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Aula 02 - SPM

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SISTEMA DE PROTEÇÃO E MEDIÇÃO

Aula 02
Conceitos de SEP

Luiz Guilherme Riva Tonini


Professor Adjunto – Estácio de Sá – Campus Vitória
Doutorando em Engenharia Elétrica - UFES - Campus Vitória
(27) 9-9977-4865 – lgtonini@gmail.com

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SISTEMA DE PROTEÇÃO E MEDIÇÃO

ROTEIRO
1. Introdução aos sistemas de Proteção

2. Transformadores de Instrumentos

3. Relé de proteção

4. Relé de sobrecorrente

5. Relé de diferencial

6. Relé de tensão

7. Coordenação das proteções

8. Proteção de Equipamentos

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
A finalidade de um Sistema Elétrico de Potência (SEP) é distribuir energia elétrica para
uma multiplicidade de pontos, para diversas aplicações.

Tal sistema deve ser projetado e operado para entregar esta energia obedecendo dois
requisitos básicos: Qualidade e economia, que apesar de serem relativamente
antagônicos é possível conciliá-los, utilizando conhecimentos técnicos e bom senso.

Os padrões legais preestabelecidos pelo governo para fornecimento adequado de


energia elétrica é o Aneel – Prodist Módulo 8 e ONS - Submódulo 2.8.

O risco da ocorrência de uma falha considerando-se um componente isoladamente é


pequeno, entretanto, globalmente pode ser bastante elevado, aumentando também a
repercussão numa área considerável do sistema, podendo causar o que comumente é
conhecido como blackout.

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

https://www.youtube.com/watch?v=WB5dqz3exHo

https://www.youtube.com/watch?v=5vrQfdm820A

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
OBJETIVOS DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
A proteção de qualquer sistema elétrico é feita com o objetivo de diminuir ou evitar
risco de vida e danos materiais, quando ocorrer situações anormais durante a operação
do mesmo.
A proteção deve eliminar o defeito o mais rápido possível, de modo a deixar o menor
número possível de consumidores sem energia elétrica.
Para atenuar os efeitos das perturbações, o sistema de proteção deve: Assegurar, o
melhor possível, a continuidade da alimentação; Salvaguardar, vidas, material e as
instalações da rede.
Para cumprir seus objetivos:
• Deve alertar os operadores;
• Isolar (retirar de serviço) trechos defeituosos do sistema.
• Se há, por exemplo, um curto-circuito: proteger e evitar o agravamento dos danos
aos equipamentos principais e/ou reflexos sobre toda a rede.
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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
OBJETIVOS DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Resumindo, as Funções básicas de um sistema de proteção são:
• Salvaguardar a integridade física de operadores, usuários do sistema e animais –
vidas não tem preço;

• Evitar ou minimizar danos materiais – os custos envolvidos são muito elevados;


• Retirar de serviço um equipamento ou parte do sistema que se apresente defeituoso
– desperdício de energia;

• Melhorar a continuidade do serviço – satisfação do consumidor; Diminuir despesas


com manutenção corretiva;

• Melhorar índices como DEC (duração de interrupção equivalente por consumidor) e


FEC (frequência de interrupção equivalente por consumidor)

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
PROPRIEDADES BÁSICAS DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
A eficácia de um esquema de proteção é tanto maior quanto melhor forem atendidos os
seguintes princípios:
• Rapidez de operação: menor dano ao equipamento defeituoso com consequente diminuição do
tempo de indisponibilidade e menor custo de reparo.

• Seletividade e coordenação: a área de interrupção deve ficar restrita ao mínimo necessário para
isolar completamente o elemento defeituoso, ou seja, um curto-circuito em um ponto do sistema não
deve afetar outras partes.

• Confiabilidade: probabilidade do sistema de proteção funcionar com segurança e corretamente,


sob todas as circunstâncias;

• Sensibilidade: um sistema de proteção deve responder às anormalidades com menor margem


possível de tolerância entre a operação e não operação dos seus equipamentos. Por exemplo, um relé
de 40 A com 1% de tolerância é mais sensível do que outro de 40 A com 2%.

• Segurança: pronta atuação dos esquemas de proteção diminui os efeitos destrutivos dos curtos-
circuitos, aumentando a segurança pessoal.
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• Automação: o elemento de proteção deve atuar na falta e retornar sem auxilio humano
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
NÍVEIS DE ATUAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
De modo geral, a atuação de um sistema de proteção se dá em três níveis:
• Proteção principal: Em caso de falta dentro da zona protegida, é quem deverá atuar
primeiro.

• Proteção de retaguarda: é aquela que só deverá atuar quando ocorrer falha da


proteção principal.

• Proteção auxiliar: é constituída por funções auxiliares das proteções principal e de


retaguarda, cujos os objetivos são sinalização, alarme, temporização,
intertravamento, etc.

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
NÍVEIS DE ATUAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
NÍVEIS DE ATUAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
De modo geral, a atuação de um sistema de proteção se dá em três níveis:
• Principal: Em caso de falta dentro da zona protegida, é quem deverá atuar primeiro.
• Retaguarda: é aquela que só deverá atuar quando ocorrer falha da proteção
principal.
• Auxiliar: é constituída por funções auxiliares das proteções principal e de retaguarda,
cujos os objetivos são sinalização, alarme, temporização, intertravamento, etc.

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
MALHA DE PROTEÇÃO
Área de distribuição

Ponto de
entrega Posto de
proteção

Posto de
transformador

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
ZONAS DE PROTEÇÃO
Uma zona de proteção é estabelecida ao redor de cada elemento do sistema, com vistas
à seletividade, pelo que disjuntores são colocados na conexão de cada dois elementos.

O contorno de cada zona define uma porção do sistema de potência, tal que, para uma
falha em qualquer local dentro da zona, o sistema de proteção responsável por aquela
zona atua de modo a isolar tudo o que está dentro do restante do sistema.

Como a desenergização em condições de falta é feita por disjuntores, é claro que deve
ser inserido um disjuntor em cada ponto onde é feita a conexão entre o equipamento do
interior da zona com o restante do sistema.

Em outras palavras, os disjuntores ajudam a definir os contornos da zona de proteção.

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
ZONAS DE PROTEÇÃO
Outro aspecto importante é que as zonas vizinhas sempre se sobrepõem. Esta
sobreposição é necessária, pois, sem ela, uma pequena parte do sistema entre as zonas
vizinhas, por menor que fosse, ficaria sem proteção.

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
ZONAS DE PROTEÇÃO
Por outro lado, se ocorrer uma falha dentro da zona de superposição, uma porção muito
maior do sistema de potência, correspondente a ambas as zonas envolvidas na
superposição, seria isolada e colocada fora de serviço. Para minimizar esta possibilidade,
a região de superposição é feita a menor possível.
Manobra e controle Barramento
Transformador Linhas de transmissão

Gerador

Linhas

Barramento 15
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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
SELETIVIDADE
Característica de atuar os dispositivos de maneira a desenergizar somente parte do
circuito afetado criando as zonas de proteção.

Há três casos a considerar:


• Relé de primeira linha;
• Relé de retaguarda ou de socorro;
• Relé auxiliar.

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
SELETIVIDADE
Relé de primeira linha é aquele em que uma zona de proteção separada é estabelecida
ao redor de cada elemento do sistema, com vistas à seletividade. É o sistema principal
de remoção de faltas, com o máximo possível de rapidez, porém, desenergizando a
menor parcela possível do sistema.

Relé de retaguarda ou de socorro atua na manutenção do relé principal ou falha deste.


Por motivos econômicos só é usado para determinados elementos do circuito e
somente contra curto-circuito. Deve ser usado devido a possibilidade de ocorrer falhas
na corrente ou tensão fornecidas ao relé principal, erros na fonte de corrente de
acionamento do disjuntor, no circuito ou no mecanismo de disparo do disjuntor, falha de
relés, etc. Mesmo com a presença deste relé é importante que haja manutenção da
proteção como um todo.

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
SELETIVIDADE

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
SELETIVIDADE

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
SELETIVIDADE
Relé auxiliar tem funções de multiplicador de contatos, sinalização, temporização, etc.

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
SELETIVIDADE AMPERIMÉTRICA
Principio de que as correntes de curto-circuito aumentam à medida que o ponto de
defeito se aproxima da fonte de suprimento;

Mais empregada em circuitos de BT e de distribuição em que as impedâncias são altas;


Utilização de fusíveis;

Corrente de ajuste do primeiro elemento a montante do defeito deve ser menor que a
corrente Icc do local , geralmente:

Proteção a montante de P1 deve ter valores superiores a Icc.

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
SELETIVIDADE CRONOMÉTRICA
Consiste em retardar uma proteção instalada a montante para que aquela instalada a
jusante tenha tempo suficiente para atuar eliminando a falta;

A diferença entre P1 e P2 devem corresponder ao tempo de abertura do disjuntor


acrescido de um tempo de incerteza, entre 200 e 400 ms;

Desvantagem de conduzir a tempos de atuação bastante elevados – limites térmicos e


dinâmicos de equipamentos;

Em função do tipo de de dispositivo utilizado, as seguintes combinações de proteção


podem ser encontradas nos sistemas elétricos:
• Fusível em série com fusível
• Fusíveis em série com relés temporizados;
• Relés temporizados em série entre si;
• Relés temporizados e relés iinstantaneos.
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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
SELETIVIDADE CRONOMÉTRICA

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
SELETIVIDADE LÓGICA
• Conceito mais moderno;

• Combina proteção de sobrecorrente com esquema de comunicação, de forma a obter


tempos extremamente reduzidos;

• Mais facilmente aplicada em sistemas radiais;

• Elimina os inconvenientes dos esquemas amperimétricos e cronométricos;

• Tempo de atuação da proteção entre 50 a 100 ms

• Tempos de atuação do disjuntor entre 50 e 100 ms;

• Tempo de bloqueio entre 100 e 200 ms.

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
SELETIVIDADE LÓGICA

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INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO
ATIVIDADES

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ARRANJO DE DISJUNTORES
ARRANJO DE DISJUNTORES

BARRA SIMPLES
• N circuitos
• N disjuntores
• 2N chaves seccionadoras

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ARRANJO DE DISJUNTORES
ARRANJO DE DISJUNTORES

BARRA SIMPLES SECCIONADA


• N circuitos
• N disjuntores
• 2N+1 chaves seccionadoras

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ARRANJO DE DISJUNTORES
ARRANJO DE DISJUNTORES

BARRA PRINCIPAL E TRANSFERÊNCIA


• N circuitos
• N disjuntores
• 2N+1 chaves seccionadoras

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ARRANJO DE DISJUNTORES
ARRANJO DE DISJUNTORES

4 CHAVES E 5 CHAVES

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ARRANJO DE DISJUNTORES
ARRANJO DE DISJUNTORES

BARRA DUPLA COM DISJUNTOR DUPLO


• N circuitos
• 2N disjuntores
• 4N chaves seccionadoras

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ARRANJO DE DISJUNTORES
ARRANJO DE DISJUNTORES

BARRA DUPLA COM DISJUNTOR E MEIO


• N circuitos
• 2N-1 disjuntores
• 5N-2 chaves seccionadoras

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Luiz G. R. Tonini – 2021
ARRANJO DE DISJUNTORES
ARRANJO DE DISJUNTORES

BARRA DUPLA COM DISJUNTOR E MEIO


• N circuitos
• 2N disjuntores
• 2N+1 chaves seccionadoras

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ARRANJO DE DISJUNTORES
ARRANJO DOS DISJUNTORES

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PADRÃO
PADRÃO TÉCNICO
TÉCNICO DE FORNECIMENTO
DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
DE ENERGIA ELÉTRICA
ELÉTRICA EM MÉDIA
EM MÉDIA TENSÃOTENSÃO
1. A partir de 14/09 o cadastramento/pedidos será apenas virtual

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PADRÃO
PADRÃO TÉCNICO
TÉCNICO DE FORNECIMENTO
DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
DE ENERGIA ELÉTRICA
ELÉTRICA EM MÉDIA
EM MÉDIA TENSÃOTENSÃO
2. A entrada de energia será instalada em cubículo metálico(cujos fornecedores são
cadastrados pela EDP) e não mais alvenaria

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PADRÃO
PADRÃO TÉCNICO
TÉCNICO DE FORNECIMENTO
DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
DE ENERGIA ELÉTRICA
ELÉTRICA EM MÉDIA
EM MÉDIA TENSÃOTENSÃO
3. Será padrão instalar, além do medidor da carga instalada, o medidor para proteção
contra incêndio
4. Esse novo medidor irá refletir na conta do consumidor

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PADRÃO
PADRÃO TÉCNICO
TÉCNICO DE FORNECIMENTO
DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
DE ENERGIA ELÉTRICA
ELÉTRICA EM MÉDIA
EM MÉDIA TENSÃOTENSÃO
5. Há novos conceitos de componentes como: Subestação compartilhada(um único
ramal de entrada, vários consumidores) e poste auxiliar(poste no interior do
empreendimento, responsabilidade de montagem do consumidor, com seccionadoras
e SPDA, mas sem trafo)

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PADRÃO
PADRÃO TÉCNICO
TÉCNICO DE FORNECIMENTO
DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
DE ENERGIA ELÉTRICA
ELÉTRICA EM MÉDIA
EM MÉDIA TENSÃOTENSÃO
6. Não será necessário mais projeto para subestação aéreo, desde que seja seguido o
projeto base
7. Disponível check list de inspeção para ligação e ele se torna documento obrigatório
para submeter o projeto
8. Para cubículo metálico não há exigência de Detalhe de infraestrutura

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PADRÃO
PADRÃO TÉCNICO
TÉCNICO DE FORNECIMENTO
DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
DE ENERGIA ELÉTRICA
ELÉTRICA EM MÉDIA
EM MÉDIA TENSÃOTENSÃO
7. O tamanho mínimo da porta de SE agora é de 1,2m, antes era 1,3m
8. Porta corta fogo somente em ambiente explosivo, ou seja, SE com trafo à seco não
precisa desta porta
9. O relé de proteção será lacrado pela EDP e a placa do transformador também
10. Devera ser entregue relatórios relativo a equipamentos de proteção, medição,
manobra e transformação

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TESTES UTILIZADOS NO SEP
• Resistência de isolamento;

• Resistência mecânica;

• Resistência de contato;

• Relação de espiras;

• Presença de tensão e corrente;

• Variação de temperatura;

• Corrente e tempo de atuação.


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EQUIPAMENTOS DE TESTE

42
EQUIPAMENTOS DE TESTE

Bancada de teste

Terrômetro MicroOhmímetro

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO

Luiz Guilherme Riva Tonini


Professor Adjunto – Estácio de Sá – Campus Vitória
Doutorando em Engenharia Elétrica - UFES - Campus Vitória
(27) 9-9977-4865 – lgtonini@gmail.com

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