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Concreto Leve Análise de Norma

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FUNDAMENTOS E CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO LEVE E

CELULAR: UMA ANÁLISE CONCISA

André Oliveira Salvador


Mestrando no Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Civil, USJT, Brasil.
me.oliveira.asc@gmail.com

Mostafa Galal Aboelkheir


Professor do Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Civil, USJT, Brasil
prof.mostafamohamed@ulife.com.br

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Anais do I SISCS – USJT – São Paulo – SP – Brasil – 20 e 21/05/2024
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RESUMO

O concreto com agregados leves, apresenta-se atualmente como um material com aplicação
em diversas áreas da construção civil, devido aos benefícios promovidos pela redução da
massa específica do concreto, como a redução de esforços na estrutura da identificação e a
diminuição dos custos com transporte e montagem de construções pré-fabricadas. Nas últimas
décadas ocorreu um grande desenvolvimento na tecnologia dos concretos estruturais, devido
especificamente a evolução das técnicas e equipamentos para estudos dos concretos e o uso de
novos materiais componentes. Esses novos materiais, dentre os quais se destacam aditivos,
redutores de água e as adições possibilitaram melhorias significativas nas propriedades
relacionadas à resistência mecânica e a durabilidade dos concretos. Avaliar o comportamento
do concreto por meio de suas características e propriedades e conhecer sua microestrutura em
função dos teores de ar incorporado às misturas, ao consumo de cimento e teores de
agregados. Permite subsidiar estudos no intuito de otimizar o uso de ativos para a produção de
concretos que atendam a especificações exigidas para determinadas aplicações. Com isso,
esse trabalho dedica se ao melhor entendimento dos conceitos básicos sobre concretos leves,
por meio de uma análise de Normas e conceitos básicos, relacionando suas propriedades,
resistência mecânica e a durabilidade.

PALAVRAS-CHAVE: agregados; aditivos; concreto leve; concreto Portland;


trabalhabilidade; cura.

ABSTRACT

Concrete with lightweight aggregates currently presents itself as a material with applications
in various areas of civil construction, due to the benefits promoted by the reduction of the
concrete's specific mass, such as the reduction of efforts in structural identification and the
decrease in costs with transportation and assembly of prefabricated buildings. In recent
decades, there has been significant development in the technology of structural concretes,
specifically due to the evolution of techniques and equipment for studying concretes and the
use of new component materials. These new materials, including additives, water reducers,
and additions, have enabled significant improvements in properties related to mechanical
strength and durability of concretes. Evaluating the behavior of concrete through its
characteristics and properties and understanding its microstructure as a function of the levels
of air entrained in the mixtures, cement consumption, and aggregate contents allows for
studies aimed at optimizing the use of assets to produce concretes that meet the specifications
required for certain applications. Therefore, this work is dedicated to a better understanding of
the basic concepts of lightweight concretes through an analysis of standards and basic
concepts, relating their properties, mechanical strength, and durability.

KEYWORDS: aggregates; admixtures; lightweight concrete; Portland concrete; workability;


cure.

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Anais do I SISCS – USJT – São Paulo – SP – Brasil – 20 e 21/05/2024
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1. INTRODUÇÃO
O setor de construção civil no Brasil é um dos segmentos industriais que mais consomem
recursos naturais e consequentemente, um dos setores que mais consomem energia para a
implantação de sua operação. Anualmente, esse setor ganha cada vez mais espaço no PIB
nacional, não só pela magnitude da sua matriz, mas também, pelas inúmeras contribuições
significativas que corroboram para o nosso desenvolvimento macroeconômico.
Atualmente, vivemos um desafio de magnitude mundial: desenvolver produtos que impactem
cada vez menos o meio ambiente e consumam menos energia no seu processo de produção.
Por décadas, esse desafio passou desapercebido e a grandeza de um país era medida através
dos grandes investimentos em obras de infraestrutura urbana, como por exemplo, as
construções de pontes, rodovias, ferrovias, túneis etc. Logo, esse resultado era atribuído ao
consumo de um único produto, “o concreto”, sem levar em consideração o seu processo de
produção. Dentro dessa magnitude, o consumo do concreto é reconhecido como um dos
principais índices de crescimento interno de um país, (quanto maior o consumo, maior é o seu
crescimento).
Com o passar dos anos, a sociedade como um todo, compreendeu que a construção civil vai
além do consumo específico desse “único produto”, ela agrega, entre outras coisas, a
produção de materiais, a geração de empregos e a criação de novas tecnologias, o que acaba
gerando outros impactos, como: danos de extração e produção, logística de transporte e
descarte.
Logo, visando atender a um público cada vez mais exigente e preocupado com questões
ambientais, a indústria da construção civil, passou a investir fortemente em novas tecnologias,
promovendo inovação de excelência e entregando, cada vez mais ao seu consumidor, um
produto eficiente, durável e ecologicamente correto.
Nesse cenário complexo, se faz necessário o desenvolvimento de produtos específicos, para
fins específicos, visando não só um consumo consciente, como também a utilização otimizada
da sua matéria prima. Essas ações visam mitigar o impacto de extração da matéria prima e das
emissões de gases tóxicos na sua produção, transporte e descarte das sobras.
Os concretos considerados, por definição, “leve”, apresentam ótimos resultados de
trabalhabilidade, resistência e dureza e tem por objetivo otimizar o uso da sua matéria prima
através das adições de aditivos e incorporadores de ar, com o objetivo de potencializar o seu
uso, reduzir a utilização de agregados, aumentar a sua leveza, reduzindo significativamente a
produção de entulhos e consequentemente, reduzindo a utilização de uma série de outros
produtos em cadeia.
Sua utilização vem se consolidando no mercado, com a disseminação dos exemplos bem-
sucedidos, principalmente nas redes sociais e por ser um produto que contribui muito com o
meio ambiente e gerando inúmeras vantagens as edificações onde são aplicados, como o
aumento do conforto térmico e acústico. Sua utilização ainda contribui na arquitetura da
edificação, uma vez aplicado por especialista seu efeito final causa um perfeito impacto
visual.
Entretanto, é de suma importância a elaboração, por profissionais especializados, do projeto
executivo, contendo: dimensionamento, detalhamento e elaboração de tabela de quantitativos.
Para que não sejam utilizados materiais inadequados, supra dimensionados ou de nenhuma
relevância ao projeto.

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2. METODOLOGIA
Revisão da Literatura:
Realizar uma revisão sistemática da literatura utilizando bases de dados acadêmicas. Utilizar
palavras-chave relevantes, como "agregados", "aditivos", "concreto leve", "concreto
Portland", "trabalhabilidade" e "cura".
Seleção de material de pesquisa:
Estabelecer critérios de inclusão e exclusão para selecionar os artigos relevantes, como
período de publicação e idioma. Neste caso o idioma inglês foi predominante na busca dos
dados e foi considerado um intervalo de tempo de 20 anos para as publicações selecionadas.
Incluir estudos experimentais, revisões sistemáticas e meta-análises que forneçam dados sobre
o tema da pesquisa. Extrair informações relevantes dos estudos selecionados.

3. CONCRETO LEVE
O primeiro registro histórico do concreto celular ocorreu em Praga, (Polônia), em 1889,
quando Hoffmann patenteou um material como argamassa celular. O processo de produção
consistia na criação de poros em uma argamassa composta de aglomerantes, cimento ou gesso
e de ácido clorídrico, que era incorporada à mistura como agente gerador de gás, reagindo
com o bicarbonato de sódio (COTELASSI, 2005).
Os concretos leves se caracterizam por apresentarem massa específica seca abaixo de 2000
kg/m³ e quando comparados aos concretos convencionais apresentam também mudanças
significativas em algumas propriedades, como a trabalhabilidade, resistência mecânica,
módulo de deformação, retração e fluência, além da redução da espessura da zona de
transição entre o agregado e a matriz de cimento. As propriedades térmicas dos concretos
leves são significativamente diferentes das observadas nos concretos tradicionais,
principalmente devido ao ar aprisionado na estrutura celular dos agregados leves, como a
argila expandida, que reduz a transferência e a absorção de calor em relação aos agregados
tradicionais e os classificam da seguinte forma (ROSSIGNOLO, 2009).
O concreto leve também pode ser classificado segundo a utilização prevista, em concreto leve
estrutural (ASTM C 330-05), concreto leve para componentes para alvenaria (ASTM 331-05)
e concreto isolante (ASTM 332-99). A classificação de concreto leve estrutural é baseada em
uma resistência mínima e, segundo a ASTM C 330-05, a resistência à compressão aos 28 dias
em corpos de prova cilíndricos não deve ser inferior a 17 MPa. A massa específica de cada
concreto (determinada no estado seco) não deve ser maior que 1840 kg/m3 e, normalmente,
situa-se entre 1400 e 1800 kg/m3. Por outro lado, o concreto para alvenaria geralmente tem
uma massa específica entre 500 e 800 kg/m3 e resistência entre 7 e 14 MPa. A propriedade
essencial do concreto isolante é seu coeficiente de condutividade térmica, que deve ser menor
que 0,3 J/m2s°C/m, enquanto a resistência situa-se entre 0,7 e 7 MPa (NEVILLE e BROOKS,
2013).
Em estruturas de concreto, o peso próprio normalmente representa uma grande parcela da
carga total da estrutura e, portanto, existem vantagens consideráveis na redução da massa
específica do concreto. As principais são a redução da carga permanente e, consequentemente,
as cargas totais dos diversos elementos, e a correspondente redução nas dimensões das
fundações (NEVILLE e BROOKS, 2013).
Além disso, com um concreto mais leve, as formas precisarão resistir a uma pressão menor
que no caso do concreto comum, e a massa total de material a ser transportado é reduzida,
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com consequente aumento da produtividade. Assim, a opção do uso de concreto estrutural fica
determinada por considerações econômicas (NEVILLE e BROOKS, 2013).
Segundo a norma Internacional ASTM C796 (American Society for Testing and materials,
2011). O concreto celular é um produto leve, de estrutura celular homogênea, composto por
pasta de cimento Portland, cimento pozolânico, cal pozolânica ou Cal e sílica, ou ainda, a
mistura desses ingredientes, e possui vazios obtidos com a introdução de produtos químicos
formadores de gás ou agentes espumígenos. Nesse concreto, a densidade desejada é obtida
pela substituição de todo ou parte de agregados miúdos por células de ar macroscópica.
Normalmente o agregado graúdo não é utilizado, porém agregados leves podem ser incluídos
no concreto celular.
Já para a ABNT NBR 17071:2022, o concreto celular estrutural é o concreto de cimento
Portland, preparado com emprego de aditivo incorporador de ar (IA), no qual são observadas
microbolhas incomunicáveis, homogêneas, uniformemente distribuída, estáveis e
indeformáveis e mantendo inalterada a alcalinidade do concreto-base, com densidade de
massa aparente no estado endurecido entre 1.400 Kg/m³ e 2.000 Kg/m³.
A Tabela 1 apresenta os critérios de diferentes normas e organizações relacionados à massa
específica de materiais utilizados em construção, como definidos pelo RILEM (1975), CEB-
FIP (1977), NS 3473 E (1992), ACI213R-87 (1997), e CEN prEN 206-25 (1999). A massa
específica é expressa em quilogramas por metro cúbico (kg/m³).

Tabela 1. Valores de referência da massa específica, dos concretos, leves,


estruturais.

Referência Massa Específica (kg/m³)


RILEM (1975) γ < 2000
CEB-FIP (1977) γ < 2000
NS 3473 E (1992) 1200 < γ < 2200
ACI213R-87 (1997) 1400 < γ < 1850
CEN prEN 206-25 800 ≤ γ ≤ 2000

4. TERMOS E DEFINIÇÕES ESSENCIAIS PARA PRODUÇÃO DE CONCRETO


LEVE E CELULAR
Na produção de concreto leve e celular, é crucial compreender os termos e definições
estabelecidos pela ABNT NBR para diferentes componentes e processos. Isso inclui não
apenas os tipos de aditivos, mas também os agregados utilizados, as características da água
empregada e outras propriedades físicas relevantes. Por meio da compreensão desses termos,
é possível garantir a qualidade e a consistência do concreto produzido, além de otimizar sua
resistência e durabilidade. Este subtópico abordará os conceitos essenciais relacionados a
aditivos, agregados, água e outras propriedades físicas conforme definidos pela ABNT NBR,
fornecendo uma base sólida para a produção e controle tecnológico eficazes do concreto leve
e celular

4.1 Tipos de Aditivos conforme ABNT NBR: Termos e definições.


Os aditivos desempenham um papel crucial na formulação e na performance do concreto.
Segundo a ABNT NBR, esses aditivos, como os apresentados abaixo na Tabela 2, são
cuidadosamente adicionados em quantidades específicas para alterar as propriedades do
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concreto tanto no estado fresco quanto endurecido. Por exemplo, o compensador de retração
reage com o cimento e água para aumentar o volume do concreto, enquanto o aditivo
incorporador de ar introduz microbolhas para manter a estabilidade do material. Esses e
outros tipos de aditivos são essenciais para garantir a qualidade e durabilidade das estruturas
de concreto. Os requisitos gerais para a seleção dos aditivos se encontram na Tabela 3.

Tabela 2. Classificação de aditivos.


Tipos de Aditivos
Numeração Definição
conforme ABNT NBR
Produto adicionado e misturado no concreto em quantidade geralmente não superior a
5% da massa de ligante total contida no concreto, com o objetivo de modificar suas
propriedades no estado fresco e ou no estado endurecido. (ABNT NBR 11768-
1:2019). Nota 1. A quantidade informada (5%), pode ser superior para algumas
aplicações, como por exemplo, aditivos para concreto projetado ou aditivos
compensadores de retração. (ABNT NBR 11768-1:2019). Nota 2. Ligante total
1 Aditivos para concreto
compreende cimento Portland e adições minerais definidos na ABNT NBR. 12655,
que são considerados no cálculo da dosagem do aditivo. (ABNT NBR 11768-1:2019).
A quantidade total de aditivo, quando utilizados, não pode ceder a dosagem máxima
recomendada pelo fabricante. A influência da elevada dosagem de aditivos no
desempenho e na durabilidade do concreto deve ser considerada. (ABNT NBR
12655:2022).

Aditivo que ao reagir com o cimento e água e produz etringita ou hidróxido de cálcio
Compensador de
2 e outros e levando ao aumento do volume. Que induza o concreto a expandir e
retração (CR)
compensar as forças de retração total. (ABNT NBR 11768-1:2019).

Aditivo que incorporadora intencionalmente durante o amassamento do concreto.


Aditivo incorporador de Uma quantidade controlada de microbolhas de ar separadas entre si, uniformemente
3
ar (IA) distribuídas e estáveis e que mantenham essas características no estado endurecido.
(ABNT NBR 11768-1:2019).
Aditivo incorporador de Aditivo que incorporaria intencionalmente, durante o amassamento do concreto, uma
4 ar para concreto leve quantidade de microbolhas de ar. Para produzir concretos com densidade abaixo de
(IA-L) 2000 Kg/m³.
Aditivo que, sem modificar a consistência, permite maior redução de água no
Aditivo redutor de água concreto quando comparado ao redutor de água tipo 1 – RA1; o que, sem alterar a
5
tipo 2 (RA 2) quantidade de água, aumenta consideravelmente o abatimento e a fluidez do concreto;
ou, ainda, aditivo que produz esses dois efeitos simultaneamente.

Tabela 3. Requisitos gerais para a seleção dos aditivos.


Propriedade Método de Ensaio Requisitos
Homogêneo no momento do uso, não apresentando
Homogeneidade Exame Visual
separação ou sedimentação.
Cor Exame Visual Uniforme e similar à descrição fornecida pelo fabricante.
Massa específica Valor declarado pelo fabricante com uma tolerância de ±
ABNT NBR 11768-3
(somente para líquidos) 0,02 g/cm³.
Valor declarado pelo fabricante com uma tolerância de ±
Teor de sólidos ABNT NBR 11768-3
2%.
pH ABNT NBR 11768-3 Valor declarado pelo fabricante com uma tolerância de ± 1
Cloretos solúveis em
ABNT NBR 11768-3 Menor ou igual ao valor declarado pelo fabricante.
água (Cl-)

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4.2 Tipos de agregados conforme ABNT NBR: Termos e Definições.
Os materiais granulares utilizados na produção de concreto, conhecidos como agregados,
desempenham um papel crucial na garantia da qualidade e durabilidade das estruturas. A
ABNT NBR estabelece diretrizes rigorosas para esses materiais, desde sua composição até
sua granulometria. Esses agregados podem ser naturais, reciclados ou compostos, e cada tipo
tem suas especificações particulares para assegurar a resistência e estabilidade do concreto. A
inclusão de agregados especiais também é considerada, dependendo das necessidades
específicas de cada projeto. Essa variedade de materiais é fundamental para atender às
diferentes exigências da construção civil, desde obras simples até projetos mais complexos.
Para facilitar a compreensão dos diferentes tipos de agregados e suas características conforme
a ABNT NBR, apresento abaixo a Tabela 4 organizada com as informações pertinentes:

Tabela 4. Classificação de agregados.


Tipos de agregados
Numeração Definição
conforme ABNT NBR
Conforme a ABNT NBR 7211, os agregados utilizados para a preparação do concreto
devem ser compostos por grãos de minerais duros, compactos, estáveis, duráveis e
Agregados - Requisitos
1 limpos e não podem conter substâncias de natureza e em quantidades que afetem a
gerais
hidratação e o endurecimento do cimento, a proteção das armaduras contra a corrosão, a
durabilidade ou quando for requerido, o aspecto visual externo do concreto.
Agregado resultante da mistura intencional de agregados, sendo este reciclado e
agregado natural e/ou britado, possibilitando o ajuste da curva granulométrica em
2 Agregado composto
função das características do agregado e do produto a ser preparado com esse material.
(ABNT NBR 15116:2021).
Agregado, cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam
retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, ressalvados os limites
3 Agregado graúdo
estabelecidos na ABNT NBR NM 248 (ABNT NBR 15116:2021), e que não absorvam
mais do que 2% de sua massa em água (ABNT NBR 11768-1:2019).
Graúdo que pode ser utilizado em concreto, tal qual é encontrado na natureza, sem
4 Pedregulho ou cascalho
qualquer tratamento que não seja lavagem e seleção. (ABNT NBR 9935:2021).
Agregado, cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm,
5 Agregado miúdo ressalvados os limites estabelecidos na ABNT NBR NM 248 (ABNT NBR
15116:2021).
Agregado miúdo, originado através de processos naturais ou artificiais de desagregação
de rochas, ou proveniente de processos industriais. É chamada de areia natural se
resultante da ação de agentes da natureza; de areia artificial, quando proveniente de
6 Areia
processos industriais; de areia reciclada, quando proveniente de processos de
reciclagem; e de areia de britagem, quando proveniente de processos de cominuição
mecânica de rochas, conforme normas específicas. (ABNT NBR 9935:2021).
Material pétreo granular, que pode ser utilizado tal e qual encontrado na natureza,
7 Agregado natural
podendo ser submetido a lavagem, classificação ou britagem. (ABNT NBR 9935:2011).
Material granular resultante de processo industrial envolvendo alteração mineralógica,
8 Agregado artificial química ou físico-química da matéria-prima original, para uso como agregado em
concreto ou argamassa. (ABNT NBR 9935:2011).
Agregado de baixa massa específica (≤ 2000 Kg/m³), como, por exemplo, os agregados
9 Agregado leve expandidos de argila, escória siderúrgica, vermiculita, ver ardósia e resíduos de esgoto
sintetizado e outros. (ABNT NBR 12655:2022).
Agregado denso ou Agregado de elevada massa específica (≥ 3000 Kg/m³), como por exemplo, barita,
10
pesado magnetita, limonita e hematita. (ABNT NBR 12655:2022).
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7
Material granular obtido de processo de reciclagem de rejeitos ou subprodutos da
produção industrial, mineração ou construção ou demolição da construção civil,
11 Agregado reciclado
incluindo agregados recuperados de concreto fresco por lavagem para uso como
agregado. (ABNT NBR 9935:2011).
Material granular obtido de processo de beneficiamento de resíduos de construção ou
Agregado reciclado de
demolição da construção civil, previamente triados e pertencentes à classe “A”, segundo
12 resíduo da construção
a ABNT NBR 15116, e classificado em agregados reciclados de concreto ou agregados
civil
reciclados mistos. (ABNT NBR 9935:2011).
Material granular obtido por reciclagem de resíduos de concreto fresco ou endurecido,
Agregado reciclado de constituído na sua fração graúda (>4,75 mm) de no mínimo 90% em massa de
13
concreto (ARCO) fragmentos à base de cimento Portland ou de material pétreo, e com propriedades que
atendam a ABNT NBR 15116. (ABNT NBR 9935:2011).
Material granular obtido de acordo com o item de agregados reciclados do concreto
Agregado reciclado (ARCO), constituído na sua fração graúda (>4,75 mm) por menos de 90% em massa de
14
misto (ARM) fragmentos à base de cimento Portland, ou de material pétreo, e com propriedades que
atendam ABNT NBR 15116. (ABNT NBR 9935:2011).
O agregado reciclado, constituído predominantemente por materiais cimentícios
Agregado reciclado
15 diversos (concretos, argamassas, blocos, pré-moldados de concreto etc.), para incluir
cimentício (ARCI)
teores reduzidos de cerâmica vermelha

4.3 Tipos de Água conforme ABNT NBR: Termos e Definições.


A qualidade da água desempenha um papel crucial na preparação de concreto, influenciando
diretamente sua durabilidade e resistência. Segundo as diretrizes da ABNT NBR 15900-
1:2009, diversos tipos de água são definidos, cada um com características específicas que
determinam sua adequação para uso na construção civil. A Tabela 5 engloba os tipos de água
e a sua respectiva definição de acordo com as normas de ABNT NBR.

Tabela 5. Classificação de água para uso na preparação de concreto.


Tipos de Água
Numeração Definição
conforme ABNT NBR
Modo geral, em função da sua origem, é possível verificar se a água é adequada
ou não para a preparação de concreto. Nota: A água potável que atende à
1 Generalidades portaria. Nº. 518 do Ministério da saúde, pode ser utilizada sem restrição para a
preparação de concreto. O uso de gelo deve ser analisado em função de sua
origem. (ABNT NBR 15900-1:2009)
Água de abastecimento Esta água é considerada adequada para o uso em concreto e não necessita ser
2
público ensaiada. (ABNT NBR 15900-1:2009)
Água recuperada de Esse tipo de água está definido no anexo AE deve se estar em conformidade
3 processos de preparação com as exigências nela estabelecida para ser considerado adequado para uso em
do concreto concreto. (ABNT NBR 15900-1:2009)
Água de Fontes Esta água pode ser adequada para o uso em concreto, mas deve ser ensaiada.
4
subterrâneas (ABNT NBR 15900-1:2009)
Água natural de Esta água pode ser adequada para uso em concreto, mas deve ser ensaiada. São
5 superfície/água de exemplos de águas residuais industriais, aquelas recuperadas de resfriamento,
captação pluvial/residual corte, frisagem e polimento de concretos. (ABNT NBR 15900-1:2009)
Esta água somente pode ser usada para concreto não armado, mas deve ser
6 Água salobra
ensaiada. Não é adequada à preparação de concreto protendido ou armado.
Água de esgoto e água
7 proveniente de esgoto Esta água não é adequada para o uso em concreto. (ABNT NBR 15900-1:2009)
tratado
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A água de reuso é a água tratada por diversos processos, como filtração e
flotação, e em estações de tratamento de esgotos, a partir do afluente já tratado
para usos não projetáveis. Até o momento de publicação desta Norma, não
Água de reuso
havia antecedentes suficientes para garantir viabilidade de uso generalizado
8 proveniente de estação
desse tipo de água. O uso deste tipo de água está condicionado a aplicações
de tratamento de esgoto
específicas, em comum acordo entre o fornecedor de água e o responsável pela
preparação do concreto, devendo ser atendido todos os. Requisitos desta
Norma. (ABNT NBR 15900-1:2009)

4.4 Termos relativos a outras propriedades físicas.


A compreensão das propriedades físicas dos agregados é essencial para o desenvolvimento de
misturas de concreto com desempenho adequado. A seguir, são apresentados os termos
relacionados a diversas características físicas dos agregados (Tabela 6), conforme definido
pela ABNT NBR 9935:2011. Esses termos são fundamentais para a compreensão e
interpretação dos resultados de ensaios e análises dos agregados utilizados na produção de
concreto, contribuindo para garantir a qualidade e o desempenho do material final.

Tabela 6. Classificação de propriedades físicas de concreto.


Numeração Termo Definição
Teor de Umidade Percentual entre a massa de água aderente à superfície dos grãos do agregado
1
Superficial e a massa do agregado na condição saturada. Superfície seca.
2 Teor de Umidade Total Percentual entre a massa total de água do agregado e a massa seca.
Inchamento de Variação do volume aparente provocada pela absorção de água livre pelos
3
Agregado Miúdo grãos do agregado.
Coeficiente de Quociente entre os volumes úmidos (Vh) e secos (Vs) de uma massa de
4
Inchamento (Vh/Vs) agregado miúdo.
Coeficiente de Valor médio entre o coeficiente de inchamento máximo e o coeficiente de
5
Inchamento Médio inchamento no ponto de umidade crítica de um agregado miúdo.
Teor de umidade de um agregado miúdo acima do qual o coeficiente de
6 Umidade Crítica inchamento pode ser considerado constante, igual ao coeficiente de
inchamento médio.
Aumento da massa do agregado devido ao preenchimento de seus poros com
7 Absorção de Água
água, expresso como porcentagem de sua massa seca.
Densidade Real de
Quociente entre a massa do agregado na condição seca e o volume de suas
8 Partículas na Condição
partículas, excluídos os poros permeáveis e os vazios entre as partículas.
Seca
Agregado na Condição
Condição de umidade do agregado em que os vazios permeáveis estão
9 Saturada, Superfície
preenchidos com água, sem que haja umidade superficial livre.
Seca
Descontinuidades da superfície externa das partículas do agregado, como
10 Vazios Permeáveis
poros e fissuras, que são passíveis de reter água.

4.5 Concreto conforme ABNT NBR: Termos e Definições.


O concreto é um dos materiais mais versáteis e amplamente utilizados na construção civil,
presente em uma variedade de estruturas e aplicações. A Tabela 7 apresenta uma classificação

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dos diferentes tipos de concreto conforme definido pela ABNT NBR 9778 e outras normas
pertinentes, fornecendo uma visão abrangente das características e propriedades de cada tipo.
Essa classificação é essencial para entender as características e aplicações específicas de cada
tipo de concreto, permitindo a seleção adequada de materiais para diferentes necessidades de
construção. A Figura 1 mostra o aspecto visual de diversos tipos de concreto juntamente com
a respectiva faixa do valor de densidade.

Tabela 7. Classificação de concreto conforme ABNT NBR.


Numeração Tipo de Concreto Definição
Mistura homogênea de cimento, agregados miúdo e graúdo e água, com
Concreto de
1 ou sem a incorporação de componentes minoritários, que desenvolve
Cimento Portland
suas propriedades pelo endurecimento da pasta.
Concreto completamente misturado e em estado plástico, capaz de ser
2 Concreto Fresco
adensado.
3 Concreto Endurecido Concreto que atingiu o estado sólido e desenvolveu resistência mecânica.

4 Concreto Normal (C) Concreto com massa específica seca entre 2000 Kg/m³ e 2800 Kg/m³.

Concreto de cimento Portland com densidade entre 2000 Kg/m³ e 2800


5 Concreto Base Kg/m³, ao qual é adicionado aditivo incorporador de ar, dando origem ao
concreto celular estrutural.
6 Concreto Leve (CL) Concreto com massa específica seca inferior a 2000 Kg/m³.
Concreto Pesado ou
7 Concreto com massa específica seca superior a 2800 Kg/m³.
Denso (CD)
Concreto de Alta Concreto com resistência à compressão maior que C50, conforme ABNT
8
Resistência NBR 8953.

Figura 1. (a) Concreto convencional - 2300 Kg/m³ ≤ densidade Kg/m³ ≤ 2500


kg/m³, (b) Concreto celular – densidade: ≤ 1600 Kg/m³, (c) Concreto leve - densidade:
1600 Kg/m³ ≤ densidade Kg/m³ ≤ 1900 kg/m³ e (d) Concreto celular sem finos.

5. PROCESSO DE DOSAGEM E PREPARO DO CONCRETO LEVE


Para dosar concretos leves, os métodos convencionais podem ser aplicados, mas é crucial
considerar três fatores adicionais: a necessidade de uma massa específica definida, a influência
dos agregados leves nas propriedades e sua absorção de água. Durante a mistura, é importante
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evitar que a absorção de água prejudique as propriedades do concreto no estado fresco. Em casos
em que os agregados leves possuem baixa absorção de água, abaixo de 10% em massa após 24
horas de imersão, o método de mistura tradicional pode ser usado (Tabela 8). No entanto, certos
agregados leves podem apresentar alta absorção de água nos primeiros minutos, exigindo a
adição de sólidos e água antes dos agregados no misturador (HOLM e BREMNER, 2000).

Tabela 8. Características de alguns agregados leves comerciais


Massa Massa Absorção de
Nome Matéria- Dimensões
País Fabricação Específica Unitária Água em
Comercial Prima (mm)
(kg/dm³) (kg/dm³) 24h (%)
Inglaterra e Cinzas
Lytag Sinterização 1,3 - 2,1 0,6 – 1,1 0,5-19 15-20
Holanda Volantes
Solite EUA Folhelho 1,4 0,8 4 – 16 15
Norlite EUA Folhelho 0,8-1,9 0,4 – 1,2 5 - 19 10 – 25
Alemanha e
Liapor Argila 0,6-1,8 0,3 – 0,9 2 -19 11 – 17
R. Tcheca
Áustria e
Leca Argila 0,6-1,8 0,3 – 0,9 0,5-16 11 - 30
Noruega Forno Rotativo
Arlita Espanha Argila 1,4 0,8 1 – 10 13
Cinexpan
Brasil Argila 1,5 0,9 0,5 - 5 7
0500
Cinexpan
Brasil Argila 1,1 0,6 6 – 15 7,5
1506

5.1 RELAÇÃO ÁGUA, CIMENTO (A/C).


É a relação em massa entre o conteúdo efetivo de água e o conteúdo de cimento Portland e
outros materiais cimentícios (ABNT NBR 12655:2022). A relação água/materiais cimentícios
efetiva é um parâmetro crucial no projeto e na produção de concreto, influenciando
diretamente sua resistência e durabilidade. Abaixo, apresenta-se os valores médios de
resistência à compressão aos 28 dias para concretos sem ar incorporado e com ar incorporado,
em relação a relação água/materiais cimentícios efetiva (Tabela 9).

Tabela 6. Relação entre água/materiais cimentícios e a resistência à compressão


média do concreto, segundo a ACI 211.1-91 (Aprovada em 2002)

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5.2 TRAÇO OU COMPOSIÇÃO.
A dosagem ou composição do concreto envolve a determinação das quantidades de cada
componente, expressas em massa ou volume. Essa proporção, conhecida como traço, pode ser
especificada em termos de materiais por metro cúbico de concreto, conforme definido pela
ABNT NBR 12655:2022.

5.3 TRABALHABILIDADE.
A trabalhabilidade do concreto é um conceito dinâmico, não se limitando apenas à sua
facilidade de manipulação no estado fresco. Por exemplo, a trabalhabilidade ideal para a
produção de tubos ou peças de pavimentação difere da necessária para concretos a serem
bombeados, que devem apresentar maior plasticidade. Mesmo que o concreto autoadensável
seja considerado altamente trabalhável em condições normais de uso em edificações, pode ser
inadequado para outras aplicações em que a autoadensabilidade não é suficiente (RECENA,
2017). A trabalhabilidade é uma propriedade que determina o esforço necessário para
manipular o concreto fresco com mínima perda de homogeneidade, abrangendo operações
como lançamento, adensamento e acabamento. O índice de consistência, medido pelo
abatimento do tronco de cone ou pela mesa de espalhamento, é um parâmetro importante para
avaliar essa propriedade (ASTM C 125, 1993; MEHTA e MONTEIRO, 1994).
O método mais comum para avaliar a trabalhabilidade é o ensaio de abatimento pelo tronco de
cone, também conhecido como "slump", conforme estabelecido pela ABNT NBR
16889:2020. Esse método é amplamente utilizado devido à sua simplicidade, rapidez, baixo
custo e uso de equipamentos simples (RECENA, 2017).

5.4 TRANSPORTE, LANÇAMENTO E ADENSAMENTO.


No transporte de concretos leves, é importante considerar a tendência à segregação devido à
baixa massa específica dos agregados. Isso pode ser controlado com a dosagem adequada do
concreto, ajustando a relação água/cimento e o teor de agregados miúdos, além da utilização
de adições minerais como a sílica ativa. Para o bombeamento do concreto leve, a umidade e a
granulometria dos agregados leves são essenciais, sendo recomendado o pré-umidecimento
para evitar perda de trabalhabilidade e entupimentos nos dutos. É também aconselhável que o
agregado miúdo contenha uma proporção significativa de partículas com diâmetro inferior a
0,3 mm. As técnicas de adensamento comumente aplicadas em concretos tradicionais podem
ser empregadas em concretos leves, embora exijam uma energia de vibração maior. Os
vibradores de imersão, por exemplo, devem ter um raio de ação reduzido em relação aos
utilizados para concretos convencionais. Como os concretos leves requerem mais energia de
vibração para evitar segregação, é crucial que apresentem coesão adequada durante o
adensamento (CEB/FIP, 1977; HOLM e BREMNER, 2000, EUROLIGHTCON, 2000b,
ROSSIGNOLO, 2003).

5.5 INFLUÊNCIA DO ADITIVO INCORPORADOR DE AR SOBRE O CONCRETO


FRESCO.
A influência do incorporador de ar sobre o concreto recém misturado pode ser,
resumidamente, explicada conforme o modelo a seguir:

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Age como fluído, substituindo uma parte de água. A experiência mostra que ao aumentar
percentualmente igual a X em um concreto, o aumento da fluidez resultante é comparável ao
acréscimo é de X/2% de água de mistura (BAUER, 2019).
Por exemplo, no caso de termos consumo de 200 litros de água por m³ de concreto e viermos
incorporar 5% de ar ou 50 l/m³, teremos uma redução de 50/2 = 25 litros no volume de água a
ser adicionado para obtenção da mesma fluidez. A redução, no entanto, é influenciada pela
dosagem e pela quantidade de ar efetivamente incorporado. Na Figura 2, ilustra-se esta
redução (BAUER, 2019).
As bolhas substituem uma parte de Areia fina, um ou 2 mm, com vantagens tais como:
a. Melhor coeficiente de forma.
b. São elásticas.
c. Podem se movimentar sem atrito.
d. Diminui a porcentagem de vazios acidentais e irregulares.

Figura 2. Influência do ar incorporado na redução de água.

5.6 CURA.
Segundo HOLM e BREMNER (1994), pode-se adotar o mesmo processo de
cura dos concretos convencionais para os concretos com agregados leves, tomando-se
cuidados especiais com a temperatura do concreto.
O calor liberado durante o processo de hidratação do cimento acarreta uma
elevação maior na temperatura dos concretos leves do que nos concretos convencionais,
em função da baixa condutibilidade térmica dos agregados leves. Para evitar a formação
de fissuras térmicas, em ambientes com baixas temperaturas, recomenda-se protelar a
retiradas das formas, ou cobrir o concreto com mantas isolantes. Quando for utilizado o
processo de cura térmica, deve-se adotar um período maior de cura ou uma velocidade
de elevação de temperatura menor (EUROLIGHTCON, 1998).
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Por outro lado, o agregado leve beneficia o processo de hidratação do cimento,
pois, durante o processo de mistura dos materiais, retém uma parcela de água que será
transferida para a matriz de cimento ao longo do período de hidratação, garantindo
assim a presença de parte da água necessária para as reações químicas desse processo,
independentemente do rigor das condições ambientais externas. Esse fenômeno,
denominado “cura interna”, segundo AL-KHAIAT e HAQUE (1998), torna os
concretos leves menos sensíveis às variações do processo de cura nas idades iniciais.

6. CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nota-se que o concreto celular tem enormes funções que podem ser exploradas na construção
civil, com a correta composição e o uso de aditivos específicos, pode chegar-se a um material
que substituiria os atuais utilizados, como é o caso do bloco de vedação feito de concreto
celular, que possui características melhores do que o bloco cerâmico de vedação.
A viabilidade é um fator que deve ser considerado na fase de projeto da edificação, mesmo
sendo um concreto com muitos anos de existência, sua aceitação no mercado sofre com a
pouca informação do produto e a com o tradicionalismo de não modificar processos
construtivos que estão dando certo. A economia relacionada ao uso do concreto leve, não se
refere ao custo unitário do material, mas nas interfaces do processo construtivo, como por
exemplo, economia no consumo de energia, menor consumo de aço nas estruturas de concreto
por meio das armações em função da leveza, entre outros. Os ganhos também são na
produtividade e na diminuição de resíduos.
Contudo, durante o desenvolvimento desta pesquisa, uma série de aspectos referentes ao
desenvolvimento da tecnologia dos concretos leves mostrou-se merecedores de
aprofundamento científico futuro. Com isso, a seguir, apresentam-se algumas propostas de
desenvolvimentos futuros: (ANGELIN, 2014)
 Estudo da dosagem, produção e propriedades do concreto autoadensável com
agregados leves;
 Análise do comportamento estrutural de painéis de concreto leve;
 Utilização de agregados leves reciclados;
 Estudo aprofundado da condutividade térmica e isolamento acústico nos concretos
leves.
 Análise da influência da redução da espessura da zona de transição agregado-matriz
nas propriedades dos concretos.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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obstáculos enfrentados pelas empresas construtoras para a implementação do método
construtivo. 2012.
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AGREGADOS PARA CONCRETO - REQUISITOS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 9935:2021 -
AGREGADOS – TERMINOLOGIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 11768:19 - ADITIVOS
QUÍMICOS PARA CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND, REQUISITOS.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 12655:22 -
CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE,
RECEBIMENTO E ACEITAÇÃO - PROCEDIMENTO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 16889:2020
CONCRETO – DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA PELO ABATIMENTO DO
TRONCO DE CONE
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 15900-1:2009 ÁGUA
PARA AMASSAMENTO DO CONCRETO, PARTE 1.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR NM 52:2009
AGREGADO MIÚDO - DETERMINAÇÃO DE MASSA ESPECÍFICA E MASSA
ESPECÍFICA APARENTE
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 15116:2021 -
AGREGADOS RECICLADOS PARA USO EM ARGAMASSAS E CONCRETOS DE
CIMENTO PORTLAND - REQUISITOS E MÉTODOS DE ENSAIOS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 11768-1:2019
ADITIVOS QUÍMICOS PARA CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND
PARTE 1: REQUISITOS

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CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND - PREPARO, CONTROLE,
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR
9935:2011AGREGADOS – TERMINOLOGIA
ABNT NBR 16887:2020 CONCRETO - DETERMINAÇÃO DO TEOR DE AR EM
CONCRETO FRESCO - MÉTODO PRESSOMÉTRICO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR NM ISO 3310-1:2010 -
PENEIRAS DE ENSAIO - REQUISITOS TÉCNICOS E VERIFICAÇÃO PARTE 1:
PENEIRAS DE ENSAIO COM TELA DE TECIDO METÁLICO (ISO 3310-1, IDT)
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR NM ISO 3310-2:2010 -
PENEIRAS DE ENSAIO - REQUISITOS TÉCNICOS E VERIFICAÇÃO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 8522-1:2021 -
CONCRETO ENDURECIDO. DETERMINAÇÃO DOS MÓDULOS DE ELASTICIDADE
E DE FORMAÇÃO. PARTE 1: MÓDULO ESTÁTICO A COMPRESSÃO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 9936:2022 -
AGREGADOS - DETERMINAÇÃO DO TEOR DE PARTÍCULAS LEVES - MÉTODO DE
ENSAIO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 9939:2011 -
AGREGADO GRAÚDO – DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE TOTAL –
MÉTODO DE ENSAIO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 12644:2014 -
CONCRETO LEVE CELULAR ESTRUTURAL - DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE
DE MASSA APARENTE NO ESTADO FRESCO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 16915:2021 -
AGREGADOS - AMOSTRAGEM
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AGREGADO GRAÚDO - DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE E DA ABSORÇÃO DE
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 16972:2021 -
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