Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Mesopotâmia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 29

Mesopotâmia é uma palavra de origem grega que significa “terra entre rios”.

Trata-se de
uma região desértica localizada entre os rios Tigre e Eufrates. Nos dias atuais, é território
pertencente ao Iraque. Por ter sido uma região de passagem, a Mesopotâmia foi ocupada
por vários povos de diferentes origens, como os sumérios, acádios e babilônios.

Esses eram povos guerreiros, que expandiram seus domínios por toda a região. Os persas
derrotaram as últimas populações que ocuparam a Mesopotâmia em 539 a.C. Os legados
culturais dos povos mesopotâmicos são a arquitetura de seus palácios e templos e o estudo
da astronomia e geometria.

História da Mesopotâmia

O Crescente Fértil, onde se localizava a Mesopotâmia, é uma região que foi habitada por
vários povos da Antiguidade oriental. Geograficamente, o Crescente Fértil está localizado
entre o Egito e a Mesopotâmia e é caracterizado como uma região desértica (quente e
seca), mas com rios volumosos.

Foi às margens desses rios que surgiram as primeiras civilizações do Oriente. A civilização
egípcia surgiu às margens do rio Nilo, e as civilizações da Mesopotâmia, às margens do
Tigre e do Eufrates. A proximidade desses últimos povos com os rios fez com que vários
autores denominassem-nos como sociedades hidráulicas.

Tais rios saciavam a sede das pessoas mas também serviam de meios de transporte.
Além disso, e o mais importante, as águas dos rios serviam para irrigar as plantações.
Em suas vazantes, as margens eram utilizadas para o plantio, pois o baixar das águas
tornava o solo fértil. Quando os rios subiam de volume, os povos da Antiguidade oriental
construíam diques e represas para que a água não faltasse durante os seus períodos de
seca.

A religião teve um papel de destaque. Ao utilizarem a escrita, esses povos registravam os


ritos praticados em suas cerimônias religiosas. Eram povos politeístas, isto é, acreditavam
em vários deuses, e além disso não mediam esforços para construírem belos templos
religiosos por meio de refinadas técnicas arquitetônicas.
Povos da Mesopotâmia

● Sumérios

Os sumérios foram os primeiros povos a chegarem à Mesopotâmia e dominaram a


região entre 3200 a.C. e 2800 a.C. Como estavam próximos dos rios, eles buscaram utilizar
a água da melhor forma, aperfeiçoando as técnicas de irrigação.

Os templos religiosos foram construídos de forma sofisticada, o que demonstra o apreço


dos sumérios pelas técnicas arquitetônicas. Eles também usaram a escrita cuneiforme
(escrita em forma de cunha e feita em tabletes de barro) para registrar os feitos dos seus
soberanos e também os ritos religiosos. O excedente da produção agrícola era aproveitado
no comércio com outros povos, como os egípcios e indianos.

● Acadianos

Os acadianos derrotaram os sumérios e dominaram a Mesopotâmia por pouco tempo. O


rei Sargão I unificou os povos mesopotâmicos e ampliou o domínio acadiano por meio de
um exército ágil e preservando a cultura dos dominados. Os acadianos foram derrotados
pelos amoritas, mais conhecidos como babilônicos.

● Império Babilônico

O domínio babilônico iniciou-se por volta de 2000 a.C, e sua sede foi a cidade de Babilônia.
Em 1728 a.C., Hamurabi assumiu o poder do império e criou um códio de leis, o Código de
Hamurabi, que era baseado na Lei do Talião, que dizia: “olho por olho, dente por dente”.
Em outras palavras, as punições eram determinadas proporcionalmente aos crimes
cometidos. O domínio babilônico durou até 1513 a.C., quando os hititas dominaram a
região.

● Assírios

Os assírios dominaram a região da Mesopotâmia até 1450 a.C. Esse controle foi
conquistado por meio da ação cruel do seu exército, que não poupava recursos
sanguinários contra os povos conquistados. Os assírios foram derrotados pelos caldeus em
612 a.C.

● Segundo Império Babilônico

Os caldeus fundaram o Segundo Império Babilônico. Foi no reinado de Nabucodonosor


que o império viveu seu apogeu. Sua principal característica foi o desenvolvimento da
arquitetura, o que propiciou a construção de obras públicas até hoje recordadas pela sua
suntuosidade e beleza, como os Jardins Suspensos e a Torre de Babel. Nabucodonosor
expandiu seu domínio e conquistou a cidade de Jerusalém. Em 539 a.C., os persas,
liderados por Ciro II, derrotaram os babilônicos.

Sociedade da Mesopotâmia

A sociedade mesopotâmica era dividida em castas, ou seja, não era permitida a


mobilidade social. O soberano era o chefe político, militar e religioso e estava no topo da
pirâmide social. Abaixo dele estavam os sacerdotes, aristocratas e militares. A base
piramidal, ou seja, quem sustentava as demais castas, era composta de camponeses, que
trabalhavam no plantio e na colheita, e de escravos, que construíam as obras públicas e os
templos.

Cultura da Mesopotâmia

A atividade cultural na Mesopotâmia foi intensa. Os mesopotâmicos desenvolveram o


conhecimento da astronomia para prever enchentes e vazantes dos rios bem como para
práticas religiosas. Os babilônicos dividiram o tempo em 24 horas e a hora em 60 minutos.
A arquitetura teve suas técnicas desenvolvidas por conta da construção de palácios,
templos e torres.

Resumo
A Mesopotâmia era a região que fica entre os rios Tigres e Eufrates e onde se
desenvolveram importantes civilizações da Antiguidade oriental.

● Política: os povos eram governados por um soberano, que acumulava as funções


de chefe político, militar e religioso.
● Economia: agrícola, comercial e agropastoril.
● Sociedade: dividida em castas
● Cultura: astronômica, dedicada ao tempo e arquitetônica.

Sumério
Sumério foi falada na Suméria no sul da Mesopotâmia (parte do Iraque moderno) de talvez
do 4º milênio aC até 2.000 aC, quando foi substituída por acadiano como língua falada,
embora continuasse a ser usada por escrito para propósitos religiosos, artísticos e
acadêmicos. até cerca do século I dC O sumério não está relacionado com nenhuma outra
língua conhecida, portanto é classificado como um isolado da língua.

Cuneiforme sumério
O cuneiforme sumério é o mais antigo sistema de escrita conhecido. Suas origens
remontam a cerca de 8.000 aC e se desenvolveram a partir dos pictogramas e outros
símbolos usados ​para representar bens comerciais e gado em tabletes de argila.
Originalmente, os sumérios faziam pequenas fichas de argila para representar os itens. As
fichas eram mantidas juntas em envelopes selados de argila e, para mostrar o que havia
dentro dos envelopes, eles pressionavam as fichas na argila do lado de fora.

Por volta de 2.800 aC, alguns dos glifos sumérios estavam sendo usados ​para representar
sons usando o princípio do rébus. Por exemplo, o símbolo da seta, pronunciado ‘ti’, foi
usado para representar a palavra para a vida (útil). Havia também muitos glifos que eram
pronunciados da mesma forma, mas representavam palavras diferentes. Posteriormente,
um sistema de determinativos, que lhe dava uma idéia da categoria a que pertencia uma
palavra e dos componentes fonéticos, que indicavam como pronunciar uma palavra,
desenvolver e ajudar a desambiguar os significados dos glifos.

Aqui estão alguns exemplos de como os glifos mudaram ao longo do tempo:


Glifos silábicos sumérios
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos
Enuma Elish
e-nu-ma e-liš la na-bu-ú šá-ma-mu
šap-liš am-ma-tum šu-ma la zak-rat
ZU.AB-ma reš-tu-ú za-ru-šu-un
mu-um-mu ti-amat mu-al-li-da-at gim-ri-šú-un
A.MEŠ-šú-nu iš-te-niš i-ḫi-qu-ú-šú-un
gi-pa-ra la ki-is-su-ru su-sa-a la she-'u-ú
e-nu-ma dingir dingir la šu-pu-u ma-na-ma

Deuses
TIAMAT - Tiamate ou Tiamat é uma deusa das mitologias suméria e babilônica associada
ao oceano (tendo sua contraparte masculina em Apsu, associado a água doce). Na maioria
das vezes, Tiamate é descrita como uma serpente marinha ou um dragão, mas nenhum
texto foi encontrado nos quais contenham uma associação clara com essas
criaturas.Também conhecida como Donzela da Vida, em outras mitologias é chamada de
Deusa Tríplice mas adquire outras visões.
No Enuma Elis, sua descrição física contém, uma cauda (rabo), coxas, órgãos sexuais,
abdômen, tórax, pescoço e cabeça, olhos, narinas, boca e lábios. E por dentro coração,
artérias e sangue.
Contudo, há uma etimologia semita que pode ajudar a explicar por que Tiamate é descrita
como uma serpente. No mito fragmentado "Astarte e o Tributo do Mar" no inglês Astarte and
the Tribute of the Sea, há uma menção de "Ta-yam-t" o que parece ser uma referência de
uma serpente (*Ta - *Tan) marítima (*Yam). Se tal etimologia estiver correta irá explicar a
conexão entre Tiamate e Lotã (Lo-tan, Leviatã).
Apesar do Enuma Elis descrever que Tiamate deu à luz dragões e serpentes, são incluídos
entre eles uma grande lista de monstros como homens escorpiões e as sereias. Porém,
nenhum texto diz que eles se parecem com a mãe ou se limitam a criaturas aquáticas.
Inicialmente, quando o mundo cultuava divindades femininas com suas várias faces,
Tiamate era adorada como a mãe dos elementos. Tiamate foi responsável pela criação de
tudo que existe. Os deuses eram seus filhos, netos e bisnetos.

O deus Ea (Enki - Eä), acreditava que Apsu se elevou, com o caos que eles criaram, e
estavam planejando assassinar os deuses mais novos; e então Ea o matou. Isso enraiveceu
Xingu - filho de Tiamat e Apsu - o qual reportou o fato a Tiamat, que criou mais monstros
para batalhar contra os deuses. Tiamat possuía as Tábuas do Destino e na batalha decisiva
ela as deu a Kingu, o qual era seu filho e líder dos exércitos de Tiamat. Os deuses ficaram
desesperados, mas Marduque (Anu - filho de Eä), fez uma promessa de que seria
reverenciado como "Rei dos Deuses". Ele batalhou contra Tiamat, armado com flechas do
Vento, uma rede, um cajado e sua Lança Invencível.
Marduque prevaleceu sobre o corpo machucado de Tiamate
E com seu cruel cajado esmagou sua cabeça
Ele cortou as veias por onde passavam seu sangue
E fez o vento do norte correr por lugares secretos
Cortando Tiamate ao meio, fez de seu tórax o vácuo entre o céu e a terra. Seus olhos de
lágrimas se tornaram a fonte do Rio Eufrates e Tigre e sua cauda tornou-se a Via Láctea.[1]
Com a permissão dos outros deuses eles tomaram as Tábuas do Destino de Quingu,
instalando-se como o cabeça do Templo Babilônico. Quingu foi capturado e posteriormente
assassinado, e seu sangue vermelho foi misturado com a terra vermelha criada do corpo de
Tiamate, para então formar o corpo da humanidade. Criado para agir como servos dos
deuses mais novos Iguigui.

APSU - Apsu ou Abzu (Em acádio: apsû, ; lit. "ab" = longe, "zu" = água[1]) era
um deus das águas doces de fontes subterrâneas, com atribuições religiosas nas mitologias
da Suméria e Acádia. Lagos, rios, poços, e outras fontes de água doce também
significavam "abzu". Mas, por outro lado, Apsu para os muçulmanos significa "colhedora de
crianças".
Apsu é uma efígie de uma divindade na criação épica babilônica, o Enuma Elis, livro da
biblioteca de Assurbanípal a qual é milênios mais velha. Na história, ele era um ser
primordial feito das águas doces e amante de outra divindade primordial, Tiamate, que era
uma criatura das águas salgadas. O Enuma Elis começa com:

Quando os céus acima não existiam ainda e nem a terra abaixo, Apsu o oceano de água
doce estava lá, o primeiro, o procriador, e Tiamate, o mar de água salgada, ela que criou
tudo; eles ainda estavam misturados em suas águas, e nenhuma pastagem ainda tinha sido
formada, nem mesmo um pedaço de pântano...

ANU - Anu ou Am era o deus acádio do céu, mais tarde também cultuado por assírios e
babilônios, sendo o correspondente semita do deus Am da mitologia suméria. Anu era o
"senhor das constelações, rei dos espíritos e dos demônios". Anu habitava as mais altas
regiões celestiais. Era tido também como juiz dos homens e dos deuses, tendo criado as
estrelas do céu para o servirem como seus soldados, encarregadas de perseguir e punir os
criminosos. Anu era o pai dos Anunáqui (também chamados de Anunacu).
Iconograficamente, Anu surge por vezes representado como um chacal. No entanto, o seu
traço distintivo mais frequente é a tiara divina, engalanada com dois pares de cornos (a
importância dos deuses acádicos era medida pelo número de pares de cornos que
ornamentavam as suas tiaras). O mais importante de todos os deuses era Anu.
Ele era o pai dos deuses da Suméria (Nefilim-Anunáqui), é o governante de Nibiru (ou
Marduque), o 12º planeta do sistema solar, portanto, governante do sistema solar.

NAMU - Namu (Nammu) ou Nama (Namma) foi uma deusa primordial na mitologia
suméria, que é equivalente a Tiamate na mitologia babilônica. Namu era a deusa-mar
(Engur) que deu origem a Anu (Céu) e Antu/Qui (Terra) e aos primeiros deuses, e
representava o Apsu, que é o oceano de água doce que os sumérios acreditavam existir
abaixo da superfície terrestre, a fonte de vida e fertilidade em um local onde a precipitação
era muito pequena.
Da união dos filhos de Namu, nasceu Enlil (Ar). Quando Anu se viu sozinho, e chorava
copiosamente com saudades da esposa Qui, Namu então recolheu as lágrimas e gerou
Enqui, Eresquigal e Ninqui (Danquina). De acordo com o texto mitológico neo-sumério
"Enqui e Ninma", Namu é a deusa que deu origem aos grandes deuses. É dela que vem a
ideia de criar a humanidade, e para tal, foi acordar Enqui que estava dormindo no Apsu,
para que este iniciasse tal processo.
Namu não é bem documentada na mitologia suméria. Ela pode ter tido uma importância
maior na pré-historia, antes de Enqui tomar-lhe quase todas as funções. Uma indicação de
sua continuada relevância pode ser achada no nome de Ur-Namu, o fundador da terceira
dinastia de Ur.
No poema Atracasi-Epo, Enlil pede a Namu que crie os humanos, ao que ela responde que
com a ajuda de Enqui ela poderia criá-los à semelhança dos deuses.

QUI - Na mitologia suméria, Qui era a deusa da terra e a principal consorte de Anu, deus
do céu. Em algumas lendas, Qui e Anu eram irmãos, filhos de Ansar ("Pivô do Céu") e
Quisar ("Pivô da Terra"), antigas personificações do céu e da terra.
Através de seu consorte Anu, Qui deu à luz os Anunáqui, grupo de divindades das quais a
mais importante é Enlil, deus do ar. De acordo com as lendas, o céu e a terra eram
inseparáveis, até o nascimento de Enlil, que dividiu o céu e a terra em dois. Anu ficou com o
céu, enquanto Qui, juntamente com Enlil, ficou com a terra.[1]
Alguns estudiosos questionam se Qui era realmente visto como uma divindade, já que não
existem evidências de seu culto, e seu nome aparece apenas num grupo limitado de textos
de criação sumérios. O assiriólogo Samuel Noah Kramer identificou Qui com a deusa mãe
suméria Ninursague, alegando que ambos eram originalmente a mesma figura.
Qui posteriormente teria se transformado na deusa babilônica e acádia Antu7, consorte do
deus Anu (do sumério An).

Em cuneiforme
O caráter cuneiforme KI (Borger 2003 nr. 737; U+121A0) é o símbolo que representa "terra".
Também pode ser lido como GI5, GUNNI (=KI.NE) "lareira", KARAŠ (=KI.KAL.BAD)
"acampamento", "exército", KISLAḪ (=KI.UD) "eira", e SUR7 (=KI.GAG). Na ortografia
acádia, funciona como um determinador de topônimos e tem os valores silábicos de gi, ge,
qi, and qe.
ENKI - Enqui (Enki) era uma divindade da mitologia suméria, conhecido mais tarde como
Ea ou Easarru (Ea-šarru) na acadiana e babilônica. Era o deus da água doce primordial,
sabedoria e criação e foi cultuado desde ca. 3 500 até 1 750 a.C. como Enqui e de ca. 1
900 até 200 a.C. como Ea. Seu templo era a casa de Apsu ou Eengurra em Eridu, mas essa
informação só é conhecida através de inferências literárias. No tempo do Império
Neobabilônico (626–539 a.C.), sua popularidade diminuiu e tornar-se-ia pai de Marduque.
Foi registrado em placas, esculturas, estelas votivas e glípticos e em textos cuneiformes
como Enuma Elixe, Epopeia de Gilgamés e Nergal e Eresquigal, Atrahasis, Enqui e a
Ordem do Mundo, hinos templários, etc. Isimude era seu mensageiro. Como deus da água
doce, em sua capacidade de nutrir a terra, Enqui era uma das principais divindades
sumérias, mas se pensa que teve uma entrada tardia no panteão. Geralmente era
representado como uma figura em chifres típicos, cocar e saia em camadas com dois fluxos
de água (Tigre e Eufrates) saltando dos ombros ou de um vaso e peixes saltando. Ainda
podia segurar o pássaro Indugude (trovão), significando nuvens subindo das águas. Seu pé
podia repousar num íbex.
O funcionamento dos assuntos diários foi deixado sob sua responsabilidade e segundo os
mitos organizou a terra e estabeleceu a lei e a ordem, bem como foi um dos três deuses
que lutaram na batalha primordial entre o bem e o mal. No épico de criação sumério, Enqui
partiu num barco para vingar o sequestro por Cur da deusa Eresquigal e Cur revidou com
pedregulhos. Ele então aparece enchendo o Tigre e Eufrates com água doce sagrada a
pedido de Ninsiquil e nomeando outras divindades menores para seus deveres em conexão
com o bem-estar do mundo natural:[11] Musdama com os projetos de edificação e casas;[12]
Sirara à proteção das águas do Golfo; [13] Sumugã com as terras planas aluviais do sul da
Mesopotâmia;[14] Iscur com os ventos;[5] Enquindu com os canais e diques;[15] e Laar, deus
do gado, foi enviado à terra por Enlil e Enqui para trabalhar com Asnã, deusa dos cereais.[16]
Além disso, Enqui era deus dos artistas e artesãos. Numa lenda, gerou as plantas de seu
sêmen e deixou-as dentro de seu corpo até adoecerem, obrigando Ninursague a colocá-las
em sua própria vagina e dar à luz sua progênie.[15] Segundo o Enuma Elixe, Enqui matou
Apsu enquanto dormia, provocando a ira de Tiamate, consorte dele. Após matá-lo,
estabeleceu sua morada no Apsu sob a cidade de Eridu.[17] Noutra lenda, foi persuadido
enquanto estava bêbado, e através de um subterfúgio de Inana, dotou-a com mais de cem
decretos divinos, que ela levou de volta para Uruque em seu barco e que formou a base da
constituição cultural suméria. Quando Inana foi ao submundo para confrontar sua irmã
Eresquigal, foi deixada por morrer por três e noites antes de ser restaurada a mando de
Enqui, que criou dois seres, Curgarra e Galaturra, para assegurar sua libertação e
reanimá-la, polvilhando-a com a comida e água da vida.[18] Noutras lendas, Inana,
Ninursague e Enlil são apresentados como seus adversários.[15] Há também fontes que
descrevem Ninguirsu fazendo uma jornada para Eridu para notificar Enqui das realizações
de Gudea.[19]

ERESQUIGAL - Eresquigal[1] (Ereshkigal) era uma das grandes divindades sumérias,


filha de Anu o antigo senhor do Céu e Namu, a senhora dos oceanos e irmã gêmea de
Enqui. O seu nome significa "Senhora da Grande Habitação Inferior" ou ainda "Senhora dos
Vastos Caminhos", tal nome indica que é a rainha do inferno, pois "vastos caminhos" tanto
como "terras vastas" eram eufemismos para se falar do Inferno, terra cujos caminhos são
infindáveis e sem rumo certo. Assim, Eresquigal é a rainha de Cur-Nu-Gia, "A Terra do Não
Retorno". Apesar de ser a rainha do inferno e governante dos demônios e dos deuses
obscuros, Eresquigal é uma dos grandes deuses Anunáqui, a quem Anu delegou o dever de
ser a juíza das almas dos mortos. Ela é quem julga os casos dos homens e mesmo dos
deuses, mesmo depois de já julgados pelo grande conselho dos 12 deuses, como
aconteceu com Enlil, quando do seu crime de violentar a jovem deusa Ninlil.
O motivo pelo qual Eresquigal se tornou rainha do Inferno é de certo modo obscuro, alguns
unem sua figura a de Ninlil, de modo que, após ter sido violentada, ela morre e então se
torna a severa rainha do mundo inferior passando a se chamar então Eresquigal. Outros
textos antigos sugerem que por sua vontade ela abandonou o seio de Namu e partiu para
descobrir o destino de Cur e outros irmãos que partiram para além do Mundo das coisas
vivas, e lá chegando tornou-se a rainha dos deuses infernais.
Tinha sob seus serviços diversas divindades obscuras, entre elas, Husbisague (sua
secretária) e Nantar seu vizir e mensageiro, e deus do Destino e da Sorte.
Os mitos dos quais Eresquigal tornou-se uma deusas célebre por mitos como o de seu
casamentos com Nergal e a descida de Ninlil e de sua irmã Inana ao Inferno para
recuperarem seus esposos. Certa vez, ao enviar Nantar como seu representante para ter
com Anu e os demais Anunáqui, foi ofendida pelo jovem deus Nergal, que se recusou a
reverenciar Nantar em honra dela. Todos os deuses temeram pelo destino de Nergal, pois
Nantar contaria a sua senhora tamanha desfeita. Mas Nergal pouco se importou afirmando
que não daria préstimo a uma deusa a quem nunca vira. Porém sua empáfia durou até que
Enqui lhe advertir sobre o tremendo risco que corria, já que os poderes de Eresquigal eram
imensos. Por conselho de Enqui, Nergal desceu ao Inferno para se desculpar e acabou
apaixonado por para beleza fulminante de Eresquigal a quem julgava ser uma velha senil e
horrenda.
No caso de Ninlil, anterior a Nergal, a donzela, mesmo ofendida e violentada por Enlil,
decide descer ao Inferno para convencer Eresquigal a devolver sua vida, já que ela no
fundo o amava.
Por fim, foi a vez de Inana (Istar), de atravessar os nove portais do reino do Inferno e ver a
face de Eresquigal. Inana, por sua realeza, beleza e nobreza, julgou que poderia enfrentar a
irmã e exigir o retorno de Dumuzi, seu esposo. Mas com mão de ferro, Eresquigal submeteu
Inana a todos os tipos de dor e humilhação diante de cada portal, nos quais era obrigada a
se despir de alguma jóias ou peça de roupa, até que chegou nua e humilhada diante do
trono da soberana infernal. Todavia a força do amor de Inana causou tanto temor em
Eresquigal, que ela a empalou levando-a a morte. Não fosse pela intercessão de Enqui, ao
criar da sujeira sob suas unhas o belo mensageiro Asusunamir, para interceder e resgatar
Inana, ela teria ficado morta para sempre. Asusunamir convenceu Eresquigal a restituir a
vida de Dumuzi e Inana.
Eresquigal também era chamada de Ircala.

GUGALANA - Na mitologia suméria, Gugalana (Uggae) foi uma divindade e uma


constelação conhecida hoje como Touro, um dos doze signos do zodíaco.
Gugalana foi o primeiro marido da deusa Ereshkigal, a deusa do Reino da Morte, um lugar
triste e desprovido de luz, que Inanna criou para punir os pecados de Gilgamesh. Gugalana
foi enviado pelos deuses em retribuição a Gilgamesh por este ter rejeitado o assédio sexual
da deusa Inanna.
Gugalana, cujos pés fez a terra tremer, foi desmembrado por Gilgamesh e Enkidu. Inanna,
do alto das paredes da cidade, mirou abaixo e Enkidu apanhou as ancas do boi e
balançou-os sobre a deusa, ameaçando que faria o mesmo com ela. Por isto, Enkidu depois
morrerá.
Foi para dividir a dor com a irmã que Inanna depois desce ao submundo.
Touro foi a constelação do hemisfério norte do equinócio da primavera datada de 3 200 a.C.
marcou o começo da era da Agricultura com o Novo Ano do Festival Akitu
(á-ki-ti-še-gur10-ku5, = semeadura da cevada), um dia importante para a religião
Mesopotâmica. A "morte" de Gugalana, representa o desaparecimento obscuro desta
constelação como um resultado da luz do sol, com a qual Gilgamesh era identificado.
A época em que este mito foi criado, o Festival do Ano Novo, ou Akitu, no equinócio da
primavera, devido à precessão dos equinócios não ocorriam em Aries, mas em Touro.
Nesse momento do ano, Touro desaparecia obscurecido pelo sol.

MARDUQUE - Marduque ou Merodaque, como é apresentado na Bíblia, é um deus protetor


da cidade da Babilónia, pertencente a uma geração tardia de deuses da antiga Mesopotâmia.
Era filho de uma relação incestuosa entre Enqui e Ninursague. Foi pai de Dumuzi (que seria o
bíblico Tamuz) que corresponde ao deus egípcio Ámon. A sua consorte era Sarpanite. Possuía
quatro olhos e ouvidos (via e ouvia tudo), e de sua língua saía uma chama; apesar de tudo, era
[carece de fontes]
considerado muito belo.
Com a ascensão da Babilônia à capital da coligação de estados do Eufrates, sob a liderança do
rei Hamurabi (2 250 a.C.), torna-se também o deus supremo do panteão de deuses
mesopotâmicos, foi a ele que os outros deuses confiaram o poder supremo devido à vitória
sobre a deusa Tiamate, personificada num monstro ou caos primordial, divide o seu corpo em
duas partes.
Os deuses queixam-se, porém, de não terem quem os adore, pelo que Marduque cria o homem,
para que os povos da terra os adorem e lhe levantem templos. Podemos encontrar referências
ao deus Marduque nos parágrafos de abertura e finalização do Código de Hamurabi, o mais
famoso código legislativo da Antiguidade.
Marduque foi declarado, por volta de 2 000 a.C., "deus Supremo da Babilônia" e dos "Quatro
Cantos da Terra", após vencer disputa entre os deuses pelo controle da Terra. Marduque não se
conformava, pelo facto de a família de seu tio Enlil e seus primos Nanar-Sim e Ninurta não
deixar seu pai Enqui ser o supremo entre os deuses.

QUINGU - Quingu[1] (Kingu) era um deus na mitologia babilônica a quem Tiamate


pretendia colocar como governante dos deuses. Quando Enqui (Ea) aprisionou Apsu
esposo de Tiamate, num eterno sono e roubou a glória de Mumu, Tiamate gerou Quingu e o
tornou seu esposo com a intenção de torná-lo rei. Tiamate deu a Quingu três Tábuas do
Destino, as quais ele colocou em uma armadura, que lhe garantiu imenso poder e
posteriormente o colocou no comando do exército de monstros de Tiamate. Porém foi
vencido e morto por Marduque, para o impedir de crescer, e seu sangue foi utilizado para
criar a humanidade. Então, Quingu foi viver no reino de Eresquigal, junto com os outros
deuses que se aliaram a Tiamate.[2]
Toda a história de Quingu na criação dos mitos de Babilônia pode ser encontrado no Enuma
Elis. E seu nome significa "o que enfeitiça com o sono".

ANZU - Anzu, Zu ou Indugude (em sumério: d im-dugud mušen[1]), na mitologia


mesopotâmica, é um demônio e pássaro enorme com cabeça de leão, cujas asas batendo
causavam redemoinhos e tempestades de areia. Talvez ele fosse originalmente a
personificação de um dos elementos atmosféricos. Outras descrições de Anzu indicam que
ele tinha um bico "como uma serra" e, portanto, possivelmente também a cabeça de um
pássaro. Na arte neoassíria, uma criatura que combina os elementos de um pássaro e um
leão (o chamado leão-dragão) pode representar Anzu ou Asacu. Em um mito
mesopotâmico, Indugude ou Anzu rouba a tábua do destino de Enqui (versão suméria) ou
Enlil (versão acadiana) e é morto por Ninurta, que eventualmente devolve a tábua ao
legítimo proprietário. Este deve ser um mito muito antigo (embora apenas atestado no
período da Antiga Babilônia), porque Anzu foi retratado como um animal heráldico
relacionado ao deus Ninguirsu já na Estela dos Abutres e também é mencionado em
conexão com este deus em um sonho contado por Gudea com Lagas. Acredita-se que essa
conexão se deva à derrota do pássaro pelo deus Ninguirsu/Ninurta.
Palavras sumérias comuns para propósitos mágicos

Akhkharu Vampiro

Alal Destruidor

Alla Xul Deus maligno

Barra! Begone

Dingir Xul Deus maligno

Edin Na Zu Vá para o deserto! (uma forma de exorcismo)

Gelal Incubus

Gigim Xul Espírito maligno

Gidim Xul Fantasma Maligno

Idimmu Demônio
Idpa Febre

Kashshaptu Bruxa

Lalartu Fantasma

Lalassu Espectro

Lilit Súcubo

Maskim Xul Diabo Maligno (Ambusher, Lier-In-Wait)

Mulla Xul Demônio do mal

Rabishu Sam As Maskim Xul

Telal Demônio Malvado (Guerreiro)

Uggae Deus da morte

Uruku Larvas
Utuk Xul Espírito maligno
Nomes de Pessoas | Deuses | Lugares / Palavras para Pessoas | Deuses | Locais

ADAR Estrela do NINASU

AMAUSH Senhor do Pão da Vida (‘encontros de datas’)


UMGALA
NNA

ANSHAR Acima de tudo dos céus

ANSHAR Grande Príncipe do Céu


GAL

ANU o celestial

BADTIBI Terra (terra brilhante) Onde os minérios são feitos finais


RA

BUZUR Deus das Minas Profundas (Deus que resolve os segredos)

DAMKIA Senhora da Terra e do Céu


NNA

DUMUZI Filho que é vida


EA Aquele cuja casa é água

EANNA Casa de Anu

EBABBA Casa do Sol Nascente


R

EDIN Terra de Mas


(vale do
Edin)

EENGUR Casa do Senhor cujo retorno é triunfante


RA

EGISNU Casa Causando Luz


GAL ou
GISNU

EHURSA Mountainhead para todas as terras


GKALAM
MA

EKUR ou Montanha da Casa (grande montanha)


KUR ou
KURGAL

EKUR Casa que é como uma montanha


EMEURA Casa dos ME do Herói de ANU
NNA

ENKI Senhor da terra

ENLIL Senhor do espaço aéreo

EZINU Deusa do Grão

GIBIL Um de fogo

GULA ou Lady Who the Dead traz de volta à vida


BAU

HEBAT Senhora dos céus

HURSAG Montanha das câmaras do céu


MU

IGIGI Aqueles que vêem e observam

KADINGI Portal dos Deuses


R
KIENGIR Terra do Senhor do GIR

KINGU Grande Emissário

KISHAR Em primeiro lugar das Firmlands

KISHARG Grande Princesa do Solo Firme


AL

MAGAN Egito

MAMMI Mãe dos deuses

NANNA Deusa da Lua

NANSHE Deusa dos peixes

NERGAL Grande observador

NINA Senhora da água

NINAGAL Príncipe das Águas Grandes


NINAZU Senhor Conhecendo as Águas

NINGISH Senhor do Artefato da Vida


ZIDDA

NINIGIKU Senhor de olhos brilhantes

NINHUR Senhora do Mountainhead


SAG

NINKASH Senhora da Cerveja (Bebidas)


I

NINLIL Senhora do espaço aéreo

NINMUL Senhora de muitas estrelas


MULLA

NINSUNA Senhora das vacas selvagens

NINTI Senhora da vida

NINURTA Senhor que completa a fundação


SABITU Sete Deuses do Vento de TIAMATU (Abismo / Oceano)

SARRAT Rainha do Netherworld


IRKALLI

SHIIMTI Casa onde o vento da vida é inspirado

SHIN’AR Terra dos Vigilantes


ou
SUMER

SHURUP Terra do maior bem-estar


PAK

SUEN Senhor multiplicador

TIAMAT Donzela da vida

ZIKIA Vida da terra e da água

ZIUSUDR Seus Dias da Vida Prolongados (Noé)


A

Frases / Frases Sumérias


Ana Estrada cujo curso não volta
Harrani Sa
Alaktasa
La Tarat

Ati Me Gatekeeper, abra seu portão para mim


Peta
Babka

Eli Baltuti Mortos Serão Mais Numerosos Que os Vivos


Ima”Idu
Mituti

Erset La Terra sem retorno


Tari

Harsag Pico que Emite o Brilho


Zalazalag

Kibrat Regiões dos Quatro


Erbettim

Kima Trate-a de acordo com os antigos ritos


Parsi
Labiruti

Nise Pessoas da terra que eu conquistei


Matati
Kisitti
Qatiya
Peta Abra o portão para mim para que eu possa entrar aqui
Babkama
Luruba
Anaku

Sa Belet Ritos da Senhora do Mundo Inferior


Ersetim
Ki’Am
Parsusa

Sada Alcançar a montanha


Emedu

Usella Levante os mortos aqui consumindo os vivos


Mituti
Ikkalu
Baltuti

Zi Dingir Espírito Deus do céu, lembre-se!


Anna
Kanpa!

Zi Dingir Espírito Deus Da Terra, Lembre-se!


Kia
Kanpa!

Conjunções
E MA

Como KIMA
(ou
como)

Tanto MALA
quanto

Mas MA

Ou LU … LU

A partir EM UM
de

Ele SU (adicionar à palavra)

Ele SU

E se SUMMA

Dentro EM UM
Deixei LU

Como KIMA
(ou
como)

Em EM UM

Ou U LU

que SU ou SU’ATI

o EM UM (?)

Eles SUNU

este ANU

Através EM UM

portant KI’AM
o
Até ANNA

o que MINU ou SA

Tanto MIMMA
faz

Onde ASAR

Qual AYYU ou SA

Qualqu AYYUMMA
er que
seja

Quem MANNU ou SA

Quem MAMMAN
quer
que

Por quê AMMENI

Você também pode gostar