Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Superviao Particular Ou Interna-1

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 12

Argentina Mutine

Isabel Bruno Come

Nicolau Jaime Duvane

Michaque Armando Sonto

Formas de Supervisão: Supervisão Particular ou Interna

Licenciatura em Ensino Básico


4º Ano Pós-laboral

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2022
Argentina Mutine
Isabel Bruno Come

Nicolau Jaime Duvane

Michaque Armando Sonto

Formas de Supervisão: Supervisão Particular ou Interna

Licenciatura em Ensino Básico


4º Ano Pós-laboral

Trabalho de Pesquisa a ser entregue e


apresentado na Faculdade de Educação e
Psicologia na disciplina de Estágio em
Supervisão e Inspecção Pedagógica da Escola
Básica como forma de exigência parcial de
avaliação: sob orientação do Mestre
Chadreque Guambe

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2022
Índice Páginas

Introdução........................................................................................................................................4
Objectivo Gera:............................................................................................................................4
Objectivos específicos:................................................................................................................4
1. Conceito de Supervisão Escolar...............................................................................................5
1.2. Contextualização do Conceito Supervisão...........................................................................5
2. Funções da Supervisão.............................................................................................................6
2.1. Objevtivos da Supervisão Escolar............................................................................................7
3. O Papel da Supervisão Escolar.................................................................................................8
4. Princípios e fundamentos da supervisão escolar......................................................................9
4.1. Competências de um supervisor.............................................................................................10
Conclusão......................................................................................................................................11
Bibliografia....................................................................................................................................12
Introdução

O Presente trabalho é resultado do cumprimento do plano analítico da disciplina de Estágio em


Supervisão e Inspecção Pedagógica da Escola Básica ministrado por Mestre Chadreque Guambe,
onde no desenvolvimento do seu corpo teórico irá ilustrar: Conceito de Supervisão Escolar e a
sua Contextualização; as Funções da Supervisão; Objevtivos da Supervisão Escolar; O Papel da
Supervisão Escolar; Princípios e fundamentos da supervisão escolar; Competências de um
supervisor. Com estes pontos far-se-á a descrição das condições necessárias para uma supervisão
supervisão interna.

O presente trabalho foi realizada através de levantamentos bibliográficos de artigo que versa
sobre a temática em estudo, em manuais que apresentam estudos sobre a supervisão escolar
interna no processo de ensino e aprendizagem em artigos da internet, assim como em algumas
dissertações que versão sobre o assunto como é o caso de GIL. (2008)

Objectivo Gera:
 Compreender o processo da supervisão escolar.

Objectivos específicos:

 Definir os conceitos de supervisão;

 Descrever as funções da supervisão escolar;

 Identificar os objetivos da supervisão escolar;

 Caracterizar as de uma supervisão escolar;

 Mencionar os Princípios e fundamentos da supervisão escolar;

 Enumerar as Competências de um supervisor,


1. Conceito de Supervisão Escolar

De uma forma mais ampla podemos entender a supervisão como uma visão sobre todo o
processo educativo, para que a escola possa alcançar os objectivos da educação e os objectivos
específicos da própria escola” (Nérici 1974, citado por Rolla 2006, p. 15)

Sobre o mesmo pensamento, diz Anne Hicks citado por Capurchande (2003), que supervisão
escolar deve ser entendida como “orientação profissional e assistência dadas por pessoas
competentes em matéria de educação, quando e onde forem necessárias, visando ao
aperfeiçoamento da situação total ensino-aprendizagem”.

Esse aperfeiçoamento de acordo com o mesmo autor a cima referido requer, fundamentalmente:

a) Conhecimento da situação em que se efectiva o processo de ensino-aprendizagem;


b) Análise e avaliação da mesma em função do que se pretende alcançar;
c) Alterações que se fizerem necessárias nas condições materiais do ensino e no modo
de actuar das pessoas envolvidas no processo, notadamente o professor, para que o
educando e o meio sejam mais bem atendidos.

1.2. Contextualização do Conceito Supervisão

No início do século XX, a supervisão propõe-se verificar até que ponto a utilização dos
conhecimentos científicos se adequavam à melhoria do ensino e, consequentemente, à
aprendizagem dos alunos. Assim, esta transmite, explica, mostra, julga e recompensa de acordo
com Niles e Lovell (1975) citado por Lima (2001). A partir desta definição apresentada conclui-
se que a supervisão é vista como um processo de orientação continuado e progressivo; tem como
objectivo ajudar o desenvolvimento profissional e pessoal do professor; incide no ensino-
aprendizagem e em todos os aspectos relacionados com a comunidade envolvente que
contextualiza e influencia o acto educativo. (Capurchande, 2003)

O supervisor deverá ser um professor com mais experiência e saber (saber, saber-fazer, saber-ser
e estar), que desempenha várias funções (liderar, informar, colaborar, avaliar) com a finalidade
de ajudar os outros professores a ajudarem-se a si próprios, tornando-os mais competentes no
processo de ensino-aprendizagem. (Capurchande, 2003)
2. Funções da Supervisão

A supervisão escolar é responsável pelo constante desenvolvimento do aluno e do professor,


durante todo o processo ensino-aprendizagem. As funções desempenhadas pela Supervisão
Escolar são determinantes para que esse processo ocorra conforme os objectivos traçados. A
Supervisão Escolar contribui para o melhoramento do processo de ensino-aprendizagem. E é
notório ver que a supervisão se encarrega na execução das políticas pedagógicas e o bom
funcionamento da escola em geral. Assim começa-se a ter uma outra visão do trabalho da
supervisão. Além de inspeccionar faz o acompanhamento, controle e avalia o processo de
ensino-aprendizagem. E isso vai de encontro com o que afirmou Rangel "O objecto específico da
supervisão escolar em nível de escola é o processo de ensino-aprendizagem. A abrangência
desse processo inclui: currículo, programas, avaliação, métodos de ensino e recuperação, sobre
os quais se observam os procedimentos de coordenação, com finalidades integradora" (Rangel,
2013, p17). São muitas as funções desempenhadas pelo supervisor educacional, mas se não
houver cooperação da Direcção da Escola para gerir os meios, as dificuldades e necessidades do
grupo, será difícil alcançar a eficácia no processo ensino aprendizagem. “Além de iniciativas
específicas de treinamento das equipes técnicas e dos professores, todos os momentos do
processo supervisório devem ter como objectivo constante, embora oculto, o desenvolvimento
dos componentes dessas equipes nos seus aspectos técnicos e humanos, como profissionais da
educação e como pessoas. Por outras palavras, todas as discussões, análises conjuntas, estudos
individuais, quer na oportunidade do planeamento, da execução ou da avaliação, devem ser
vistos como “chances” de enriquecimento e amadurecimento pessoal. É responsabilidade da
Supervisão promover condições que contribuam para esse fim (Alves citado por Souza, 2011,
p.26). Ainda Souza (2011, p. 25), analisando a acção da supervisão, cita algumas das funções da
supervisão escolar, a saber:

 Promover debates sobre a elaboração e execução do Projecto Político Pedagógico,


baseado na realidade escolar;
 Assistir ao corpo docente, incentivando-o na elaboração dos planos de aula, na escolha
dos livros didácticos e nos projectos educacionais;
 Promover o aperfeiçoamento do corpo docente e dos profissionais envolvidos no
processo ensino-aprendizagem;
 Participar da execução das actividades inerentes aos planos de trabalho da escola;
 Promover reuniões e debates que se façam necessários durante todo o processo
educacional;
 Divulgar métodos e técnicas de trabalho;
 Verificar o aproveitamento escolar dos educandos e incentivar possíveis planos de
recuperação;
 Avaliar constantemente todo o processo educacional, verificando os erros e buscando
soluções com a equipe envolvida no processo;
 Promover o inter-relacionamento de todos os profissionais da escola;
 Elaborar o calendário escolar;
 Considerando que os objectivos são metas a serem alcançadas num determinado tempo,
fica claro que a meta da acção supervisora é o aperfeiçoamento do processo ensino-
aprendizagem, assim como a busca da qualidade do ensino, que pode ser observada na
interacção entre o supervisor e o supervisionado dentro do ambiente escolar

2.1. Objevtivos da Supervisão Escolar


O objectivo da supervisão assume perspectivas mais amplas e direciona-se para o
desenvolvimento qualitativo da organização da escola e dos que nela realizam o seu trabalho,
que é estudando e ensinando ou apoiar a função educativa, através de aprendizagens individuais
e coletivas. Segundo Przybylski, citado por Souza (2011, p. 28), a Supervisão é um subsistema
da administração, que tem por propósito conseguir a participação dos membros da comunidade
escolar, para o estudo e aprimoramento da situação da escola e propõe os seguintes objectivos
gerais:

 Conseguir a superação do grau de madureza profissional do pessoal em serviço;


 Conseguir um maior desenvolvimento do currículo de estudos, consistente em sua
interpretação, elaboração, aplicação e avaliação;
 Conseguir o aprimoramento do processo ensino aprendizagem;
 Conseguir um melhor relacionamento entre a escola e a comunidade, por meio de uma
extensão da escola e uma elaboração e desenvolvimento de programas em conjunto;
 Determinar novas experiências para o futuro.” Como a supervisão visa sempre o
aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem, então o supervisor terá como função
discutir permanentemente o aproveitamento escolar, a prática docente, as dificuldades em
sala de aula, procurar promover acções que ajudam a recuperação dos alunos que estão
com dificuldades na aprendizagem, planificar e acompanhar o currículo escolar isso quer
dizer que deve-se fazer planeamento dos planos de aula e de curso, quinzenalmente, com
apoio do supervisor.

3. O Papel da Supervisão Escolar

A supervisão escolar é responsável pelo planeamento e execução do processo educativo. Sem


esse acompanhamento a instituição fica impossibilitada de atingir a melhoria do processo ensino-
aprendizagem. Assim a supervisão tem um papel transversal relativamente ao processo de
ensino-aprendizagem, sendo considerada uma visão de qualidade, inteligente, responsável, livre
e envolvente do que acontece antes, durante e depois do processo ou seja, uma visão de quem
tenta compreender o processo de ensino-aprendizagem como um todo. Na senda da Supervisão,
o supervisor deve ser uma pessoa que domine não apenas os conteúdos programáticos das
respectivas disciplinas, mas também que possua uma boa cultura geral e uma formação no
domínio das ciências da educação, didáctica, com formação psicopedagógica ou no âmbito das
metodologias de ensino e das respectivas tecnologias e que tenha desenvolvido um certo
conhecimento que lhe permitirá ensinar os outros. Segundo Ribeiro (2014, p. 65) citando Alarcão
e Tavares, o papel do supervisor consiste em ajudar o professor a tornar-se um bom profissional,
com uma capacidade transformadora em habilidade para que os alunos aprendam melhor e se
desenvolvam mais. Fica claro que o processo de Supervisão deverá resultar na grande tarefa,
tanto do supervisor como professor, e dos gestores de aprender, ensinar e desenvolver-se no
sentido de optimizarem as suas práticas sempre em benefício dos alunos garantindo deste modo a
melhoria da qualidade de ensino.
4. Princípios e fundamentos da supervisão escolar

Toda supervisão deve adaptar-se às condições mutáveis do ambiente escolar em que opera. Deve
levar em conta a conjuntura de cada escola, as capacidades dos professores, suas atitudes gerais,
e a receptividade à orientação que se procura oferecer-lhes, para que haja aperfeiçoamento
profissional dos mestres. Poderá ser, inclusive, informal. Muitas vezes, uma recomendação, feita
sem maiores formalidades, será bem mais valiosa. E conforme diz DE SOUSA, E;LANGE, E;
DONSECA,R no seu seminário 11:

 Democratização o espírito da supervisão: quando bem exercida, inspira-se em cooperação


democrática, isto é, no pressuposto de que cada indivíduo deverá contribuir para o bem
comum, e essa contribuição individual deverá ter sentido criador positivo. Deste modo,
deverá inspirar-se em decisões de grupo, visando transformar cada empreendimento
escolar numa comunidade bem organizada, a qual, por sua vez, integra-se na comunidade
local, regional e nacional. E assim deverá ser porque a supervisão é conduzida em relação
às influências de uma sociedade dinâmica, e caracterizada por um acelerado coeficiente
de alteração. Enfim, a supervisão será democrática quando usar de cooperação, harmonia
e respeito à individualidade; quando as exigências das obrigações respeitarem os desejos
dos diferentes membros da comunidade supervisionada;
 Objetividade: A forma democrática do trabalho não significa dispersão. A supervisão
deve estabelecer claramente os fins que tem em mira, criando processos adequados e
coerentes. Não somente deve estruturar-se, como também deve ser vivida de maneira
objetiva, quer no trabalho junto aos professores, quer ao lado dos demais elementos que
participam do processo educativo: direção da escola, pais, alunos, instituições
cooperadoras da escola, instituições sociais em geral. A supervisão deve, enfim, integrar
todo o processo educacional, que num dado meio e tempo se considere;
 Supervisão será motivada: Deverá ser sempre motivada e não imposta a uma situação.
Toda ação supervisora, inteligentemente proporcionada, trabalha com as situações reais,
investigando primeiro as diferentes circunstâncias para decidir quais métodos irá
empregar.
 Respeito às diferenças individuais: É sabido que os membros de uma escola não são
iguais, por conseguinte o mesmo tratamento não deverá ser igual para todos.
4.1. Competências de um supervisor
De acordo com Capurchande (2003), ao supervisor compete fazer a leitura dos percursos de vida
institucionais, provocar a discussão e a negociação de ideias, promover a reflexão e a
aprendizagem em equipa, organizar o pensamento e a acção do colectivo das pessoas como
indivíduos.

Por outro lado, o supervisor deve possuir competência científica, didáctica e profissional, e é de
todo desejável que deva incentivar, apoiar, estar atento aos diferentes estilos pessoais, orientando
sem ser dominador e coercivo. Deverá ter um espírito de abertura, flexibilidade e
responsabilidade, colaborativo, capacidade de análise crítica, iniciativa e criatividade.

Ainda sobre o pensamento do mesmo autor, um supervisor deve estar disposto a aprender
sempre, a pesquisar, a investir na própria formação utilizando a criatividade, a inteligência, a
sensibilidade e a capacidade de interagir com outras pessoas que estejam ao seu redor. Deve
considerar que a sua responsabilidade vai além da sala de aula, colaborando na articulação entre
escola e comunidade.

O comprometimento do supervisor e dos professores com as mudanças que ocorrem é


fundamental. Tal acontece através do diálogo entre os mesmos, tendo como objectivo alcançar a
construção duma relação de intervenção. Nesse sentido é possível que o supervisor seja fonte de
inspiração dos professores, conduzindo-os a uma reflexão crítica da realidade e do mundo.
(Capurchande, 2003)

Conclusão
O grupo conclui desta forma que a supervisão pode definir-se como actuação de monitorização
sistemática da prática pedagógica, sobre tudo através de procedimentos de reflexão e
experimentação nas suas dimensões e interpessoal, de observação como estratégias de formação
e de didáctica como campo especializado de reflexão/experimentação pelo professor e constitui
uma pratica que visa desabrochar capacidades reflexivas e o repensar de atitudes contribuindo
para uma pratica de ensino mais eficaz, mais comprometida, mais pessoal e mais autentica.

Assim a supervisão tem um papel transversal relativamente ao processo de ensino-aprendizagem,


sendo considerada uma visão de qualidade, inteligente, responsável, livre e envolvente do que
acontece antes, durante e depois do processo ou seja, uma visão de quem tenta compreender o
processo de ensino-aprendizagem como um todo. Cosntutui uma tarefa que deve ser feito que
tem capacidade de fazer a leitura dos percursos de vida institucionais, provocar a discussão e a
negociação de ideias, promover a reflexão e a aprendizagem em equipa, organizar o pensamento
e a acção do colectivo das pessoas como indivíduos; possuir competência científica, didáctica e
profissional, e é de todo desejável que deva incentivar, apoiar, estar atento aos diferentes estilos
pessoais, orientando sem ser dominador e coercivo. Deverá ter um espírito de abertura,
flexibilidade e responsabilidade, colaborativo, capacidade de análise crítica, iniciativa e
criatividade; está disposto a aprender sempre, a pesquisar, a investir na própria formação
utilizando a criatividade, a inteligência, a sensibilidade e a capacidade de interagir com outras
pessoas que estejam ao seu redor. Deve considerar que a sua responsabilidade vai além da sala
de aula, colaborando na articulação entre escola e comunidade.

Bibliografia
 CAPURCHANDE, Mussá Manual de Supervisão, Ciências de Educação, 2003
 DE SOUSA, E;LANGE, E; DONSECA,R. Princípios e funções da supervisão escolar -
Sumário 11

 RANGEL, Mary. (Org.).Supervisão e Gestão na Escola Conceitos e Praticas de


Mediação, 3 edição SP: Papirus.2013
 RIBEIRO, Deolinda. Práticas Pedagógicas. Plural editores.2014
 ROLLA, Luiza Coelho de Souza "Liderança Educacional: Um desfio para o Supervisor
Escolar".2006.Disponível em: tede2.pucrs.br/bitstream/tede/3627/1/347013.pdf Acesso
em 4.01.2016

 SOUZA, Maria Emília Ribeiro. "A importância da Supervisão Educacional na Escola


actual"2011.Disponível em: www.avm.edu.br/docpdf/monografias publicadas/T206327.
Acesso em 04.01.2016

Você também pode gostar