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TCC Patricia Souza

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE GRADUAÇÃO BACHARELADO EM CIÊNCIAS


BIOLÓGICAS

PATRÍCIA DANIELE DE SOUZA

AVALIAÇÃO DE EXÓTICA INVASORA ARISTIDA


ADSCENSIONIS L. (POACEAE) NA RIQUEZA E ABUNDÂNCIA
DE UMA ÁREA DE RECUPERAÇÃO ECOLÓGICA NA
CAATINGA

PETROLINA
2022
PATRÍCIA DANIELE DE SOUZA

AVALIAÇÃO DE EXÓTICA INVASORA ARISTIDA


ADSCENSIONIS L. (POACEAE) NA RIQUEZA E ABUNDÂNCIA
DE UMA ÁREA DE RECUPERAÇÃO ECOLÓGICA NA
CAATINGA

Trabalho apresentado a Universidade Federal do


Vale do São Francisco – UNIVASF, Campus
Ciências Agrárias, como requisito para obtenção
do título de Bacharel.

Orientador: Prof. Dr. Renato Garcia Rodrigues

Coorientadora: Ma. Raphaela Aguiar de Castro

PETROLINA
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - UNIVASF
Gabinete da Reitoria
Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBI)
Av. José de Sá Maniçoba, s/n, Campus Universitário – Centro CEP 56304-917
Caixa Postal 252, Petrolina-PE, Fone: (87) 2101- 6760, biblioteca@univasf.edu.br

Souza, Patrícia Daniele de


S729a Avaliação de exótica invasora Aristida adscensionis L. na riqueza e
abundância de uma área de recuperação ecológica na Caatinga / Patrícia
Daniele de Souza. – Petrolina-PE, 2022.
xiv, 49f.: il.; 29 cm.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) -


Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus Ciências Agrárias,
Petrolina-PE, 2022.

Orientador: Prof.° Dr.° Renato Garcia Rodrigues.

Inclui referências.

1. Plantas - Identificação. 2. Sucessão ecológica. 3. Plantas invasoras.


4. Degradação ambiental. I. Título. II. Rodrigues, Renato Garcia. III.
Universidade Federal do Vale do São Francisco.

CDD 581.12

Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Integrado de Bibliotecas - SIBI/UNIVASF.


Bibliotecária: Andressa Laís Machado de Matos CRB – 4/2240.
AGRADECIMENTOS

À Deus pela oportunidade concedida.


À minha família por todo apoio e amor ao longo dessa jornada principalmente
aos meus pais, Vera e Roberto, por sempre acreditarem nos meus sonhos.
À minha tia, Lucimar, que despertou em mim o amor por Biologia. Obrigada por
ser um exemplo incrível e por sempre me incentivar e aconselhar.
À Rafaela e Dayse, por todo consolo e distração nos momentos difíceis.
Obrigada por proporcionarem momentos alegres e por sempre falar: Vai dar
certo! Não sei como teria sido sem o apoio de vocês.... Eternamente grata por
todo amor e carinho!
À todos os meus amigos que ganhei ao longo da graduação, obrigada por todo
carinho, todas as risadas e o companheirismo que recebi de cada um de vocês.
Em especial Kedma, Ana Luiza e Julia Mariah, vocês tornaram meus dias no
curso muito mais leves. Obrigada por cada risada, por cada ensinamento e pelo
companheirismo.
À Léticia, que tem sido minha companheira diária nesses últimos anos. Nunca
imaginei que pudesse encontrar alguém tão especial e única no meu estágio,
mas a vida me surpreendeu e me agraciou com uma parceira e amiga incrível.
Obrigada por tudo que você vem me ensinando, pela paciência, por escutar
todas as minhas conversas, por me passar segurança e estar sempre presente
quando eu preciso. Obrigada por tudo! E que estejamos juntas na próxima fase
das nossas vidas!
Ao meu orientador, Prof. Dr. Renato Garcia Rodrigues pela oportunidade de
trabalhar no NEMA. Obrigada pelas orientações e por todo aprendizado
compartilhado.
À minha Coorientadora MSc. Raphaela Aguiar de Castro por ter me dado uma
oportunidade em um momento em que eu me encontrava perdida no curso.
Agradeço por ter me direcionado para uma área da biologia que nunca pensei
em trabalhar, mas que me identifiquei assim que vi todo o seu empenho e
dedicação no projeto. Obrigada pela confiança, pela paciência, pelos
conhecimentos compartilhados e por acreditar em mim.
À equipe do NEMA, a Luany e Nilzado que fizeram parte desse processo e
contribuíram para o desenvolvimento do estágio. Obrigada pelo apoio e pelo
profissionalismo.
“Nothing in life is to be feared, it is only to be understood. Now is the time to
understand more, so that we may fear less.” – Marie Curie
RESUMO

As atividades agrícolas e o extrativismo estão entre as principais causas de


degradação do ambiente. Hoje a maior parte da Caatinga encontra-se em um
nível avançado de degradação, visto que, a maior fonte de renda no semiárido é
agropecuária. Devido a essa situação, tornou-se comum na paisagem a
presença de espécies exóticas invasoras, principalmente do extrato herbáceo. A
invasão de gramíneas africanas na Caatinga acarreta em alterações das
estruturas das comunidades das espécies nativas, dentre estas espécies tem a
Aristida adscensionis L. que é uma das espécies herbáceas exóticas usualmente
encontradas nessas áreas que sofreram algum tipo de perturbação, podendo ser
indicadora de áreas degradadas. Diante desse cenário viu-se a necessidade da
aplicação de técnicas para recuperação de áreas degradadas (RAD) para
amenizar os impactos antrópicos e restabelecer as populações nativas. Um dos
métodos que pode ser utilizado para a recuperação é a transposição do solo,
que consiste na retirada do solo de uma área conservada situada nas
redondezas do local a ser recuperado. Através dessa técnica, a localidade a ser
regenerada receberá junto com o solo, o banco de sementes, a serrapilheira, e
a micro e mesofauna aumentando as chances de que a intervenção promova
uma sucessão ecológica semelhante à da área conservada. Neste trabalho,
analisou-se a influência da espécie A. adscensionis na riqueza e abundância das
populações de espécies herbáceas nativas situadas em uma área de
recuperação ecológica de 1 hectare, por meio da técnica de transposição do solo
pelo método da transposição, ao longo do tempo. Para a avaliação foram
utilizados três tratamentos, sendo eles: regeneração natural; 15% de cobertura
com o solo de transposição e 30% de cobertura de transposição do solo. Os
dados foram coletados com uma amostragem de 1m 2 por cada parcela dos
tratamentos, totalizando em 15 parcelas avaliadas. Com os dados coletados em
19 avaliações durante 3 anos de experimento, foi realizado a correlação de
Pearson no software R Development Core Team (2013), com 5% de
significância, para cada tipo de tratamento avaliando a riqueza e densidade da
A. adscensionis e das espécies nativas e para avaliação do comportamento da
A. adscensionis ao longo do tempo nos tratamentos de transposição foi realizado
o teste estatístico GLM com dois fatores (tipo de transposição e tempo). Os
resultados obtidos foram que nos tratamentos de regeneração natural e 15% de
cobertura a abundância de A. adscensionis não interfere na riqueza e
abundância das espécies nativas presentes na área. Pelos resultados é possível
observar uma correlação positiva, no tratamento de 30% visto que o
condicionamento do solo favoreceu o aumento das espécies nativas. Com
relação aos tratamentos de transposição de solo, observou-se uma dispersão
nas variações da riqueza e abundância das nativas, com ou sem a presença da
invasora na parcela. A análise ao longo do tempo não constatou diferenças entre
os tratamentos de transposição (p = 0,05) e os tratamentos demonstraram uma
interação nãos significativa (p = 0,99). Desse modo, os resultados sugerem que
o tratamento de transposição de solo favorece o aumento da abundância de A.
adscensionis, bem como das espécies nativas, mas que a invasora, inicialmente,
ainda não apresenta efeito negativo na população nativa.

Palavras – Chave: Invasão Biológica, Nucleação, Regeneração ambiental,


Semiárido.
ABSTRACT

Agricultural activities and extractivism are among the main causes of


environmental degradation. Today most of the Caatinga is in an advanced level
of degradation, since the largest source of income in the semiarid is agriculture.
Due to this situation, the presence of invasive exotic species has become
common in the landscape, mainly from the herbaceous extract. The invasion of
African grasses in the Caatinga leads to changes in the structures of the
communities of native species, among these species there is Aristida
adscensionis L. which is one of the exotic herbaceous species usually found in
these areas that have suffered some type of disturbance, and may indicate areas
degraded. In view of this scenario, there was a need to apply techniques for the
recovery of degraded areas (RAD) to mitigate human impacts and restore native
populations. One of the methods that can be used for recovery is soil
transposition, which consists of removing soil from a conserved area located in
the vicinity of the site to be recovered. Through this technique, the location to be
regenerated will receive, along with the soil, the seed bank, the litter, and the
micro and mesofauna, increasing the chances that the intervention promotes an
ecological succession similar to that of the conserved area. In this work, we
analyzed the influence of the species A. adscensionis on the richness and
abundance of populations of native herbaceous species located in an ecological
recovery area of 1 hectare, through the technique of soil transposition by the
transposition method, along the time. For the evaluation, three treatments were
used, namely: natural regeneration; 15% cover with transposition soil and 30%
cover with transposition soil. Data were collected with a sampling of 1m2 for each
plot of treatments, totaling 15 plots evaluated. With the data collected in 19
evaluations during tree years of experiment, Pearson's correlation was performed
in the software R Development Core Team (2013), with 5% of significance, for
each type of treatment, evaluating the richness and density of A. adscensionis
and of native species and to evaluate the behavior of A. adscensionis over time
in the transposition treatments, the GLM statistical test was performed with two
factors (type of transposition and time). The results obtained were that in the
treatments of natural regeneration and 15% coverage, the abundance of A.
adscensionis does not interfere with the richness and abundance of native
species present in the area. From the results, it is possible to observe a positive
correlation, in the treatment of 30%, since the conditioning of the soil favored the
increase of native species. Regarding the soil transposition treatments, a
dispersion was observed in the variations of native richness and abundance, with
or without the presence of the weed in the plot. Analysis over time found no
differences between the transposition treatments (p = 0.05) and the treatments
showed a non-significant interaction (p = 0.99). Thus, the results suggest that the
soil transposition treatment favors the increase of the abundance of A.
adscensionis, as well as of the native species, but that the invasive, initially, still
does not have a negative effect on the native population.

Keywords: Biological Invasion, Nucleation, Environmental regeneration, Semi-


arid.
LISTAS DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema das técnicas de transposição de solo 26

Figura 2 - Imagem aérea da delineamento experimental 28

Figura 2 - Representação gráfica das subparcelas 29

Figura 3 - Representação gráfica da riqueza e abundância das herbáceas 31

Figura 4 - Representação gráfica do comportamento da A. adscensionis 33

Figura 5 - Representação gráfica da abundância total das espécies 34


herbáceas
LISTAS DE TABELAS

Tabela 1 - Correlação da riqueza e abundância de espécies nativas na 30


presença da exótica invasora Aristida adscensionis
Tabela 2 - Comportamento da A. adscensionis ao longo do tempo em relação 32
aos tratamentos de transposição de solo
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 15

2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................ 17

2.1 IMPACTOS DA DEGRADAÇÃO NA CAATINGA .................................... 17

2.2 SUCESSÃO ECOLÓGICA ...................................................................... 21

2.3 RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ....................................... 22

3 OBJETIVOS .................................................................................................. 25

3.1. GERAL ................................................................................................... 25

3.2. ESPECÍFICOS ....................................................................................... 26

4 METODOLOGIA ........................................................................................... 26

4.1 ÁREA DE ESTUDO ................................................................................ 26

4.2. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL ...................................................... 26

4.3. COLETA E ANÁLISE DE DADOS.......................................................... 28

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 29

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 37

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 37
15

1 INTRODUÇÃO
Com biodiversidade e flora únicas, a Caatinga possui comunidades
vegetais compostas por plantas lenhosas e herbáceas, frequentemente
caducifólias, cactáceas e bromeliáceas, sendo 180 espécies endêmicas
(DRUMOND et al., 2000; SIQUEIRA FILHO, 2012). As atividades agropecuárias
e o extrativismo vegetal, comuns na região semiárida, em conjunto das
características climáticas dessa região, como o déficit hídrico, resultaram na
redução da diversidade de espécies, redução da cobertura vegetal, alterações
estruturais no ecossistema Caatinga e no avanço da desertificação do ambiente
(DRUMOND et al., 2000; ALVES et al., 2009).
Ambientes degradados tem suas funções ecológicas perdidas,
nesse momento pode ocorrer o surgimento de espécies exóticas invasoras que
preenchem os espaços alterados. A contaminação biológica pode acontecer, por
influência humana, intencional ou acidental (FABRICANTE et al., 2012). Uma
espécie invasora é caracterizada quando um organismo supera diversas
barreiras bióticas e abióticas e consegue se estabelecer e proliferar em um
ecossistema diferente do seu de origem (RICHARDSON et al., 2000). Locais
onde o solo não apresenta uma cobertura vegetal, a presença dessas espécies
pode alterar a estrutura e a composição vegetal da área, interferindo no processo
de sucessão ecológica e na dinâmica populacional, acarretando na diminuição
da diversidade local (OLDEN & POFF, 2003; SILVA et al., 2012). No geral, as
espécies invasoras são plantas com uma alta taxa de germinação e dispersão
(VILÁ et al., 2011). Esse comportamento agressivo pode ser influenciado pelas
características edafoclimáticas da região, gerando uma variação no nível de
impacto que uma mesma planta invasora pode ocasionar em duas áreas
distintas (VILÀ et al., 2011).
A maior parte das pesquisas são voltadas para a identificação das
características que permitam a caracterização de uma planta como invasora
(PYSYEK et al., 2011), porém, muitas vezes esses dados não estão alinhados
com os impactos e as consequências que uma planta exótica invasora pode
acarretar em uma área de recuperação ecológica (VILÀ et al., 2011). Variação
genética de plantas nativas por hibridização, ruptura das redes mutualistas como
16

a polinização e dispersão, mudança no habitat e no solo, e na estrutura e


interação ecossistêmica da área invadida também são problemas associados a
interação de plantas exóticas invasoras e com as plantas nativas de um
determinado ecossistema (VILÀ et al., 2000; TRAVESET & RICHARDSON,
2014; TRAVESET & RICHARDSON, 2020).

Dentre as plantas classificadas como exóticas invasoras, temos a


Poaceae Aristida adscensionis L. que é uma herbácea com distribuição na maior
parte da região norte e nordeste do Brasil, principalmente nos ecossistemas
Caatinga e Cerrado (FABRICANTE, 2013). A A. adscensionis afeta a resiliência
das áreas invadidas devido ao seu potencial alelopático que em concentrações
altas afetando a germinação e o desenvolvimento de outras espécies, quando
presente no início da sucessão ecológica resulta na alteração da dinâmica
populacional e na estrutura e composição vegetal da área (SILVA et al., 2012;
ARAUJO & FABRICANTE, 2020).

Decorrente as características da poaceae A. adscensionis, que foi


registrada na área de estudo e seu comportamento de invasor, viu-se a
necessidade de avaliar sua influência na estrutura da comunidade durante esse
primeiro momento da sucessão ecológica e recuperação da área. Ressaltando
a importância de avaliar e ter resultados referente a capacidade competitiva entre
a herbácea exótica invasora e as herbáceas nativas presentes nessas áreas de
recuperação ecológica (ARAÚJO et al., 2021).

Nos casos de ambientes com alto nível de degradação, que não


possuem viabilidade de regeneração natural e necessitam de intervenção
humana, a sucessão natural pode ser induzida pelas técnicas de recuperação
de áreas degradadas (RAD). Várias técnicas podem ser aplicadas na RAD como,
por exemplo, a semeadura direta, plantio de mudas e sementes e transposição
de solo (RODRIGUES et al., 2020). A transposição do solo consiste na retirada
da camada superficial do solo de uma área de referência do ecossistema
estudado ou de um fragmento preservado próximo ao local degradado que, junto
da camada de serapilheira, é transposto para a área degradada (REIS et al.,
2014). A transposição do banco de sementes e rebrotas presentes nas camadas
superficiais das áreas florestais preservadas recobre a área descampada. A
emergência das sementes contidas no banco, em conjunto com o material
17

transposto, realiza o condicionamento do solo (CALEGARI et al., 2013; SOUSA


et al., 2020). Assim, há o estímulo à regeneração natural e auxílio da
recuperação das qualidades físicas e químicas do solo.
Em decorrência da necessidade de avaliar invasoras em áreas em
recuperação, as hipóteses desse trabalho são: I) A presença da A. adscensionis
irá influenciar negativamente na riqueza e abundância das espécies herbáceas
nativas; II) A abundâncoa da A. adscensionis será maior nas parcelas sem ou
com menor porcentagem de cobertura do solo com transposição; e III) Ocorrerá
uma redução da emergência da A. adscensionis, ao longo do tempo devido ao
tratamento de transposição do solo que irá favorecer o estabelecimento das
herbáceas nativas.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 IMPACTOS DA DEGRADAÇÃO NA CAATINGA
A Caatinga abrange todos os Estados da região Nordeste e o norte
do Estado de Minas Gerais (ANDRADE et al., 2005) e é caracterizada por uma
vegetação que possui uma alta capacidade adaptativa, elevado grau de
endemismo, diferentes índices de pluviosidade e formação geológica que
constituem diferentes nichos ecológico (OLIVEIRA et al., 2018). As Florestas
Tropicais Sazonalmente Secas (SDTF) (PENNINGTON et al., 2009), são
caracterizadas por ecossistemas complexos e com fitossociologias distintas,
determinadas pelos processos ecológicos em que estão inseridas e com
espécies adaptadas a escassez da água (ANDRADE et al., 2011; MORO et al.,
2016). Por conter 20% de uma flora endêmica do Brasil, composta por espécies
nativas das famílias Euphorbiaceae, Cactaceae e Bromeliaceae (GIULIETTI et
al., 2004) do qual Pennington et al., (2009) propôs a defini-la como uma
metacomunidade.
As espécies endêmicas da Caatinga estão vulneráveis a uma
redução significativa na sua taxa de reprodução e na população de indivíduos
(FONSECA et al., 2018). No total existem 350 espécies de plantas ameaçadas
de extinção, sendo 154 consideradas altamente endêmicas, em áreas que foram
indicadas como prioritárias para a conservação em diferentes regiões, como por
exemplo a Chapada Diamantina, Bahia e Pernambuco (FONSECA et al., 2018),
esses dados ressaltam a importância da criação de unidades de conservação e
18

a prática de métodos de recuperação adaptados para cada habitat (JESUS et


al., 2019).
A Caatinga também é caracterizada como um neoecossistema,
devido a sua capacidade de formar comunidades vegetais diferente dos
sistemas naturais originais (ALBUQUERQUE & MELO, 2018). Essa capacidade,
além de ressaltar a resiliência do ecossistema, mostra o quão delicado é a
biodiversidade e quão grave é a degradação dessas regiões (VOGT et al., 2018).
Pois, as ações antrópicas geram variações de dissimilaridade e funcionamento
do ecossistema original, esse fator atrelado a informação que a maior parte da
fauna da Caatinga são importantes dispersores de plantas endêmicas, certifica
o quão grave é a degradação desse ecossistema único (ALBUQUERQUE &
MELO, 2018).

Dessa forma, a degradação causa uma preocupação crescente


para os ambientalistas, que estabelecem a necessidade da aplicação de projetos
de recuperação. De acordo com o decreto federal 97.632/89 (BRASIL, 1989), a
degradação ambiental caracteriza atos que agridem o meio ambiente
ocasionando a redução das propriedades qualitativas e produtivas dos recursos
naturais (SILVA et al., 2018). As atividades antrópicas afetam o ecossistema
Caatinga agressivamente, pode-se citar grandes obras como projetos de
transposição de Bacias Hidrográficas (SILVA, 2014), a construção de barragens
(SANTOS et al., 2022), a construção civil (FLORÊNCIO et al., 2021) e a
construção de rodovias e estradas (SANTOS & TABARELLI, 2002) como
contribuintes da fragmentação das áreas conservadas. Assim como a criação de
mamíferos de médio e grande porte de forma extensionista, causando pisoteio e
a utilização de vegetação nativa na alimentação desses animais (COSTA et al.,
2008). Os incêndios florestais (NOGUEIRA, 2017) e as atividades agrícolas
manejadas de forma errônea podem resultar na redução da cobertura vegetal,
aumento da compactação e salinização do solo e alteração da composição,
riqueza e diversidade das plantas (MARINHO et al., 2016; TAVARES et al.,
2016). Bem como, erosões hídricas e redução significativa de nutrientes no solo
(ARAÚJO et al., 2016).

A degradação do solo interfere diretamente na redução da


diversidade, densidade e na cobertura vegetal do local, ocasionando uma
19

dissimilaridade da fitofisionomia dos ambientes degradados quando comparado


com as regiões conservadas (COSTA et al., 2009). Esse desequilíbrio
ecossistêmico pode acarretar na dominância de somente uma espécie na área
antropizada, podendo ser uma planta nativa ou exótica, resultando na redução
da diversidade local e em uma mudança na estrutura ecológica da área
(SANTOS et al., 2009).

2.1.2 PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS

A definição de planta exótica é atribuida a uma espécie que é


introduzida em bioma diferente do seu habitat por ações antropicas, de forma
intencional ou acidental (RICHARDSON et al., 2000). Essas espécies
comumente não possuem predadores naturais nesses novos locais e podem
causar uma desestruturação da biodiversidade local (LINDERS et al. 2019).
Porém, não são todas as plantas exóticas que serão propensas a formação de
uma população invasora (ZENNI, 2015). Para que uma invasão biológica ocorra
de fato, é necessário que uma espécie exótica consiga se introduzir na região
com sucesso e reproduzir, formando uma população estável e de modo
autossustentável em uma determinada região, e a partir disso, dispersar
recobrindo as áreas do entorno (ALMEIDA et al., 2014; DAWSON et al., 2009).
Desse modo, podemos correlacionar que a maioria dos casos de invasões
biológicas é resultado de uma ação antrópica continua e deliberada da
introdução de plantas cosmopolitas (ALMEIDA et al., 2014; BLACKBURN et al.,
2011).

A presença de espécies de plantas invasoras pode interferir


diretamente no êxito da sucessão inicial em uma área degradada, pois, pode
influenciar na redução de riqueza de espécies nativas, alterar a estrutura da
comunidade, dificultar o estabelecimento de uma determinada espécie e alterar
a disponibilidade de nutrientes no solo (CORDEIRO, 2017). Algumas espécies
exóticas produzem substâncias aleloquímicas que, dependendo da
concentração do aleloquímico liberada no solo, pode afetar negativamente o
desenvolvimento de outras espécies, um exemplo conhecido são as Poaceae do
gênero Urochloa (SOUZA FILHO et al., 2005). Outra condição negativa que pode
ser atribuída as gramíneas, é o grande volume da fitomassa produzida por elas
20

que tem potencial de barreira física, impossibilitando o estabelecimento de


propágulos de espécies nativas e delimitam o crescimento de novas mudas
(CALEGARI et al., 2013). A presença de espécies exóticas é considerada um
fator importante para determinar o sucesso da regeneração em áreas
degradadas, juntamente com a intensidade do manejo que foi realizado no solo
(CRUZ et al., 2009).

A presença de plantas exóticas é uma realidade em uma grande


parte da flora brasileira, tanto em áreas conservadas como em regiões
perturbadas (ARAÚJO et al., 2021). Na região do Nordeste, onde o ecossistema
predominante é a Caatinga, é recorrente encontrar plantas da família das
gramíneas (Poaceae), nativas e exóticas, pois, trata-se de plantas que se
adaptam com facilidade a climas quentes, desse modo, o clima do cerrado e da
caatinga torna favorável o estabelecimento dessas plantas (FABRICANTE,
2013).
Dentre essas gramíneas temos a Aristida adscensionis L., uma
Poaceae de origem africana que consegue se estabelecer em diversos solos,
com característica de estenotérmica e eurihídrica, com inflorescência do tipo
panícula que florescem durante todo o ano (FABRICANTE, 2013).
Apresenta potencial alelopático que interfere no desenvolvimento de
outras espécies, atuando como uma exótica invasora, decorrente a sua
fisiologia, essa espécie consegue resistir durante os períodos secos e mantém
um alto percentual na cobertura vegetal do solo quando comparado com outras
herbáceas nativas e exóticas (FABRICANTE, 2013).
A A. adscensionis é vista como uma opção para a alimentação de
animais no sistema de pastejo, no estudo de Parente, et al. (2013) demonstraram
que a exótica não apresentou uma redução na sua frequência quando
relacionado ao pastejo caprino na área estudada.
Em outros estudos a A. adscensionis também demonstrou que
consegue se desenvolver em culturas agrícolas que utilizam das técnicas de
manejo como as capinas e o fogo para controle de herbáceas, evidenciando sua
capacidade de adaptação (AGUIAR et al., 2019). Como por exemplo, em áreas
de mineralização, pois, essa herbácea apresenta a capacidade de tolerar alguns
21

metais pesados presente nos solos das minas, o que permite seu
estabelecimento (AHMAD et al., 2022).
Ahmad et al. (2022) afirmou que essa espécie pode ser utilizada
como um bioindicador de zona de mineração de cromita uma vez que nessas
regiões de mineralização ocorre a dominância de poucas famílias botânicas e
cada indicador dessas regiões são diferentes devido as propriedades físico-
química do solo. Devido às características agressivas dessa espécie exótica
invasora, é necessário o monitoramento e manejo dessas espécies nos
primeiros períodos da restauração para aumentar as chances de sucesso da
sucessão ecológica (SOUSA et al., 2017).

2.2 SUCESSÃO ECOLÓGICA


O termo “sucessão ecológica” refere-se as alterações que ocorrem
na composição das espécies que influenciam os processos ecológicos de uma
determinada comunidade no decorrer do tempo (URBAN et al., 2021). A
sucessão resulta em mudanças nas relações de competição e coexistência, do
fluxo gênico e em modificações das propriedades físicas e químicas daquele
habitat, sendo então, um processo complexo (ODUM, 1997; URBAN et al.,
2021).
Os estágios sucessionais possuem um desenvolvimento único em
cada comunidade, pois, a sucessão depende da integridade daquele sistema
ecológico (REIS et al., 2014). O termo sucessão primaria, refere-se às primeiras
plantas que se estabelecem e se adaptam ao ambiente. Na Caatinga, são
geralmente plantas herbáceas com altas taxas de dispersão e de crescimento
rápido, sua presença nesse primeiro momento auxilia na retenção de água no
solo, permitindo ao longo do tempo a germinação do banco de semente
(SANTANA & SOUTO, 2006). A sucessão secundária classifica a fase seguinte
da colonização em que, de modo gradativo e competitivo, as espécies vegetais
iniciais são substituídas por plantas de crescimento mais lento, favorecendo a
riqueza e abundância de espécies (CHAZDON, 2012; ALVES et al., 2018). Em
resumo, a sucessão ecológica é um processo de certo modo direcional, que,
direcionado pelas as alterações ambientais ocorridas naquela área, resultará no
desenvolvimento, e estabelecimento do ecossistema, consequentemente no
clímax daquela comunidade (SILVA & CAVASSAN, 2011).
22

A sucessão pode acontecer naturalmente, de modo espontâneo e


gradual nas comunidades, influenciada pelas interações que acontecem no
habitat (SILVA et al., 2012) ou por intermédio antrópico. Neste caso, os
processos da dinâmica sucessional costumam apresentar resultados positivos
na taxa de sobrevivência das plantas pioneiras, podendo tornar a estrutura da
comunidade vegetal mais diversa (GOMEZ-APARICIO et al., 2004). A sucessão
natural é influenciada diretamente por diversos processos biológicos, como
fatores climáticos, disponibilidade hídrica e de nutrientes, condições físicas do
solo, presença ou ausência de banco de sementes e o entorno da localidade
(COSTA, 2018).
A degradação do ecossistema, muitas das vezes, incapacita a
resiliência dos ambientes, de modo que, a sucessão ecológica natural não
consegue reverter os danos gerados, ou, demora um período maior para
alcançar a sucessão secundária (JUNIOR et al., 2016). O restabelecimento da
resiliência de um ecossistema como o da Caatinga é lento, sendo necessária a
implantação de projetos de restauração para auxiliar a regeneração das
estruturas abióticas e bióticas a uma condição intermediária da sucessão natural
(SOUSA et al., 2013).

2.3 RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS


A restauração ecológica tem o intuito de promover ações que
resultem no restabelecimento estrutural de um ecossistema e no aumento da
biodiversidade local (HOBBS, 1998; OLIVEIRA, 2011). No Brasil a primeira
menção genérica na lei sobre recuperação ecológica está presente na Lei n°4
771, de 1965 e em 1988 ocorreu a primeira referência sobre o meio ambiente na
Constituição Federal no Art. 225, que prevê que todos têm direito a um ambiente
ecológico equilibrado e que é do Poder Público e à coletividade o dever de
defender e preservá-lo paras as próximas gerações (BRASIL, 1988; ARAÚJO et
al., 2018).
Em 1998, entrou em vigor a Lei n° 9.605, que estabelece a
recuperação de áreas degradadas como uma das penalidades a ser
empregada em casos de crimes ambientais (BRASIL, 1998; RODRIGUES et al.,
2020) sendo o Estado de São Paulo o pioneiro na criação de regras e técnicas
especificas para a restauração visando os diferentes biomas encontrados no
23

Brasil, resultando na criação da Resolução n° 21, da Secretaria do Meio


Ambiente (Resolução SMA 21, 2001; DURINGAN et al., 2010). Com base nisso,
hoje em todas as áreas onde serão implantadas técnicas de restauração, sabe-
se a necessidade da realização de um estudo de caso antes da aplicação de
qualquer método para garantir a melhor funcionalidade do processo natural de
sucessão ecológica (DUARTE & BUENO, 2006).
A restauração de um fragmento perturbado pode ocorrer de forma
natural ou induzida, uma vez que, o processo de sucessão ecológica é dinâmico
(REIS et al., 2014). A mediação antrópica se faz necessária quando a exploração
dos recursos naturais ocasiona um desequilíbrio ecossistêmico severo que
incapacita a regeneração natural (DUARTE et al., 2017).

Uma das etapas iniciais do processo de recuperação é realizar um


levantamento florístico e fitossociológico da área e o seu entorno para o
reconhecimento da estrutura e composição florística da região (NERI et al.,
2011). Assim como avaliar a área, o seu nível de degradação e os fragmentos
de áreas conservadas remanescentes (BENCHIMOL & PERES, 2015) esses
passos auxiliam no reconhecimento da heterogeneidade espacial e a
disponibilidade de recursos, e permite a aplicação de métodos de recuperação
adequados para o processo sucessional na área (NERI et al., 2011). Após esse
reconhecimento é que podem ser empregadas técnicas como o
condicionamento do solo através da transposição ou cobertura do solo por meio
de semeadura direta, nucleação e plantio de mudas que acarretam no aumento
de riqueza e posteriormente favorecem o estabelecimento de outras espécies
(RODRIGUES et al., 2020).
Podemos citas as técnicas de regeneração natural, seleção de
espécies e nucleação como as mais comuns a serem empregados, sendo a
regeneração natural referente a auto recuperação do ecossistema, que
apresenta o menor custo para a sua aplicação e o processo é lento (MARTINS,
2013). Além de promover a recuperação da vegetação, são necessárias ações
estratégicas de proteção das áreas remanescentes, contra o desmatamento e
degradação nas áreas de ativo ambiental (PLANAVEG, 2017).
Nas áreas mais degradadas da Caatinga, e que apresenta uma
baixa ou até mesmo a ausência do banco de sementes e sem áreas conservadas
24

ao redor, a recuperação pode ser realizada por meio do plantio de mudas e


semeadura para a recuperação do banco de sementes (SCARAMUZZA et al.,
2016). Devido as diferentes fitofisionomias encontradas nos ecossistemas
presentes no Brasil, é necessário realizar um bom planejamento e estudo da
área a ser recuperada, para aprimorar a técnica ser empregada (COSTA et al.,
2009).
Atualmente, o método de nucleação é amplamente usado na
recuperação ecológica. Segundo Reis et al., (2010), a formação de fragmentos
regenerantes promove o agrupamento dos fragmentos conservados
remanescentes, formando novos nichos de colonização. Nesse caso a
nucleação pode ser feita inicialmente com o estrato herbáceo da área, pois, na
Caatinga são elas que compõem a maior parte da cobertura vegetal durante os
períodos de chuvas (ARAÚJO FILHO & CRISPIM, 2003), além disso, as
herbáceas são importantes para manter condições de germinação para as
sementes do estrato lenhoso da Caatinga (SILVA et al., 2009), estão presentes
no início da sucessão ecológica, apresentam alta biodiversidade (OLIVEIRA et
al., 2018).
No estudo realizado por Pilon et al., (2018), ele obteve um resultado
de que 90% da comunidade do estudo era composta de espécies herbáceas,
após realização da técnica de transposição do solo. A transposição de solo pode
ser considerada uma técnica baseada na nucleação, pois consiste na formação
de fatores que estimulam a ocorrência do fluxo gênico e o desenvolvimento da
biota local, promovendo interações interespecíficas, e consequentemente,
permitindo a colonização de outras espécies que irão auxiliar na restituição da
diversidade local através do banco de sementes (SOUSA et al., 2013). Essa
técnica em conjunto com fatores bióticos e abióticos constitui novos núcleos
ecológicos com estratos herbáceos e arbóreos, criando conectividade com os
remanescentes da vegetação natural (SOUSA et al., 2013).
A transposição de solo consiste na transferência de uma camada
superficial entorno de 10 – 20cm de espessura retirada de uma área de
referência positiva que contenha características estruturais ecológicas
semelhantes ao local degradado a ser restaurado (REIS et al., 2014). Os
benefícios da aplicação desse procedimento consistem em propiciar o
condicionamento físico e químico do solo, assim como, transportar junto com o
25

solo microrganismos, o banco de semente e a micro e mesofauna do solo,


pertencentes à região preservada (SOUSA et al., 2020).
A transposição do solo é ideal principalmente em regiões onde foi
realizada a remoção completa da primeira camada do solo e da vegetação, como
por exemplo, em áreas de mineração, construção civil, agrícola ou áreas em que
a prática de queimadas (SILVA et al., 2011).
Além de que promove um ambiente favorável para o estabelecimento
de espécies produtoras, consumidoras e decompositoras que ajudaram no
processo sucessional através de suas interações (ZAVALA, 2020).
A inclusão dessas espécies da flora e da fauna ao local degradado
torna mais susceptível a formação de núcleos biológicos, devido ao recobrimento
do solo descampado pela emergência do banco de semente. Além disso, permite
o desenvolvimento de outras plantas, formando conglomerados de vegetação
que atraem animais polinizadores e dispersores (CALEGARI et al., 2013). Na
Caatinga, o banco de sementes presentes no solo e na serapilheira é composto
predominantemente por plantas herbáceas. Um estudo feito por Ribeiro et al.,
(2017) no bioma, relatou que no banco de sementes coletado, os propágulos de
plantas herbáceas equivaliam a 75% do banco.
A dominância das herbáceas pode ser associada aos fatores
climáticos da região, ao déficit hídrico que pode resultar na inviabilização das
sementes, reduzindo as taxas de germinação e ocasionado uma seleção natural
das sementes com mais resistência as condições semiáridas. (MARTINS et al.,
2017). Apesar dos benefícios do tratamento com transposição de solo, um
problema recorrente é a contaminação do banco de sementes com plantas
invasoras, principalmente espécies herbáceas exóticas, visto que, a presença de
plantas exóticas invasoras é uma característica comum em áreas degradadas e
seu entorno (CALEGARI et al., 2013).

3 OBJETIVOS
3.1. GERAL
Avaliar a ocorrência da espécie herbácea exótica invasora Aristida
adscensionis L. em uma área de recuperação ecológica e sua influência no
estrato herbáceo nativo da área de estudo.
26

3.2. ESPECÍFICOS
Avaliar se A. adscensionis irá influenciar negativamente0 na
riqueza e abundância das herbáceas nativas da área do estudo.
Avaliar se os tratamentos de transposição de solo influenciam de
forma diferente na abundância da A. adscensionis.
Examinar a dinâmica da A. Adscensionis na área em recuperação
ao longo do tempo.

4METODOLOGIA
4.1 ÁREA DE ESTUDO
O projeto foi desenvolvido dentro do Campus de Ciências Agrárias,
da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) (9°19'19.8"S e
40°32'57.4"W), localizado no município de Petrolina, PE. Segundo a
classificação de Köppen, o clima no município é seco, vegetação
predominantemente xerófita, a temperatura média anual é de mínimas de 21,5°C
e de máximas 32°C. A precipitação média anual é de 535 mm, e apresenta déficit
hídrico devido a evaporação causada pelas altas temperaturas (LACERDA et al.,
2010). A área de estudo foi utilizada para a retirada do solo para a construção
das estradas do campus. Por mais de 18 anos foi feito a retirada desse solo,
ocasionando um desnível de 1,5 metros de profundidade. Em decorrência disso,
a área experimental apresentava-se com o solo exposto, sem a presença da
camada superficial ou espécies nativas. O entorno do local é formado por prédios
de salas e laboratórios do Campus, além de produções agrícolas de uva e
manga. Observou-se também a ocorrência de espécies exóticas nas redondezas
das áreas de referência e de estudo.

4.2. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL


Inicialmente foi realizada a limpeza e o revolvimento em torno de
30 cm de profundidade do solo para a descompactação através de uma
gradagem. A divisão da área foi feita em quinze parcelas com 8m x 4m (32m 2),
cada. O solo utilizado para transposição foi coletado em março de 2019 de duas
áreas de referência positiva localizadas a uma distância de 400 e 920m, da área
27

degradada. Foram retirados 10 cm de profundidade juntamente com a


serrapilheira.
Os tratamentos de transposição do solo foram separados de
acordo com as diferentes porcentagens de recobrimento nas parcelas. Foram
empregados três tipos de tratamentos (Figura 1): I) Parcelas com quatro faixas
de transposição (recobrimento de 15% da parcela); II) Parcelas com oito faixas
de transposição (recobrimento de 30% da parcela); e III) Parcelas sem
tratamento de transposição, consideradas como condução da regeneração
natural. Cada faixa do tratamento possuiu cerca de 0,30m de largura, 0,05 m de
profundidade e comprimento de 4 m. Cada tratamento apresenta cinco
repetições, que foram plotadas de forma aleatória.
O presente estudo faz parte da tese do Programa de Pós-
Graduação em Ecologia e Conservação, da aluna Ma. Raphaela Aguiar de
Castro, desenvolvida pela Universidade Federal de Sergipe em parceria com o
Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental – NEMA, tendo em vista isso, os
primeiros dados coletados foram cedidos pela doutoranda.

Figura 1. Representação gráfica dos tratamentos de introdução implantados em áreas com


recuperação de solo por meio da transposição na Caatinga*, Petrolina, PE.

*À saber: I) Parcelas com quatro faixas de transposição (recobrimento de 15% da parcela); II)
Parcelas com oito faixas de transposição (recobrimento de 30% da parcela); e III) Parcelas sem
tratamento de transposição, consideradas como condução da regeneração natural.
Fonte: CASTRO (2019).
28

Figura 2. (A) Imagem aérea das áreas de referência e da área degradada. Fonte: Google Earth
(2021) adaptado; (B) Imagem aérea do delineamento experimental após a limpeza e o
revolvimento do solo. Petrolina, PE. Fonte: Castro (2019)

A B

4.3. COLETA E ANÁLISE DE DADOS


As coletas de dados de riqueza e abundância das espécies foram
realizadas a partir da introdução dos tratamentos, inicialmente com intervalo de
20 dias, depois com aumento gradual e variações maiores no período de seca.
Para essas coletas, foram utilizadas subparcelas (gabaritos de 0,5 m x 0,5 m),
nas quais foram aferidos números de espécies herbáceas emergentes dentro de
cada subparcelas e a quantidade de indivíduos de cada espécie. Foram
coletados os dados de quatro subparcelas em cada parcela, essas subparcelas
foram plotadas por sorteio pelo modelo esquemático do GRID, formando um total
de amostragem de 1m2 (Figura 3), essas subparcelas eram fixas, de modo que
as avaliações ocorriam sempre nas mesmas subparcelas.
29

Figura 3. Representação gráfica das subparcelas de avaliação de espécies em área de


recuperação experimental, Petrolina, PE.

0,5m

1 0,5m

Fonte: CASTRO (2019)


Para avaliação do efeito da invasora nas áreas em recuperação,
foram utilizados os dados de riqueza e abundância de A. adscensionis e das
espécies nativas encontradas nas parcelas. Em toda parcela avaliada havia pelo
menos um indivíduo da A. adscensionis. A correlação de Pearson foi realizada
para avaliar a relação da abundância de A. adscensionis em relação a riqueza e
abundância de nativas, a análise foi feita no software R Development Core Team
(2013), com 5% de significância, em cada tratamento de transposição. Para
avaliação do comportamento da A. adscensionis ao longo do tempo nos
tratamentos de transposição foram comparadas a abundância da espécie, em
cada período através de um GLM com dois fatores (tipo de transposição e
tempo). As diferenças em cada tempo foram determinadas através dos intervalos
de confiança projetados em um gráfico.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Todas as correlações avaliadas não foram significativas (p = 0,05)


(Tabela 1). Dessa forma é possível verificar que a abundância de A. adscensionis
nas parcelas não interfere negativamente ou positivamente na riqueza e na
30

abundância de nativas, nos tratamentos de regeneração natural e com 15% de


transposição. No tratamento com 30% de cobertura apresentou um resultado
significativo. Nota-se que independente da presença ou ausência da A.
adscensionis a riqueza das herbáceas nativas apresentou aumento de acordo
com os tratamentos de transposição de solo (Figura 4), assim como a invasora,
que aumentou sua riqueza e abundância.

Tabela 1. Correlação da riqueza e abundância de espécies nativas na presença da exótica


invasora Aristida adscensionis em áreas com recuperação de solo por meio da transposição na
Caatinga*, Petrolina, PE.

Riqueza de nativas X Abundância de nativas X


Abundância A. Abundância A.
adscensionis adscensionis
DF p Correlação DF P Correlação
Sem
118 0,053 0,17 118 0,634 0,04
transposição
15% 93 0,449 0,07 93 0,304 0,10
30% 105 0,248 0,11 105 <0,033 0,20

*À saber: I) Parcelas com quatro faixas de transposição (recobrimento de 15% da parcela); II)
Parcelas com oito faixas de transposição (recobrimento de 30% da parcela); e III) Parcelas sem
tratamento de transposição, consideradas como condução da regeneração natural.
Fonte: Autoria própria
31

Figura 4. Correlação da riqueza e abundância de espécies nativas na presença da exótica


invasora Aristida adscensionis em áreas com recuperação de solo por meio da transposição na
Caatinga*, Petrolina, PE.
32

*À saber: I) Parcelas com quatro faixas de transposição (recobrimento de 15% da parcela); II)
Parcelas com oito faixas de transposição (recobrimento de 30% da parcela); e III) Parcelas sem
tratamento de transposição, consideradas como condução da regeneração natural.
Fonte: Autoria própria.

Entre os tratamentos de transposição de solo avaliados, pode-se


verificar também como os pontos são dispersos, havendo variações na riqueza
e na abundância de nativas mesmo quando a A. adscensionis possui apenas um
indivíduo (acúmulo de pontos no eixo Y, quando o número de A. adscensionis é
igual a 1). Este fato ressalta a correlação baixa dos parâmetros avaliados e como
a variação dos dados pode ser decorrente de fatores edafoclimáticos locais.
A análise do comportamento da A. adscensionis ao longo do tempo
não determinou diferenças em relação aos tratamentos de transposição (p =
0,05), com diferença entre as análises através do tempo (p < 0,0001) (Tabela 2).
Além disso, os tratamentos de transposição apresentam valores semelhantes
em cada tempo analisado, com interação não significativa (p = 0,99).

Tabela 2. Comportamento da A. adscensionis ao longo do tempo em relação aos tratamentos


de transposição de solo em áreas com recuperação na Caatinga*, Petrolina, PE.

DF F P
Transposição 2 3,9 0,05
Tempo 18 28,7 < 0,0001
Transposição:Tempo 36 0,46 0,99

Fonte: Autoria própria


Na figura 5, é possível observar que a espécie exótica invasora
conseguiu aumentar o número de indivíduos através do tempo, com redução
apenas no período de seca (dia 800). Os inícios dos períodos chuvosos
promoveram picos de abundância de A. adscensionis (dia 660 e 1100). A última
análise demonstra como a espécie continua se reproduzindo e expandido sua
abundância desde o início da implantação dos tratamentos sem indícios de
redução. Pelo contrário, a crescente entre os dois últimos períodos chuvosos foi
de 124 (média para 620 dias) para 184 indivíduos por m2 (média de 1100 dias).
33

Figura 5. Comportamento da A. adscensionis ao longo do tempo em relação aos tratamentos de


transposição de solo em áreas com recuperação na Caatinga*, Petrolina, PE.

*À saber: I) Parcelas com quatro faixas de transposição (recobrimento de 15% da parcela); II)
Parcelas com oito faixas de transposição (recobrimento de 30% da parcela); e III) Parcelas sem
tratamento de transposição, consideradas como condução da regeneração natural.
Fonte: Autoria própria

Figura 6. Abundância total das espécies herbáceas em áreas com recuperação de solo por meio
da transposição na Caatinga*, Petrolina, PE.
34

*À saber: I) Parcelas com quatro faixas de transposição (recobrimento de 15% da parcela); II)
Parcelas com oito faixas de transposição (recobrimento de 30% da parcela); e III) Parcelas sem
tratamento de transposição, consideradas como condução da regeneração natural.
Fonte: Autoria própria

Pós processo de retirada da vegetação natural, em áreas


degradadas por atividades antrópicas ou desabitadas após o cultivo, é comum a
ocorrência da sucessão ecológica inicialmente por hemicriptófitos, graminóides,
caméfitos rosulados e nanofanerófitos de baixo porte (SILVA et al., 2012). Essas
áreas propiciam disponibilidade de recursos bióticos e abióticos para a
35

colonização de espécies pioneiras (BUDOWSK, 1965). Essas espécies estão


presentes no banco de sementes da área, e sofrem influência da variação
espaço-temporal da vegetação e pela sazonalidade do ambiente (MEIADO,
2008; MEIADO et al., 2012). Essa descrição auxilia na caracterização da área
desse estudo antes da implantação da técnica de transposição do solo e
descreve a fitofisionomia observada nesses primeiros anos de sucessão
ecológica.

No estudo realizado por Martins et al. (2011), é relatado que as


espécies de hábito subarbustivo-herbáceo no ecossistema Cerrado, apresentou
um maior número de espécies quando comparado com as espécies arbustivas-
arbórea em uma área de restauração. Esses estudos demonstram que no
primeiro momento em uma área de recuperação, os índices de riqueza são
compostos por uma grande parcela do estrato herbáceo, sendo a família
Poaceae um representante recorrente, incluindo as espécies exóticas invasoras
(ANDRADE et al., 2009; MARTINS et al., 2011; SILVA & FABRICANTE, 2019)

Diversos estudos relatam a relação significativa das invasões


biológicas por gramíneas anuais com a diminuição dos níveis de riqueza,
abundância e diversidade das espécies, na sobrevivência da biota local de
plantas e animais (PYSYEK et al., 2011; BANDEIRA, 2021) e na cobertura
vegetal da comunidade dentro de um ecossistema (PARENTE et al., 2013;
BELLARD et al., 2016).

Os resultados obtidos por esse estudo ajudam a compreender


melhor essas tendências, visto que, inicialmente a A. adscensionis não está
influenciando e nem interferindo na riqueza e abundância das nativas presentes
na área. No tratamento com 30% é possível ver uma baixa relação positiva entre
a abundância da invasora e das nativas, mas isso, provavelmente, ocorre devido
ao condicionamento do solo que favoreceu o estabelecimento tanto das nativas,
como da invasora. Visto que, como observado na figura 6, ao longo do tempo
também está ocorrendo o aumento da abundância total das herbáceas na área.
Esses dados podem estar associados aos fatores que levam a competição, pois,
a competição por recursos ocorre apenas quando a disponibilidade de um
determinado recurso se torna escasso para a demanda da população vegetal de
uma área (DONALD, 1963).
36

No caso da área experimental por encontrar-se no estágio inicial da


sucessão ecológica apresenta alta disponibilidade de espaço e de luz, para a
emergência desse estrato herbáceo de germinação rápida que compõe grande
parte do banco de sementes da Caatinga (MEIADO, 2014). Outro fator são as
características edafoclimáticas das áreas estudadas (MENDONÇA et al., 2013),
a área que inicialmente encontrava-se em um estado avançado de degradação,
não está evidenciando inicialmente os impactos causados pela invasão
biológica, mas que posteriormente a presença da exótica invasora pode
ocasionar a perde de espécies nativas (BELLARD et al., 2016).

A exemplo, temos o estudo de Martins et al. (2011), que em sua


avaliação no Parque Nacional de Brasília notou uma frequência significativa do
Melinis minutiflora P. Beauv. (Capim-gordura) na área e mesmo com a presença
da invasora, a riqueza das espécies nativas apresentou um nível alto e mesmo
realizando levantamento entre os anos de 2002 a 2005, até então a vegetação
nativa não tinha sido afetada pela presença da exótica invasora.

Como foi descrito nos resultados, a A. adscensionis continua


aumentando significativamente sua densidade ao longo do tempo, esse
comportamento observado, ressalta a capacidade de adaptação que a A.
adscensionis apresenta em regiões das florestas tropicais sazonalmente secas
(SILVA & FABRICANTE, 2019), ambientes perturbados e sua alta capacidade
de invasão (FABRINCANTE, 2013), indicando a necessidade do contínuo
monitoramento da espécie na área.

Por ser uma área que durante anos vinha sofrendo com intensa
degradação, visto que houve uma retirada considerável dessa camada inicial do
solo, e que apresenta em seu entorno espécies exóticas invasoras, observa-se
a necessidade de continuar o monitoramento da A. adscensionis na área de
recuperação. Esse acompanhamento permitirá avaliar se a densidade dessa
população irá continuar aumentando e se posteriormente sua presença
interferirá do estabelecimento das populações nativas, e definir a necessidade
de manejo da espécie, fornecendo dados mais completos para os projetos de
restauração no ecossistema Caatinga.
37

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos resultados obtidos nesses estudos podemos inferir
que a exótica invasora A. adscensionis nesse primeiro momento da sucessão
ecológica não está influenciado na riqueza e na abundância das herbáceas
nativas presentes na área estudada, de modo que a primeira hipótese desse
trabalho não foi corroborada. Em relação a hipótese dos tratamentos aplicados,
não foi corroborada visto que o único tratamento que foi estatisticamente
significativo a emergência das herbáceas foi com 30% de cobertura do solo e
esse tratamento favoreceu tanto as herbáceas nativas, como a invasora
estudada.
Em relação a última hipótese abordada no trabalho, não foi
corroborada visto que nas ultimas análises dos períodos chuvosos, foi observado
um aumento significativo na abundância da A. adscensionis. Esses picos que
ocorreram na abundância da A. adscensionis não indica uma prévia de redução.
Ressaltando a importância de uma avaliação por um período maior, para
monitorar o comportamento da invasora em áreas de recuperação na Caatinga.

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