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Princípios Da Terapia 4

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Princípios da Terapia

Conteudista: Prof. Me. Adriano Conrado Rodrigues


Revisão Textual: M.ª Maiara Stéfani Costa Brandão

Objetivo da Unidade:

Dar evidência a importantes áreas de atuação da Terapia Ocupacional em saúde e


reabilitação, explorando conceitos teóricos e aplicabilidade clínica.

📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
📄 Material Teórico
Página 1 de 3

Princípios da Terapia Aquática,


Equoterapia/Terapia Assistida por Animais,
Ergonomia Cognitiva e Integração Sensorial
Combinada nas Alterações Neurofuncionais e
Terapia Ocupacional

Terapia Aquática – Terapia Ocupacional e Aspectos


Multiprofissionais

Introdução
O processo terapêutico em reabilitação pode apresentar inúmeros objetivos, de acordo
com os diagnósticos ou com as clínicas envolvidas.

A restauração das estruturas corporais, aprendizado ou reorganização do movimento


são alguns exemplos, e uma equipe de profissionais pode compor esse processo, na
medida em que se compreende que os aspectos da saúde e toda a complexidade do ato
motor e funcional.

Esse processo envolve aspectos físicos, emocionais e sociais, além do contexto em que
está inserido. Caberá aos profissionais determinarem o caminho pelo qual o processo
terapêutico do paciente se desenvolverá. Poderão participar diferentes profissionais
desse processo, como fisiatras, neurologistas, fisioterapeutas, terapeutas
ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros, dentre outros, que atuam na
área da saúde e de reabilitação.

Muitas são as possibilidades para a realização de um processo terapêutico, e cada área


profissional envolvida terá autonomia para a condução dos seus objetivos avaliados
com o paciente, e essa composição de objetivos caracterizará o trabalho como
multiprofissional e até interdisciplinar.

De forma geral, a terapia aquática, hidroterapia ou reabilitação aquática é um recurso


onde profissionais que desenvolveram a competência para uso do meio aquático como
recurso e ambiente terapêutico podem atuar. Esse método poderá compor-se na
terapia em solo, onde muitas das posturas, movimentos e estímulos serão facilitados.
Assim, vemos o ambiente aquático como facilitador e complementar, em que o

aprendizado cognitivo, sensorial e motor do paciente no meio aquático seguirá seu


desenvolvimento em solo, em terapia ou na própria rotina cotidiana.

Parâmetros, conceitos e definições se comporão para a evolução do paciente em meio


aquático, e esse entendimento passaremos a abordar a seguir.

Para a organização do comportamento motor, o movimento voluntário ou ativo de um


membro é precedido pela melhora sensorial ou perceptual. Quando uma pessoa está
imersa (em água), é como se seu corpo todo estivesse sendo tocado, e o aporte
sensorial para o SNC decorrente desse processo aumenta em frequência e intensidade.

A interação entre percepção e ação na execução das atividades ou ações em meio


líquido, ou o desenvolvimento das terapias em solo, tendem a apoiar-se nas
informações do ambiente e na capacidade individual do paciente; e a boa relação entre
todos esses fatores proverá os quesitos para que esse paciente se desenvolva.

Casos de pacientes com alterações neurológicas, por exemplo, poderão ter grandes

benefícios na terapia aquática, e isso já está difundido na cultura das equipes


multiprofissionais e planejamento de suas ações.
Como nas terapias em solo, cada paciente é único e deve ser abordado de forma
singular em seu processo terapêutico, e isso tende a ser favorecido quando o recurso
da terapia aquática é considerado em seu processo de tratamento.

Frente às diferentes áreas e funções corporais como a cognição e alterações sensório-


motoras observadas em pacientes neurológicos, cabe ao fisioterapeuta, ao terapeuta
ocupacional e aos demais integrantes da equipe direcionar o programa de reabilitação
aquática para o número de terapias semanais mais adequado (sendo que a experiência
clínica tem mostrado que números de terapias inferiores a duas vezes por semana nem
sempre tem impacto na evolução do comportamento motor dos pacientes). Cabe aos
profissionais envolvidos a organização da atenção do paciente em terapia aquática.

Quanto mais cedo o paciente iniciar seu processo terapêutico envolvendo a terapia

aquática, caso seja indicado, melhores serão as chances de atingir os objetivos


estabelecidos, bem como menores serão as chances de desenvolvimento de processos
de doença associados.

A ciência mostra que pacientes neurológicos mais graves ou indicativos de pior

prognóstico, como em fase de coma, apraxia ou afasia, evoluem com bons índices de
evolução nos trabalhos com terapia aquática associada.

Crianças que passam por trauma craniano, também mostram boa evolução, e com a
perspectiva de melhor prognóstico.

Embora a reabilitação aquática seja benéfica ao paciente com lesão neurológica,


pesquisas específicas na área ainda são escassas, exigindo estudos mais detalhados
para auxílio na determinação de condutas e procedimentos, principalmente de caráter
interdisciplinar.

Os principais objetivos dos trabalhos em terapia aquática são:

A adaptação do paciente ao meio líquido;


Melhorar suas habilidades sensório-motoras;

Facilitar movimentos;

Ganhar e manter amplitudes articulares;

Fortalecimento muscular;

Adequar tônus elevados;

Promover relaxamentos;

Melhorar a coordenação e adequar posturas;

Estimular e melhorar o desempenho da marcha, a fim de facilitar


e dar suporte à terapia no solo, levando o paciente ao seu melhor
potencial funcional, independência nas atividades básicas e
instrumentais de vida diária;

Introdução à natação (adaptada ou não), quer seja terapêutica ou


esportiva.

Terapia Aquática – Princípios Físicos da Água


Muitos são os princípios físicos da água, e cabe ao terapeuta ter o conhecimento
desses princípios para que possa aplicá-los a favor do paciente. Inicialmente, a

hidrostática e a hidrodinâmica compõem todo o ciclo de terapia do paciente.

Com a imersão do paciente em meio líquido, esses efeitos já estão atuando em seu
corpo, ou seja, só por isso, sem qualquer intervenção, a água já pode ser considerada
terapêutica ao paciente.

Dentro do escopo da terapia aquática, os métodos de tratamento mais conhecidos são


o método Halliwick e o método Bad Ragaz, que utilizam os efeitos físicos da imersão de
forma diretamente proporcional, na formulação de posturas, movimentos e atividades
funcionais. Esses métodos propõem movimentos, posturas e atividades funcionais
associados aos princípios físicos da água.

Esse processo de princípios físicos atuando sobre o corpo é composto por:

Densidade: definida como a massa por unidade do


volume. É medida em quilogramas por metro
cúbico (Kg/m3) ou em gramas por centímetro
cúbico (g/cm3), e varia de acordo com a
temperatura;

Temperatura: a variação da temperatura da água é


ampla, e em acordo com a região corporal ou a
doença que esteja incidindo ao paciente, poderá
ser empregada de forma terapêutica.
Basicamente, lesões ortopédicas crônicas, onde a
necessidade de maior circulação sanguínea,
oxigênio ou relaxamento muscular, utiliza-se a
água quente; já lesões agudas, com característica
inflamatória e edema, se beneficiarão com água
fria.

Nas lesões neurológicas, em sua maioria, apresentarão aumento


do tônus e espasticidade, e poderão ter benefícios com
temperaturas elevadas variando entre 32° a 34°C para terapia.

A temperatura também exerce influência no controle da dor,


devido aos efeitos fisiológicos dela no corpo humano. A imersão
da região da dor em ambiente aquático interfere diretamente na
organização do limiar neurológico do paciente, impactando a
tolerância e a incidência do quadro álgico;
Flutuações: a flutuação aparece como uma força
oposta à força da gravidade, quando o paciente
está imerso; é uma força inversa (para cima)
gerada pelo volume da água deslocado.

A flutuação, também conhecida como empuxo, foi descoberta por


Arquimedes (287-212 a.C.), indicada para quando o paciente se
beneficia com a diminuição do peso corporal para facilitar a
realização dos seus movimentos ou sustentação corporal. Quando
o corpo está imerso, há uma organização facilitada do
comportamento motor, tanto pelo aumento proprioceptivo, como
por meio da ação do empuxo.

Para referência, quando imerso até a região cervical o corpo


humano apresenta o peso corpóreo reduzido em 90%; com
imersão até região do processo xifoide, o seu peso reduzirá em
75%; imerso até região umbilical seu peso reduzirá para 50%.

Todos os princípios físicos estudados poderão assumir também


um papel dificultador de movimento, se assim for organizado no
processo terapêutico, gerando desafios a serem superados ou
novos padrões motores. Um outro efeito importante é o
metacêntrico, que se refere à interação das forças opostas da
gravidade e flutuação, resultante das forças rotacionais sobre o
corpo. Assim, quando o centro de gravidade estiver alinhado com
a flutuação, o ponto de metacentro consequentemente se
alinhará, estabilizando o corpo na água;

Pressão Hidrostática: é uma pressão exercida em toda


superfície do corpo imerso no meio líquido e,
segundo a Lei de Pascal, é medida em newtons
por metro quadrado (N/m2), dinas por centímetro
quadrado (dyn/cm2) e milímetro de mercúrio por
pé (mmHg/ft).
Essa pressão exercida no corpo imerso é diretamente
proporcional à densidade do líquido e à profundidade de imersão,
e precipita os fluidos corporais da região distal para proximal, em
posição vertical, o que favorece a reação diurética (devido à
supressão dos hormônios antidiuréticos), aumento da
circulação/fluxo sanguíneo corporal, reabsorção de edemas e
reações de equilíbrio;

Viscosidade: é o atrito entre as moléculas de um


líquido. Essa atração molecular gera uma
resistência ao corpo em movimento, conhecida
como viscosidade. Quanto mais viscoso o líquido,
maior a resistência por ele exercida ao corpo em
movimento, processo esse proporcional ao
volume e velocidade exposta a essa força. Muitos
líquidos são expressos em centipoises (centésimo
de poise), em homenagem ao cientista J. L.
Poiseuille, que estudou a física da circulação.
Esse princípio pode ser empregado para
fortalecimento muscular ou estímulo para
coordenação de movimentos (ex. pacientes com
ataxia);

Fluxo da água (turbulência e laminar): a água, quando


colocada em movimento, apresenta diversas
características. Leva-se em consideração o tipo
de movimento e a velocidade desse movimento
nela realizado. Mesmo em um local com água
sem correnteza, efeitos climáticos, como o vento,
podem provocar movimentos, quer seja
turbulento ou laminar.
Logo após um fluxo turbulento, as moléculas tendem a se
organizar e formar um fluxo laminar, ou seja, um fluxo que
exerce a menor resistência ao corpo em movimento.

Após o efeito laminar ou corrente (esteira), as moléculas da água


retornam ao seu estado inicial, caso não tenha ocorrido nenhuma
outra ação externa, retornando ao ciclo de pressões e resistências
que são ativadas quando um corpo ou objeto passa do processo
hidrostático para o hidrodinâmico.

Outro ponto a se destacar dentro do fluxo da água é o coeficiente


de arrasto, que é a resistência do líquido em relação ao corpo em
movimento, e se dá principalmente pela viscosidade do líquido e a
turbulência, quando presente. Quanto maior for a velocidade de
movimento, maior será o coeficiente de arrasto, e quanto mais
viscoso for o líquido maior também é o coeficiente, em que a
resistência é diretamente proporcional à viscosidade do líquido e à
velocidade de movimento do corpo empregada;

Tensão Superficialé a força que atua através de


qualquer linha da superfície, ou seja, a camada
que permanece na superfície da água. Esse
processo ocorre quando um corpo ou objeto, ao
ultrapassar essa linha (seja em um movimento de
fora para dentro da água ou vice-versa), encontra
uma resistência. A tensão superficial dos líquidos
pode variar de acordo com o movimento da água
e formato da piscina ou tanque. A realização de
atividades empregando a tensão superficial
forma uma resistência considerável para a
realização de movimentos.
Figura 1 – Estimulação sensorial e relaxamento muscular
global
Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma Terapeuta Ocupacional em pé, dentro


de uma piscina, em atendimento a um paciente que se encontra deitado em
decúbito dorsal, flutuando com apoios no pescoço e no quadril. A terapeuta o
conduz, alongando lateralmente seu braço em extensão; ambos parecem
tranquilos, e a piscina de água cristalina envolta de azulejos na cor azul-claro,
nos convida para um mergulho relaxante. Fim da descrição.

O paciente com lesão de SNC, muitas vezes, apresenta déficit sensorial, associado ao
nível cognitivo em que ele se encontra. Esse trabalho na piscina é fundamental para a
reorganização do comportamento motor, onde com os princípios físicos atuando de
forma global, a manipulação e movimentos adequados, pode-se acelerar e adquirir

estímulos sensoriais para esses pacientes.

A utilização do método Watsu (que emprega muitos dos princípios físicos


apresentados) é bastante explorada nesta etapa do trabalho, em que movimentos
lentos e sequenciais levam a um relaxamento, adequação do tônus e reorganização
postural.

Figura 2 – Adaptação ao meio líquido


Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem representa um atendimento de terapia aquática,


onde a terapeuta posicionada atrás do paciente, alonga os dois braços do mesmo
para trás, em extensão. O paciente encontra-se em decúbito dorsal, anilha de
pesos fixos com velcro nos tornozelos, flutuando com as pernas e pés
submersos; seu aspecto é de relaxamento. Fim da descrição.

Conforme o paciente passa a estar submerso em meio líquido, há um aumento de


pressão externa atuando sobre seu corpo, e isso gera tensão ou aumento de fluxo
sanguíneo no coração. Esse tempo de exposição à pressão aumentada também pode

exigir adaptação.
Quando a cabeça do paciente estiver submersa, pode-se trabalhar um primeiro
momento sem soltar o ar, e, em seguida, adaptá-lo a soltar o ar. Essa pode ser a
introdução ao trabalho respiratório, onde o trabalho da musculatura expiratória torna-

se facilitado, enquanto a musculatura inspiratória recebe uma pressão negativa


favorecendo a um maior gasto energético e fortalecimento da atividade, dificultando a
ação deste trabalho muscular. Por outro lado, quando a pressão exercida pela água ao
tronco não é tão grande, isso colabora para que o paciente tenha melhor percepção ou

propriocepção da mecânica ventilatória.

Facilitação de Movimentos, Alongamentos e


Fortalecimentos
Como vimos, a execução de movimentos no meio líquido tende a ser facilitada; isso
favorece o ganho e a manutenção do arco de movimento, melhora da autoestima e
confiança no retorno às atividades normais, bem como permite adequação do tônus e
postura.

Para a facilitação dos movimentos, pode-se utilizar movimentos puros e livres, nos
quais os princípios da água são empregados para auxílio do movimento, como, por
exemplo, na posição sentada e com imersão do tronco, o indivíduo consegue realizar

flexão de ombro com maior facilidade pela ação do empuxo e agitação da água, sem a
ação da gravidade.

Muitos são os materiais que podem ser empregados aos atendimentos, como bolas,
flutuadores, bases de espuma, dentre outros. Movimentos também poderão ser
conduzidos pelo terapeuta, e assim gerar padrões motores que expressem melhor

controle e melhora funcional.

Cabe ao profissional, também, saber utilizar-se da água e seus acessórios, para


dificultar movimentos e fortalecer músculos, onde a ação do paciente terá como
barreira os próprios princípios físicos da água.
Quanto à velocidade dos movimentos em meio líquido, é aconselhável que o trabalho se
inicie com velocidades menores para uma progressão de maiores velocidades,
evitando, assim, fadigas musculares e aumento dos padrões inadequados ou alteração
do tônus muscular.

Figura 3 – Coordenação e equilíbrio


Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra dois terapeutas trabalhando em piscina


terapêutica, alongando e mobilizando pelas extremidades dos membros (braços
e pernas) uma paciente, que flutua com auxílio de flutuadores de espuma
envoltos em sua cintura. Os três integrantes da imagem estão com aspecto de
concentração, e a água está límpida refletindo o tom de azul-claro dos azulejos,
porém com ondulações provocadas pelos movimentos das pessoas. Fim da
descrição.

Conforme o paciente evolui, ganha independência ou maior autonomia no meio


líquido, exercícios de flutuação, rotação e imersão poderão ser estimulados, de acordo
com a clínica do paciente.

Figura 4 – Ortostatismo e marcha, com atividades


objetivo-dirigidas
Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma paciente em atendimento em piscina


terapêutica, envolta por dois terapeutas que lhe auxiliam na condução de uma
bola em direção a um arco circular. Um dos terapeutas a auxilia pelas costas,
garantindo melhor equilíbrio, enquanto a outra eleva o arco acima de sua
cabeça, implementando o desafio. A paciente conduz atentamente a bola com
seus braços elevados, na direção do arco. Todos estão em postura ortostática,
com a água ao nível torácico. Fim da descrição.

A postura de ortostatismo permite que o paciente explore o ambiente aquático em


diferentes profundidades, e vá associando movimentos de padrão de marcha para
treino, podendo contar, inclusive, com flutuadores. O treino de marcha é uma forma
bastante elaborada da evolução do equilíbrio dinâmico e deslocamentos em posturas
altas. Para a marcha, é necessário um bom controle de tronco, coordenação e
equilíbrio, funções sensoriais e cognitivas adequadas para a atividade motora e
funcional.

A avaliação do paciente será realizada dentro e fora da água, para que seja possível a
mensuração de movimentos e posturas a serem trabalhadas, bem como a manutenção
dos ganhos para a rotina do paciente, que se dará em ambiente natural.

Figura 5 – Atividades no meio aquático


Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma paciente em postura ortostática,


submersa em piscina terapêutica com a água até o nível do pescoço, interagindo
com dois terapeutas que, de forma lúdica, movimentam uma bola vermelha
acima da altura de suas cabeças. A paciente olha atentamente para a bola,
enquanto os terapeutas acompanham seus movimentos. Fim da descrição.
Em um estágio mais avançado, pode-se atingir a natação terapêutica, que exigirá do
paciente melhor controle motor, sensorial e cognitivo, ou seja, nem todos chegarão
nesse estágio de trabalho.

No desenvolvimento de aprendizado para a natação terapêutica, o terapeuta avaliará


posturas, necessidade de auxílio e possibilidades, permitindo que o paciente se adapte
e desenvolva o estilo de natação da forma mais adequada.

Figura 6 – Natação terapêutica


Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma paciente em decúbito ventral,


apoiada pelo tronco por um terapeuta que a auxilia em manter sua cabeça para
fora da água. Uma segunda terapeuta apoia os braços da paciente em extensão,
com auxílio de um flutuador. Todos estão atentos ao movimento dos braços da
paciente, que parece apreensiva, mas ao mesmo tempo evoluindo na postura
proposta. Fim da descrição.
A piscina como ambiente terapêutico remete o paciente ao lúdico, tornando-se por si
só motivacional. Essa característica deve ser valorizada e considerada pelo terapeuta
em sua abordagem.

Figura 7 – Treino de ABVD no meio aquático


Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra a paciente envolta por dois terapeutas,


que a auxiliam em treino de uso de jarra e copo, apoiados em uma prancha, onde
todos os utensílios mencionados são da cor laranja. A paciente realiza a
preensão do copo sobre a bandeja, com auxílio da terapeuta que está a sua
frente. O segundo terapeuta se posiciona dorsalmente à paciente, auxiliando em
seu equilíbrio e sustentação. Fim da descrição.

O Terapeuta Ocupacional terá um ambiente rico de atividades realizadas no pré e pós-


entrada na água do paciente, e poderá utilizar-se desses momentos para favorecer

maior autonomia e participação desse paciente no preparo para acesso à terapia.


Assim, também durante a fase de imersão em meio líquido, o paciente pode ter a
diminuição do peso corporal, ganho de equilíbrio e sensorialidade, o que favorecerá a
realização de atividades terapêuticas (atividades básicas ou atividades práticas).

Figura 8 – Treino de ABVD no meio aquático


Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra a paciente em postura ortostática, de


frente para a borda da piscina, onde manipula talher com a mão direita,
simulando alimentação. A outra mão auxilia na manutenção de seu equilíbrio e
segurança, apoiada em barra de ferro que circunda internamente a piscina,
assim como os dois terapeutas que a assistem. O talher é uma colher adaptada
para melhor preensão e cabo angulado para auxílio no desempenho. Fim da
descrição.

Contraindicações e Cuidados
O ambiente aquático e a piscina como ambiente terapêutico envolvem cuidados que
perpassam pela atenção aos aspectos cognitivos, físicos e funcionais do paciente.
Imergir uma pessoa com sonda nasogástrica ou gastrostomias exige que estejam

devidamente vedadas com material apropriado (ex. Fita tipo tegadermTM, bem como
bolsas de colostomia). Um paciente com traqueostomia não poderá ter sua válvula
imersa.

O ambiente deve estar preparado com piso antiderrapante, barras de apoio e


iluminação adequada.

Lesões dermatológicas, incontinência urinária e intestinal, cardiopatias


descompensadas, alergia aos produtos químicos para o tratamento da água da piscina
também devem ser avaliadas como contraindicações.

Assim, considerando todos os pontos levantados, passa a ser responsabilidade da


equipe multiprofissional e da família a indicação do paciente para a terapia aquática.

Equoterapia – Terapia Ocupacional e


Aspectos Multiprofissionais

Introdução
A Equoterapia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina em 1997, onde o
cavalo é utilizado como meio terapêutico sob manejo de uma equipe multiprofissional,
e envolverá as áreas da Saúde e da Educação, inclusive envolvendo questões
relacionadas à equitação, com o objetivo de reabilitação do paciente.

Com o cavalo, esse importante meio terapêutico, é capaz de promover impactos tanto
físicos como emocionais. E mais especificamente, promove-se o desenvolvimento da
força muscular, relaxamento, percepção sensório-motora, aperfeiçoamento da
coordenação e do equilíbrio, podendo assim colaborar no desenvolvimento da função
motora e marcha do paciente. Autoconfiança e autoestima também são importantes
fatores decorrentes da interação com o animal.
Pacientes com alterações neuro-motoras, percepto-cognitivas, emocionais e sociais
poderão se beneficiar com uma abordagem de Equoterapia. Nesse contexto, a
equoterapia, através do cavalo, proporá reabilitação e prática esportiva.

O cavalo, ao mesmo tempo que se mostra forte, é dócil se treinado e adaptado ao


convívio humano, e assim é capaz de estabelecer uma relação de reciprocidade com o
homem.

Essa é uma abordagem que exige critérios importantes a serem observados, que

comporão um processo terapêutico com organização teórica e prática, que veremos a


seguir.

Hipoterapia: o cavalo atua como agente


cinesioterapêutico. É voltado para praticantes
(termo utilizado para quem pratica a
equoterapia) que não tem condições físicas e ou
cognitivas para manter-se independente sobre o
cavalo; a ênfase das ações é do profissional
responsável, para execução dos exercícios ou
atividades propostas;

Educação/Reeducação: o cavalo atua como facilitador no processo


ensino-aprendizagem. É voltado para praticantes que conseguem
manter-se sobre o cavalo, dependendo em menor grau dos
terapeutas e condutores;

Pré-esportivo: o cavalo atua como agente de inserção/reinserção


social. É voltado para praticantes que apresentam boas condições
para conduzir o cavalo (de forma independente) além de
compreenderem as ordens solicitadas, pelo instrutor ou
terapeutas, geralmente evoluindo para a prática de exercícios de
equitação ou hipismo.
O cavalo possui, ainda, três andaduras naturais: passo, trote e galope.

O passo é a andadura mais utilizada na Equoterapia, por caracterizar-se como uma


andadura mais lenta, rolada ou marchada, simétrica, ritmada, cadenciada e a quatro-

tempos, onde existe um ou mais membros em contato com o solo (não possui tempo
de suspensão). Em consequência, as reações que ela produz são mais lentas,
resultando em menores reações sobre o cavaleiro, além de mais duradouras,
permitindo a melhor observação e atuação por parte dos terapeutas.

A mais importante característica para a equoterapia está no passo do cavalo, que é


reproduzido e transmitido ao corpo do praticante num movimento tridimensional
dividido pelos planos e eixos corporais do cavalo e do cavaleiro (movimento para cima
e para baixo, movimento para a direita e para a esquerda, movimento para a frente e

para trás - este movimento é completado com pequena torção da bacia do cavaleiro que
é provocada pelas inflexões laterais do dorso do animal).

O trote e o galope são andaduras saltadas, nos quais são exigidos um maior esforço, e
os movimentos são mais bruscos exigindo mais do praticante, assim, são indicados
para praticantes em estágios mais avançados.

Como manter o paciente seguro é primordial nesse processo, caberá à equipe


multiprofissional cuidar para que todos os aspectos de segurança sejam respeitados;
uma primeira questão é a escolha do cavalo que será utilizado em terapia, e não existe
raça melhor ou pior, pois depende das características e até a personalidade do animal.

O cavalo que será selecionado deverá ter as três andaduras regulares (passo, trote e
galope).

O cavalo deverá ser equilibrado, para que o praticante fique mais perto do seu centro de
gravidade, e o corpo fique como se estivesse na postura em pé, com os ombros e
tornozelos alinhados.
A altura média do animal para a Equoterapia é de 1,50m, a fim de facilitar o trabalho do
terapeuta, além de proporcionar segurança ao praticante.

O cavalo deve, ainda, possuir espáduas largas e musculosas, a fim de que a menor
contração seja percebida pelo cavaleiro, além de ser mais confortável para a montaria;
o segmento dorso-lombar não deve ser muito saliente (garrote); o flanco deverá ter
uma circunferência discreta (tipo Raça Puro Sangue Inglês), a fim de evitar uma
grande abertura dos membros inferiores do cavaleiro.

Temos ainda que os cavalos com idade superior a sete anos possuem uma
característica mais dócil.

Treinado pelo instrutor de equitação, espera-se que o cavalo perca o medo e permita a
montaria, bem como responda de forma dócil os incômodos dessa montaria e aos
comandos do instrutor que estará conduzindo o atendimento.

Aspectos Terapêuticos Abordados na Equoterapia

Aspecto físico: tônus muscular, o equilíbrio e a


postura do tronco, mobilização das articulações
da coluna e quadril, a percepção do esquema
corporal, a lateralidade, a coordenação e a
dissociação de movimentos, a integração
sensório-espacial, dentre outros;

Aspecto psíquico: autoestima, autocontrole e autoconfiança, a


atenção, dentre outros;

Aspecto social: comunicação, iniciativa, interação com o


ambiente e relação pessoal.
Figura 9 – O trote
Fonte: Reprodução

#ParaTodosVerem: a imagem mostra um esquema gráfico central, em tamanho


maior, de uma pessoa montando em um cavalo. De cada lado, estão mais dois
esquemas gráficos de homens montando a cavalo, seguindo pessoas que
deambulam à frente, sugerindo o mesmo balanço corporal representado por
setas (horizontais e verticais). Os dizeres explicativos “balanço”, “sinapses” e
“impulsos” complementam o quadro. Fim da descrição.

Movimento Humano vs. Movimento do Cavalo


Ao observarmos os movimentos do ser humano e do cavalo, teremos grande
similaridade, e esses movimentos gerados pelo Sistema Nervoso Central, a partir do
impulso é que promoverão o deslocamento.

É nesse cenário de organização neuromotora que a equipe multiprofissional proporá


as atividades a serem realizadas pelo paciente ou cavaleiro, exigindo padrões motores e

funcionais, a partir dos movimentos estimulados.

Vale considerar que, em um atendimento de 30 minutos de equoterapia, o cavalo é


capaz de dar 1800 passos, que permite ao paciente realizar de 1800 a 2250 ajustes
tônicos, e esse efeito por si só já é muito favorável ao processo de terapia. Assim, a
prática é considerada intensa.

Como critério de segurança e conforme as normas de filiação da Ande Brasil


(Associação Nacional de Equoterapia), o atendimento em Equoterapia só poderá ser
realizado diante da apresentação de um atestado clínico médico, referindo que o
paciente está apto a integrar-se ao tratamento.

O paciente será avaliado por uma equipe multiprofissional, e os objetivos e atividades


serão determinados de acordo com o raciocínio clínico estabelecido por essa equipe, e
poderá ocorrer nas formas individual ou grupo, conforme estabelecido por eles.

O tempo de montaria no cavalo será em média de 30 minutos, em terreno apropriado


(areia, terra ou grama), com materiais de montaria adaptados (quando necessário),
materiais lúdicos, pedagógicos e terapêuticos.
Figura 10 – Pista Equoterapia
Fonte: ifgoiano.edu.br

#ParaTodosVerem: a imagem retrata uma cena de Equoterapia, com uma pista


delimitada por cones na areia. No centro, um garoto montado em um cavalo
marrom é visto segurando uma bola amarela adornada com estrelas verdes. O
cavalo é habilmente conduzido por um instrutor de cabelos grisalhos à sua
frente, segurando uma corda conectada ao animal. Ao lado do garoto, uma
mulher oferece suporte, demonstrando o ambiente seguro e acolhedor. Fim da
descrição.

A Abordagem Multiprofissional na Equoterapia


A equoterapia como recurso terapêutico promove inúmeras possibilidades, onde o
próprio setting terapêutico torna-se potencializador de ações, utilizando-se da
natureza e do contato com o próprio cavalo. É nesse contexto que se dará a atuação da
equipe multiprofissional, composta por profissionais habilitados (Ande Brasil)
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, psicopedagogos e instrutores de
equitação.

Caberá ao terapeuta ocupacional compor essa abordagem não só como o condutor do

processo terapêutico, mas também para a adaptação dos equipamentos de montaria


quando necessário, além de associar materiais lúdicos e de atividades da vida diária
motivadoras de uma rotina de vida mais ativa e participativa, além da maior interação
na dinâmica das atividades propostas e da própria montaria, maior autonomia e
independência do praticante.

O conceito de autocuidado estará implícito nas dinâmicas de preparo para a terapia


com o cavalo, o cuidado com o preparo do cavalo como posicionamento da sela e
materiais, e no cuidado para a manutenção do cavalo em si, como banho, escovação e
alimentação.

Figura 11 – Desenvolvendo conceitos de participação,


autonomia e independência
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: a imagem mostra duas pessoas, paciente e terapeuta,


alimentando um cavalo, ambos seguram ração na mão, oferecendo ao cavalo. O
cavalo (de cor branca) parece comer calmamente. Fim da descrição.

O terapeuta poderá compor sua terapia para atingir os objetivos propostos com
movimentos passivos, ativos assistidos ou ativos, além de associar tensores aos
membros inferiores.

Figura 12 – Exercícios ativos para ganho de ADM


Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: a imagem mostra um paciente sentado lateralmente, com as


pernas voltadas para o lado esquerdo, no dorso de um cavalo branco, auxiliado
por um terapeuta que conduz o atendimento. O espaço é uma área aberta e o piso
é de areia. O dia está claro e faz sol. Fim da descrição.

A abordagem multiprofissional também poderá propor o uso do ambiente com


dinâmicas de interação do paciente, além de materiais lúdicos e pedagógicos como
livros, bonecos, fantoches, jogos, dentre outros.

Em sua dinâmica de tratamento, o paciente terá o suporte e supervisão dos terapeutas


para que se adapte ao novo ambiente, e assim possa estabelecer vínculo com o cavalo e
a equipe, e a partir daí, desenvolva seus objetivos terapêuticos.

Figura 13 – O primeiro contato: estabelecendo o vínculo


com o cavalo
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma criança ao lado de sua terapeuta,
interagindo com um cavalo branco. O cavalo parece calmo, assim como a criança
e a terapeuta, que estão sorrindo. Fim da descrição.

Integração Sensorial Combinada nas


Alterações Neurofuncionais – Terapia
Ocupacional e Aspectos Multiprofissionais

Introdução
Entender sobre o desenvolvimento humano e as diferentes frentes que abordam as
questões de saúde diante de quadros de atraso desse desenvolvimento. Isso faz parte
do papel da equipe multiprofissional, buscando meios e recursos válidos e baseados

em evidência científica para garantir que a pessoa tenha todo o seu potencial
desenvolvido, dentro do que é possível atualmente.

A Integração Sensorial (IS) é uma abordagem terapêutica que estimula esta busca ao
nos depararmos com os sintomas dos distúrbios no processamento sensorial que

interferem no desenvolvimento funcional do paciente.

Na abordagem da Integração Sensorial, o terapeuta irá interpretar as informações,


padrões e comportamento do Sistema Nervoso Central, determinando uma proposta
de intervenção e um caminho para o desenvolvimento ou adaptação desses padrões,

quando interferentes no desempenho do que se é esperado para a criança na idade em


que está, ou na realização das tarefas ou interações que deseja realizar.

Bases Neurológicas
O Sistema Sensorial organiza-se por diferentes vias, no intuito de auxiliar na resposta
adequada do ato motor.
No curso da evolução da vida, e mais especificamente do ser humano, o sistema
sensorial sempre teve um caráter protetivo, com o objetivo de detectar eventuais
perigos ou interesses, onde a partir disso seria gerada uma resposta motora de
afastamento ou aproximação de um determinado estímulo da natureza.

E a percepção desse mundo ao nosso redor se dá por sistemas sensoriais complexos


como a audição, a visão, o olfato, o paladar, o tato, as nossas percepções inconscientes,
o equilíbrio ao movimento e a posição do corpo no espaço, de forma organizada, e com
vias diretas de ligação com o sistema cognitivo e com o sistema motor.

A complexidade desses sistemas interligados via Sistema Nervoso Central, está em


entendermos que as hierarquias organizativas partem da necessidade do ser humano
em sua relação consigo, com uma determinada tarefa, ou com o ambiente.

As desordens que poderão ocorrer na integração do Sistema Sensorial são


relativamente comuns em pacientes com disfunções motoras ou cognitivas. Estas
desordens dificultam a formação do planejamento e do comportamento, levando a
déficits de desenvolvimento, de desempenho, ou dificuldade na execução da tarefa, ou

da interação desejada.

Histórico
O conceito de Integração Sensorial (IS) teve início nos anos 60 em pesquisas
realizadas pela Dra. Anna Jean Ayres, terapeuta ocupacional, PhD na área de psicologia.
O principal objetivo era entender e atuar nas alterações do processamento sensorial
que as crianças poderiam apresentar.

A partir desses estudos, inúmeros terapeutas ocupacionais passaram a acompanhar e a


estudar a Integração Sensorial e os benefícios dessa abordagem para aspectos do
desenvolvimento e da aprendizagem das crianças que sofriam por algum
acometimento ou transtorno.
Um processamento sensorial adequado nos primeiros meses de vida passou a ser
entendido como importante para o desenvolvimento das reações posturais e do bem-
estar emocional, impactando diretamente na formação do planejamento motor,

coordenação “olho-mão”, atenção e aprendizagem.

Coube à Dra. A. Jean Ayres, através de seus estudos, identificar a IS como um processo
cerebral que viabiliza a organização de nossas vias sensoriais ou sentidos (equilíbrio e
movimento, posição do corpo, toque, cheiro, paladar, visão e audição) para significar

nossas ações, e assim possibilitar um repertório de interação.

A Integração Sensorial (IS)

“É o processo neurológico que organiza as nossas sensações, para que

possamos viver no mundo e este faça sentido para nós. É um processo

inconsciente, importante para toda forma de aprendizagem, seja ela

acadêmica, de competências para as atividades da vida diária e sociais

ou mesmo a capacidade de ter empatia pelo outro. Aquilo que

cheiramos, saboreamos ou tocamos é decifrado, a cada momento, na

nossa experiência de viver, juntamente com os nossos sentidos

secretos: vestibular e proprioceptivo. ”

- AYRES, A. J. American Journal of Occupational Therapy, v. 26, p. 13-18, 1972

As ideias de Ayres partem de seu trabalho realizado na década de 50 com crianças que
apresentavam alterações de ordem neurológica, o que na época trouxe-lhe resultados
limitados.
Em 1979, Ayres, decide pesquisar crianças com lesões cerebrais mínimas, como
dificuldade de aprendizagem ou coordenação motora. A partir daí, sua aplicação passou
a se dar nas mais variadas clínicas, com resultados mais consistentes, como, por

exemplo, para tratar questões referentes a Síndrome de Down, autismo, paralisia


cerebral, em cuidado intensivo na UTI neonatal, área da sua mental e também em
pacientes adultos.

Assim, o conceito de Integração Sensorial (IS) passa a explicar questões importantes

sobre o desenvolvimento da criança, permitindo ao profissional terapeuta


ocupacional, atuar para que essa criança atinja as condições necessárias à sua
adaptação ao meio ou às exigências do meio em que vive.

Sistemas Sensoriais e Disfunções


Desde o início da década de 1970, houve uma tentativa de padronização de testes
avaliativos sobre IS, mas foi somente em 1989 que Ayres elaborou um teste com maior
rigor psicométrico, incluindo amostragem de crianças americanas e canadenses, o

Sensory Integration and Praxis Test (SIPT).

A evolução nos fatores de desempenho funcional global do paciente, passaram a ser


mensurados, e assim passou-se a reconhecer a IS como método eficiente na
abordagem a crianças com disfunção sensorial.

Ayres classificou as disfunções sensoriais como disfunção da modulação sensorial,

disfunção da discriminação e disfunção de base motora.

Mais especificamente, temos as seguintes áreas mapeadas para a IS:

Sensibilidade Tátil
Tanto a pele quanto o sistema nervoso originam-se da mais extensa das três camadas
de células embrionárias, ou seja, a ectoderma, de onde deriva a epiderme, os fâneros

cutâneos e o Sistema Nervoso (periférico e central). Justamente por ambos terem a


mesma origem, o Sistema Nervoso é como uma parte escondida da pele ou, ao
contrário, a pele pode ser considerada como a porção exposta do sistema nervoso.

A sensibilidade tátil se refere às respostas Somestésicas (do latim soma, que quer dizer

corpo e aesthesia, que significa sensibilidade), que nos levam a sentir o corpo com
sensações e percepções. A detecção de um estímulo propriamente dito é denominada
sensação e a interpretação do estímulo, que envolve a consciência, é chamada de
percepção.

As massagens, a exemplo da Shantala, a relação mãe\bebê, o toque em todos os


momentos das atividades da vida diária, no banho, no trocar a roupa, no fazer dormir,
ao amamentar, no acalmar, no brincar são formas de interação mais eficientes para
estabelecer um alicerce e um vínculo.

A pele humana é como uma roupagem contínua e flexível, que nos envolve por
completo. Ao mesmo tempo em que nos protege, ela também é um dos nossos
primeiros meios de comunicação. Por ser um dos órgãos mais sensíveis, é capaz de
receber estímulos e de responder a eles e esta resposta é motora, mesmo sendo uma

piloereção.

A sensibilidade tátil tem uma relação direta com o estado emocional. Cada sensação de
toque está relacionada a experiências anteriores, que lhes dará significado emocional.

Exemplificando, ao tocar alguém com leveza suficiente para que se interprete como
carinho ou ao tocar alguém com força excessiva para que se interprete como agressão,

é a maneira como perceberemos o mundo e as atitudes das pessoas que nos rodeiam. O
tato constitui um meio extraordinário de comunicação, porque se encontra espalhado
por toda a pele. É a fronteira entre o nosso corpo e o mundo à nossa volta, constituindo
um dos alicerces para que se possa desenvolver uma vinculação.

Temperatura, pressão, dor, posturas, movimentos, dentre outros, são processados por
sensores táteis e cinestésicos. Com o tato, o ser humano inicia a exploração do mundo
interno e externo.
Quente ou frio (sensação da temperatura);

Áspero ou macio (sensação da textura);

Ainda podemos reconhecer um objeto no escuro, somente pelo


toque (estereognosia) ou até mesmo manejar um objeto, como
um lápis, na mão.

A forma como a mãe acaricia, toca e explora tem importância no despertar da vigilância
e da reciprocidade do bebê para a comunicação e para a interação, assumindo um papel
essencial na autoconfiança e autossegurança.

A sensação tátil auxilia em nossa proteção, informando-nos sobre um perigo, para que

possamos reagir e nos afastar. Está relacionada à consciência do corpo, ao


planejamento motor grosseiro, ao planejamento motor fino, às competências sociais,
à aprendizagem escolar, à segurança emocional e à percepção visual.

As experiências sensoriais proporcionam um elo entre o sujeito e o outro, um elo que

envolve intimidade e demonstração de afeto, sendo fundamentais para o ser humano,


para a sua organização psíquica ao longo de sua vida. O toque é uma linguagem que não
deve ser esquecida, já que, por meio dele, é que entramos em contato com uma das
mais primitivas formas de demonstração de afeto. Podemos afirmar que o indivíduo e o
ambiente se tornam interdependentes, e o toque oferecido pelo outro, ao longo da vida,
será um dos elementos de reorganização psíquica.

Podem apresentar defensividade tátil, que é a inabilidade da interpretação da


informação sensorial.
Figura 14 – Estímulo tátil manual “gelatinoso"
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: a imagem mostra centenas de bolinhas em tons de rosa,


verde, azul, roxo e amarelo envoltas em gel umidificante, e a mão de uma
criança acima, como se manipulando-as, em trabalho de adaptação sensorial.
Fim da descrição.
Figura 15 – Estímulo tátil mãos e pés "seco"
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: imagem de criança levemente sentada de lado, imersa em


piscina de bolinhas coloridas, sorrindo, em atendimento de Integração
Sensorial. Fim da descrição.
Figura 16 – Estímulo tátil corporal
Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma banheira de banho infantil, cheia de


grãos secos de diferentes tamanhos e texturas (arroz, feijão etc.), a criança está
sentada dentro da banheira, sobre os grãos, manipulando-os e interagindo
sensorialmente. Fim da descrição.
Figura 17 – Hiperresponsível tátil
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma criança sentada à mesa,


manipulando ou brincando com bolinhas sensoriais de diferentes cores. A
imagem dá impressão de movimento entre bolinhas e mãos. Fim da descrição.

Propriocepção

A propriocepção é a consciência do próprio corpo. Os receptores deste sistema estão


localizados nos músculos, nas articulações e nos ligamentos. Ele fornece informações
relativas à distensão dos músculos, à tensão sobre tendões, à posição das articulações
e à vibração profunda. É um poder expressivo e intencional.

A propriocepção, em conjunto com o aparelho vestibular, é responsável pela


capacidade de controle na força exercida nas atividades, tais como segurar uma caneta
e beber água no copo de diferentes materiais. Controla o tônus, a postura e o ajuste de
postura em diferentes situações, para que não se derrube ou se passe por cima de algo.
Imagine uma criança num balanço brincando; a amiga que está brincando junto a
convida para mudar de brinquedo.

O sentido proprioceptivo é responsável pela informação da posição do corpo

necessária para que ela faça a mudança, sem precisar olhar para verificar a postura e,
automaticamente, faz as mudanças necessárias para criar a nova posição, em outro
equipamento, saindo automaticamente do balanço.

A propriocepção está intimamente relacionada à segurança emocional, ao esquema

corporal, à graduação do movimento, à consciência corporal, ao planejamento motor,


à estabilidade postural, e ao controle motor, assim, não precisamos pensar ao mudar
de postura, em situações corriqueiras e estáveis e nem utilizar a visão.

A disfunção levará a inabilidade de perceber o corpo como um todo.


Figura 18 – Saindo de boias apertadas
Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma criança envolta por boias infláveis (5


no total), que vão de seus pés até o tórax. Braços e cabeça estão livres para
auxílio no equilíbrio. Fim da descrição.
Figura 19 – “Escapando" da cobra de peso
Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma criança envolta em uma tira de “puff”


colorido (acolchoada). A criança tenta sair, se soltando com as mãos, para
superar o desafio proposto pelo terapeuta. Fim da descrição.
Figura 20 – Caneta vibratória (mão)
Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra a mão direita de uma criança,


manipulando uma caneta sensorial azul. Essa caneta tem a característica de ser
vibratória. Fim da descrição.
Figura 21 – Plataforma vibratória (corpo todo)
Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem apresenta uma criança sentada em uma


plataforma vibratória, e seus pés tocam à frente um tapete com textura áspera,
como proposta terapêutica de Integração Sensorial. Fim da descrição.

Aparelho Vestibular
O aparelho vestibular é um dos primeiros a se desenvolver no bebê. Responde à força

da gravidade e registra a posição do corpo em relação à Terra. Ajuda-nos a manter o


equilíbrio, a coordenar os movimentos da cabeça com os olhos e a utilizar ambos os
lados do corpo ao mesmo tempo. A sensação de equilíbrio ou balanço está ligada ao
órgão sensorial do ouvido interno, a impulsos visuais e a informações recebidas por
outros receptores do corpo. A informação é processada pelo cerebelo e córtex cerebral,
de modo que o corpo se ajuste aos movimentos e à aceleração da cabeça, sendo crucial
para nossa segurança física e emocional. O processamento dos impulsos vestibulares,
em conjunto com músculos e articulações, permite-nos desviar de objetos e de
pessoas, durante os movimentos, sem nos chocar a eles.

A criança tem segurança nas atividades mais elaboradas, quando tem competência
para controlar seu próprio corpo. A experiência de competência no espaço é
fundamental para a segurança emocional. Esta fase de busca por experiências e
variedades de estímulos suspensos é mais intensa até os seis anos de vida.

O aparelho vestibular está intimamente relacionado com os seguintes itens: segurança


gravitacional, tônus muscular, processamento da linguagem auditiva e viso-espacial,
segurança emocional, planejamento motor, coordenação bilateral, movimento e
equilíbrio.

Figura 22 – Escorrega
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma criança descendo um escorregador;


ela segura com as mãos nas bordas e projeta a cabeça para frente. Está vestida
com um shorts amarelo e uma blusa colorida em tons de amarelo, rosa, azul,
verde, roxo e rosa. Está descalça. Fim da descrição.
Figura 23 – Balanço “pneu"
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma criança balançando em uma base


circular inflável (câmara de pneu), sentada de lado e com as pernas divididas,
uma para cada lado. A criança veste shorts cinza com azul, blusa marrom e
sandálias. Fim da descrição.
Figura 24 – Balanço no “cipó”
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma criança sorrindo brincando de


balançar, segurando com as mãos uma corda pendurada em um suporte. A
criança está em um ambiente aberto vestindo uma blusa listrada em preto e
branco. Fim da descrição.
Figura 25 – Disco de flexão
Fonte: Reprodução

#ParaTodosVerem: a foto mostra uma mulher adulta e uma criança em uma sala
de atividades terapêuticas. A mulher, com cabelo loiro preso em um coque, está
sorrindo e olhando para a criança enquanto ajusta o assento do disco de flexão
no qual a criança está sentada. A criança, tem cabelo loiro e está usando uma
camiseta branca e shorts, está com os pés descalços e também olha e sorri para a
mulher. Ao fundo, vemos bolas de exercício, uma lousa e objetos de exercícios
de várias cores. Fim da descrição.
Figura 26 – Balanço no trapézio
Fonte: Getty Images

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma criança suspensa do solo, segurando


em uma barra elevada (trapézio) com as duas mãos, parecendo se divertir. A
barra está fixada aos lados em um suporte de madeira. A criança veste uma
camiseta verde com estampa de uma bicicleta. Fim da descrição.

Gustação
Pensar em sentido gustativo, nos leva também a pensar no sabor. Há variações
consideráveis na forma de como reagimos aos sabores: doce, azedo, salgado, amargo e

ácido. Na língua, os receptores sensoriais diferenciam os tipos de sabores. A


combinação das sensações é que nos dará a discriminação para a experiência da
comer. Gostamos ou não de alguns alimentos, em decorrência da influência na
textura, no cheiro e no que eles representam.

Atualmente, vem aumentando muito o número de crianças com seletividade alimentar


devido à falha no processamento sensorial (olfativo, tátil, oral, gustativo).
Audição
Filogeneticamente, a audição se caracteriza por ser um sentido pluridirecional,
ininterrupto e sequencial. A audição, ou o ouvir, é a capacidade de receber sons. Trata-

se de integrante do sistema sensorial, e de cunho básico para a compreensão


situacional e da linguagem falada, sendo o sentido especializado para perceber as
vocalizações.

Na prática, isso significa que os receptores responsáveis por captar as ondas sonoras

estão localizados no ouvido interno, que é o local onde se juntam as informações


provenientes do aparelho vestibular, da visão e da propriocepção, dando a capacidade
funcional de interpretar os sons que são significativos, a exemplo da fala.

Figura 27 – Instrumentos musicais no balanço de


plataforma
Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma criança sentada ao chão, segurando


um instrumento de percussão formado por duas hastes e pontas circulares. Ao
seu lado esquerdo, está um xilofone, e à sua frente, um engradado de
brinquedos. Só dá para ver o braço direito e a perna direita dessa criança, que
está descalça. Fim da descrição.

Olfato
Para grande parte dos animais, o olfato é o mais importante dos sentidos. Para os
humanos, ele não é menos primordial. Sentir o cheiro das coisas é tão importante que
somente nos damos conta disso quando nosso olfato, por alguma razão, desaparece.
Na maioria das vezes, esse processo é lento e a pessoa nem percebe que está perdendo
um sentido tão importante. A capacidade de cheirar, via de regra, não se conecta com
os outros sentidos, antes de atingir os hemisférios cerebrais. Estas vias diretas levam a

experiências relacionadas com as emoções. Exemplo: o perfume de alguém querido


marcará de tal forma uma pessoa que, se ela sentir o odor desse perfume, mesmo sem
a presença física da pessoa, a sua lembrança lhe virá automaticamente. O olfato tem
ainda uma forte relação com a gustação, condicionando o sabor das comidas e bebidas.

Visão
Filogeneticamente, a visão é um telerreceptor unidirecional, descontínuo (os olhos
podem fechar) e simultâneo. É um dos sentidos do corpo humano preparado para lidar
com ângulos, linhas, distâncias, profundidades, diferentes intensidades luminosas,
diferentes perspectivas, posições, orientações e projeções virtuais, e pronto para
analisar e simplificar.

A visão é constituída por 125 milhões de células fotorreceptoras, instaladas na retina,


cones e bastonetes, ligadas às células corticais específicas, permitindo uma análise e
uma síntese verdadeiramente extraordinária.

Cabe ainda ressaltar que a visão é o mais completo dos sentidos, o que já foi referido
pelo artista plástico Leonardo da Vinci. Resulta de uma hierarquia composta pelos
seguintes subsistemas de aprendizagem: antigravitacional (postural e vestibular),
corporal (lateralização e direcionalidade), somatognósico (identificação) e,

finalmente, linguístico.
Muitas crianças podem apresentar déficit de percepção visual e/ou dificuldade em
relação ao controle óculo-motor. A visão desempenha um papel primordial no
desenvolvimento motor e linguístico, ao longo da caminhada do Homo sapiens, de

forma a afetar o movimento e a aprendizagem.

Figura 28 – Balanço de rede com globo de luz


Fonte: Acervo do conteudista

#ParaTodosVerem: a imagem mostra um globo de luz azul no teto de uma sala


de integração sensorial, de onde sai um suporte de rede para posicionamento da
criança, quando em atendimento. É um azul intenso, que se propaga por toda a
imagem. Fim da descrição.

Modulação
Quando falamos de modulação sensorial, relatamos a capacidade que a criança tem na
interpretação de um estímulo, como reage frente a ele, como se recupera de mudanças
bruscas e qual a reação inicial.

Alguns autores citam a modulação como a habilidade para monitorar e regular as


informações, garantindo uma resposta apropriada a um estímulo sensorial. Portanto,

pode ser caracterizada por um aumento da capacidade de respostas (hiper), ou uma


diminuição da capacidade de respostas (hipo), às aferências sensoriais. Sendo assim,
algumas disfunções poderão ocorrer quando essas flutuações extremas tornam a
interação do indivíduo com o ambiente ineficiente.

Pontualmente, para que a modulação esteja integrada será necessário o que chamamos
de os “4 As”: Alerta; Ação; Atenção e Afeto são o reflexo da Integração Sensorial e da
regulação da criança para viver bem no mundo.

Discriminação Sensorial
É a percepção da interpretação adequada do estímulo sensorial. É o significado do
estímulo recebido.

A expressão motora está diretamente relacionada à competência sensorial que cada

indivíduo processa.

Práxis
Práxis, no processamento sensorial, significa a função ou capacidade de sequenciar
novos atos motores, organizá-los e executá-los. Palavra de origem grega que significa
conduta ou ação. Este termo é utilizado por vários campos de conhecimento, como a

Filosofia e a Psicologia, que a classificam como uma atividade voluntária, orientada


para um determinado fim ou resultado. Assim, a praxia engloba a capacidade de saber o
que fazer e como fazer.

Nesse contexto, a dispraxia é a dificuldade para idealizar, planejar e executar um ato

motor não habitual na sequência correta. Já um déficit na capacidade de um indivíduo


de envolver-se eficazmente em um ato motor específico. Interfere, também, com o
desenvolvimento cerebral e, consequentemente, na capacidade geral. Identificar as
áreas em déficit e dar-lhes respostas terapêuticas adequadas pode aumentar as

oportunidades de sucesso da criança.

A praxia envolve três processos: 1. Ideação: o que fazer; 2. Planejamento: como fazer; c.
Execução: a projeção da ação propriamente dita.

1 Ideação: é o conceito de ideia da ação; são as


ideias sobre o que pode acontecer durante as
interações entre objeto-pessoa, por exemplo, “eu
gostaria de subir a escada e pular sobre os
travesseiros”;

Planejamento: é o processo intermediário, que faz a ponte entre a


2
ideação e a execução motora, para possibilitar interações
adaptativas com o mundo físico, por exemplo, primeiro subir a
escada e então voltar-se para os travesseiros, e pular;

Execução motora: é a expressão motora da ideação e do


3
planejamento, por exemplo, o ato motor de subir a escada e de
pular.
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📄 Referências
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