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ARTIGO ORIGINAL DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v18i2.

45167

VARIÁVEIS INTERVENIENTES NO DESEMPENHO DOS PROGRAMAS DE


CONTROLE E PREVENÇÃO DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À
SAÚDE1

Hadelândia Milon de Oliveira*


Rúbia Aparecida Lacerda**

RESUMO
Objetivo:Avaliar as variáveis que interferem no desempenho Programas de Controle e Prevenção de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde. Método:Estudo quantitativo de análise por estatística descritiva, em
hospitais, a partir de 50 leitos. Dois instrumentos de forma utilizados na coleta de dados: O primeiro,com
caracterização geral dos hospitais e dos Programas de Controle e Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde. O segundo,com os quatro indicadores clínicos de avaliação de Programas de Controle e
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, previamente construídos e validados. Resultados:
Os melhores escores foram relacionados à: entidades mantenedoras privadas; existência de algum tipo de
certificação/acreditação; composição da equipe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar formada por
enfermeiro, médico e outros (técnico de enfermagem e/ou bioquímico e/ou administrativo); vínculo empregatício
institucionalizado do enfermeiro e médico;carga horária exclusiva dos enfermeiros e médicos que atuam no
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar; tempo de experiência dos enfermeiros e médicos; capacitação em
controle e prevenção de Infecção Hospitalar na admissão de recursos humanos.Conclusão: Foi possível
verificar as interferências das variáveis no desempenho dos programas de controle de infecção hospitalar.
Palavras-chave: Avaliação em saúde. Indicadores de serviços. Programa de controle de infecção hospitalar.
Segurança do paciente. Políticas públicas de saúde.

INTRODUÇÃO por meio de indicadores clínicos, tem


demonstrado ser uma importante ferramenta para
Consideradas como ocorrência multifatorial, o conhecimento desses programas no território
as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde nacional, com vista à melhoria da qualidade da
(IRAS) representam uma ameaça à segurança do assistência prestada(5-7). O que inquieta a conhecer
paciente, sendo uma das fontes de eventos como tem sido o desempenho dos PCIRAS em
adversos (EA) evitáveis(1). Seu controle e outras regiões brasileiras, nesse caso, na região
prevenção se faz necessário. Muitos avanços têm Norte do País.
sidos empregados na melhoria da assistência à O Manual de Avaliação da Qualidade de
saúde. Práticas de Controle e Prevenção de Infecção
Mesmo com avanços após a promulgação da Hospitalar apresenta tais indicadores clínicos,
Lei n. 9.431/19971, da portaria do Ministério da validados e que avaliam estrutura, processo e
Saúde n. 2.616/19982, ainda há no dia a dia resultado, de acordo com tipos de procedimentos
hospitalar uma contínua batalha para o controle e específicos, pautados nos sistema de avaliação de
prevenção das IRAS, com impacto direto na Donabedian, por meio da tríade: estrutura (área
forma de implantação e implantação dos física, equipamentos, insumos, recursos
Programas de Controle de Infecção relacionada à humanos), processos (procedimentos e tecnologia
assistência à saúde (PCIRAS)2-4). aplicados corretamente) e resultados (efeitos do
A contínua avaliação dos PCIRAS é complexa cuidado)(8,9).
por ter múltiplas facetas e está diretamente ligada Neste estudo, a aplicação desses indicadores
à qualidade da assistência ao paciente, com variáveis de associação selecionadas para
considerando que os EA, dentre eles, as IRAS, estabelecer correlações com os resultados
podem significar danos irreversíveis ao paciente. conformidade dos PCIRAS, é importante para a
A pesquisa de avaliação do desempenho dos contínua avaliação, com vista no aprimoramento e
PCIRAS, em estados da região Sudeste do Brasil, amplitude da sua resolutividade na redução das

1
Manuscrito é originário da Tese: Programas de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde: Diagnóstico situacional em hospitais da cidade de Manaus, Estado do Amazonas.
*Enfermeira, Doutora. Professora Adjunta da Escola de Enfermagem de Manaus, Universidade Federal do Amazonas. E-mail: hmilon@ufam.edu.br, ORCID iD: http://orcid.org/0000-0001-8830-9202
**Enfermeira, Doutora. Professora Associada da Escola de Enfermagem de São Paulo, Universidade de São Paulo. E-mail: rlacerda@usp.br, ORCID iD: http://orcid.org/0000-0003-3848-3258

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IRAS no ambiente hospitalar, com possibilidade (Datasus) no primeiro semestre de 2015, sendo
de estudos comparativos, ao favorecer obtenção excluídas as instituições clínicas especializadas,
de dados padronizados e já ter sido aplicada em casas de saúde, assistência domiciliar, hospitais-
outros estudos. dia, centros de atendimento e de saúde mental, e
Diante do exposto, o objetivo deste estudo é demais Instituições sem leitos de internação
avaliar as variáveis que interferem no cadastrados. As legislações vigente para o
desempenho dos Programas de Controle e controle e prevenção de IRAS(2,3) não contempla a
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência obrigatoriedade de PCIH em instituições
à Saúde. assistenciais que não são hospitais. Após essas
exclusões, a totalidade de hospitais elegíveis
MATERIAL E MÉTODO correspondeu a 28 instituições na cidade de
Manaus.
Estudo quantitativo, avaliativo, sobre as Os dados foram coletados com enfermeiros e,
variáveis intervenientes nas conformidades dos apenas uma médica, que atuam no PCIRAS nos
PCIRAS, por meio de aplicação de indicadores de hospitais avaliados. Foram utilizados dois
avaliação previamente construídos e validados. instrumentos de coleta de dados, sendo o primeiro
Realizado em unidades hospitalares, a partir com caracterização geral do hospital e do
de 50 leitos de internação da cidade de Manaus, PCIRAS, com perguntas abertas e fechadas, e o
Amazonas, com profissionais enfermeiros e segundo instrumento, correspondente aos
médico que atuam no PCIRAS, com aplicação indicadores previamente definidos para realizar a
dos dois instrumentos de coleta de dados. avaliação do PCIRAS, constantes no Manual de
A amostra dos hospitais foi obtida pelo Indicadores para Avaliação de Práticas de
Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Controle de Infecção Hospitalar, apresentados na
Saúde (CNES), pelo Departamento de Figura 1.
Informações do Sistema Único de Saúde

Indicador Elementos de avaliação


Estrutura técnico-operacional do Avalia sua estrutura, incluindo formação e suporte técnico-operacional, tais
programa de prevenção e controle de como recursos humanos, infraestrutura física e instrumentos técnicos e
Infecção Relacionada à Assistência à administrativos. Contempla 10 componentes de avaliação.
Saúde (PCET)
Diretrizes operacionais de controle e Avalia diretrizes operacionais de áreas ou serviços hospitalares, nas formas de
prevenção de Infecção Relacionada à manuais, normas e procedimentos operacionais elaboradas ou incorporadas ao
Assistência à Saúde (PCDO) Programa de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde.
Contempla 15 componentes de avaliação.
Sistema de vigilância epidemiológica Avalia se os Programas de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à
de Infecção Relacionada à Assistência Saúde possuem e exercem um sistema de vigilância epidemiológica, através de
à Saúde (PCVE) atividades que incluem busca ativa, perfil de indicadores epidemiológicos,
identificação e notificação de casos de Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde. Contempla dez componentes de avaliação
Atividades de controle de prevenção de Avalia as atividades de prevenção e controle de Infecção Relacionada à
Infecção Relacionada à Assistência à Assistência à Saúde nos vários serviços ou setores hospitalares, incluindo
Saúde (PCCP) inspeção, orientações e avaliações de diretrizes introduzidas, participação em
reuniões dos setores, realização de consultas e esclarecimentos cotidianos por
ocasião de demandas espontâneas, entre outras. Contempla 14 componentes de
avaliação
Figura 1. Indicadores de avaliação dos Programas de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (8)

Foram realizadas análises para verificar a instituições e à estruturação dos próprios


existência ou não de associação entre a PCIRAS, sendo elas: I) Entidade mantenedora:
conformidade e algumas variáveis referentes ao privada/filantrópica e pública; II)
PCIRAS. Por se tratar de uma pesquisa tipo Acreditação/certificação; III) Auditorias internas;
censo, todos os resultados obtidos são IV) Serviços mínimos representantes na SCIH:
provenientes de análises dos parâmetros enfermagem, medicina, administração, farmácia;
populacionais, com algumas variáveis das V) Carga diária de trabalho exclusivo do

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Variáveis intervenientes no desempenho dos programas de controle e prevenção de infecção 3

enfermeiro e do médico no SCIH: mínimo de 6 (USP), Número do Parecer: 952.178, de 2015. O


horas para enfermeiro; mínimo de 4 horas para Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
médico; VI) Tempo de experiência do enfermeiro (TCLE) foi apresentado e assinado por ocasião
e do médico no SCIH; VIII) Conhecimento das entrevistas.
prévio do Enfermeiro para atuar no SCIH; IX)
Capacitação em controle e prevenção de IRAS na RESULTADOS
admissão de recursos humanos.
Para a obtenção de análise da conformidade no Na Tabela 1 temos os escores médios dos
processo de avaliação do PCIRAS, foram indicadores, dado o tipo de entidade mantenedora
utilizadas as próprias fórmulas apresentadas para (pública, privada e mista). Verificamos para todos
cada indicador, em seus manuais operacionais. os indicadores, que as privadas e mistas
Para obtenção dos resultados, cálculos estatísticos apresentam escores maiores do que as públicas. E
e elaboração de gráficos, foi utilizado o software podemos observar ainda que o desvio padrão dos
estatístico livre R 3.2.3. escores obtidos em relação às públicas é maior do
O estudo é parte integrante de uma tese de que as privadas e mistas, indicando uma
doutorado que obteve aprovação pelo Comitê de variabilidade maior entre as entidades públicas,
Ética em Pesquisa (CEP) da Escola de isto é, um comportamento não homogêneo dessas
Enfermagem da Universidade de São Paulo unidades quando comparadas entre si.
Tabela 1. Conformidade dos PCIRAS segundo à entidade mantenedora (pública, privada e mista). Manaus,
2015.
Pública Privada Mista
Conformidade
Média DP Média DP Média DP
PCET 78,41 21,39 89,74 0,00 94,87 5,13
PCDO 66,02 23,59 90,00 10,00 90,57 12,77
PCVE 66,32 28,51 95,00 5,00 95,00 5,00
PCCP 32,05 20,93 65,79 10,68 64,09 19,32
Quando verificamos o comportamento dos apresentaram escores entre 75,00% e 100%;
escores em relação à presença de seguidos de outros 56,00% que apresentaram
acreditação/certificação de qualidade, os escores menores do que 75,00%.
resultados apresentados na Tabela 2 mostram que Para o indicador PCVE, os escores obtidos
para o indicador PCET, independente da presença foram, independente da presença de certificação,
de certificação 68,00% das entidades obtiveram 60,00% das entidades obtiveram escores entre
escores entre 75,00% e 100%, contra 32% das 75,00% e 100%, contra 40,00% das entidades
entidades com escores menores do que 75,00%. com escores menores do que 75,00%. Com a
Com a presença de certificação, 78% das presença de certificação, 67,00% das entidades
entidades obtiveram escores entre 75,00% e obtiveram escores entre 75,00% e 100%, contra
100%, contra 22,00% das entidades com escores 33,00% das entidades com escores menores do
menores do que 75,00%. Sem a presença de que 75,00%. Sem a presença de certificação, 56%
certificação, 63,00% das entidades apresentaram das entidades apresentaram escores entre 75,00%
escores entre 75,00% e 100%; seguidos de outros e 100%; seguidos de outros 44% que
38,00% que apresentaram escores menores do que apresentaram escores menores do que 75,00%.
75,00%. Em relação ao indicador PCCP, independente
Em relação ao indicador PCDO, independente da presença de certificação 12,00% das entidades
da presença de certificação, 48% das entidades obteve escores entre 75,00% e 100%, contra
obtiveram escores entre 75,00% e 100%, contra 88,00% das entidades com escores menores do
52,00% das entidades com escores menores do que 75,00%. Com a presença de certificação,
que 75,00%. Com a presença de certificação, 22,00% das entidades obtiveram escores entre
56,00% das entidades obtiveram escores entre 75,00% e 100%, contra 78,00% das entidades
75,00% e 100%, contra 44,00% das entidades com escores menores do que 75,00%. Sem a
com escores menores do que 75,00%. Sem a presença de certificação, 6,00% das entidades
presença de certificação, 44,00% das entidades apresentaram escores entre 75,00% e 100%;

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seguidos de outros 94,00% que apresentaram escores menores do que 75,00%.


Tabela 2. Conformidade dos PCIRAS associada à existência de acreditação/certificação de qualidade em saúde.
Manaus, 2015.
Presença de certificação
Indicadores Total
Sim Não
[0% , 75%) 2(22%) 6(38%) 8(32%)
[75% , 100%] 7(78%) 10(63%) 17(68%)
PCET
Total 9(100%) 16(100%) 25(100%)
[0% , 75%) 4(44%) 9(56%) 13(52%)
PCDO [75% , 100%] 5(56%) 7(44%) 12(48%)
Total 9(100%) 16(100%) 25(100%)
[0% , 75%) 3(33%) 7(44%) 10(40%)
PCVE [75% , 100%] 6(67%) 9(56%) 15(60%)
Total 9(100%) 16(100%) 25(100%)
[0% , 75%) 7(78%) 15(94%) 22(88%)
PCCP [75% , 100%] 2(22%) 1(6%) 3(12%)
Total 9(100%) 16(100%) 25(100%)
Os resultados da análise de associação entre dos indicadores e a realização de auditoria. Em
escores dos indicadores e a realização ou não de relação ao indicador PCCP, não temos indícios de
auditorias internas. Para todos os indicadores associação, isto é, de que a realização de
PCET, PCDO e PCVE, podemos identificar uma auditorias internas influencia no desempenho
pequena disparidade entre as proporções desse indicador. Ressaltamos ainda os escores
marginais dos intervalos de escores e as obtidos pela unidade sem auditoria, para os
proporções, dada a presença de auditoria. indicadores PCVE e PCCP, iguais a zero.
Portanto, pode existir relação entre o desempenho
Tabela 3. Conformidade dos PCIRAS associada à carga diária de trabalho exclusivo do médico (mínimo de 4h).
Manaus, 2015.
4 horas
Indicadores Mais de 4 horas*
Média DP
PCET 87,98 10,16 100,00
PCDO 77,71 15,47 80,00
PCVE 79,38 22,77 90,00
PCCP 44,86 21,40 38,00
*Apenas uma observação

A tabela 3, os escores médios dos indicadores unidades com 4 horas foram menores do que o
associados à carga horária diária de trabalho escore apresentado pela unidade com médicos
exclusivo do médico que, nesse caso, deve ser o com mais de 4 horas, com exceção do indicador
mínimo de 4 horas. Comparando os escores PCCP, que apresentou um comportamento
médios das unidades com médicos com 4 horas diferente, com escore médio para as unidades de 4
de carga diária e a única unidade com médicos horas, igual a 44,86% contra 38,00% da unidade
com mais de 4 horas, observamos que, no geral, com mais de 4 horas.
as médias dos escores dos indicadores das
Tabela 4. Conformidade dos PCIRAS associada à carga diária de trabalho exclusivo do enfermeiro (mínimo de
6h). Manaus, 2015.
6 horas Mais de 6 horas
Indicadores
Média DP Média DP
PCET 81,9 19,6 82,0 20,6
PCDO 68,2 24,9 83,5 14,6
PCVE 71,0 29,9 80,0 18,3
PCCP 34,9 22,2 55,7 24,2

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Variáveis intervenientes no desempenho dos programas de controle e prevenção de infecção 5

Os escores médios dos indicadores associados PCET, o grupo das unidades com enfermeiros
à carga horária diária de trabalho exclusivo do entre 5 e 10 anos de experiência apresentou o
enfermeiro, que deve ser o mínimo de 6 horas, maior escore médio, 91,35%. O indicador PCDO
são apresentados na Tabela 4. Comparando as teve melhor desempenho no grupo com mais de
unidades com enfermeiros com 6 horas de carga 10 anos de experiência, com escore médio igual
diária e as unidades com enfermeiros com mais 81,90%, O indicador PCVE teve melhor
de 6 horas, observamos que todos os indicadores, desempenho no grupo com entre 5 e 10 anos de
em média, tiveram os maiores escores no grupo experiência, com escore médio igual 90,00%. O
de carga horária maior de 6 horas. A Tabela 5 indicador PCCP teve melhor desempenho no
apresenta os escores médios dos indicadores grupo com entre 5 e 10 anos de experiência, com
associados ao tempo de experiência dos escore médio igual 41,51%.
enfermeiros para atuar no SCIH. Para o indicador

Tabela 5. Conformidade dos PCIRAS associada ao tempo de experiência dos enfermeiros para atuar no SCIH.
Manaus, 2015.
PCET PCDO PCVE PCCP
Tempo de experiência
Média DP Média DP Média DP Média DP
Menos de 5 anos 73,59 26,35 71,45 23,84 56,00 32,31 38,47 25,66
Entre 5 e 10 anos 91,35 10,49 63,62 27,33 90,00 10,00 41,51 29,46
Mais de 10 anos 83,15 9,18 81,90 13,20 78,57 19,59 40,03 13,79

Os escores médios dos indicadores associados relação aos indicadores PCDO e PCCP, o desvio-
ao tempo de experiência dos médicos para atuar padrão foi menor no grupo com conhecimento
no SCIH. Para o indicador PCET, o grupo das prévio, respectivamente igual a 22,55% e 22,76%,
unidades com médicos com menos de 5 anos de contra 24,61% e 24,41%.
experiência apresentou o maior escore médio, Na associação da capacitação em controle e
90,38%. Para indicador PCDO, o grupo das prevenção de IRA, dos enfermeiros para atuar no
unidades com médicos com entre 5 e 10 anos de SCIH, os escores médios dos indicadores
experiência apresentou o maior escore médio, apresentaram os seguintes resultados:
82,50%. Para indicador PCVE, o grupo das Independente do indicador, todos apresentaram
unidades com médicos com entre 5 e 10 anos de melhor desempenho nas unidades com
experiência apresentou o maior escore médio, enfermeiros com mestrado, seguidos por
90,00%. Para indicador PCCP, o grupo das profissionais com especialização. As unidades
unidades com médicos com entre 5 e 10 anos de com enfermeiros com cursos de curta duração
experiência apresentou o maior escore médio, apresentaram os menores escores médios. Da
60,17%. mesma maneira, quando comparamos os desvios-
Os escores médios dos indicadores, associados padrões, o grupo das unidades com enfermeiros
ao conhecimento prévio dos enfermeiros para com mestrado apresentou menor variabilidade,
atuar no SCIH, para todos os indicadores, os seguido pelo grupo com especialização, com
escores médios das unidades com enfermeiro sem exceção do indicador PCCP, onde o desvio-
conhecimento prévio foram maiores do que os padrão do grupo com curso de curta duração foi
escores das unidades com enfermeiros com menor do que o de especialização, 20,33% e
conhecimento prévio. A maior diferença 21,49% respectivamente.
observada foi para o indicador PCVE, onde o
grupo sem conhecimento prévio apresentou DISCUSSÃO
escore médio, 85,83%, contra 61,54% do grupo
das unidades com enfermeiros com conhecimento Em relação à avaliação de PCIRAS no Brasil,
prévio. Os indicadores PCET e PCVE com aplicação dos indicadores clínicos, alguns
apresentaram menor variabilidade no grupo das estudos já foram realizados. Por isso mesmo, eles
unidades com enfermeiros sem conhecimento se tornam relevantes não apenas para o
prévio, com desvio-padrão respectivamente igual conhecimento desse programa em diferentes
a 11,09% e 13,82, contra 22,67% e 32,07%. Em regiões do País,mas também para a consolidação

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6 Oliveira HM, Lacerda RA

e divulgação da metodologia e dos seus sistemas baixo este número, nota-se que essas unidades
de avaliação, como ferramentas importantíssimas apresentaram melhor conformidades de análise
para a pesquisa de avaliação do PCIRAS. com os indicadores. O mesmo resultado foi
Do cenário do estudo dos 28 hospitais da encontrado no estudo no Município de São Paulo,
população de acesso, 25(89,3%) participaram de em que a presença de certificação/acreditação
forma voluntária e, em todas as instituições não teve maior associação com melhor desempenho
houve qualquer bloqueio ou resistência. Esses dos indicadores de avaliação do PCIRAS(6).
hospitais estão distribuídos em todas as Zonas Estudo aponta que a acreditação hospitalar
(Norte, Sul, Leste e Oeste) de Manaus, contribui para o aumento da segurança do
equilibradamente. Além disso, a participação paciente(10).
dessa alta proporção da amostra é significativa Sabe-se que para o hospital ser acreditado é
para o conhecimento sobre o PCIRAS nos necessário o cumprimento de critérios de
hospitais de Manaus. Foi surpreendente o qualidade nos serviços oferecidos, e o PCIRAS é
interesse unânime dos membros da CCIH na um importante controlador da qualidade da
pesquisa, que vislumbraram a possibilidade de assistência à saúde. Então, espera-se que hospitais
melhoria e crescimento do PCIRAS no estado. que possuem certificação/acreditação possuam
Na associação com as variáveis em relação ao melhor desempenho nos indicadores, conforme
tipo de entidade mantenedora, os resultados deste comprovados neste trabalho e em trabalhos
estudo sugerem uma preocupação e maior anteriores onde foram aplicados os indicadores de
organização das ações dos PCIRAS nas avaliação do PCIRAS.
instituições privadas e mistas, explicitando que A frequência de hospitais de Manaus que
nas instituições públicas, apesar de possuírem possuem algum tipo de acreditação ou
maior número de leitos e maiores complexidades certificação de qualificação da assistência é baixa
nos serviços oferecidos, os PCIRAS têm nove (36,00%). Estudo encontrou menor
apresentado significativo problema de estrutura e frequência ainda, junto a hospitais do estado do
organização no controle de infecção hospitalar. Paraná (20,00%).(6) Hospitais da cidade de São
Foi possível observar, nas instituições Paulo obteve-se resultado pouco mais alto
públicas, um comportamento não homogêneo (50,00%)(5).
quando comparadas entre si, com o desvio padrão Ressalta-se que 96% das instituições
maior do que o das privadas e mistas. Nota-se que pesquisadas relataram fazer apenas visitas
há PCIRAS que desenvolvem suas atividades de técnicas, com prioridade nas UTI, sendo que na
forma a responder melhor às conformidades dos coleta de dados não foram apresentados, na
indicadores, mas há hospitais em que o trabalho maioria das instituições, qualquer registro dessas
dos PCIRAS não se realiza atendendo aos visitas nos diversos setores.
componentes dos indicadores em sua totalidade. O estudo mostrou uma associação significativa
No estudo no Paraná, que trabalhou com dos indicadores com as auditorias internas, sendo
amostra para a conformidade geral dos quatro que 42% dos hospitais pesquisados realizavam
indicadores do PCIRAS, não houve significância algum tipo de auditoria interna(6).
estatística quanto à associação dos hospitais A auditoria interna é um processo de
públicos e privados(6). investigação sistemático em que são obtidas e
A Infecção é um grande problema no ambiente analisadas evidências sólidas que permitam ao
hospitalar. Para combater é necessário não só auditor pronunciar-se sobre a conformidade de
estabelecer preceitos legais, é necessária a uma situação vigente com os critérios de
observância desses preceitos no trabalho dos comparação selecionados e comunicar os
profissionais de saúde(4). Todos devem ter a resultados aos utilizadores interessados, onde
mesma responsabilidade quanto a estrutura e gerenciar uma organização exige conhecimentos,
processo de trabalho no controle prevenção de habilidades, competências, visão estratégica e,
IRAS, não importando o tipo de entidade principalmente, métodos que possibilitem um
mantenedora, mesmo os serviços públicos. suporte ao processo de tomada de decisão(11).
Dentre os 25 hospitais estudados, apenas dez É de fundamental importância que o PCIRAS
possuem algum tipo de certificação. Apesar de ser execute ações de auditoria interna para o controle

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Variáveis intervenientes no desempenho dos programas de controle e prevenção de infecção 7

das ações implantadas e implementadas, bem unidades com médico com carga horária menor
como para avaliação das estruturas, processos e que 4 horas dia(6).
resultados dessas ações junto à equipe de saúde, O SCIH tem muitas atribuições a serem
gestores e colaboradores das instituições de saúde realizadas, onde o cumprimento das obrigações
no controle da qualidade da assistência à saúde. legais sobre a carga horária dos profissionais
Esses conceitos reforçam a necessidade de um membros com dedicação integral às funções
trabalho efetivo dos PCIRAS nas instituições de proporcionará maiores condições do
saúde em Manaus, para a melhoria dos resultados desenvolvimento das atividades no controle da
no controle e prevenção das IRAS, sendo a infecção hospitalar.
auditoria interna uma importante ferramenta de Estudo que avaliou a carga de trabalho da
gestão. equipe de enfermagem e sua potencial relação
A portaria nº 2.616/1998 assevera que os com a segurança do paciente, trouxe como
membros executores, ou seja, do SCIH serão, no resultado que o aumento de enfermeiros e das
mínimo, dois técnicos de nível superior da área de horas de enfermagem no cuidado aos pacientes
saúde para cada 200 leitos ou fração deste número melhoram os resultados de qualidade e segurança
com carga horária diária, mínima, de seis horas dos pacientes em hospitais(12).
para o enfermeiro e quatro horas para os demais A associação dos indicadores com o tempo de
profissionais(3). experiência dos enfermeiros na atuação no SCIH,
Na associação dos indicadores com a variável teve escore maior para aqueles hospitais com
da carga horária dos enfermeiros e médicos que enfermeiros com experiência de 5 a 10 anos de
atuam no SCIH, os resultados apontam os atuação no SCIH para indicadores PCET (91,3%),
maiores escores de conformidade dos indicadores, PCVE (90,0%) e PCCP (41,5%), com exceção
que foi para os hospitais com SCIH onde para o indicador PCDO com escore (81,9%) no
enfermeiros atuam com carga horária acima de 6h grupo com enfermeiros com mais de 10 anos de
de trabalho exclusivo. Não foram encontrados experiência.
entre os hospitais pesquisados SCIH com A atuação do enfermeiro no SCIH requer
enfermeiros sem dedicação exclusiva. Durante a conhecimentos, habilidades e planejamento, bem
coleta de dados, foi possível observar que três como o tempo, experiência e atuação desse
enfermeiras que trabalham, cada uma, em dois profissional que deveria interferir de maneira
SCIH em hospitais distintos, dedicam-se apenas 6 positiva para o melhor desempenho da equipe em
horas. busca da melhoria da qualidade da assistência.
No caso dos médicos, observa-se que há Para o tempo de atuação do médico no SCIH
médicos de 4 horas de dedicação exclusiva, mas os indicadores apresentaram resultados diferentes,
há unidades com médicos com mais de 4 horas de para o indicador PCET. O grupo das unidades
dedicação no SCIH, sendo o maior escore de com médicos com menos de 5 anos de
conformidade para as unidades com médico com experiência apresentou o maior escore médio de
mais de 4 horas. Não foram identificadas 90,4%, nos demais indicadores PCDO (82,5%),
unidades com médicos com menos de 4 horas de PCVE (90,0%) e PCCP (60,2%) no grupo das
dedicação exclusiva no SCIH. unidades com médicos entre 5 e 10 anos de
O estudo mostrou que a conformidade foi experiência, apresentou o maior escore médio.
maior para os enfermeiros com dedicação O estudo no Paraná mostrou uma associação
exclusiva de 6 horas diária (82,2%), comparados entre o tempo de experiência do médico e do
aqueles que não tinham enfermeiros com enfermeiro no SCIH, evidenciando que quanto
dedicação exclusiva de trabalho no SCIH. maior o tempo de experiência, maior será o escore
Diferente do trabalho em Manaus, no Paraná não obtido(6). Diferente do resultado em Manaus,
foram analisados enfermeiros acima de 6 horas de principalmente na associação com o indicador
trabalho diário no SCIH. O resultado de escore de PCET, em que o menor tempo de experiência do
conformidade dos indicadores maior para as médico foi a maior conformidade.
unidades com médicos com carga horária de 4 ou Assim como os enfermeiros, o profissional
mais horas de dedicação exclusiva, compara as médico também tem atuação fundamental no
SCIH, e entende-se que quanto mais experiência

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8 Oliveira HM, Lacerda RA

no serviço melhor as ações de controle e avaliar o próprio processo de cuidado. Isso se


prevenção de IRAS, todavia vimos que nem justifica pelo pressuposto de que um não está
sempre isto segue essa lógica. interessado no poder da tecnologia médica para
Na associação da conformidade dos alcançar resultados. Incluem: ações de história
indicadores e a variável sobre o conhecimento clínica; exame físico; exames de diagnóstico;
prévio do enfermeiro no SCIH, os resultados em justificação de diagnóstico e terapêutica;
Manaus mostram que para todos os indicadores os competência técnica na realização de
escores médios das unidades com enfermeiro, procedimentos diagnósticos e terapêuticos,
sem conhecimento prévio, foram maiores do que incluindo a cirurgia; evidência de gestão
os escores das unidades com enfermeiros com preventiva na saúde e na doença; coordenação e
conhecimento prévio. conduta dos cuidados; aceitabilidade dos cuidados
O conhecimento e formação dos profissionais para o destinatário; comunicação; acessibilidade;
no trabalho da comissão de controle de infecção educação; tempo, eficácia e eficiência de
hospitalar (CCIH) dos serviços de saúde é diagnóstico; complicações, entre outras. Permite
essencial para o desenvolvimento das atividades analisar o que, quem, com o que, como e o
de relacionadas à prestação segura de cuidados(13). porquê(9).
A pesquisa na cidade de Santa Catarina Apesar de limitações quanto a problemas
concluiu que as instituições, preferencialmente, identificados no percurso da pesquisa, como
nomeiam profissionais enfermeiros de seu comissões atuando sem portaria de nomeação,
convívio para o cargo, ao invés de contratar equipe do SCIH sem médico em sua composição,
profissionais especialistas(14). do aparente atraso na implantação de medidas de
A adesão às práticas de controle de infecção, o segurança do paciente, baixa certificação de
cumprimento de normas e protocolos qualidade, problemas de estrutura física,
estabelecidos, com participação efetiva de todos organizacional e de pessoal, os resultados
os profissionais e colaboradores da instituição de mostraram uma ampla visão das condições de
saúde, necessita de um SCIH atuante, estruturado, estrutura e processo de trabalho dos PCIRAS em
organizado, com infraestrutura, dentre outros Manaus.
fatores, que são imprescindíveis para a redução
das infecções e segurança do paciente. CONCLUSÃO
Em muitas instituições de saúde, os PCIRAS
encontram-se desatualizados e, em alguns casos, Foi possível com esta pesquisa avaliar as
as atividades de prevenção e controle e as variáveis intervenientes nas conformidades dos
comissões não cumprem as exigências legais. Programas de Controle e Prevenção de Infecção
Essas situações vão de encontro aos princípios da Relacionada à Assistência à Saúde dos hospitais
bioética (princípio da Beneficência, princípio da da cidade de Manaus, importante para as políticas
Autonomia e princípio da Justiça)(15). de saúde pública.
De acordo com Donabedian, avaliar a A aplicação desses indicadores, que vem ao
estrutura inclui os processos administrativos e longo dos anos sendo tangidos em diversos
afins que apoiam e orientam a prestação de cenários, é uma importante ferramenta para o
cuidados. Diz respeito às características dos conhecimento dos PCIRAS em todo o território
recursos, tais como os profissionais, sistemas de brasileiro.
assistência, suporte financeiro, área física, Com tais resultados podemos considerar que,
equipamentos e acessibilidade. Temos também a de forma geral, a cultura de busca de
limitação de que a relação entre a estrutura e consolidação dos PCIRAS pelos hospitais, no
processo ou estrutura e resultado, muitas vezes, Brasil, ainda se apresenta de maneira heterogênea,
não é bem estabelecida(9). com problemas de estrutura e processo de
No que concerne à avaliação processual é mais trabalho, independente da região.
que avaliar o resultado do cuidado, deve-se

INTERVENIENT VARIABLES IN THE PERFORMANCE OF HEALTHCARE-ASSOCIATED


INFECTION CONTROL PROGRAMS

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Variáveis intervenientes no desempenho dos programas de controle e prevenção de infecção 9

ABSTRACT
Objective: To assess variables interfering in the performance of Healthcare-Associated Infection Control Programs.
Method: Quantitative study presenting descriptive statistics from hospitals with more than 50 beds. Two instruments
were used in data collection: one to establish a general characterization of hospitals and their respective healthcare-
associated infection control programs and one previously validated instrument presenting four clinical indicators to
assess the healthcare-associated infection control programs. Results: The best scores were obtained by private
healthcare facilities and associated with the existence of some type of certificate/accreditation; having a healthcare-
associated Infection Service staff composed of at least one nurse, one physician and other professionals (e.g., nursing
and/or biochemical technician and/or one administrative technician); having a formal employment contract with a nurse
and physician; nurses and physician working in the healthcare-associated infection service with a minimum number of
work hours exclusively dedicated to the service; nurses’ and physicians’ experience; considering training in the
prevention and control of healthcare associated infection when hiring. Conclusion: Variables interfere in the
performance of healthcare-associated infection control programs.
Keywords: Health evaluation. Indicators of health services. Hospital infection control program. Patient safety. Public health
policy.

VARIABLES INTERVINIENTES EN EL DESEMPEÑO DE LOS PROGRAMAS DE


CONTROL Y PREVENCIÓN DE INFECCIÓN RELACIONADA A LA ASISTENCIA A LA
SALUD
RESUMEN
Objetivo: evaluar las variables que interfieren en el desempeño de Programas de Control y Prevención de Infección
Relacionada a la Asistencia a la Salud. Método: estudio cuantitativo de análisis por estadística descriptiva, en
hospitales, a partir de 50 camas de hospital. Dos instrumentos fueron utilizados en la recolección de datos: el primero,
con caracterización general de los hospitales y de los Programas de Control y Prevención de Infección Relacionada a la
Asistencia a la Salud. El segundo, con los cuatro indicadores clínicos de evaluación de Programas de Control y
Prevención de Infección Relacionada a la Asistencia a la Salud, previamente construidos y validados. Resultados: las
mejores puntuaciones fueron relacionadas a: entidades mantenedoras privadas; existencia de algún tipo de
certificación/acreditación; composición del equipo del Servicio de Control de Infección Hospitalaria formada por
enfermero, médico y otros (técnico de enfermería y/o bioquímico y/o administrativo); vínculo laboral institucionalizado
del enfermero y médico; carga horaria exclusiva de los enfermeros y médicos que actúan en el Servicio de Control de
Infección Hospitalaria; tiempo de experiencia de los enfermeros y médicos; capacitación en control y prevención de
Infección Hospitalaria en la admisión de recursos humanos. Conclusión: fue posible verificar las interferencias de las
variables en el desempeño de los programas de control de infección hospitalaria.
Palabras clave: Evaluación en salud. Indicadores de servicios. Programa de control de infección hospitalaria. Seguridad del
paciente. Políticas públicas de salud.

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15. Romero MP; González RB, Calvo MSR, Fachado AA. Patient

Endereço para correspondência: Hadelândia Milon de Oliveira. Rua Terezina, 495 - Adrianópolis, Manaus - AM, CEP: 69057-
070. Email: hmilon@ufam.edu.br
Data de recebimento: 31/10/2018
Data de aprovação: 19/03/2019

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