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TRABALHO P2 PSICOLOGIA SOCIAL Jeferson PRONTO 2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIGRAN CAPITAL

Bruna Alves RGM: 091.974


Karen Puck RGM: 091.430
Larissa Vital RGM: 091.402
Thais Scaf RGM: 091.981

Psicologia Social II

Campo Grande
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIGRAN CAPITAL

Bruna Alves RGM: 091.974


Karen Puck RGM: 091.430
Larissa Vital RGM: 091.402
Thais Scaf RGM: 091.981

Psicologia Social II

Trabalho apresentado na
Disciplina Psicologia Social
II, no terceiro semestre, do
curso de Psicologia do Centro
Universitário Unigran
Capital, sob responsabilidade
do Prof. Dr. Jeferson Renato
Montreozol.

Campo Grande
2020
Sumário
INTRODUÇÃO................................................................................................4
VIOLÊNCIA CONTRA MULHER...............................................................5
REFERÊNCIAS.............................................................................................10
4

INTRODUÇÃO

A violência doméstica é um fenômeno que não distingue classe social, raça,


etnia, religião, orientação sexual, idade e grau de escolaridade. É qualquer tipo de
agressão física ou psicológica, que causa trauma nos envolvidos. Geralmente, é
praticada por membros que possuem laço sanguíneo ou que habitam o mesmo ambiente
familiar. De acordo com o art. 5º da Lei da Penha, violência doméstica e familiar contra
a mulher é “qualquer lesão ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2013 o Brasil já
ocupava o 5º lugar, num ranking de 83 países onde mais se matam mulheres. São 4,8
homicídios por 100 mil mulheres, em que quase 30% dos crimes ocorrem nos
domicílios. Além disso, uma pesquisa do DataSenado (2013) revelou que 1 em cada 5
brasileiras assumiu que já foi vítima de violência doméstica e familiar provocada por
um homem. Os resultados da Fundação Perseu Abramo, com base em estudo realizado
em 2010, também reforçam esses dados – para se ter uma ideia, a cada 2 minutos 5
mulheres são violentamente agredidas. Outra confirmação da frequência da violência de
gênero é o cicloque se estabelece e é constantemente repetido: aumento da tensão, ato
de violência e lua de mel. Nessas três fases, a mulher sofre vários tipos de
violência (física, moral, psicológica, sexual e patrimonial), que podem ser praticadas de
maneira isolada ou não.
Todos os dias, somos impactados por notícias de mulheres que foram
assassinadas por seus companheiros ou ex-parceiros. Na maioria desses casos, elas já
vinham sofrendo diversos tipos de violência há algum tempo, mas a situação só chega
ao conhecimento de outras pessoas quando as agressões crescem a ponto de culminar no
feminicídio. Quem é vítima de violência doméstica passa muito tempo tentando evitá-la
para assegurar sua própria proteção e a de seus filhos. As mulheres ficam ao lado dos
agressores por medo, vergonha ou falta de recursos financeiros, sempre esperando que a
violência acabe, e nunca para manter a violência.
A Lei maria da penha busca proteger todas as pessoas que sofrem
violência, criando mecanismos para enfrentar e combater as agressões doméstica e
familiares. Portanto, é preciso fazer o registro de ocorrência para que a autoridade
policial realize os procedimentos necessários tanto para a proteção da vítima quanto
para a investigação dos fatos.
5

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER.

A violência contra a mulher é todo ato que resulte em morte ou lesão física,
sexual ou psicológica de mulheres, tanto na esfera pública quanto na privada. Às vezes
considerado um crime de ódio, este tipo de violência visa um grupo específico, com o
gênero da vítima sendo o motivo principal.
Ao longo de anos esse tema é discutido, a Organização das Nações Unidas
(UNO),iniciou esforços contra essa forma de violência em meados dos anos 50 com a
criação da Comissão de Status da Mulher entre os anos 1949 e 1962, e uma serie de
tratados que afirmam expressamente os direitos iguais entre homens e mulheres,
declarando que todos os direitos de liberdades humanos devem ser aplicados
igualmente para os dois gêneros, sem distinção de qualquer natureza.
Desde então o movimento tomou força mundialmente para a promoção dos
direitos das mulheres, assim no Brasil uma série de medidas protetivas para solucionar
essa problemática veem sendo empregada no decorrer de anos. Toda via no Brasil na
década de 70 foi marcada pelo os primeiros movimentos feministas, organizados e
politicamente engajados em defesa dos direitos das mulheres contra o sistema social
opressor, o machismo. A política sexista de maior relevância até então, deixava impune
muitos assassinatos de mulheres sob os argumentos de legitima defesa de honra. Como
exemplo, temos em 1976, o brutal assassinato de Ângela Maria Fernandes Diniz pelo
seu ex-marido, Raul Fernando do Amaral Street (Doca) que não se conformou com o
rompimento da relação e acabou por descarregar um revólver contra o rosto e crânio de
Ângela. Sendo levado a julgamento foi absolvido com o argumento de haver matado em
‘legítima defesa da honra’, a grande repercussão desde caso, mobilizou grande
movimentação feminina em torno do lema, “quem ama não mata”.
Seguindo nesse contexto o movimento feminista contra a violência contra a
mulher surge nos anos 1981, no Rio de Janeiro, o SOS Mulher, no qual tinha seu
objetivos de ajudar mulheres, que viviam sob violência e também proporcionar
reflexões e como podiam mudar suas vidas, alastrando assim o movimento para outras
capitais, como São Paulo, Porto Alegre entre outras. No decorrer desta causa com
parcerias com o estado resultou a implantação do Conselho Nacional dos Direitos das
Mulheres e da primeira Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), com a criação das
unidades de delegacia em defesa da mulher foi uma iniciativa pioneira para outros
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países da América Latina. Toda via pesquisas relatam em 2003/2004 contabilizam 380
delegacias, na sua maioria na região sudeste.
Dessa forma, as delegacias veem com o proposito de efetivar o compromisso
para contribuir e dar maior visibilidade a problemática de violência contra a mulher,
especialmente a doméstica, além de criar uma via de enfrentamento e erradicação de
violência contra a mulher no Brasil. Englobado nas medidas protetivas desse
movimento foi empregado a Lei nº 11.340/2006, denominada lei “Maria da Penha”,
sancionada em 7 de agosto de 2006, em que leva o nome de uma mulher que sofreu
constantes agressões por parte do marido, que tentou matá-la com um tiro de
espingarda,apesar de ter escapado da morte, ele a deixou paraplégica, e
quandofinalmentevoltou à casa, sofreu nova tentativa de assassinato, pois o marido
tentou eletrocutá-la. No entanto ao criar coragem para denunciar seu agressor, passou
pelo o que muitas mulheres passam, a impunidade e falha justiça brasileira, tomando o
rumo de acionar Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino
Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM).
A lei que carrega seu nome tem como medida protetivas à mulher vítima de
violência doméstica e familiar, e, na esfera punitiva, proíbe a aplicação das chamadas
penas alternativas, principalmente os benefícios da Lei nº 9099/95 (a transação penal, as
multas que eram convertidas em cestas básicase a suspensão condicional do processo).
Além dissoa Lei determina o encaminhamento de mulheres em situação de violência e
seus dependentes à programas e serviços de proteção, garantindo-lhe os Direitos
Humanos na Constituição Federal. À mulher vítima de violência doméstica e familiar
também é garantida assistência jurídica gratuita, bem como o acompanhamento jurídico
em todos os atos processuais.
Dando seguimento as condutas causais, a violência contra mulher pode gerar
tanto danos físicos como também danos psicológicos, nos quais, pode se tornar um dos
traumas mais dolorosos desta prática. Grande parte das mulheres acometidas por esta
atrocidade podem ficar com sequelas psicológicas para o resto de suas vidas, será como
uma marca que jamais irá se apagar. Os danos físicos acometidos por essas mulheres se
tornam, de certa forma, "reparáveis" aos olhos dos danos psicológicos, que por sua vez,
passará a ser um processo árduo e custoso para a mulher agredida.
Nesse contexto pode haver uma intervenção profissional, para ajuda tais
mulheres que passaram por esse trauma, a Psicologia é destacada como umas das ações
para resolver a violência contra mulher, embora não aparece em nenhum documento a
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relação políticas de enfrentamento da violência contra a mulher e as ações em


Psicologia ou em saúde mental. No entanto é preciso ampliar o atendimento para além
das mulheres agredidas, sendo também necessário o atendimento para o agressor, as
crianças e adolescentes, toda a família. Logo demanda suporte psicológico para os
profissionais que atendem as vítimas, como também é de grande importância para lidar
com as situações durante esse processo de intervenção de maneira adequada, tanto para
si próprios quanto para as mulheres. Ainda assim algumas vítimas tendem a recuperar-
se de uma forma mais rápida e menos dolorosa do ato, porém em outros casos, as
seqüelas podem acabar acarretando no desenvolvimento social, principalmente no
âmbito familiar e amoroso. Algumas pesquisas apontam que após a violência, as
mulheres acometidas podem advir de problemas cognitivos, deixando cada vez mais
difícil sua socialização e crescimento na vida pessoal. A experiência vivida tornará a
vitima mais ríspida consigo mesma e com a vida que seguira pela frente, tornando-se
assim, alguém que requer cuidados com mais intensidade de que os de mais.
Os indivíduos que produzem esses tipos de comportamento, acabam tirando a
autoridade da vida da mulher agredida. Resultando assim, em uma vulnerabilidade,
autoestima, ansiedade e desvalorização sobre si mesma, aspectos resultantes de doenças
psicológicas como principal atuante a depressão. Essa totalidade, tornará o pedido de
ajuda/socorro ainda mais inacessível, sendo até capaz de tornar realidade a ausência de
punição contra o agressor por medo de que o mesmo possa agredi-la novamente.
Os efeitos colaterais causados pela pandemia são inúmeros e deixam grande
parte da população feminina em situação de risco dentro de suas próprias casas. O
isolamento social foi um dos fatores que agravou os números de casos de feminicídio,
todos os países que passaram pela pandemia, infelizmente, viram este número crescer.
No Brasil, as porcentagens são ainda mais preocupantes, o Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, a pedido do Banco Mundial, levantou em 22,2% o avanço do
número de casos de feminicídio no país em março e abril. O número foi de 117 para 143
no bimestre março-abril. Um outro dado, do grupo Justiça de Saia, coordenado pela
promotora paulista Beatriz Acciolly, indicou, em um mês, pedido de socorro de 600
mulheres, com medo de serem mortas em casa.
Num período de confinamento esse drama ganha novos contornos. Dados do
Justiça de Saias mostram que das 600 mulheres que recorreram aos canais de denúncia
criados pelo grupo, 40% ficaram desempregadas na pandemia e 40% ganham menos de
um salário mínimo. Grande parte é responsável por prover a casa. E, para mostrar o grau
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de controle que os homens tentam estabelecer, 25% das mulheres disseram que seus
maridos têm acesso a seus celulares.
No Ceará, o número dobrou, em relação aos dados da Secretaria de Segurança
no mês anterior. No Acre, o crescimento foi de 300%. É inegável que a pandemia exige
medidas para acabar com a vulnerabilidade doméstica, metade dos feminicídios são
íntimos, feitos por parceiros e ex-parceiros. Nos últimos três anos o feminicídio e a
violência contra a mulher só vem crescendo, esse índice tem aumentado cada vez mais,
assim como o número de denúncias de vítimas de violência doméstica que subiu cerca
de 40%.
Temos que ser capazes de adotar medidas de proteção, a questão é como
resgatamos estas mulheres que muitas vezes não percebem o que acontece no seu
relacionamento.Mulheres contaram à Universa algumas das frases típicas de seus ex-
companheiros que, em meio ao abuso psicológico, pareciam inofensivas, no máximo
desagradáveis, mas que possuíam significados muito mais profundos.
"Sem mim você não tem mais ninguém no mundo"
Anônimo 1

"Ninguém nunca vai te amar como eu te amo”


Anônimo 2

"Você só é o que é hoje por minha causa"


Anônimo 3

Todas estas frases foram ditas por agressores para suas parceiras. Não existem
vacinas, nem medicamentos capazes de acabar com este sofrimento . Para a psicóloga
especialista em sexualidade Simone Januário, o machismo e a submissão feminina ainda
fazem parte da vida da maior parte da sociedade, apesar de todos os avanços sociais dos
últimos anos.
"O silêncio legitima violências. Com ele, vida são
ceifadas, silenciadas."
Quebrando o Tabu
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Todas as pessoas têm o dever de zelar por mulheres e outras vítimas de violência
doméstica. Caso conheça alguém que esteja vivendo um relacionamento abusivo,
sofrendo algum tipo de agressão, ou presenciar algum tipo de crime, até mesmo ouvir
um pedido de ajuda, não se cale. É importante não deixar de oferecer ajuda, muitas das
vítimas têm medo de denunciar o parceiro, pois o próprio agressor ameaça a vítima o
que a deixa em uma posição de risco.O correto seria encaminhar informações que
possam alertá-la sobre o problema e sobre os riscos que ela corre, servir como apoio
neste momento difícil, ser forte e persistir. Não podemos deixar que mais mulheres
percam suas vidas, 95% desses casos a mulher já tem ou está gerando filhos com o
provedor das agressões.
É preciso acolher essas vítimas, ainda mais durante o período de confinamento
por causa da pandemia de corona vírus. O telefone do disque-denúncia para casos
específicos de violência doméstica é o 180. Em casos que a agressão estiver
acontecendo naquele instante a polícia deve ser acionada pelo 190. Também há
possibilidade de denunciar pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil. Além de
aplicativos como o da loja Magazine Luiza, que dentro da sua aba de configurações é
possível realizar a denúncia, a natura também aderiu com o slogan “isolada sim, sozinha
não”, que também possibilita pedir ajuda. Não se cale, peça ajuda.
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REFERÊNCIAS
PINAFI, Tânia. Violência contra a mulher: políticas públicas e medidas protetivas na
contemporaneidade. Artigo, Governo Estado de São Paulo. 21 mai, 2007. Disponível
em:http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao21/
materia03/#:~:text=A%20viol%C3%AAncia%20contra%20a%20mulher%20voltou
%20a%20pauta%20no%20cen%C3%A1rio,cultural%20e%20tr%C3%A1fico%20de
%20pessoas. Acesso em: 02 maio, 2020.
Documentário - Canal: A violência contra a mulher é uma história real
BARROS, Jussara de. Violência doméstica. Brasil escola. 13 abril, 2020. Disponível
em:https://educador.brasilescola.uol.com.br/sugestoes-pais-professores/violencia-
domestica.htm. Acesso em: 06 junho, 2020.
Governo do Paraná. A Lei Maria da Penha: uma análise sociojurídica da violência
doméstica no Brasil. Secretaria da Justiça, Família e Trabalho. Disponível em:
http://www.justica.pr.gov.br/Pagina/Lei-Maria-da-Penha-uma-analise-sociojuridica-da-
violencia-domestica-no-Brasil. Acesso em: 06 de junho, 2020.
MUGNATTO, Sílvia. Crescem denúncias de violência doméstica durante
pandemia. Agência Câmara de Notícias. 12 maio, 2020. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/noticias/661087-crescem-denuncias-de-violencia-domestica-
durante-pandemia. Acesso em: 06 junho, 2020.
O retrato da violência doméstica no Brasil. Catraca Livre. 26 dez, 2020. Disponível
em: https://catracalivre.com.br/videos/o-retrato-da-violencia-domestica-no-brasil/
Acesso em: 06 junho, 2020.
Rafael GGSR, Silvia PMC, Azevedo EB de et al. Aspectos psicossociais e sintomas
depressivos em mulheres violentadas por seus parceiros. Revista de Enfermagem
UFPE On Line. Recife, 7 vol, jul, 2013, p 4605-4611. Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/11708/13919
Acessado em: 09/06/2020.

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