Odis10 Teste 10ano Bom
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Grupo I
A cavitação, ou embolismo, é um fenómeno que resulta da formação e acumulação de gotas de ar,
no interior dos vasos de xilema, que interrompem o fluxo da seiva.
Foram selecionados ramos de duas árvores de salgueiro-francês (Salix viminalis). Um desses
ramos foi sujeito, no início da primavera, a variações de pressão entre os 1,5-2,8 MPa. A pressão
foi exercida através de um anel adaptado em torno do ramo e ligado a uma garrafa de ar
comprimido, para aplicação da pressão (fig. 1A).
Estas plantas foram sujeitas a um período de
várias horas de aclimatação ao anel. A extensão
da cavitação foi determinada através de medições
do potencial de água nas folhas e por um monitor
de emissão de ultrassons que recebia sinais de
sensores aplicados acima do anel de pressão. As
emissões acústicas detetadas surgem quando há
acumulação de gotas de ar nos vasos xilémicos.
O gráfico B representa o número de emissões
acústicas acumuladas (EAA) entre as 11 horas e
as 16 horas, quando os sensores acústicos foram
colocados 5 cm à frente do anel de pressão e a 30
cm à frente desse anel. O gráfico C indica os
resultados do potencial de água nas folhas do
ramo de controlo e do ramo pressurizado.
Figura 1. (A) Montagem experimental. (B) Número de emissões acústicas acumuladas. (C) Variação do
potencial hídrico nas folhas do ramo de controlo e do ramo sujeito a pressurização. (Nota: Os valores indicados
pelas setas referem-se às diferentes pressões aplicadas.)
4. A redução do potencial hídrico nas folhas dos ramos sujeitos a pressão resultou
(A) do aumento do fluxo de seiva bruta no xilema das folhas.
(B) da pressão gerada ao nível da raiz das plantas.
(C) da ocorrência da transpiração foliar.
(D) da variação da coesão entre as moléculas de água.
5. A absorção ________ de sais minerais pelas células da epiderme da raiz conduz à entrada
de água por osmose, o que gera uma ________radicular.
(A) passiva … pressão
(B) passiva … tensão
(C) ativa … tensão
(D) ativa … pressão
7. Faça corresponder a cada letra da coluna I, referente aos processos de transporte nas
plantas, um número da coluna II, relativo ao conceito com que se relaciona.
Coluna I Coluna II
(a) Os pelos radiculares aumentam a área de entrada de água
por osmose.
(b) As ligações das moléculas de água às paredes dos vasos
1. Tensão
facilitam a subida da seiva bruta.
2. Pressão radicular
(c) A entrada de um elevado volume de água no interior da raiz
3. Adesão
impulsiona a seiva bruta do xilema no sentido ascendente.
4. Absorção radicular
(d) A saída de água através das folhas cria o movimento
5. Coesão
ascendente da coluna de água nos vasos do xilema.
(e) Na cavitação, as gotas de ar no interior dos vasos quebram
as ligações entre as moléculas de água.
10. Explique, tendo em conta os dados do gráfico C, a variação do potencial de água das
folhas, após a aplicação de uma pressão de 0 MPa.
Grupo II
O míldio (Plasmopara viticola) é um fungo parasita da videira que penetra nas folhas através dos
estomas e desenvolve, no mesófilo da folha, os seus haustórios – estruturas que penetram nas
células de onde obtêm o alimento (fig. 2A).
Estacas de videira (Vitis vinifera), infetadas por P. viticola, murcham mais rapidamente do que as
saudáveis, quando submetidas a escassez de água, o que sugere a existência de uma relação
funcional entre as células-guarda e o fungo.
Foram usadas observações microscópicas de termografia de infravermelhos para investigar a
abertura/fecho dos estomas em resposta à infeção (fig. 2B). Em folhas infetadas, os estomas
permaneceram abertos na ausência de luz, durante o stresse hídrico, apenas na área afetada pelo
fungo. Ao contrário do que acontece em folhas saudáveis, o fecho estomático em folhas infetadas
removidas da planta não pode ser induzido por um défice de água ou pelo tratamento com ácido
abscísico (ABA), uma hormona vegetal que provoca o fecho dos estomas. Estes dados indicam que
o fungo desregula o funcionamento das células-guarda, causando perdas significativas de água.
Estudos citológicos indicaram que o bloqueio do fecho dos estomas não era devido a forças
mecânicas resultantes da presença do fungo.
Baseado em Allègre, M. et al. (2006). DOI: 10.1111/j.1469-8137.2006.01959.x
Figura 2. (A) Desenvolvimento da infeção das folhas de videira pelo míldio. (B) Fotografia de uma
folha de videira parcialmente infetada com míldio, sete dias após a infeção. Imagem térmica dessa
folha à direita (valores em oC).
1. Nas regiões das folhas de videira infetadas por P. viticola, o ________ potencial de água é
devido a um aumento da _________ de água.
(A) maior … absorção
(B) maior … transpiração
(C) menor … transpiração
(D) menor … absorção
2. A imagem térmica da folha de videira _________ mostra que a área infetada pelo fungo
apresenta uma temperatura ________ comparativamente com as áreas envolventes.
(A) na escuridão … superior
(B) na escuridão … inferior
(C) à luz … superior
(D) à luz … inferior
8. Nas áreas das folhas não infetadas pelo míldio, as trocas gasosas
(A) de CO2 aumentam durante os períodos de ausência de luz.
(B) de CO2 diminuem durante os períodos de ausência de luz.
(C) não são afetadas, uma vez que ocorrem através da superfície da epiderme.
(D) de oxigénio diminuem, devido ao aumento da taxa da fotossíntese.
9. A poda tardia dos caules da videira provoca a perda de água por _______, um fenómeno
que decorre da ________.
(A) gutação … pressão radicular
(B) exsudação … tensão foliar
(C) gutação … tensão foliar
(D) exsudação … pressão radicular
10. Explique, a partir dos dados do texto, de que modo a infeção pelo fungo P. viticola faz
variar a capacidade de resistência das videiras à escassez de água no solo.
Grupo III
Tartarugas de água doce de várias espécies, como, por exemplo, Chrysemys picta, que habita
regiões de elevada latitude no hemisfério norte, hibernam durante vários meses no inverno, nos
seus habitats aquáticos cobertos de gelo, onde permanecem submersas e sem respirar. Nestas
circunstâncias, em que as quantidades de oxigénio da água são muito reduzidas (hipoxia) ou
mesmo nulas (anoxia), as tartarugas diminuem bastante as suas taxas metabólicas e passam a
depender da energia produzida através de fermentação. Durante o estado de anoxia, apenas a
glicose e o glicogénio são utilizados como substratos para a produção de energia. O glicogénio
está acumulado no fígado bem como nos músculos esqueléticos e no coração. Enquanto nos
tecidos musculares as células utilizam glicogénio acumulado nos músculos de que fazem parte,
noutros órgão, como os do sistema nervoso, dependem do glicogénio acumulado no fígado.
2. A via ______ que permite a produção de energia para a tartaruga C. picta durante a
hibernação implica a oxidação ______ das moléculas utilizadas no processo.
(A) aeróbia … total
(B) anaeróbia … parcial
(C) aeróbia … parcial
(D) anaeróbia … total
3. Para que possa ser utilizado nos processos de produção de energia, o glicogénio deve
sofrer ______ em ______ simples.
(A) hidrólise … glícidos
(B) condensação … lípidos
(C) hidrólise … lípidos
(D) condensação … glícidos
Coluna I Coluna II
1. Libertação de dióxido de carbono
(a) Glicólise 2. Formação de água
(b) Ciclo de Krebs 3. Oxidação de NADH
(c) Cadeia de transporte de eletrões e 4. Produção de ácido pirúvico
fosforilação oxidativa 5. Redução de oxigénio
10. Escreva uma equação geral do processo de produção de energia nos animais indicados, em
situação de ausência de oxigénio.
COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
I
6 6 6 6 6 6 6 6 6 12 66
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
II
6 6 6 6 6 6 6 6 6 12 66
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
III
6 6 6 6 10 6 6 6 6 10 68
TOTAL 200