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dos espanhóis mas dá iguais. E se querem experimentar já lhes não
digo que leiam d’Annunzio e logo Gauthier. Leiam por exemplo
d’Annunzio e Suderman. Se vos não der a impressão que os livros
de d’Annunzio são escritos por uma mulher, não sei que diga!
Tolstoi quando começou às punhadas a Shakespeare devia sentir
a tortura do russo do livro de Eça. E todavia Tolstoi com tôda a sua
mansidão, a sua paciência sofredora, a sua resignação passiva e
néo-cristã não pode compreender a tempestade de paixões que é
Shakespeare. Porque Shakespeare é o colosso do Ódio e do Amor,
o Céu, a Terra e o Inferno. E eu penso que é preciso ser-se um
vélho bruto para não compreender Shakespeare.
Outro tanto dirão de mim. Não compreender d’Annunzio? ¿O
poeta do amor subtil, dos perfumes, dos lilazes, da volúpia perene,
capitosa e aristocrata; o prosador imaterial, cheio de doçura,
magistral, ilustre, divino, mirífico; a pena de ouro que traçou o
Fuoco, o Crime, as Virgens? Eu sei lá! Mas é um crime! E estou
repêso de confessar o meu pecado. Eu não sabia... E ponho-me a
querer entender d’Annunzio. Tomarei um explicador. Porfiarei. A
minha ignorância é lamentável. Mas, quando estou envergonhado e
confuso um diabinho irónico vem e segreda-me ao ouvido que os
outros, que o adoram, que o admiram, percebem-no tanto como eu.
Compreendo agora. É uma «ideia feita», o culto de d’Annunzio. E
como o desgraçado Cornuski, eu, torcendo as mãos, na minha
impotência de o compreender terei que murmurar
desconsoladamente o meu:—«Como é belo!»
Um poema
(Carta ao general Henrique das Neves)
Meu amigo:
JÁ lá vai mês e meio de silêncio sôbre o recebimento do poema
Apoteose Humana, que o meu amigo teve a gentileza de me ofertar
em nome do autor. Só hoje lhe escrevo, mas lá diz o ditado... O
amigo sabe o que o ditado diz. Pediu-me a minha opinião. Sem
embargo dela ser uma opinião a pé, uma opinião infantaria, pacata,
modesta e de bons costumes, vou dar-lha. Sou pouco amigo de dar,
mas emfim...
Eu podia dizer-lhe cousas muito lisongeiras do poema do seu
amigo. Podia dizer-lhe mesmo que ambos eram talentosos,
modestos, bem criados, que recolhiam a horas, não fumavam, etc.,
etc. Mas não. Prefiro dizer-lhe abertamente o que penso,
brutalmente, sem transigências nem banalidades. Portanto o que aí
vai é rude, com a rudeza dum homem que não precisa para nada
dos seus confrades em letras, consagrados, e não consagrados, e
que vive «achando a quàsi todos os deuses pés de barro, ventre de
gibóia a quàsi todos os homens e a quàsi todos os tribunais portas
travessas» como já nos Gatos escrevia Fialho.
Bem se vê que o seu poeta, o sr. M. Joaquim Dias, nunca saiu do
Faial. Se saisse não fazia poemas a uma cousa que não conhece
senão em teoria:—O Homem. Mantegazza, que o estudou a fundo,
sabe o que êle é; eu que lido com êle, ha muito sei o que êle vale. O
que lhe digo em verdade é que êle nunca mereceu os versos do seu
amigo.
O poeta julga o Homem pelos livros. Livros são, quàsi sempre,
gramofones de ideias. Deixe-os cantar. Valia-lhe mais um ano de
viagens do que ler todos os livros que tratam do Homem. É o seu
amigo, médico? É teólogo? É psicólogo? É legista? Só assim se
compreendia que êle conhecesse o assunto do seu poema. Porque
o médico conhece o homem em tôda a sua miséria; o teólogo em
tôda a sua estupidez; o legista em tôda a sua maldade, e o
psicólogo em tudo isto junto. Mas o seu amigo é sómente poeta?
Poeta, nada mais? Sim, isso vê-se logo. Poeta é sonhador. Os
poetas teem ideias muito diversas de todos os outros mortais. São
poetas e basta.
Pediu-me uma carta. A carta aqui vai. Se lha não envio particular,
pelo correio, é porque receio que lhe introduzam algum décimo da
lotaria espanhola e o amigo sofra transtornos por minha causa. Mais
nada.