
comunidade escolar. A mesma trabalha a partir das necessidades observados no terri-
tório escolar e baseados nos conhecimentos das ciências da natureza. São educandas/
educandos de sete à onze anos que participam deste projeto e já conseguem se auto
organizarem e dialogar com propriedade quanto aos seus objetivos e necessidades,
sempre pensando no bem-estar dos associados e também saúde dos que irão consu-
mir o sal temperado e ainda ao construírem as sacolas retornáveis eles desenvolvem
a consciência crítica ambiental, gerando uma prática pedagógica realmente transfor-
madora.
Abstract: the present work aims to describe how it was the arrival to participate in
the Cirandar: research circles at school program, as well as report the activities of
the Cooperativa Escolar da Emef Rui Barbosa, from Nova Santa Rita during the year
2021. Cooperb’s objective is to play a leading role in students and the contributions
of this organization to education and society as a whole, and it is important with
regard to the impact it brings to teaching and the school community itself. It works
from the needs observed in the school territory and based on the knowledge of natu-
ral sciences. There students/students from seven to eleven years old who participate
in this project and are already able to organize themselves and communicate properly
about their goals and needs, always thinking about the well-being of the associates
and also the health of those who will consume the seasoned salt and even when buil-
ding. the reusable bags they develop critical environmental awareness, generating a
truly transformative pedagogical practice.
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CAPÍTULO 14
Introdução
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Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/porto-alegre.htm.
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Dar voz aos professores por meio de minha escrita com vistas à interdis-
ciplinaridade presente em suas práticas permitiu resgatar memórias e manter
viva e dinâmica a percepção de cada um/a. Cada ser humano é único e traz uma
história cheia de vivências, experiências e sabedoria. Quando isso é socializa-
do, torna-se integral. O ato de educar e trabalhar com a educação é exatamente
este: ter histórias, vivências e experiências a serem socializadas para todos ou-
virem, e diante disso, reconstruir-se como ser humano todos os dias. Conhecer
as contribuições desses participantes por meio da carta que redijo possibilita
também conhecer um pouco mais sobre os profissionais da educação que dedi-
cam seu tempo, sua vida e sua sabedoria para exercer a docência, contribuindo
na formação dos alunos.
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Ser professor também comunga com a ideia de fazer com que os sujeitos,
P9 independente da modalidade de ensino, possam usar o conhecimento cien-
tífico para ler e entender o mundo à sua volta.
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Ainda sobre ser professor, para P2 é “alguém que aprende quando ensina
e compartilha saberes já adquiridos”, o que seria a busca por conhecimento
e sua construção junto dos alunos, num constante aprendizado. Como afirma
Freire (1996, p. 17), “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina
ao aprender”. Em sala de aula, professor e aluno compartilham experiências
que vão além da simples transmissão de conhecimento. A importância de estar
sempre aprendendo quando se ensina é um marco dentro da sala de aula quando
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A figura 4 traz termos-chave que possibilitam expressar por meio das vo-
zes/narrativas das participantes suas percepções sobre a interdisciplinaridade,
contribuindo para o melhor entendimento sobre esse fenômeno trabalhado no
âmbito educacional.
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Contribuições Finais
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Referências
BOCK, A. M. B. (Org). Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia.
13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
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Abstract: The present study seeks to understand how teachers participating in the
cirandar /21 training work with interdisciplinarity in a practical way in their teaching
practice, aiming to bring contributions to the educational scope. The data collec-
tion instrument was an open-ended questionnaire applied through Google forms. The
methodology used adopted the participants’ narratives regarding their perceptions of
the questions. It was possible to build better understandings about the themes with
authors on the categories: being a teacher, interdisciplinarity and interdisciplinary
practice. It was evidenced, through this empirical study, that it is still necessary to
develop interdisciplinarity in a practical way: it is perceived that, although there is
practice, there is not always an understanding of what is done.
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CAPÍTULO 15
A INTERDISCIPLINARIDADE
NAS CARTAS PEDAGÓGICAS
E SUAS CONTRIBUIÇÕES
NA (TRANS)FORMAÇÃO DE
EDUCADORES/AS DO CAMPO
Maria da Conceição do Monte Soares
Aline Guterres Ferreira
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-D
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Fonte: https://cirandar.furg.br/.
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Paulo Freire (2000) já dizia que uma Carta Pedagógica pode conter senti-
mentos contraditórios, inundados por duas ações éticas: a raiva e a indignação.
Narrar o sentimento durante esse período atípico de Pandemia, distanciamento
social e educação online, requer uma reflexão para além das habituais. Propos-
tas educacionais que reconheçam o contexto e busquem alternativas que pos-
sam contribuir com a realidade estudada, sugerindo mudanças reais e viáveis,
tornam-se necessárias e urgentes.
Escrever Cartas Pedagógicas para Paulo Freire (2000) é uma prática po-
lítica, possui função política (não partidária). Entender a ação social enquanto
educadoras nos conduz à caminhada e essa Carta (transformada em capítulo)
é um convite a um diálogo entre dúvidas e incertezas. É uma possibilidade de
refazer, de reencontrar o percurso e os valores que orientam a trajetória. Nesse
sentido, refletir sobre a formação de professores e professoras é (re)pensar a
transformação social através da educação.
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A autora Leda Portal (2013) destaca que nos processos pedagógicos, en-
tendemos as Cartas como fontes de pesquisa quando encontradas em acervo,
entretanto, podem ser consideradas instrumentos de pesquisa e reflexão na prá-
tica docente. O ato de escrever para além e junto ao processo reflexivo pode ser
considerado pedagógico, quando possui a intenção de ensinar, de aprender, de
informar algo novo que possa de alguma forma contribuir com o destinatário
assim como com o remetente. No que se refere a utilização das Cartas Peda-
gógicas enquanto metodologia de pesquisa, sua construção, desenvolvimento,
análise e interpretação devem estar de acordo com as abordagens de pesquisa
com tendências interdisciplinares, visto, a construção reflexiva que esse méto-
do compõe.
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Escrever uma Carta, seja qual teor ela tiver, é estar por inteiro envolvido
em sua escrita. Por ser uma possibilidade de comunicação, traz memórias reto-
madas, conteúdos, gera papéis, desenhos, mil cores, sabores, possibilidades de
encontrar em suas linhas quem me precedeu, meus valores presentes e um ca-
minho acolhedor para minhas indagações e dúvidas sobre a humanidade. Uma
Carta Pedagógica carrega as formas nas quais nos inserimos no mundo, segun-
do Paulo Freire na leitura de Vieira (2010), está possui natureza pedagógica
traduzida enquanto um ato político. E ainda, “tomam uma dimensão fortemente
marcada pelo compromisso com um diálogo que construa, de forma sistemá-
tica, mas agradavelmente humana, a reflexão rigorosa acerca das questões da
educação.” (VIEIRA, 2010, p. 76).
Ao findar essa Carta & Capítulo, esclareço que o meu olhar pode não de-
monstrar a significância das minhas inquietações vivenciadas durante o curso
de Licenciatura em Educação do Campo – Ciências da Natureza da UFRGS,
porém, digo do meu esforço para relatar minhas contribuições e apontar en-
quanto educadora, a importância da apropriação de novas Ciências, dentre elas
a interdisciplinaridade e as novas tecnologias. O mundo tecnológico está exi-
gindo de nós educadores grandes mudanças na forma de construção do conhe-
cimento. Aprender a lidar com o pensamento interdisciplinar é uma forma de
estar inserida nesse novo mundo. Nesse contexto, a interdisciplinaridade vem
como proposta para uma organização curricular de formação de professores/as
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Referências
CALDART, R. S.; PEREIRA, I. B.; ALENTEJANO, P.; FRIGOTTO, G. Dicio-
nário da Educação do Campo. São Paulo: Expressão Popular, 2012.
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desenvolvemos este capítulo a partir das escritas das Cartas Pedagógicas na última
edição do projeto e a importância da interdisciplinaridade na formação de profes-
sores e professoras, tornando-se mais aptos a desenvolver sua prática educativa em
uma sociedade em constante transformação, bem como uma visão interdisciplinar
no currículo escolar. Neste ínterim, ainda discorremos sobre as marcas que as Cartas
deixam em nossas histórias e os processos interdisciplinares na trajetória da Licen-
ciatura em Educação do Campo.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 16
CIRANDAR - RODAS DE
INVESTIGAÇÃO DESDE A
ESCOLA: O CUIDADO COM
A NATUREZA A PARTIR DE
CARTAS PEDAGÓGICAS
Aline Guterres Ferreira
Estela Elisalde Toledo
Sandra Mara Mezalira
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-E
Estimad@s leitor@s!
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Nossa região abrange a capital estadual Porto Alegre & Região Metropo-
litana, coordenado pelas Mestras Aline Guterres Ferreira e Sandra Mara Me-
zalira, doutorandas do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências,
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que buscam desenvolver em
suas Teses, temáticas semelhantes relacionadas, portanto, à Agroecologia e à
Educação do Campo.
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Nestes últimos anos, com intuito de fortalecer os laços que foram distan-
ciados pela segurança sanitária, construímos coletivamente uma imagem que
representasse o grupo com elementos significativos às nossas jornadas. O qual
foi idealizado em conjunto e construído voluntariamente por uma artista, agri-
cultora familiar e estudante de uma escola do campo do interior do Rio Grande
do Sul. Como podemos apreciar a imagem da figura 3.
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gicas. As quais estão mais alinhadas à teoria freiriana, tendo sido utilizadas por
Freire em diversas de suas obras.
Este projeto tem sua origem nos Encontros sobre Investigação na Es-
cola (EIE), os quais acontecem no Estado do Rio Grande do Sul desde 2000.
De acordo com os Anais da última edição do evento, o EIE é promovido pela
Rede de Investigação na Escola (RIE), com periodicidade anual. O Encontro
nasce a partir das ideias de eventos semelhantes nos anos 1980, desenvolvidos
pelo grupo Investigación em La Escuela, com vinculação ao departamento de
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escritas pela coordenadora Maria do Carmo Galiazzi, nas quais instiga os/as
participantes a se envolverem num processo dialógico de partilha e constru-
ção de conhecimentos a partir da troca firmada entre as partes por intermédio
das Cartas Pedagógicas. A Carta da professora Maria do Carmo abre o diá-
logo e convida os/as membros a se apresentarem relatando sua jornada até o
Cirandar, em sua resposta a professora incentiva que compartilhem uma te-
mática que desejem pesquisar nesta edição. Após a apresentação na primeira
Carta em resposta à questão orientadora da professora, é iniciada a reflexão
direcionada à construção científica da escrita.
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cumentadas. Algo semelhante, também ocorreu com Paulo Freire na sua cidade
de Angicos em Rio Grande do Norte, quando alfabetizava jovens e adultos, até
o golpe civil-militar-empresarial de 1964, sendo exilado para o Chile.
Mais recentemente, as Cartas têm sido escritas com um teor mais pedagó-
gico e científico, por isso denominadas de Cartas Pedagógicas, utilizadas como
um instrumento metodológico de escrita por pesquisadores/as, professores/as e
estudantes. Inclusive já existem escritas de Cartas em forma de livros já publi-
cizados (CAMINI, 2012; SOLIGO, 2015; PAULO; DICKMANN, 2020), além
de artigos, teses e dissertações.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
ser escritas de diversas formas, mais elaboradas ou mais livres, podem ser in-
dividuais ou coletivas, porém, a potência dessa metodologia de escrita provém
da criatividade de cada um (DICKMANN, 2020).
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Perante a isso, podemos destacar que o confronto bélico que vem ocor-
rendo entre os Países da Rússia e a Ucrânia, acelerou essa compreensão, assim
como diversos conflitos armados que ocorreram, trazem consequências diver-
sas, além da morte de civis e soldados: impactos ao meio ambiente, como a
contaminação do solo, escassez de recursos hídricos, poluição sonora e do ar, e
morte e extinção dos seres vivos animais e vegetais.
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notar que esses cálculos não levam em consideração os custos associados aos
efeitos tóxicos agudos e crônicos dos resíduos de pesticidas que permanecem
nos alimentos. Doenças renais, cardiovasculares e respiratórias, incluindo asma,
alergias, enfisema e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), bem como
doenças autoimunes, têm aumentado constantemente nos últimos 50 anos. Essa
tendência anda de mãos dadas com um aumento dramático no uso de pesticidas
químicos, plásticos e muitos outros produtos (ALTIERI; NICHOLLS, 2021).
Por outro lado, muitos agrotóxicos levam a uma redução nas paisagens
agrícolas de polinizadores, predadores naturais de pragas, e espécies como bor-
boletas e besouros, aves e biota do solo que contribuem para a produção de
serviços ecológicos essenciais para manter a viabilidade e sustentabilidade. de
colheitas. Hoje, essa perda de biodiversidade custa centenas de bilhões de dó-
lares anualmente na produção de alimentos e na gestão de sistemas de promo-
ção da saúde humana. Ou seja, ao fortalecer a espiral de pesticidas, amplifica
os efeitos prejudiciais nas respectivas comunidades de habitat. Cerca de 586
espécies de insetos e ácaros são resistentes a mais de 325 pesticidas, sugerin-
do que a agricultura moderna carece cada vez mais de ferramentas para lidar
com pragas e doenças endêmicas, como a dengue, a malária, etc. (ALTIERI;
NICHOLLS, 2021).
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várias formas, obrigadas a silenciar perante uma indústria química que mono-
poliza, que doméstica, que oprime, que ameaça. Até mesmo o currículo escolar
é silenciado, uma vez que, o mesmo não busca discutir de forma específica essa
temática. De acordo com Streck, Redin e Zitikoski (2008), existe no campo da
pedagogia planejada pelos opressores, a reprodução de uma cultura de domina-
ção e de opressão e que se faz presente nos processos políticos e culturais.
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Referências
ALTIERI, M. A.; NICHOLLS, C. I. Do modelo agroquímico à agroecologia:
a busca por sistemas alimentares saudáveis e resilientes em tempos de CO-
VID-19. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 57, edição especial, p. 245-
257, jun. 2021.
Volume II 412
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FREIRE, P. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. 3. ed. São
Paulo: Olho D’Água, 1993.
Volume II 413
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STRECK, D.; REDIN, E.; ZITKOSKI, J. Paulo Freire: uma breve cartografia
intelectual. In: STRECK, D.; REDIN, E.; ZITKOSKI, J. (orgs). Dicionário
Paulo Freire. 2 ed. Autêntica, 2008.
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Resumo: Essa escrita busca contar quem somos e como chegamos até o programa
de extensão “Cirandar: rodas de investigação desde a escola” por meio das Cartas
Pedagógicas, num diálogo e reflexão em conjunto às pesquisas de Tese que fazem
parte do caminho na pós-graduação. As pesquisas tratam sobre o cuidado com a
natureza e a abordagem temática dos agrotóxicos e da Agroecologia nas escolas do
campo no estado do Mato Grosso, bem como, os processos de aprendizagens sobre
a Agroecologia nas escolas do campo do Estado do Rio Grande do Sul. Porém, para
esse momento, realizamos uma breve apresentação da temática e as possíveis articu-
lações/reflexões com a teoria de Paulo Freire e as Cartas Episcopais e os processos
de formação e reflexão que as propõem. São refletidas as conjunturas pandêmicas e
bélicas e as consequências para a sociobiodiversidade na contemporaneidade e para
as futuras gerações. No que tange a sustentabilidade da produção dos alimentos e a
conservação/preservação ambiental para garantir a segurança e soberania alimentar
da nação são refletidos os caminhos agroecológicos em detrimento ao agronegó-
cio, o qual historicamente assola o Campo brasileiro, destruindo a biodiversidade do
Campo e invisibilizando as populações originárias do Campo, junto a sua cultura e
conhecimentos.
Abstract: This article seeks to tell who we are and how we got to the extension
program “Cirandar: rodas de investigação desde a escola” through the Pedagogical
Letters, in a dialogue and reflection together with the Thesis researches that are part
of the path in the graduate course. The research deals with the care for nature and the
thematic approach to pesticides and Agroecology in rural schools in the state of Mato
Grosso, as well as the learning processes about Agroecology in rural schools in the
state of Rio Grande do Sul. However, for this moment, we will make a brief presenta-
tion of the theme and the possible articulations/reflections with Paulo Freire’s theory
and the Episcopal Letters and the formation and reflection processes that they pro-
pose. The pandemic and war conjunctures and the consequences for sociobiodiversi-
ty in contemporary times and for future generations are reflected upon. Regarding the
sustainability of food production and environmental conservation/preservation to en-
sure the nation’s food security and sovereignty, the agroecological paths are reflected
in detriment to agribusiness, which historically ravages the Brazilian countryside,
destroying the biodiversity of the countryside and making the original populations of
the countryside, along with their culture and knowledge, invisible.
Volume II 415
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
CAPÍTULO 17
AGROECOLOGIA NA
ESCOLA DO/NO CAMPO
DE NOVA SANTA RITA: UM
TRABALHO FEITO POR MUITAS
MÃOS E QUE ULTRAPASSA
OS MUROS DA ESCOLA
Andressa Luana Moreira Rodrigues
Andriara Lima de Oliveira
Arlei Antônio Castro
Cátia Barcellos Zsortika
Eulália Doleski Fraga de Moraes
Janaina da Rosa Pereira
Mariana Paranhos
Sabrina Silveira da Rosa
Doi: 10.48209/978-65-5417-129-F
Introdução
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
cias que aborda temáticas a partir do seu Território Educativo. Para organização
deste estudo, traremos primeiramente uma discussão teórica sobre as ativida-
des realizadas no segundo semestre de 2022 e na sequência apresentamos uma
descrição de como e com quem foram realizadas as aulas.
Educação do Campo
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Volume II 418
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Clube de Ciências
Volume II 419
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
No caso da escola do/no Campo que será estudada neste trabalho, aprovei-
ta-se os conhecimentos dos educandos que são baseados nos saberes do campo,
nos conhecimentos que cada um traz da sua realidade, e acaba se adequando ao
que diz Chassot (2016, p. 04) “as vivências dos estudantes devem ser contem-
pladas nas práticas escolares, valorizando os conhecimentos passados ao longo
das gerações, sendo esses saberes populares ou saberes primevos”. Se aliarmos
esses conhecimentos prévios e acrescentarmos aos saberes que a escola ofere-
ce, formaremos educandos pesquisadores, críticos, conscientes da sua realida-
de e ainda incentivamos a curiosidade científica.
Para Fasolo e Moraes (1988, p. 56) apud Mancuso et al. (1996, p. 42)
“[...] os clubes constituem-se (...) de uma estratégia de melhoria do Ensino de
Ciências, em redutos de ação e combate contra um sistema de ensino ineficiente
e domesticador”. Clubes de Ciências classificam-se como espaços não formais
de ensino, caracterizando-se principalmente por possuírem cronogramas flexí-
veis que atendem às necessidades e desejos de cada grupo de alunos.
Volume II 420
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Território Educativo
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história e suas experiências sociais, pois, segundo Arroyo (2011, p. 121), “re-
cuperar essa história como parte dos currículos e como função da docência será
uma forma de garantir o direito a seus conhecimentos pelos educandos e pelos
mestres”. Assim, a escola exercerá a sua verdadeira função de constituição do
indivíduo, de modo que “[...] todo conhecimento tem origem na experiência
social” (ARROYO, 2011, p. 121).
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Educação Ambiental
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Art. 1º Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais
o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, ha-
bilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de
vida e sua sustentabilidade.
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uma nova ética, que pressupõe outros valores morais e uma forma diferente de
ver o mundo e os homens. Para Jacobi (2003), a educação ambiental deve ser
vista como um processo de permanente aprendizagem que valoriza as diversas
formas de conhecimento e forma cidadãos com consciência local e planetária.
Dessa forma, deve-se priorizar o desenvolvimento de ações voltadas para o
cuidado com o meio ambiente presentes no nosso cotidiano, para assim, repen-
sarmos as mesmas, não como algo mecânico, mas, significativo, compreenden-
do este processo como prática social, na qual, formamo-nos como sujeitos que
atuam criticamente na sociedade.
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Metodologia
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Contou-nos, também, que a estrutura a escola era uma antiga casa e aca-
bou virando uma escola, nesta época não se oferecia merenda por parte dos
governos e cada aluno levava sua merenda, que quase sempre girava em torno
de um bom pão caseiro com banha de porco e açúcar e que seus materiais esco-
lares eram levados em um saco de açúcar cristal e não em mochilas escolares.
Ainda acrescentou que em boa parte da alimentação da época era baseada na
plantação de subsistência.
Ela também nos trouxe um pouco da história do bairro onde está a EMEF
Rui Barbosa, contou que a escola atendia filhos dos moradores da região, que
viviam da produção própria, tanto agrícola como da criação de gado ou traba-
lhavam na fazenda de Mário Machado, homem conhecido na época, devido
oferta de emprego que sua fazenda oportunizava.
Volume II 429
Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
pois o governo destinava a verba para construção dos prédios que eram levanta-
dos no local de melhor logística ou onde houvesse a oferta do espaço por algum
proprietário e somente depois regularizavam a doação dos terrenos.
Em 1980, a “fazenda dos padres” foi vendida para a família Garcia, pas-
sando a se chamar Fazenda Capela. Os atuais proprietários passaram a investir
alto na produção de álcool na região, mas o projeto não teve sucesso financeiro
e os atuais donos não conseguiram pagar suas dívidas bancárias, e, em, 1992
perderam sua propriedade.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
E, para nos falar um pouco sobre a época em que a Escola tinha apenas
uma profissional para realizar todas as atividades, contamos com uma profes-
sora aposentada para nos agraciar com esse diálogo. Esta professora nos con-
tou que quando trabalhava na escola, ela morava na cidade de Sapucaia do Sul
e utilizava um trem até na cidade de Canoas, onde utilizava um ônibus para
chegar até uns 10 km da escola e depois ela usava um meio de transporte bem
comum naquela ocasião, um cavalo encilhado em uma charrete. E durante seu
percurso, ela pegava alguns alunos para que os mesmos não precisassem ca-
minhar mais de 7 km para chegarem na escola e esses alunos ajudavam essa
professora com um saco de milho por mês para garantirem a saúde do animal
e não perderem as aulas durante o ano. Essa professora fez esta “maratona” de
1986 até 1992, quando nossa cidade se emancipou do município de Canoas.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Após esta conversa, cada turma teve como proposta orientadora discutir
com os educandos quais foram as maiores curiosidades e pesquisar sobre as
mesmas e apresentar durante a sua acolhida.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Importante ressaltar que foi pensado trazer Gorete e Marcos para esta ati-
vidade do Clube de Ciência por serem duas pessoas que estão ligadas ao tema
desenvolvido. Marcos é um técnico que desenvolve acompanhamento com as
famílias que trabalham de forma orgânica no Município de Nova Santa Rita e
já, há algum tempo, trabalha nesta área da produção orgânica. Gorete é produ-
tora, há muito tempo, da produção orgânica e realiza as feiras em Porto Alegre.
Os colaboradores desta atividade nos trouxeram diferentes conhecimentos e
reflexões como as que serão descritas a seguir.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
tando os recursos naturais desde o plantio até a colheita. É uma alternativa para
a agricultura atual, substituindo a conhecida monocultura que causa a diminui-
ção da biodiversidade e esgota os nutrientes bem como a qualidade do solo.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
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Para tratar deste assunto com crianças de faixa etária de 4 a 11 anos, reali-
zamos uma aula expositiva dialogada como recurso, que além de contar com as
opiniões das crianças no debate, também valorizou o conhecimento prévio dos
educandos que vivenciam esta realidade. Como nossa escola está localizada em
uma área de assentamento do Movimento Sem Terra, o MST, muitos deles são
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
filhos de trabalhadores rurais que têm a agricultura familiar como ofício e base
de seu sustento.
Também foi utilizado como recurso, o livro “Tudo vem da Terra... Até os
tomates explosivos”, da escritora Gisella Cassol. O livro conta a história de um
menino que prepara receitas saudáveis e deliciosas com sua tia, que vive em
um apartamento, e mantém uma pequena horta orgânica. A partir da ludicidade
ao fazer as receitas, do exemplo da tia e da experiência do plantio, o menino
descobre que tudo vem da terra e passa a valorizar o cultivo destes produtos.
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Este tema também foi discutido durante a semana na qual foi trabalhada
a cultura indígena, pois estes povos sempre viveram em perfeita harmonia
com a natureza e nos deixaram um legado muito importante, não somente
na cultura, mas também no que diz respeito ao manejo correto dos recursos
naturais.
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Debates em Educação em Ciências: desafios e possibilidade
Conclusão
Permitir uma educação que valorize os saberes locais, que traz a comuni-
dade para dentro da escola e que consiga alinhar e vincular esses conhecimen-
tos aos conhecimentos científicos revela uma educação para a formação inte-
gral dos indivíduos, uma educação que servirá a vida dos sujeitos envolvidos
neste contexto.
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Referências
ARROYO, M. G. Currículo, território em disputa. Rio de Janeiro: Vozes,
2011.
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Resumo: Esta escrita tem como objetivo descrever as atividades do Clube de Ciên-
cias Saberes do Campo, de uma escola do/no campo, em Nova Santa Rita/RS. Apre-
senta-se todo o percurso didático das suas atividades, durante quatro meses, baseado
no eixo temático “agroecologia”. No decorrer de suas atividades, buscou-se dialogar
sobre a história da escola e da comunidade, bem como observar o território educativo
em que está inserida a escola, como também apresentar a proposta da agroecologia
para a agricultura local e os seus benefícios para o meio ambiente e seus sujeitos.
Percebeu-se pelos relatos das atividades que a escola trabalha a partir de uma edu-
cação contextualizada, que parte do território educativo dos educandos e valoriza os
saberes locais. Essa forma de trabalho conduz os alunos a realizarem um trabalho de
Ensino de Ciências de forma interdisciplinar, relacionando os conhecimentos empíri-
cos da comunidade com os conhecimentos científicos utilizados na escola, construin-
do saberes para vida dessas crianças.
Abstract: This paper aims to describe the activities of the Science Club “Saberes do
Campo” from a rural school in Nova Santa Rita/RS. It presents the whole didactic
course of its activities, during four months, based on the thematic axis “agroecol-
ogy”. During its activities, we tried to talk about the history of the school and the
community, as well as observe the educational territory in which the school belong,
and present the proposal of agroecology for local agriculture and its benefits for the
environment and its subjects. The reports of the activities showed that the school
works on the basis of a contextualized education, which starts from the educational
territory of the students and values local knowledge. This way of working leads stu-
dents to perform an interdisciplinary science teaching work, relating the empirical
knowledge of the community with the scientific knowledge used in school, building
knowledge for the life of these children.
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SOBRE OS ORGANIZADORES
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Cátia Barcelos
Pós-Graduação em Supervisão e Orientação Escolar. Possui Graduação em Ciên-
cias Biológicas pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Professora da Pre-
feitura Nova Santa Rita/RS, desde 2001, de séries iniciais e da Prefeitura de Canoas/
RS, desde 2008.
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Eduardo Pastorio
Doutorando em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS). Graduado em Licenciatura Plena em Geografia (2012), Especialis-
ta em Gestão Educacional (2019) e Mestre em Geografia (2015) pela Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM). Docente da rede pública estadual do Rio Grande
do Sul e da rede pública municipal de São Gabriel/RS. Integrante do Grupo de Pes-
quisa e Estudos em Educação do Campo e Ciências da Natureza da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (GPEEC Natureza/UFRGS). E-mail: eduardopas-
torio@hotmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2342-7851 Lattes: https://
lattes.cnpq.br/5748360963106965
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Greice de Souza
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Mariana Paranhos
É bacharela em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) (2017), especialista em Educação Ambiental pela Faculdade São Luís
(2020), mestre pelo Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências (UFRGS)
(2021), doutoranda no Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências (UFR-
GS), membro do Grupo de Pesquisa e Estudos em Educação do Campo e Ciências
da Natureza e do Grupo de Pesquisa RICA - Redes, Informação, Conhecimento e
Aprendizagem da mesma instituição. Atualmente é servidora pública da UFRGS.
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Sinara München
Licenciada em Química, mestre e doutora em Educação em Ciências pela Univer-
sidade Federal de Santa Maria (UFSM). É professora da Universidade Federal da
Fronteira Sul (UFFS) Campus Erechim/RS, e no Programa de Pós-Graduação em
Ensino de Ciências (PPGEC) Campus Cerro Largo/RS. É líder do grupo de pesqui-
sa Investigações em Ciência, Educação e Tecnologia (GICET) da UFFS.
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Vera Maria Treis Trindade
Professora Titular do Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências Básicas
da Saúde (ICBS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Bolsista
Capes de Pós-Doutorado no Departamento de Ciências Biológicas, Faculdad de
Ciências Químicas, Universidad Nacional de Córdoba, Argentina; Doutora em Bio-
química pela Universidade Federal do Paraná, Mestre em Ciências Biológicas-Bio-
química-UFRGS; Graduada em Farmácia -UFRGS; Orientadora do Programa de
Pós-Graduação em Ciências Biológicas-Bioquímica e do Programa de Pós-Gradu-
ação em Educação em Ciências do ICBS-UFRGS; Coordenadora do Grupo de
Pesquisa de Criação de Objetos Educacionais em Bioquímica (GCOEB); Editora
da Revista de Ensino de Bioquímica (http://www.bioquimica.org.br).