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Introducao A Filosofia

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Admira Otílio Agostinho: 708182323

ANTROPOLOGIA É A SUA TRADIÇÃO DE COMPREENSÃO DA CULTURA

NAMPULA, MAIO DE 2024


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Admira Otílio Agostinho: 708182323

ANTROPOLOGIA É A SUA TRADIÇÃO DE COMPREENSÃO DA CULTURA

Trabalho de campo de carácter avaliativo da


disciplina de Antropologia Cultural, submetido ao
Centro de Recursos de Nampula.

NAMPULA, MAIO DE 2024

ii
ÍNDICE

Introdução……………………………………………………………………………………...4

Cultura………………………………………………………………………………………….5

Religião………………………………………………………………………………………...6

Doença…………………………………………………………………………………………7

Etnocentrismo………………………………………………………………………………….8

Conclusão………………………………………………………………………………..……..9

Referências bibliográficas…………………………………………………………………….10

iii
INTRODUÇÃO

O trabalho começa com o amplo e importante tema da Democracia, iniciando com


seus aspectos conceituais. Ele aborda diversas definições do termo, assim como algumas
noções históricas sobre sua prática. A democracia é entendida não apenas como a expressão
da vontade da maioria, mas também como o respeito aos direitos das minorias.

O trabalho tem como objectivo:

 Explorar os diversos aspectos desses temas e examinar como eles se entrelaçam e


influenciam uns aos outros.

A metodologia é a parte em que o pesquisador apresenta ao leitor os processos,


critérios e recursos utilizados para realizar sua pesquisa. Esta metodologia varia conforme o
modelo de estudo, pois cada pesquisa possui suas próprias particularidades. Assim, o método
deve ser adaptado ao tema escolhido pelo pesquisador. (Carvalho, 2009).

Desta forma, o presente trabalho utiliza a pesquisa bibliográfica com o objectivo de


responder às questões relevantes ao tema proposto. Além disso, realiza uma investigação
crítica com a intenção de expor uma opinião própria sobre o assunto em alusão.
Relativamente a estrutura organizacional, o trabalho encontra-se organizado da seguinte
forma: Introdução, desenvolvimento, conclusão e por fim as referências bibliográficas.

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1. A DEMOCRACIA

O termo democracia provém do Grego e é composto pelas duas palavras demos = povo e
kratein = reinar. É possível traduzir democracia literalmente, portanto, com os termos reinado
popular ou reinado do povo. A democracia como forma de estado está em demarcação com a
monarquia, aristocracia e ditadura.

De acordo com Miranda (1996), democracia é entendida como a forma política na qual o
poder é atribuído ao povo e exercido em conformidade com a vontade expressa pelo conjunto
dos cidadãos que possuem direitos políticos. Miranda enfatiza que a democracia não é apenas
uma questão de governo da maioria, mas também envolve o respeito aos direitos das
minorias, garantindo uma participação inclusiva e representativa de todos os segmentos da
sociedade.

Democracia exige exercício do poder pelo povo, pelos cidadãos com direitos políticos,
em conjunto com os governantes; e esse exercício deve ser actual, e não potencial, deve
traduzir a capacidade dos cidadãos de formarem uma vontade política autónoma perante os
governantes. Democracia significa que a vontade do povo, quando manifestada nas formas
constitucionais, deve ser o critério de acção dos governantes.

1.1. Democracia representativa

Na democracia representativa, característica da época moderna, a principal maneira de


o povo formar e expressar sua vontade, e o modo mais característico de participação política,
é através da eleição. A prática eleitoral não é algo secundário nem pode ser desconsiderada; é
o meio pelo qual os cidadãos exercem o poder político, complementando as formas de
exercício do poder pelos governantes. (Miranda, 1996).

Numa análise puramente formal, sem dúvida o poder, a soberania, não pode ser senão
um poder do Estado, tal como (mas por maioria de razão) o povo e o território só são povo e
território dentro do Estado. O poder não sera o mesmo que o Estado, mas somente o Estado
tem poder ou soberania (soberania pessoal ou soberania territorial).

1.2. Democracia participativa

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Conforme Miranda (1996), o termo democracia participativa pode parecer redundante
à primeira vista, uma vez que, por definição, a democracia implica o exercício tanto dos
direitos fundamentais de liberdade quanto dos direitos de participação política dos cidadãos.

Entretanto, ao falar de democracia participativa, geralmente se refere a uma


participação mais intensa ou frequente do que simplesmente votar a cada tantos anos, e mais
próxima dos problemas concretos enfrentados pelas pessoas. Isso ocorre em três diferentes
sentidos ou dimensões:

a) No sentido de um reforço da participação ou animação cívica em geral, através de um


mais atento e empenhado aproveitamento dos direitos políticos constitucionalmente
garantidos, de uma integração activa em partidos e noutros grupos de cidadãos
eleitores e de uma maior disponibilidade para o desempenho de cargos públicos;
b) No sentido da atribuição aos cidadãos, enquanto administrados, de específicos direitos
de intervenção no exercício da função administrativa do Estado;
c) No sentido da relevância de grupos de interesse, de associações e de instituições
existentes na sociedade civil e da sua participação em processos de decisão ou em
órgãos a nível do Estado.

1.3. OUTRAS FORMAS DE GOVERNAÇÃO

A primeira grande classificação doutrinária a referir é a de Platão (A República, As


Leis). Na linha do seu pensamento, para ele todas as formas de governo existentes são
corruptas e Estado óptimo há um só. Reduz essas formas a quatro, segundo graus crescentes
de imperfeição (ou decrescente de perfeição):

1.3.1. A timocracia

É o governo da honra ou de homens honrados ou transição entre a Constituição ideal e


a Constituição real, como seria o caso de Esparta. A timocracia é um sistema político no qual
o poder é atribuído àqueles que possuem propriedade ou riqueza. O termo timocracia deriva
do grego time, que significa honra ou estima, e kratia, que significa governo ou poder. Na
timocracia, o status social e político está diretamente ligado à posse de bens materiais, e os
indivíduos que possuem mais recursos têm mais influência e poder político. Este sistema é

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frequentemente associado à Grécia Antiga, especialmente em cidades-Estado como Atenas,
onde a participação política era restrita aos cidadãos proprietários de terras ou riquezas.

1.3.2. A oligarquia ou forma corrupta de aristocracia

Neste tipo de sistema, o poder é exercido por um grupo restrito de pessoas ou famílias
que detêm o controlo político e económico do país. A participação política é limitada à elite
governante.

1.3.3. A democracia

É um sistema político no qual o poder é exercido pelo povo, seja diretamente ou


através de representantes eleitos. Neste sistema, os cidadãos têm o direito de participar na
tomada de decisões políticas, seja através do voto em eleições, do debate público ou do
envolvimento em processos de consulta popular. A democracia é fundamentada em princípios
como a igualdade de direitos, a liberdade de expressão, a proteção dos direitos individuais e a
responsabilidade dos governantes perante os governados. Este sistema político é considerado
essencial para garantir a legitimidade do governo e promover a participação cívica, o
pluralismo político e o respeito pelos direitos humanos. Existem diferentes formas de
democracia, incluindo a democracia representativa, direta, deliberativa e participativa, cada
uma com suas próprias características e dinâmicas políticas.

1.3.4. A tirania

Neste tipo de sistema há indicação de duas formas ideias, indiferentemente: a


monarquia e a aristocracia (de que é degenerescência a timocracia). É um sistema de
governo caracterizado pelo exercício absoluto e opressivo do poder por parte de um único
governante, conhecido como tirano. Neste sistema, as liberdades individuais são suprimidas,
os direitos civis são frequentemente violados e o povo é submetido à vontade arbitrária do
governante. O tirano governa de forma despótica, sem prestar contas a qualquer legislação ou
instância de controlo, e geralmente utiliza a força, a coerção e a intimidação para manter seu
poder. A tirania é frequentemente associada à ausência de democracia e ao desrespeito pelos
direitos humanos, resultando em opressão e injustiça para a população governada. Este
sistema de governo é considerado antidemocrático e é frequentemente caracterizado pelo
abuso de autoridade e pela violência institucionalizada.

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Além da democracia representativa, existem outras formas de governação que podem
ser encontradas em diferentes contextos políticos e sociais ao redor do mundo. Algumas delas
incluem:

1.3.5. Democracia Directa:

É um sistema político no qual os cidadãos participam directamente na tomada de


decisões políticas, sem a necessidade de representantes eleitos. Neste sistema, os cidadãos têm
a oportunidade de votar e decidir sobre questões específicas, geralmente por meio de
referendos, plebiscitos ou assembleias populares. A democracia directa permite uma
participação mais activa dos cidadãos no processo político e uma maior proximidade entre o
governo e o povo. No entanto, pode ser difícil de implementar em sociedades complexas e
com grandes populações, devido aos desafios logísticos e à necessidade de garantir a
representação equitativa de todas as partes interessadas. Embora menos comum do que a
democracia representativa, a democracia directa é considerada uma forma pura de governo
democrático, na qual a vontade do povo é directamente refletida nas políticas e decisões
governamentais.

1.3.6. Monarquia

A monarquia é um sistema de governo no qual o chefe de Estado é geralmente um rei


ou rainha, cujo poder pode variar de acordo com o sistema político do país. Tradicionalmente,
a monarquia é hereditária, ou seja, o chefe de Estado é membro de uma família real e ocupa o
trono por direito de nascimento. No entanto, em algumas monarquias constitucionais, o papel
do monarca é mais cerimonial e simbólico, com o poder real sendo exercido por um
parlamento eleito e por um governo responsável perante o legislativo.

Por outro lado, em monarquias absolutas, o monarca detém todo o poder político e
governa de forma autocrática, sem a necessidade de prestar contas a qualquer outro órgão do
governo. Este tipo de monarquia é menos comum nos tempos modernos, com a maioria das
monarquias contemporâneas adoptando formas mais limitadas de governo, seja através de
uma constituição ou de acordos políticos informais.

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As monarquias podem variar amplamente em termos de estrutura e função, mas todas
compartilham a característica central de ter um chefe de Estado hereditário, que desempenha
um papel importante na representação nacional, na diplomacia e na coesão nacional.

1.3.7. A oligarquia

É um sistema de governo no qual o poder político é exercido por um pequeno grupo de


pessoas que geralmente pertencem à elite económica, social ou política. Neste sistema, o
controle do governo e das instituições é concentrado nas mãos dessa minoria privilegiada, que
utiliza seu poder e influência para proteger seus próprios interesses e manter sua posição de
dominação sobre a sociedade.

Os membros da oligarquia podem ser escolhidos com base em critérios como riqueza,
herança, linhagem familiar ou conexões políticas, e frequentemente ocupam posições de
liderança em instituições governamentais, corporativas e sociais. Eles geralmente têm acesso
privilegiado aos recursos e oportunidades, enquanto a maioria da população é excluída do
processo de tomada de decisões e enfrenta desigualdades económicas, sociais e políticas.

Embora a oligarquia possa se manifestar de diferentes maneiras e em diferentes


contextos, ela é frequentemente associada à corrupção, à falta de representatividade e à
perpetuação de desigualdades de poder e privilégios. Em muitos casos, a oligarquia é vista
como uma forma de governo antidemocrática, na qual os interesses de uma minoria
prevalecem sobre os interesses e necessidades da maioria da população.

1.3.8. Teocracia

A teocracia é um sistema de governo no qual a autoridade política é baseada em


princípios religiosos ou na liderança de uma autoridade religiosa. Neste sistema, as leis e
políticas do Estado são fundamentadas na religião dominante e são geralmente interpretadas e
aplicadas pelos líderes religiosos ou por aqueles que são considerados representantes de uma
divindade.

Na teocracia, o governo e as instituições estatais estão intimamente ligados à religião,


e os líderes religiosos muitas vezes desempenham um papel central na formulação de
políticas, na administração da justiça e na tomada de decisões políticas. O poder político é

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frequentemente visto como uma extensão da autoridade religiosa, e os líderes religiosos
muitas vezes têm uma influência significativa sobre a vida pública e privada dos cidadãos.

As teocracias podem variar em termos de grau de controlo religioso sobre o governo e


a sociedade. Em algumas teocracias, a religião exerce uma influência predominante sobre
todos os aspectos da vida, enquanto em outras, há uma separação mais clara entre as esferas
religiosa e política. Independentemente disso, a teocracia é frequentemente associada à falta
de liberdade religiosa e de expressão, à intolerância religiosa e à violação dos direitos
humanos.

1.3.9. Autocracia

A autocracia é um sistema de governo no qual o poder político é concentrado nas


mãos de um único líder ou de uma pequena elite, sem prestar contas a nenhum outro órgão do
governo ou à população em geral. Neste sistema, o governante exerce autoridade absoluta
sobre o Estado e sobre todos os aspectos da vida política, social e econômica do país.

Na autocracia, as liberdades individuais são frequentemente suprimidas, os direitos


civis são frequentemente violados e a oposição política é reprimida. O governante geralmente
governa de forma despótica, usando a força, a coerção e a intimidação para manter seu poder
e silenciar qualquer forma de dissidência ou oposição.

As autocracias podem assumir diferentes formas e serem lideradas por diferentes tipos
de líderes, incluindo ditadores, monarcas absolutos ou líderes militares. Independentemente
da forma específica que assume, a autocracia é caracterizada pela falta de democracia, pela
ausência de participação política significativa e pelo controle centralizado do poder nas mãos
de uma única pessoa ou grupo de pessoas.

1.3.10. A anarquia

É um sistema político e social caracterizado pela ausência de governo centralizado,


leis formais e autoridade coercitiva. Neste sistema, os indivíduos e as comunidades
organizam-se de forma autônoma, sem a necessidade de um estado ou governo para impor
ordem ou regular a vida pública.

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Na anarquia, a tomada de decisões é descentralizada e baseada em princípios de
autogestão, cooperação voluntária e democracia direta. Os indivíduos são encorajados a tomar
responsabilidade pela sua própria vida e pelo bem-estar da comunidade, sem depender de
autoridades externas para lhes dizer o que fazer.

Embora a anarquia seja frequentemente associada à ausência de ordem e à violência,


muitos anarquistas argumentam que um sistema baseado na liberdade, na igualdade e na
solidariedade pode criar uma sociedade mais justa e harmoniosa. Eles defendem formas de
organização social baseadas em relações horizontais, cooperação mútua e respeito pelos
direitos individuais e coletivos.

É importante notar que existem diferentes correntes de pensamento dentro do


anarquismo, variando de abordagens pacifistas e não violentas a formas mais radicais de
resistência e revolução. Em sua essência, porém, a anarquia é um movimento que busca a
criação de uma sociedade livre de autoritarismo, dominação e opressão.

4. Tendo em conta que a Democracia é o modelo de governação actual no nosso país,


uma reflexão mais contextualizada e concreta ajudar-lhe-ia bastante.

Considerando que a democracia é o modelo de governação atual em Moçambique, é


importante refletir sobre como esse sistema político se manifesta e opera no contexto
específico do país. Aqui estão algumas considerações contextuais e concretas sobre a
democracia em Moçambique:

História e transição democrática: Moçambique passou por um processo de transição


democrática nas décadas de 1980 e 1990, após anos de guerra civil. Isso resultou na adoção de
uma Constituição democrática em 1990 e na realização de eleições multipartidárias em 1994,
marcando o início da era democrática no país.

Desafios da consolidação democrática: Apesar dos avanços significativos,


Moçambique enfrenta desafios na consolidação de sua democracia. Isso inclui questões como
corrupção, falta de transparência, restrições à liberdade de expressão e participação política,
bem como desigualdades socioeconômicas persistentes.

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Sistema político e eleições: Moçambique adota um sistema democrático
representativo, com eleições regulares para escolher seus líderes políticos, incluindo o
presidente e o parlamento. No entanto, as eleições recentes foram marcadas por controvérsias
e acusações de irregularidades, destacando a necessidade de aprimorar os processos eleitorais
e garantir sua integridade e transparência.

Participação política e sociedade civil: A democracia em Moçambique também é


sustentada pela participação ativa da sociedade civil e de grupos políticos, que desempenham
um papel crucial na defesa dos direitos humanos, na promoção da transparência e na prestação
de contas do governo.

Desafios de governança e desenvolvimento: Para fortalecer a democracia em


Moçambique, é fundamental enfrentar os desafios de governança, como a corrupção e a falta
de prestação de contas, bem como investir no desenvolvimento socioeconômico, garantindo
que todos os cidadãos tenham acesso aos seus direitos básicos e oportunidades de participação
na vida política e social do país.

Em resumo, enquanto a democracia é o modelo de governação atual em Moçambique, é


necessário um esforço contínuo para superar os desafios e fortalecer as instituições
democráticas, garantindo assim uma governação mais inclusiva, transparente e responsável,
que atenda às necessidades e aspirações de todos os moçambicanos.

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CONCLUSÃO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Santos, José Luiz dos. (2006). O que é cultura. (16ª. ed). São Paulo: Brasiliense.

Kuper, Adam. (2002). Cultura, a visão dos antropólogos. Bauru, SP: EDUSC.

Geertz, Clifford. (1989). A Interpretação das Culturas. Lisboa, Portugal: LTC.

UNESCO (Mondiacult, México, 1982).

Mello, Luiz Gonzaga. (2003). Antropologia cultural: iniciação, teoria e tema. Petrópolis,
Brasil: Vozes.

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