Camoes Lirico Epico
Camoes Lirico Epico
Camoes Lirico Epico
2022
TESTE DE AVALIAÇÃO
Grupo I
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
PARTE A
Notas:
1
ledo: alegre
2
ferros: referência às grades da prisão de Goa ou à prisão amorosa (amor)
3
Fortuna: destino
1. O sujeito poético reflete sobre a sua vida e estabelece uma oposição entre o passado e o
presente. Caracteriza essas duas fases da sua vida, fundamentando a resposta com citações
textuais.
2. Explicita o sentido da interrogação retórica no verso 12.
3. Justifica a maiusculização da palavra «Fortuna» no último verso do poema, explicando a
importância deste elemento no percurso de vida do eu.
1
PARTE B
Lê as estâncias de Os Lusíadas. Se necessário consulta as notas.
Vai César sojugando toda França
E as armas nã o lhe impedem a ciência;
Mas, nüa mã o a pena e noutra a lança,
Igualava de Cícero2 a eloquência.
5 O que de Cipiã o3 se sabe e alcança
É nas comédias grande experiência.
Lia Alexandro4 a Homero5 de maneira
Que sempre se lhe sabe à cabeceira.
Notas:
1
general romano;
2
grande advogado e orador romano;
3
general romano que escreveu peças de teatro, comédias;
4
Alexandre o Grande, o mais famoso general e conquistador da Antiguidade, macedó nio;
5
autor da Ilíada e da Odisseia;
6
romana, latina
Grupo II
2
LEITURA E GRAMÁTICA
Lê o texto.
Infelizes, devagarinho
Somos — quase todos — infelizes, devagarinho. A diferença entre sermos felizes ou sermos
infelizes, devagarinho, traça-se pela forma como, sempre que somos felizes, quando olhamos
quem se ama, se sente que a beleza dessa pessoa será , hoje mais do que ontem, “a luz dos
nossos olhos”. Sem a qual a nossa vida morre sem ser preciso que se morra. E quando somos
5 infelizes, devagarinho, nã o nos sentimos nem felizes nem infelizes. Ainda assim, nã o temos
“pú blico” para as nossas lamú rias. O mimo chega-nos por gestos ocasionais, quase sem querer,
que acabam por se ter. E o colo nã o é uma profissã o de fé, quase diá ria, que se assuma, como
quem se sente capaz de tratar por tu qualquer milagre. As coisas sucedem-se e acontecem.
Num “É a vida!” que, primeiro, se insinua e, depois, quase se entranha. Que é uma forma das
10 pessoas dizerem que, depois da paixã o, se perde o jeito para os pequenos detalhes. E que a
resignaçã o começa a conspirar, sem alarido. Nã o se mente. Mas nã o se assina, tantas vezes
assim, por debaixo da verdade. Consente-se. Há pouco o que nos comova. Que será , talvez, o
primeiro sinal de que se está a ser infeliz. Devagarinho.
A questã o que se pode colocar, de seguida, fica-se pelas consequências que pode ter sobre
15 nó s sermos infelizes devagarinho. De que forma nos pode revolver alguém com quem
conseguimos, sobretudo, conversar sobre as crianças. Sobre as trocas e as baldrocas do
trabalho. Acerca de quezílias, miudinhas, de família. Ou sobre um ou outro acontecimento à
nossa volta. Nada de mais. Com que se enche a conversa e se enxota o silêncio. Como se pode
recordar momentos lindos com alguém que nos morreu e, ainda assim, sermos felizes junto de
20 quem os viveu a par, connosco? Ou vivermos o amor como uma vocaçã o que, simplesmente,
nos escapou (e que, quando muito, existe só nos filmes)? Como se pode estar vivo e desistir do
amanhã ? Como pode o melhor do amor ser a memó ria?…
É verdade que há pessoas muito infelizes nos seus amores. E pessoas cuja presença, ao pé
de nó s, nos magoa e faz mal. É verdade que há pessoas que nos transfiguram e acidificam. E
25 que há pessoas que nos maltratam, enquanto repetem e repetem que gostam de nó s. E que
diante de todas essas violências ser infeliz, devagarinho, é ser-se tã o mais feliz que todas elas
que quase nos dá medo ao querermos mais.
Eu acho que todos nó s falamos da felicidade como um lugar distante. Ou como uma coisa
breve e passageira.
30 Se eu pudesse, proibia que as pessoas falassem assim da felicidade. Porque só o fazem
porque aceitam ser felizes, a olhar para trá s.
Sempre que a memó ria é a melhor companhia do amor isso distrai. E, diante da infelicidade,
que chega, assim, com delicadeza, nã o nos deixa dizer: «Agora, nã o!». Nem a seguir.
Prosseguindo. Até ser feliz.
Eduardo Sá , in Observador, 22.11.2020
(texto adaptado)
3
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.
Escreve, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida (uma
em cada linha da folha)
1. No primeiro parágrafo, o estar-se ou ser-se «infeliz, devagarinho» está relacionado com
(A) a escassez de momentos de solidão.
(B) o distanciamento que se instala entre o casal.
(C) as desavenças que surgem com frequência.
(D) o amor crescente e a dependência do outro.
3. Segundo o autor, mesmo sendo infelizes, devagarinho, somos muito mais felizes do que
(A) quem partilha a vida com pessoas violentas.
(B) aqueles que maltratam os seus parceiros.
(C) as pessoas com poder de mudar o outro.
(D) as pessoas que pretendem sempre mais.
7. Classifica a oração transcrita: «que há pessoas muito infelizes nos seus amores.» (l.23).
COTAÇÕES
Grupo
1. 2. 3. 4. 5. 6. Total
I
20 20 20 20 20 20 120
Grup
o
1. 2. 3. 4. 5.1. 6.a) 6.b) 7. Total
II 5 5 5 5 5 5 5 5 40
Grup
o
ETD CL Total
III
24 16 40
Grupo III
ESCRITA
Observa o cartoon.
5
O desconcerto do mundo foi uma das temáticas exploradas por Camões. Também
nos dias de hoje assistimos a situações de injustiça, de falta de solidariedade para com os
mais frágeis.
Uma introdução onde conste a descrição da imagem apresentada, com destaque para os
elementos significativos;
Um desenvolvimento, no qual apresentes a intenção crítica e a pertinência do cartoon,
usando um discurso valorativo;
Uma conclusão adequada aos pontos de vista apresentados.