Estado Neoliberal
Estado Neoliberal
Estado Neoliberal
formuladas por teóricos, como o economista ucraniano Ludwig von Mises e o economista austríaco
Friedrich Hayek. A teoria neoliberal surge para opor-se à teoria keynesiana de bem-estar social e propõe
uma nova leitura da parte econômica do liberalismo clássico, tendo como base uma visão econômica
conservadora que pretende diminuir ao máximo a participação do Estado na economia.
Características do neoliberalismo
Em geral, podemos dizer que as características do neoliberalismo, de acordo com as teorias dos
estudiosos da Escola Austríaca, são o enfraquecimento do Estado e a diminuição drástica da participação
estatal na economia. Os teóricos neoliberais defendem a mínima cobrança de impostos e a privatização
dos serviços públicos.
Um esboço do plano neoliberal deu-se com as 10 regras do Consenso de Washington, que propôs uma
cartilha básica que as economias neoliberais (em especial as economias em desenvolvimento que
quisessem aderir à ajuda oferecida pelo FMI e pelo Banco Mundial) deveriam seguir. Veja a seguir
as 10 regras do Consenso de Washington que delineiam as características do neoliberalismo.
Redução dos gastos públicos: deve contar com a disciplina fiscal e com outras medidas, como a
privatização dos serviços públicos.
Abertura comercial: liberar o comércio com outros países não colocando entraves ideológicos
ou políticos que dificultem as relações comerciais exteriores.
O liberalismo econômico (também chamado de liberalismo clássico) foi uma doutrina econômica e
política que surgiu no século XVIII e consolidou-se no século XIX como maneira de atender aos anseios
da burguesia de expandir a industrialização. Nesse momento, houve uma defesa da não interferência do
Estado na economia para que esta fosse regulada por si mesma e pudesse crescer.
Na teoria, os liberais defendiam que o liberalismo era a única saída viável para beneficiar a todos (mais
ricos e mais pobres), pois essa doutrina permitiria o crescimento econômico e a expansão industrial,
fazendo gerar mais emprego e renda. Na prática, o abismo social existente entre a burguesia e
proletariado aumentou drasticamente e a qualidade de vida das camadas mais pobres da população
piorou.
No fim do século XIX, a situação da classe trabalhadora era extremamente precária. Sem limites de
jornadas de trabalho, sem previdência, sem férias remuneradas, sem descanso remunerado semanal e
sem qualquer direito (inclusive a um salário mínimo), a burguesia era quem decidia as situações de
contratação dos funcionários. No início do século XX, as organizações sindicais começaram a multiplicar-
se e lutar cada vez mais pela conquista de direitos.
O economista inglês John Maynard Keynes percebeu que o sistema liberal não permitia a grande
injeção de dinheiro na economia, pois a maioria da população não tinha dinheiro para consumir.
Segundo Keynes, era papel do Estado garantir um padrão mínimo de qualidade de vida para a
população mais pobre e criar leis que regulamentassem o trabalho, a fim de conceder direitos aos
trabalhadores e melhorar as suas condições, criando um Estado de bem-estar social.
Concedendo direitos e garantindo um padrão mínimo de qualidade de vida para todos, o Estado estaria
ajudando a economia, pois essa voltaria a girar com a injeção de dinheiro propiciada pela maioria da
população, que teria acesso à saúde, à educação e a outros serviços básicos, além de mais dinheiro para
consumir.
As medidas propostas por Keynes também garantiriam o pleno emprego, com o Estado atuando para
evitar que o desemprego crescesse substancialmente, e controlaria a inflação — termo utilizado na
economia para designar o aumento dos preços dos produtos, sendo que uma alta inflação não permite o
consumo e faz a moeda perder seu valor. As consequências de uma inflação alta são o enfraquecimento
do mercado com a diminuição das vendas e, consequentemente, da produção, afetando o comércio e as
indústrias.
Em 1929, a Bolsa de Valores de Nova Iorque quebrou, gerando uma grave crise financeira que assolou o
mundo todo. Foi um período de caos econômico e instabilidade, sobretudo nos Estados Unidos e na
Europa. A partir desse momento, o presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt propôs
o New Deal (novo acordo), que implantava medidas keynesianas para cessar a crise gerada pela crise
de 1929.
Após a Segunda Guerra Mundial, algumas nações europeias também adotaram medidas sustentadas
por Keynes, a fim de reconstruir o cenário de devastação deixado pela guerra, fazendo surgir a
chamada social-democracia (governo democrático capitalista, porém com políticas voltadas para o bem-
estar social). Quem não ficou satisfeito com essa política foi o setor industrial, sobretudo as indústrias
de grande porte.
O Estado de bem-estar social significava, para a classe empresarial, mais impostos a serem pagos e mais
encargos trabalhistas (gastos com os direitos trabalhistas, como salário mínimo, jornada de trabalho fixa
e regulada, previdência etc.). O Estado de bem-estar social requer uma máquina estatal forte e ampla,
capaz de oferecer serviços básicos (saúde, alimentação, saneamento e educação) a toda a população.
Para essa máquina funcionar, é preciso aumentar a arrecadação de impostos. O que os empresários
não queriam fazer era pagar mais impostos.
O que é neoliberalismo?
O liberalismo foi a corrente de pensamento que defendia uma economia livre de qualquer interferência
do Estado. Assim, o mercado de consumo seria regido pela chamada “lei da oferta e da procura”, em
que o valor de determinado artigo ou serviço seria determinado por sua demanda.
Essa doutrina foi criada por volta do século XVIII para atender, principalmente, às necessidades da
burguesia que queria ser livre do poder monárquico e expandir seus comércios.
Muitos países acabaram aderindo ao liberalismo. Contudo, o sistema entrou em colapso, sobretudo
após a “quebra” da bolsa de valores de Nova Iorque – evento também conhecido como “crise de 29”,
por ter ocorrido no ano de 1929. Como a economia estava em processo de globalização, muitos países
sofreram com a recessão.
Dessa forma, os princípios do Liberalismo foram repensados e logo surge a política do Keynesianismo,
em que o Estado passaria a interferir na economia, opondo-se aos pensadores liberais.
Todavia, diversos fatores – dentre eles o alto custo de manutenção do Keynesianismo, a crise do
petróleo e o sistema toyotista – contribuíram para o fim da aplicação Keynesiana, e assim, o
neoliberalismo começou a ser formulado.
Quais as características?
Privatização de empresas;
Desregulamentação da economia;
Contudo, a grande diferença entre as políticas é que o liberalismo defendia a abstinência total do Estado
no âmbito econômico, enquanto que o pensamento neoliberal reconhecia o papel e a importância
estatal para regular algumas questões, sobretudo, em épocas de crise como ocorrido anteriormente.
O que é Neoliberalismo:
O neoliberalismo pode ser uma corrente de pensamento e uma ideologia, ou seja, uma forma de ver e
julgar o mundo social ou um movimento intelectual organizado, que realiza reuniões, conferências e
congressos.
Esta teoria, que foi baseada no liberalismo, nasceu nos Estados Unidos da América e teve como alguns
dos seus principais defensores Friedrich A. Hayeck e Milton Friedman.
Esta teoria econômica propunha a utilização da implementação de políticas de oferta para aumentar a
produtividade. Também indicavam uma forma essencial para melhorar a economia local e global era
reduzir os preços e os salários.
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O neoliberalismo é o novo caráter do velho capitalismo. Este adquiriu força hegemônica no mundo a
partir da Revolução Industrial do século 19. O aprimoramento de máquinas capazes de reproduzir em
grande escala o mesmo produto e a descoberta da eletricidade possibilitaram à indústria produzir, não
em função de necessidades humanas, mas sobretudo visando ao aumento do lucro das empresas.
O efeito prático do neoliberalismo se mostrou desastroso principalmente nos países da América Latina,
o neoliberalismo estimula as desigualdades sociais e com o aumento das desigualdades sociais outras
mazelas surgem como o aumento do grau da violência.
O Estado de bem-estar social moderno nasceu na década de 1880, na Alemanha, com Otto von
Bismarck, como alternativa ao liberalismo económico e ao socialismo.[2]
Pelos princípios do Estado de bem-estar social, todo indivíduo tem direito, desde seu nascimento até
sua morte, a um conjunto de bens e serviços, que deveriam ter seu fornecimento garantido seja
diretamente através do Estado ou indiretamente mediante seu poder de regulamentação sobre
a sociedade civil. São as chamadas prestações positivas ou direitos de segunda geração,[3] em que se
inclui gratuidade e universalidade do acesso à educação, à assistência médica, ao auxílio
ao desempregado, à aposentadoria, bem como à proteção maternal, à infantil e à senil.
Os apoiantes demonstram como exemplo de sucesso na adoção integral do Estado de bem-estar social a
experiência de países nórdicos.[4] Por outro lado, críticos alegam que pode haver compreensão
equivocada do funcionamento do Modelo nórdico, e que os defensores do Estado de bem-estar social
em outros lugares tentam copiar apenas os direitos e não as obrigações implementadas por aqueles
países. De todo modo, os dados frios nórdicos, oriundos de nações que adotaram o sistema
corretamente, independentemente de apoiadores onde o modelo não foi adotado por completo,
mostram eficiência desse modelo de dignidade universal refletida em seu IDH, que, ao contrário do
senso comum, não elimina a possibilidade de enriquecimento, apenas diminui a miséria quase por
completo com distribuição de recursos e de renda realizadas sob regras reforçadas, objetivando mera
dignidade para todos.
Estado-providência
O conceito político de Estado-providência, ou Estado social, veio substituir o conceito de Estado liberal.
Efetivamente, no Estado liberal entendia-se que ninguém melhor do que cada indivíduo deveria saber
escolher as suas próprias necessidades e o modo mais eficaz de as satisfazer. Assim, o Estado teria
apenas o papel de criar as condições necessárias ao livre exercício dos direitos naturais dos cidadãos e
deveria abster-se quanto a qualquer conduta que pudesse perturbá-lo.
Mas a "mão invisível" com que os economistas liberais julgavam poder disciplinar o mercado e
satisfazer os interesses individuais e coletivos veio, afinal, a revelar-se ineficaz, traduzindo-se em
enormes carências na prestação de serviços públicos essenciais e lançando no desemprego e na miséria
largas camadas da população. Foi a partir da Primeira Grande Guerra que o Estado liberal mostrou os
sinais da sua falência, pois foi incapaz de superar as crises e destruições causadas pelo conflito. Mas foi,
sobretudo, em consequência do período de agitação político-social, da crise económica e financeira em
que se vivera até 1940 e que se veria agravada pela Segunda Guerra Mundial e o esforço de
recuperação consequente, que viria a ganhar maior relevo e a ser assumido com maior convicção o
facto de que não se poderia mais pensar Estado e Sociedade como entes autónomos.
Do Estado vai-se exigir que ele seja o modelador, o conformador da vida económica e social, como
produtor de bens, como empresário, como agente de crédito, como organizador de serviços públicos. O
Estado deverá definir as metas que à sociedade interessa alcançar e a ele cabe, igualmente, o
planeamento, a orientação e o controle da atividade dos restantes sujeitos económicos, com vista a que
tais objetivos sejam efetivamente realizados. A realidade económica e social passa a ser um material
que ao Estado compete estruturar de acordo com outras condicionantes, nomeadamente as de carácter
político-jurídico.
Assim, o Estado irá intervir pelas formas e para os fins mais variados, dirigindo, incentivando ou
fiscalizando, por meios autoritários ou não, a atividade dos restantes sujeitos económicos e sociais,
participando ele próprio, como sujeito, nessas tarefas, produzindo, comercializando e distribuindo
inúmeros bens e serviços úteis à coletividade. Exemplo de um serviço de solidariedade do Estado é a
Segurança Social, que deveria garantir o mínimo de sobrevivência condigna em todas as situações de
carência. O Estado deveria garantir, igualmente, o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde.
Deste modo, o Estado estende-se a quase todos os ramos da vida económica e social, desde a
organização das forças militares e militarizadas até à conservação do património cultural imobiliário e
artístico, passando pelo ensino, pelos tansportes, pelas comunicações, pelo abastecimento de água e
energia, pelo saneamento básico e a salubridade pública, pela construção da rede de estradas e demais
vias de circulação, pela racionalização e organização dos serviços de comercialização, pelo regular
abastecimento de bens essenciais agrícolas e industriais, pelo controlo e vigilância das fronteiras, pelo
incentivo à exportação e ao turismo, pelo crédito às atividades industriais e comerciais e aos consumos
sociais, pela regulação e fiscalização das relações laborais, pela saúde pública, pelo controlo das
atividades económicas e das importações, pelo povoamento florestal, pelo reordenamento agrícola e
por um sem número de outros setores e serviços destinados à satisfação de tantas necessidades
coletivas e, até, individuais.