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T33, Vol 17, n1, Jan-Jun, 2024 - Pág 603-617

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- Revista EDUCAmazônia - Educação Sociedade e Meio Ambiente, Humaitá, LAPESAM/GISREA/UFAM/CNPq/EDUA –

ISSN 1983-3423 – IMPRESSA – ISSN 2318 – 8766 – CDROOM – ISSN 2358-1468 - DIGITAL ON LINE

Vol 17, Núm1, jan-jun, 2024, pág. 603-617.

Análise do conteúdo sobre plantas medicinais e condimentares nos livros


didáticos de ciências e biologia das escolas públicas na região sul do
Amazonas (Brasil)

Analysis of content on medicinal and seasoning plants in science and biology textbooks
in public schools in the south region of the Amazon (Brazil)

Luciana Diniz Ferreira


Renato Abreu Lima

RESUMO
Os livros didáticos possuem grande participação e relevância no processo de ensino e aprendizagem e na prática
pedagógica de diversos docentes. O objetivo foi analisar o conteúdo sobre plantas medicinais e condimentares no
livro didático de Ciências e Biologia, do ensino fundamental e ensino médio, que foram utilizados em 2021 nas
escolas públicas de Humaitá-AM, verificando como os conteúdos são expostos e trabalhados, se apresentam
dificuldades de compreensão de termos e ilustrações botânicas, e a presença de conteúdos sobre plantas
medicinais e condimentares, configurando-se numa pesquisa qualitativa documental. Das análises, o livro do 6º e
3º ano não havia conteúdo relacionado ao ensino de botânica. Os demais apresentaram textos bem estruturados,
com imagens ilustrativas e algumas práticas importantes para o conhecimento de botânica.

Palavras-chave: Ensino de Botânica. Modalidades didáticas. Cegueira botânica.

ABSTRACT
Textbooks have great participation and relevance in the teaching and learning process and in the pedagogical
practice of several teachers. The objective was to analyze the content about medicinal and condiment plants in
the Science and Biology textbooks for elementary and high school, which were used in 2021 in public schools in
Humaitá-AM, checking how the contents are exposed and worked, if they present difficulties in understanding
botanical terms and illustrations, and the presence of contents on medicinal and condiment plants, configuring
itself in a qualitative documentary research. From the analyses, the 6th and 3rd grade book had no content
related to the teaching of botany. The others presented well-structured texts, with illustrative images and some
important practices for the knowledge of botany.

Keywords: Teaching Botany. Didactic modalities. Botanical blindness.

INTRODUÇÃO
A LDBEN, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Educação Básica tem
como escopo o desenvolvimento do crescimento intelectual dos estudantes e assim, garantir-
lhes a formação comum indispensável para o exercício da cidadania, fornecendo recursos para
p progresso no trabalho e em estudos posteriores (BRASIL, 1996). Nesse sentido, é
importante que a base curricular comum pondere a abordagem de tópicos sociais que

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possibilite ao estudante o desenvolvimento de atitudes e valores associados à habilidade de


tomada de decisões responsáveis diante de situações cotidianas (SANTOS; SCHNETZLER,
1997).
No Brasil, o livro didático é ferramenta de ensino-aprendizagem e suporte para a
organização do currículo na maioria das instituições de ensinos Fundamental e Médio do país.
(XAVIER; FREIRE; MORAIS, 2006, p.276). No entanto, Marandino, Selles e Ferreira
(2009) consideram o livro didático como um consolidado recurso do ensino teórico, técnico e
fragmentário na área da biologia e este pode refrear a função do professor como planejador e
executor do currículo. Contudo, sua finalidade no ensino não é de guia inflexível onde o
professor deve seguir linha por linha, página por página.
A botânica é a ramo da biologia que estuda as plantas, algas e fungos, neste trabalho
iremos tratar sobre as plantas. Evolutivamente, as briófitas e pteridófitas foram os primeiros
vegetais a se adaptarem ao ambiente terrestre, portanto eram quase incapacitadas de invadir o
espaço devido ao seu tamanho e a pouca exigência de nutrientes no solo. Posteriormente,
outros grupos maiores surgiram, é o caso das Gimnospermas e Angiospermas.
O ensino de Botânica, ainda hoje, caracteriza-se como muito teórico e desestimulante
para os alunos e subvalorizado dentro do Ensino de Ciências e Biologia. Nas escolas [...]
faltam condições de infraestrutura e melhor preparo dos professores para modificar essa
situação (TOWATA; URSI; SANTOS, 2010, p.1603).
Nesse sentido, é necessário discussões reflexivas sobre as estratégias que favoreçam a
melhoria e qualidade do ensino de botânica e assim, amenizar as lacunas existente nessa área
temática (SALOMÃO, 2005). Uma boa estratégia é o ensino atrativo para os alunos, ou seja,
com jogos, dinâmicas, desafios entre outros, devemos trazer os alunos para dentro do contexto
que se estuda, torná-los parte do conteúdo.
Segundo Oliveira; Liesenfeld (2020), o termo “cegueira botânica” vem da falta de
habilidade e percepção de plantas no seu dia a dia. Ao contrário dos animais, as plantas
despertam pouco ou nenhum interesse, sendo tratada como de difícil assimilação pelos alunos,
ou ainda sem muita importância. Essa condição inerente ao ser humano se denominou
cegueira botânica (LOPES, 2017). De forma simples de assimilação, os termos aplicados para
cegueira botânica, podemos explicá-la como: faltava visão para as plantas, árvores, arbustos
etc. E em meio a desmatamentos, queimadas nas florestas, falar sobre botânica é fundamental

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para a baixa desses crimes. Atualmente, o termo “cegueira botânica” foi substituído por
impercepção botânica.
As orientações Curriculares para o Ensino Médio destacam que “Quando se fala em
possibilidades de práticas de lazer, em processo criativo na escola [...] os Jogos, como
conteúdo, representam a possibilidade da singularidade, do algo descoberto, aquilo que
representa a identidade dos grupos” (BRASIL, 2006, p. 229).
Desta forma, as atividades didáticas e jogos didáticos são uma forma de viável e
atraente para florescer e intensificar a relação professor-aluno gerando assim uma gama
possibilidades de aceitação do conteúdo ministrado, tirando assim a velha metodologia de
livro e pincel onde o aluno fica no banco dos réus.
Segundo Pedroso (2009, p. 3183), as atividades lúdicas em geral são reconhecidas pela
sociedade como meio de fornecer aos estudantes um ambiente de estudo confortável que o
motiva a aprendizagem e que também que o jogo didático de modo auxiliar pode ajudar no
conhecimento em qualquer área.
Com isso, este trabalho propõe-se analisar o livro didático para verificar como são
trabalhados esses conteúdos, uma vez que a cegueira botânica pode influenciar no processo de
ensino-aprendizagem. Salatino; Buckeridge (2016) cita que a espécie humana percebe e
reconhece animais na natureza, mas ignora a presença das plantas no meio tanto escolar,
como social e usa-se um termo de negligência botânica, pois usamos as plantas com um plano
de fundo e que não tem a mesma importância comparado aos animais.
A respeito da importância da planta para o homem, o interesse por elas é tão pequeno
que se torna quase imperceptível no cotidiano. E quando são, constitui apenas um
componente de paisagem, tornando-se meros objetos, essa concepção denomina-se cegueira
botânica (OLIVEIRA et al., 2018). Dentro das escolas brasileiras, a cegueira botânica está
sendo um desafio para os professores no momento de introduzir o assunto aos alunos.
Atualmente, a educação no Brasil vive uma série de desafios e um forte desejo de
aperfeiçoamento nas metodologias de ensino. Professores sentem na pele essa dificuldade de
inserir o assunto para os alunos de forma que possam compreender e o desejo de ensinar esse
mundo da botânica, estratégias são feitas para curar essa cegueira botânica nos alunos.
Mas porque falar sobre plantas com alunos? As plantas são de suma importância no
mundo, com uma das suas funções de bioindicadoras de metais pesados e de perturbações

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ambientais, bem como são utilizadas como medicinais. Entre esse mundo que é a botânica,
temos a importância da polinização que é feito entre plantas e abelhas entre outros.
Atualmente, a importância da cegueira botânica vem progredindo excessivamente
dando ênfase nas suas pesquisas. Mostrando que uma portagem dos seres humanos não tem a
nitidez de enxergar o meio ambiente em sua volta, levando em conta que o presente trabalho
se desenvolve no Sul da Amazônia, onde completa de uma gama vegetação a dispor e a ser
revelada para muitos, onde na mesma completa a maior floresta do mundo: Floresta
Amazônica, famosa pela sua biodiversidade.
Dessa forma, o projeto se torna essencial para esta população. Por esses motivos, com
ênfase na impercepção botânica no grupo das plantas medicinais e condimentares o tema foi
escolhido, e a função do projeto é a verificação das publicações durante um período de anos e
observar os métodos que estão sendo empregados para “cura" desta cegueira.
O objetivo deste trabalho foi analisar o conteúdo sobre plantas medicinais e
condimentares nos livros didáticos de Ciências e Biologia de escolas públicas de Humaitá-
AM, identificando quais os principais métodos adotados no livro didático para abordagem de
plantas medicinais e condimentares e verificou-se as contextualizações trazidas no livro
didático sobre a Botânica. Com isso, comparar quais os experimentos e estratégias didáticas
que são abordados nos livros para o ensino de plantas medicinais e condimentares.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este trabalho se caracteriza como uma abordagem de cunho qualitativo, usando como
pressupostos teórico-metodológicos elementos da pesquisa bibliográfica, na qual, de acordo
com Moreira (2004), apresenta como características um foco na interpretação que os próprios
participantes têm da situação sob estudo, ao invés da quantificação de dados; enfatizando
ainda, aspectos da subjetividade, em vez da objetividade. Já a pesquisa documental é
caracterizada com base em leis, decretos, livros e arquivos de documentos oficiais,
assemelhando-se à pesquisa bibliográfica (FERREIRA; ARAGÃO, 2011).
O projeto foi realizado em escolas públicas municipais e estaduais do município de
Humaitá-AM. O estudo foi desenvolvido em três momentos, onde o primeiro consistiu na
apresentação do projeto para a escola, o segundo foi a coleta de dados, onde utilizou-se livros
didáticos das séries 6º, 7º, 8º e 9º ano do ensino fundamental, além dos livros do 1º, 2º e 3º
anos do ensino médio; e por conseguinte, a análise de dados para verificar como os conteúdos

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estão devidamente expostos e trabalhados, assim como se eles apresentam dificuldades de


compreensão de termos e ilustrações botânicas.
Os princípios e critérios estabelecidos para análise dos livros didáticos de Biologia do
ensino médio foram: abordagem conceitual correta predomina ao longo de todo livro? A
metodologia aplicada apresenta articulação e coerência entre a fundamentação teórica e as
propostas didático-pedagógicas? Como é feita a distribuição das aulas sobre a experimentação
e aulas práticas que envolvem plantas medicinais e condimentares? (BRASIL, 2011;
LACERDA; ABÍLIO, 2017).
Os dados foram tabulados pela análise do conteúdo, que consiste em três etapas que
são arranjadas em três fases: 1) pré-análise: é a fase que compreende a organização do
material a ser analisado; 2) exploração do material: diz respeito à codificação do material e na
definição de categorias de análise; 3) tratamento dos resultados, inferência e interpretação:
nesta etapa ocorre a condensação e o destaque das informações para análise, culminando nas
interpretações inferenciais; é o momento da intuição, da análise reflexiva e crítica (BARDIN,
2006).
Na primeira etapa desta pesquisa foram realizadas buscas de material didático
utilizado em duas escolas públicas do município de Humaitá – AM, uma de nível fundamental
e outra de nível médio. Os livros analisados até aqui foram os do 6º, 8º e 9º ano do ensino
fundamental – anos finais, pertencentes a Geração Alpha Ciências, tendo como autores André
Catani, Gustavo Issac Killner e João Batista Aguilar (referenciado como Catani, André.
Geração alpha ciências: ensino fundamental: anos finais / André Catani, Gustavo Issac Killner
e João Batista Aguilar; editora responsável Lia Monguilhott Bezerra; organizadora SM
Educação; obra coletiva, desenvolvida e produzida por SM Educação. – 2. Ed. – São Paulo:
Edições SM, 2018). Os livros do 1º, 2º e 3º ano analisados pertencem à coleção “Biologia: os
seres vivos de Vivian L Mendonça (referenciado como: Mendonça, Vivian L. Biologia: os
seres vivos: volume 1, 2, 3: ensino médio / Vivian L. Mendonça. – 3. ed. – São Paulo: editora
AJS, 2016. Ambas as coleções passaram pelo processo de avaliação do Ministério da
Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Para o livro do sexto ano não foram encontrados nenhum conteúdo relacionado à
botânica ou a outros conteúdos relacionados.
Para o livro do 7º ano, no capítulo 1 e 2, os autores trouxeram a temática “Biomas
brasileiros”, no qual descrevem sobre o cerrado, floresta amazônica, pantanal, pampa, mata

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atlântica e caatinga, trazendo os conceitos, características e biodiversidade, bem como as


ameaças que esses ambientes vêm sofrendo com desmatamento, mineração, entre outras
questões. Para esses conteúdos, os autores propuseram uma atividade lúdica (jogo didático),
onde os alunos reconheceriam os biomas por meio de imagens da biodiversidade de cada
bioma, estimulando o aprendizado dos conceitos. O uso da ludicidade no ensino básico tem
sido um aliado no processo de aprendizagem, conforme coloca Carvalho et al. (2021, p.4),
que diz que:
A construção de materiais lúdicos auxilia o educando na aprendizagem de conceitos
em aulas que não sejam apenas teóricas, mas também práticas. Usar o lúdico para
atrair a atenção do aluno, tirá-lo da tensão da sala de aula e mostrá-lo que o assunto
não é tão difícil de ser compreendido. É relevante que estas estratégias de ensino
sejam adotadas pelos professores de biologia.

Outro conteúdo referente ao ensino de botânica trazido pelos autores foi sobre
respiração e fotossíntese, onde os autores trouxeram os conceitos de forma compreensível.
Com relação às plantas medicinais e condimentares não foram encontrados nenhum tópico ou
exemplo.
No livro do 8º ano foram dedicadas 15 páginas com conteúdos relacionados à
botânica, dentre eles: evolução das plantas, grupos de plantas, briófitas, pteridófitas,
gimnospermas, angiospermas. Com relação as propostas didático-pedagógicas os autores
trazem no tópico práticas de ciências, no qual propõe a observação de protalos da samambaia,
com intuito de entender o processo de reprodução da samambaia. Outra prática proposta aos
alunos pelos autores, denominado analisando os frutos no qual pretende fazer com que os
alunos conheçam a diversidade de frutos e sementes e ainda conheçam sobre a dispersão das
sementes dos frutos analisados.
Em se tratando de plantas medicinais, os autores trazem exemplos dentro da
diversidade de gimnospermas citando a Ginkgo biloba L., planta utilizada por suas
propriedades medicinais.
Outra espécie trazida pelos autores exemplificando as nervuras das folhas dentro do
conteúdo de Eudicotiledôneas é a hortelã, Mentha sp. que também é largamente utilizada
pelos povos amazônicos com fins fitoterapêuticos, além de ser também utilizada como planta
condimentar na culinária brasileira. Dentro do conteúdo de monocotiledôneas os autores
trazem como exemplo a cebola (Allium cepa L.), que é utilizada como condimento na
culinária brasileira, mas que tem como registro de origem a Ásia Central. A cebola também é

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utilizada como fitoterápico para diversos fins, como combate a resfriados, envelhecimento
precoce, hipertensão dentre outros.
Os estudos voltados para vegetais na área fitoterápica não são recentes e cada vez
mais, pesquisadores investem em pesquisas para viabilizar muitos conhecimentos trazidos
pelos povos ao longo dos tempos, e muitas das espécies tem tido resultados satisfatórios para
o combate e tratamento de diversas afecções. A Ginkgo biloba L. é uma das espécies que foi e
é largamente estudada por seus princípios fitoterápicos, e de acordo com Destro (2006,
p.107),
O extrato de G. biloba é utilizado na prática clínica em diversas doenças como
distúrbios de memória, demência e síndrome de Alzheimer, glaucoma, distúrbios
cardiovasculares, isquemia cerebral, para aumentar a viabilidade de retalhos cutâneos, para
aumento da atividade e libido sexual, em doenças psiquiátricas e na depressão.
Sendo, desta forma, muito importante trazer esses conhecimentos para a sala de aula,
fazer com que os alunos conheçam a cultura de utilizar as plantas no processo de tratamento e
cura de doenças, visto que é uma cultura fitoterapêutica popular milenar, mas sempre levando
em consideração as informações necessárias e cuidados ao fazer uso de fitoterápicos. Com
relação a cebola, espécie muito mais conhecida nas mais diversas regiões do Brasil por sua
utilização na culinária e ainda no tratamento de doenças, e de acordo com estudos de Torres
(2005, p.377), a cebola:
Allium cepa L., possui propriedades antimicrobianas, hipolipemiante, antitrombótica,
antitumoral, hipoglicemiante e antialérgica em patologia bronquial. Entre os
compostos com atividade broncodilatadora destacam-se: os isotiocianatos, os quais in
vitro inibem as enzimas 5-lipoxigenase e a cicloxigenase. O extrato etanólico tem
demonstrado atividade broncodilatadora em humanos.

Ainda no exemplar do 8º ano, os autores trazem um tópico intitulado Ampliando


Horizontes, onde trouxeram a temática: As plantas e a alimentação humana, onde trazem a
questão dos agrotóxicos nos alimentos, suas vantagens para a agricultura e desvantagens para
o meio ambiente e saúde humana.
Todos os temas tratados no livro foram bem estruturados e acrescidos de imagens que
facilitam a compreensão do aluno, no entanto a grande maioria dos exemplos trazidos no livro
são de espécies exóticas à região onde o aluno está inserido. Isso se deve ao fato de que a
grande maioria dos livros são desenvolvidos por escritores de outras regiões, geralmente sul e
sudeste do país.

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Essa circunstância pode ser um fator limitante com relação aos conhecimentos de
espécies oriundas da localidade onde o aluno está inserido, visto que “a atuação docente
restrita a territórios especializados dificulta a apropriação crítica e contextualizada de
informações, indispensáveis à formação emancipatória do aluno” (LUCAS et al., 2017, p.22),
e cabe ao professor buscar preencher essas lacunas, trazendo como exemplos espécies que são
usualmente utilizadas na região, valorizando os saberes culturais a respeito dos diversos
vegetais que são conhecidos e utilizados pela comunidade onde o aluno está inserido. Barbosa
et al. (2020, p.4) coloca que “a adoção de metodologias promotoras da integração funcional
de conteúdos em ciências da natureza, deve ser o primeiro passo na concretização de
mudanças, que estimulem o questionamento e a problematização”. Além disso, a
contextualização pode também ser um aliado na valorização do saber etnobotânico da
comunidade, valorização das espécies nativas principalmente da busca por melhor conhecer o
ambiente em que vivemos.
Uma atividade interessante trazida pelos autores é a interação, uma atividade sugerida
aos alunos com a seguinte temática: Árvores nativas, plante essa ideia, no qual propõe aos
alunos fazerem levantamentos na região onde vivem sobre árvores nativas da região, fazendo
mapeamentos e construção de viveiros seguida de distribuição de mudas pelo bairro. Essas
colocações nos livros didáticos são de suma importância para que os alunos possam melhor
conhecer os vegetais de sua região, repassar saberes adquiridos pela vivência cotidiana, além
de impulsionar o conhecimento científico na área da botânica, minimizando a cegueira
botânica, visto que muitos saberes e interesses com relação aos vegetais estão sendo perdidos
com o avanço tecnológico vivenciado pela sociedade.
Neves (2019, p.746) também coloca que “a interação entre a humanidade e as plantas
parece estar sendo reduzida gradativamente, com o avanço da urbanização e da tecnologia.
Tal distanciamento do mundo natural apresenta consequências diretas que refletem nos
hábitos e na cultura da sociedade contemporânea.”
Dentre esses hábitos e culturas podem estar incluídos os conhecimentos populares
sobre o uso de plantas medicinais e condimentares que são (ou eram) utilizados pela
sociedade, além de outros conhecimentos básicos, como o cuidado com o meio ambiente,
visto que dependemos dele para uma vida de qualidade.
O uso de plantas como fitoterápicos acontece há muito tempo, e atualmente ainda
existem muitas comunidades que exercem essa cultura. Todo esse conhecimento vem sendo

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repassado de geração a geração e muitas espécies têm sido foco de estudos científicos na área
da medicina, da biotecnologia, entre outras, mostrando o quão é importante a valorização dos
conhecimentos populares sobre os vegetais, e inserir essa temática no ambiente escolar pode
ser um fator positivo para o ensino de botânica e sua valorização.
É pertinente maximizar a ideia de que a vida cotidiana e o ambiente escolar não
podem estar dissociados, havendo, assim, necessidade de sinalização de um novo horizonte
para a construção do conhecimento científico, de forma que os estudantes possam ser
percebidos como atores das mudanças e construções do meio ambiente, estimulando-os a
assumirem posturas viáveis direcionadas à valorização da diversidade social e cultural
(JÚNIOR; DE VARGAS, 2014, p. 38).
Para o livro do 9º ano, não houve conteúdo específicos sobre botânica, mas os autores
trouxeram um tema interessante a ser explorado em sala de aula que é a biopirataria, que é a
exploração ilegal dos recursos da biodiversidade de um país e a apropriação do patrimônio
genético e dos conhecimentos de comunidades tradicionais locais.
Dentro dessa temática os autores trouxeram três espécies que são usualmente
utilizadas pelos povos regionais da Amazônia, no qual sofreram biopirataria, que é o cupuaçu
(Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng) K. Schum.), o curare (Chondodrendon
tomentosun L.) e a andiroba (Carapa guianensis Aubl.). A andiroba é uma espécie vegetal
altamente utilizada como fitoterápico por possuir propriedades medicinais cicatrizante e anti-
inflamatória, além disso vem sendo bastante utilizada também na indústria cosmética.
Trazer essa temática para discussões em sala de aula se torna importante no processo
de ensino e aprendizagem, visto que ainda hoje, a biopirataria é um tema extremamente
importante e preocupante, visto que o Brasil e, principalmente a região norte possuem uma
imensa biodiversidade, e zelar por esse patrimônio é papel de cada cidadão brasileiro. Ao
conscientizar o aluno nessa questão, estamos cuidando do patrimônio vivo do país, incluindo
fauna e flora, além dos saberes populares dos povos, visto que esses saberes segundo
Magalhães (2011) são alvo de grande interesse das indústrias farmacêuticas e alimentícias,
além das indústrias de cosméticos.
No livro do 1º a autora traz no segundo capítulo o assunto sobre a fotossíntese das
plantas explicando o conceito e todo o processo desse fenômeno, trazendo ao final do capítulo
um texto reflexivo para os alunos sobre fotossíntese e respiração dos vegetais. Traz ainda
outro texto que fala sobre plantas que evitam animais herbívoros, trazendo algumas

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informações importantes relacionadas às plantas e suas defesas. Outro texto trazido pela
autora foi Amazônia: pulmão do mundo? desmistificando a frase e explicando todo esse
processo.
No capítulo 4, a autora traz o conteúdo de biomas brasileiros destacando as principais
características de cada um, trazendo algumas imagens ilustrativas. Ao final, propõe uma
atividade intitulada Identificando seu bioma, onde os alunos podem por meio de um atlas,
identificar o bioma de sua região. Outro texto trazido é sobre a castanha-do-pará, hoje
conhecida como castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa, Bonpl.), no qual colocam
informações características dessa espécie.
Trazer conteúdos e exemplos que coincidam com a região onde o aluno está inserido é
essencial para tornar o processo de aprendizagem mais eficaz, visto que o aluno pode associar
os conceitos teóricos à fatos conhecidos e presentes em seu dia a dia. Krasilchik (2004, p. 57),
destaca que
A palavra só passa a ter significa do quando o aluno tem exemplos e suficientes
oportunidades para usá-las, construindo sua própria moldura de associações. Como
às vezes os termos apresentados são desnecessários, uma vez que nunca mais
voltarão a ser usados, o professor deve tomar cuidado para não sobrecarregar a
memória dos alunos com informações inúteis.

No capítulo 9, novamente a autora dedica um trecho para falar sobre a fotossíntese,


fotólise e outros assuntos relacionados à fotossíntese, assuntos esses que abordam todo o
processo metabólito das plantas, direcionando os alunos a entenderem que as plantas também
têm seus processos metabolitos como respiração, produção de energia etc. Com relação às
plantas condimentares e medicinais, neste exemplar não foram encontradas nenhuma
informação a respeito.
Para o livro do 2º ano do ensino médio a autora trouxe três capítulos dedicados aos
estudo dos vegetais, onde o primeiro trata dos grandes grupos de plantas (briófitas,
pteridófitas, gimnospermas e angiospermas), o segundo capítulo dedicado trata sobre a
morfologia e histologia das angiospermas (traz sobre os tecidos vegetais, germinação, raiz,
caule, folhas) e o terceiro capítulo fala sobre a fisiologia das fanerógamas (transpiração e
transporte de seiva, fotossíntese e respiração e movimentos), todos assuntos essenciais para
compreender o desenvolvimento dos vegetais. Os conteúdos expostos são todos bem
explicados e voltados totalmente para a botânica e acrescidos de imagens para facilitar a
compreensão, no qual muitos exemplos são colocados pela autora.

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Outro tópico interessante trazido no livro é o tópico intitulado “vamos criticar o que
estudamos”, no qual propõe ao aluno questionar tudo o que tem estudado, fazendo
comparações com teorias etc. Debater sobre o que aprendeu com a turma é importante na
construção do conhecimento, pois pode-se observar as relevâncias de determinado conteúdo
dentro de perspectivas diferentes, o que pode fazer com que o aluno se sinta ainda mais
impulsionado a buscar mais conhecimento.
Como atividade prática, a autora traz a análise das partes de uma flor. Esta é uma
prática que pode ser muito positiva para o aluno compreender e associar os conceitos teóricos,
pois é de fácil execução e requer poucos materiais, o que pode ser inserido em sala de aula
como um escape da aula expositiva. Lima (2019, p. 480) traz uma questão importante com
relação a isso onde
o papel do professor nessa questão é desafiador, visto que muitas vezes o professor
não consegue fazer com que suas aulas sejam diferenciadas, de modo que se torna
entediante aos olhos dos alunos por se tratar de uma infinidade de conceitos e
palavras difíceis, e se resumindo em uma repetição de conceitos.

Com isso, a busca e inserção de metodologias diferenciadas para a ministração de


aulas práticas dentro do conteúdo de botânica é essencial para o bom desempenho do aluno no
processo de aprendizagem. Para o livro do 3º ano não foram encontradas informações
voltadas para o ensino de botânica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da análise realizada nos livros didáticos do ensino médio e fundamental II,
pode-se dizer que eles trazem conteúdos pertinentes ao ensino de botânica, apesar de haver
aqueles em que não foram encontrados conteúdos sobre a temática desta pesquisa.
No entanto, é válido salientar que os autores dos livros didáticos aqui relatados devem
seguir o documento norteador para então embasarem os devidos conteúdos, que neste caso é a
BNCC, que orienta as etapas de ensino e quando cada área de estudo da biologia deve ser
incorporada nos níveis do ensino básico.
Em contrapartida, os autores trazem muitos conteúdos interessantes e que são de
grande valia para a construção do conhecimento científico e ainda para a formação dos alunos
como cidadãos críticos, autônomos e participativos no ambiente onde estão inseridos.
Mesmo com todo o avanço tecnológico, sabe-se que muitas escolas possuem apenas o
livro didático como recurso didático para consultas e pesquisas, havendo ainda casos em que

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os livros disponíveis são ultrapassados e desatualizados, fazendo com que haja falhas no
processo de aprendizagem do aluno, além de informações que muitas vezes já foram
atualizadas e os alunos acabam sendo prejudicados pela não atualização do acervo didático
disponível em seu ambiente escolar.
No caso dos materiais analisados no presente trabalho, observou-se que os livros
utilizados no ensino médio se encontram “vencidos”, visto que a coleção é válida por três
anos. No entanto, não foram detectadas informações desatualizadas ou até mesmo erradas.
Trabalhos como esse são importantes no âmbito educacional, pois nos mostra não somente as
falhas, mas também os pontos positivos que cada livro traz para o processo de ensino e
aprendizagem. Vale salientar também que o professor, como mediador do conhecimento,
pode trazer diversas alternativas que complementem e contribuam com aprendizagem dos
alunos.

AGRADECIMENTOS

A Universidade Federal do Amazonas (UFAM) pela concessão de bolsa de Iniciação


Científica (PIBIC) à primeira autora.

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Recebido : 21 de fevereiro de 2023.


Aprovado: 30 de novembro de 2023.
Publicado: 1 de janeiro de 2024.

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Autoria:

Luciana Diniz Ferreira


Luciana Diniz Ferreira
Breve currículo: Graduada em Ciências: Biologia e Química. Mestranda em Ciências
Ambientais (PPGCA), Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA/UFAM)
Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
E-mail: luciana.ferreira@ufam.edu.br
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-6933-9083
País: Brasil

Renato Abreu Lima.


Breve currículo: Biólogo, Especialista em Gestão Ambiental, Mestre em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente e Doutor em Biodiversidade e Biotecnologia. Atualmente, é
professor do Magistério Superior da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em
Humaitá-AM. Nos últimos cinco anos têm atuado nas áreas de Biodiversidade, Ensino de
Botânica, Ensino de Ciências, Etnobotânica e Etnoecologia.
Instituição: Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), da Universidade Federal
do amazonas UFAM).
E-mail: renatoal@ufam.edu.br
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0006-7654
País: Brasil

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