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AC D3PM - Resumo Fernanda

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AC D3PM (ATENÇÃO: o resumo tem bastante informação; o bizu é dar muita atenção às

questões de revisão que estão no AVA = coloquei um !!! no que acho mais importante e acho o
caso também dar uma olhada nos casos esquemáticos);

UD III: Penas

 PENA: sanção aplicada pelo Estado, através da ação penal, àquele que praticou um crime
ou contravenção;
 TIPOS DE PENA:
 PENAS PRINCIPAIS (Art. 55 do CPM):

→ PENA DE MORTE (Art. 56 e 57 do CPM e Art. 707 e 708 CPPM): somente para os
crimes cometidos em tempo de guerra (Art. 5º, XLVII da CF/88); ocorre 7 dias após comunicado
do Presidente da República;

→ RECLUSÃO (Art. 58 e 59 do CPM): para crimes que ferem os bens jurídicos mais
relevantes; pode ser cumprida nos três tipos de regime (fechado, semiaberto e aberto); entre 1 e 30
anos;
→ DETENÇÃO (Art. 58 e 59 do CPM): para crimes de menor potencial ofensivo; só pode
ser cumprida nos regimes semiaberto e aberto; de 30 dias a 10 anos

→ PRISÃO (Art. 59 do CPM): recolhimento a recinto específico em estabelecimento


militar (oficial), ou estabelecimento penal militar (praça);

→ IMPEDIMENTO (Art. 63 do CPM): específica para o crime de insubmissão (Art.


183 do CPM), onde o condenado fica adstrito aos limites da OM; semelhante à punição de
impedimento previsto no RDE;

Obs.: as penas de reclusão, detenção, prisão e impedimento constituem penas privativas de


liberdade;
Obs2: as penas de reclusão e detenção menores do que dois anos serão convertidas em
prisão e, quando não couber a suspensão condicional, serão cumpridas em estabelecimento militar,
se oficial; ou em estabelecimento penal militar, se praça (Art. 59 do CPM);

→ SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO DO POSTO/GRADUAÇÃO/CARGO/FUNÇÃO


(Art. 64 do CPM): agregação (oficiais e praças com estabilidade), no licenciamento (oficiais
temporários e praças sem estabilidade), no afastamento ou na disponibilidade (aplicáveis aos civis)
do condenado; sem prejuízo do seu comparecimento regular à sede do serviço; tempo da pena não
conta como tempo de serviço;
Art. 64, parágrafo único do CPM: conversão dessa pena em detenção de 3 (três) meses a um
ano se o condenado já estiver na reserva, reformado ou aposentado (civis);
exemplos de aplicação: Art. 198, 201, 204, 324 do CPM;

→ REFORMA (Art. 65 do CPM): condenado passa à inatividade; não pode receber mais
do que 1/25 do soldo por ano de serviço; diferença para a reforma administrativa = redução do
soldo, fator moral;

 PENAS ACESSÓRIAS (Art. 98 do CPM):


→ PERDA DE POSTO E PATENTE (Art. 99 do CPM e Art. 142, parágrafo 3º, incisos
VI e VII, da CF/88):
→ INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO (Art. 100 do CPM): as condutas ilícitas,
listadas no Art. 100, são tão desprezíveis que o oficial que as comete pode não ser mais digno do
oficialato, não importando o quantum da pena recebida;

→ INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO (Art. 101 do CPM): situação não


aceitável, irreconciliável; crimes dos artigos 141 e 142;

OBS.: a diferença entre incompatibilidade e indignidade é que INCOMPATÍVEL é o


inconciliável com o oficialato e INDIGNO é o baixo, torpe, sórdido, não merecedor da condição de
oficial, porque traz demérito para as Forças Armadas

→ EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS (Art. 102 do CPM): se condenado a pena


privativa de liberdade superior a dois anos, o oficial está sujeito à perda do posto e da patente; já
para os guardas-marinha, aspirantes-a-oficial e praças estáveis (quando atingem dez anos de efetivo
serviço), tal situação é uma consequência automática;

→ PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA, AINDA QUE ELETIVA (Art. 103 do CPM):


aplicada ao civil, ao militar da reserva ou reformado (se estiver no exercício de função pública de
qualquer natureza);
causas:
- condenação a mais de dois anos de pena privativa de liberdade; ou;
- quando condenado a pena privativa de liberdade, qualquer que seja a sua duração,
por crime de abuso de poder ou violação de dever inerente à função pública;

→ INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA (Art. 104 do


CPM): será inabilitado para o exercício de função pública, pelo prazo de 2 até 20 anos, o
condenado à reclusão por mais de 4 (quatro) anos, em virtude de crime praticado com abuso de
poder, ou violação do dever militar, ou inerente à função pública.
o prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa ao término da execução
da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição; ou da data em
que se extingue a referida pena;

→ SUSPENSÃO DO PÁTRIO PODER, TUTELA OU CAUSA (Art. 105 do CPM): o


condenado à pena privativa de liberdade por mais de 2 (dois) anos, seja qual for o crime
praticado, fica suspenso do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, enquanto durar a execução
da pena ou da medida de segurança imposta;

→ SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS (Art. 106 do CPM): durante a execução


da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta, ou enquanto perdura a
inabilitação para função pública, o condenado não pode votar, nem ser votado; caso o crime
cometido seja contra a fé pública, ou contra a administração pública, contra o patrimônio público,
contra o meio ambiente, com abuso de autoridade, por tráfico de entorpecentes, tortura, terrorismo e
outros, ocorre a inelegibilidade por até 8 anos após o cumprimento da pena; se for o caso de perda
de posto e patente, a inelegibilidade se prolata por 8 anos após a condenação;
(RESPOSTA = perda do posto e patente, indignidade para o oficialato, suspensão do poder familiar
e suspensão dos direitos políticos);

 FIXAÇÃO DE PENA: o juiz ao estipular a pena sempre considera as circunstâncias


judiciais e as circunstâncias legais;
 CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS (1ª FASE): aquelas consideradas de acordo com o Art.
69 do CPM;
→ juiz decide com base no seu livre conhecimento e prudente arbítrio;
→ ao fixar a pena privativa de liberdade o juiz analisa (Art 69 do CPM):
gravidade do ato cometido;
a pessoa do infrator;
tipo de dolo;
grau da culpa;
a intensidade do dano;
os meios e o modo empregados;
as motivações do agente;
as circunstâncias de tempo e lugar;
os antecedentes do réu e sua postura após o crime (insensível, indiferente, ou arrependido);

→ (!!!) o juiz deve ter o cuidado de considerar determinados aspectos que serão objeto de
nova abordagem nas fases seguintes, como, por exemplo, ao analisar os antecedentes do réu, não
poderá usar o fato de já ter cometido crime anterior, ainda não decorrido o prazo de
reabilitação (5 anos), visto que a reincidência será considerada, obrigatoriamente, na próxima
fase (Art. 70, I e Art. 71 do CPM);
→ se a norma oferece possibilidade de penas alternativas, é na 1ª fase que o juiz decidirá
por qual delas o agente pagará por seus atos (Ex. Art. 170; 201 e 204 do CPM);
→ juiz deve ficar adstrito aos limites mínimo e máximo previstos em cada tipo penal (Art.
69, §2º);

 CIRCUNSTÂNCIAS LEGAIS (!!):


 2ª FASE = agravantes e atenuantes:
1) AGRAVANTES (Art. 53, parágrafo 2º; 70 e 71 do CPM):
→ as circunstâncias agravantes SEMPRE agravam a pena, desde que NÃO SEJAM
INTEGRANTES OU QUALIFICATIVAS do crime (!!!) = exemplo: Art. 268 do CPM fala do
crime de causar incêndio; a circunstância agravante do art. 70 inciso II alínea “e” fala de crimes
cometidos "com o emprego de veneno, tortura, FOGO, explosivo, ou qualquer outro..." = nesse
caso, eu não poderia usar essa agravante sobre esse crime pois o próprio crime em si já fala de
incêndio = fogo; se eu agravo, o sujeito seria penalizado mais de uma vez em face do mesmo fato,
motivo ou circunstância (!!!);
→ reincidência (Art 70, I e Art 71, §1º, CPM): é considerada sempre que não tenham
decorridos 5 anos do cumprimento ou extinção da pena da condenação anterior;
→ se a circunstância agravante constituir, ao mesmo tempo, uma majorante específica
do tipo penal, tal circunstância somente deverá ser considerado na 3ª fase do processo de fixação
da pena = MAJORANTES E MINORANTES (tomar cuidado para não fazer a pessoa pagar duas
vezes pela mesma coisa); Ex.: Art. 157, §5º e Art. 70, II, alínea “l” do CPM;

2) ATENUANTES (Art. 53, parágrafo 3º e 72 do CPM);


→ SEMPRE atenuam a pena, salvo nos casos em que a mesma circunstância também é
considerada minorante (!!!) = somente deverá ser aplicada na 3ª fase do processo de fixação da
pena (MAJORANTES E MINORANTES); Exemplo: Art. 205, § 1º e Art. 209, § 4º, ambos do
CPM;
→ Art. 72 do CPM = é facultado ao juiz ATENDER OU NÃO à circunstância atenuante
para os crimes apenados com a pena de morte;
→ na 2ª fase: o juiz deve respeitar os limites mínimo e máximo da pena cominada ao
crime; Exemplo: Art. 208 = genocídio = pena: reclusão de 15 a 30 anos = ou seja = ao aplicar
agravantes e atenuantes a pena não pode ser menor que 15 anos nem maior que 30 anos;

 3ª FASE = causas especiais (majorantes e minorantes):


1) CAUSAS ESPECIAIS: genéricas e específicas de aumento e diminuição da pena =
MAJORANTES E MINORANTES (Art. 76 do CPM);

→ QUALIFICADORAS X MAJORANTES / MINORANTES / ATENUANTES /


AGRAVANTES (!!!): as qualificadoras impõem novos limites de pena (dá um novo patamar da
pena) mais gravosos do que aquelas estipuladas para o crime (ex: a pena era de 2 anos e passa para
4 anos); já as majorantes, minorantes, agravantes e atenuantes impõem um aumento ou diminuição
da pena-base expresso em números fracionários (a pena é de 2 anos e vai ser aumentada em um
terço, ou diminuída de um quinto);
→ ATENÇÃO (!!!): Art. 73 do CPM: quando a lei determina a agravação ou atenuação da
pena sem mencionar o quantum, deve o juiz fixá-la ENTRE UM QUINTO E UM TERÇO (se
aplica para os art. 70 e 72;
→ Art 187, 189, 190, §3º, 207, §1º, CPM = são causas especiais de aumento ou diminuição
de pena (Art. 187 diz que se o crime é cometido por oficial, a pena é agravada = não diz o
quanto é agravada = vai para o art 73 !!!);
→ na 3ª fase, o juiz não fica restrito aos limites da pena cominada ao crime COM
EXCEÇÃO do previsto no art. 58 do CPM, que fala das penas mínimas e máximas dos crimes de
reclusão (entre 1 e 30 anos) e detenção (entre 30 dias e 10 anos);
→ (!!!) se ocorrer mais de uma agravante ou mais de uma atenuante (ou mais de uma
majorante ou atenuante), o juiz poderá limitar-se a uma só agravação ou atenuação (Art. 74 do
CPM);
→ (!!!) se ocorrer concurso de agravantes e atenuantes, a pena tenderá para as
circunstâncias dominantes; levando-se em consideração, principalmente, aquelas de caráter
subjetivo, visto serem as que melhor expressam o caráter e a personalidade do agente (Art. 75 do
CPM);
 CONCURSO DE CRIMES (Art. 79 do CPM):
→ Concurso Material: o agente com mais de uma ação comete dois ou mais crimes;
→ Concurso Formal: o agente com uma só ação comete dois ou mais crimes;
→ se as penas previstas para cada crime são da mesma natureza:
Pena Final = soma de todas (!!!);
→ se as penas previstas para cada crime são de natureza diversa:
Pena final = pena mais grave + 1/2 da(s) pena(s) mais brandas (!!!);
 SURSIS (Suspensão Condicional da Pena) (!!!):
→ ocorre quando o condenado não cumpre a pena que lhe foi imposta, desde que preencha
determinados requisitos legais;
→ a pena fica suspensa por um período que varia de dois a seis anos, e que se chama
Período de Prova; durante esse período o réu não poderá transgredir as condições impostas;
→ passado o período de prova sem transgressões das condições impostas, ocorrerá a
extinção da pena.
→ requisitos para a concessão do “sursis” (Art. 84, do CPM):
a pena não pode ser superior a dois anos;
a pena deve ser privativa de liberdade;
o réu não pode ser reincidente em crime doloso ou culposo;
a presunção formada pelo juiz de que o réu não voltará a delinquir;
→ CRIMES QUE IMPEDEM O SURSIS: Art. 88/CPM e 617/CPPM;
→ cumprido o prazo (período de prova) sem revogação = extinção da pena;
→ revogação do sursis – cumprirá pena integralmente;
→ audiência admonitória – Art. 610/CPPM;
→ extinção da Pena – Art. 87/CPM e 615/CPPM;
 LIVRAMENTO CONDICIONAL:
→ quando o condenado é posto em liberdade após cumprir uma parte da pena, desde que
preencha determinados requisitos;
→ o período de prova, nesse caso, é o tempo restante da pena (!!!);
→ requisitos para concessão (Art. 89 do CPM):
1. pena de reclusão ou detenção igual ou superior a dois anos;
2. pena cumprida: se primário – 1/2; reincidente 2/3; se menor de 21 ou maior de 70
anos, tempo da pena cumprido pode ser reduzido de 1/3;
3. reparado o dano causado pelo crime, desde que possível;
4. boa conduta no cumprimento da pena, adaptação ao trabalho e outras causas
fazem supor que não voltará a delinquir;
→ CASOS ESPECIAIS: Art. 97/CPM e 642/CPPM;
→ cumprido o prazo sem revogação: extinção da pena;
→ revogação: Art. 631 a 634/CPPM;
→ extinção da Pena: Art. 95/CPM e 638/CPPM;

(TABELA !!!)
 EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE:
→ a punibilidade se extingue pelos motivos listados no Art. 123 do CPM;
→ PRESCRIÇÃO: perda do poder de punir do Estado, causada pelo decurso do tempo previsto
em lei (a partir de certo tempo depois de consumado o crime, o Estado perde o poder de punir o
agente):
a) da pretensão punitiva: referência é a pena máxima prevista para o crime cometido (Art.
125/CPM), é contada a partir da consumação do crime;
b) da pretensão executória: referência é o tempo da pena fixado na sentença (Art. 126/CPM).
c) prescrição nas penas de reforma, suspensão do exercício funcional e hierárquico é de
4 anos (Art. 127 do CPM);
d) é ≠ para menores de 21 e maiores de 70 anos (Art. 129);
e) é ≠ para a insubmissão e a deserção (Art. 131 e 132);
f) as penas acessórias são imprescritíveis (Art. 130);

Exercício: pra eu saber o tempo de prescrição, vou consultar sempre o Art. 125 do CPM (!!!):
UD IV: Tipos Penais Militares

 TIPO PENAL:
→ conjunto dos elementos descritivos do crime, contidos na lei penal;
→ a conduta tipo ou típica sempre se caracteriza por um VERBO, que denominamos de NÚCLEO
DO TIPO = a conduta humana será típica se estiver perfeitamente adequada ao verbo que descreve
o crime;
→ o RESULTADO é a consumação do fato típico descrito na norma penal;
→ a CAUSALIDADE ocorre quando determinado resultado injusto é consequência direta da
conduta humana;
→ TIPICIDADE é o ajuste de uma dada conduta humana a um modelo típico, contido na lei penal;

 CRIMES CONTRA A SEGURANÇA EXTERNA DO PAÍS (Art. 136 ao 148 do CPM):


→ aqueles atentatórios à segurança externa, à independência e à soberania do país;
→ obs.: o simples ato de tentar cometer alguns crimes determinados já configura sua consumação
(Art 140 e 142, CPM);

 CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR (Art. 149 ao 182


do CPM):
→ MOTIM E REVOLTA (Art. 149 do CPM);
→VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR OU MILITAR DE SERVIÇO (Art. 157 e 158 do
CPM): protegem a disciplina, a hierarquia e a autoridade da administração militar; Atenção: Art.
157 parágrafos 1º e 4º (qualificadoras) e parágrafos 2º e 5º (majorantes); Art. 159 = cláusula
minorante específica para os crimes descritos nos Art. 157 e 158, todos do CPM, quando cometidos
em situação de preterdolo (resultado é mais grave do que o que o agente pretendia);

→ DESRESPEITO À SUPERIOR (Art. 160 do CPM): NÃO confundir com DESACATO (Art.
298 ao 300 do CPM) = resposta desatenciosa ao superior (desrespeito a superior fere a autoridade
militar na figura do superior; é mais leve; o desacato atinge a instituição militar, atingindo a
hierarquia e a disciplina; é mais grave);
→ RECUSA DE OBEDIÊNCIA (INSUBORDINAÇÃO) (Art. 163 do CPM): não confundir
com Descumprimento de missão (Art. 196 do CPM) ou com o de Desobediência (Art. 301 do
CPM), ambos do CPM; (a recusa de obediência é caracterizada pela ação positiva do infrator, que
se nega a cumprir uma ordem; o descumprimento de missão é simplesmente um não fazer, ou seja,
não há a recusa da ordem, e está previsto no capítulo referente a crimes em serviço; a desobediência
é um não cumprimento de ordem legal mais ligada a atos administrativos);

→ RIGOR EXCESSIVO (Art. 174 do CPM): punir além do RDE; abuso de poder; não
confundir com o crime de maus tratos (Art. 213 do CPM);
→ VIOLÊNCIA CONTRA INFERIOR (Art. 175 do CPM): violência física (vis corporalis); se
ocorrer lesão corporal ou morte, aplicam-se, cumulativamente as penas de lesão ou de morte,
com as cautelas previstas no Art. 159, se ficar evidenciado que o superior não agiu com dolo no
resultado final;
→ OFENSA AVILTANTE CONTRA INFERIOR (Art. 176): é a violência com humilhação; é a
conduta violenta que, por sua natureza, avilta a integridade moral da vítima, inferior hierárquico,
ofendendo sua honra subjetiva; Exemplo: marcação com ferro quente, varadas, cusparadas no rosto;
cuidar para não confundir com a Injúria real que é da mesma natureza mas que não envolve situação
de subordinação hierárquica entre autor da conduta e vítima. (Art. 217 do CPM);

 CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR:


→ INSUBMISSÃO (Art 183 ao 186, CPM): pode ocorrer de duas formas: após tomar
conhecimento da designação não se apresenta até a data da incorporação ou apresenta–se, e antes de
ter sido oficialmente incorporado, se ausenta do quartel; a pena deste crime é única e exclusiva =
nenhum outro crime descrito no CPM tem a previsão da pena de impedimento;
→ DESERÇÃO (Art. 187 e 188 do CPM): crime propriamente militar; se consuma quando o
militar se ausentar, sem licença, por mais de 8 (oito) dias, da Unidade onde serve ou do lugar em
que deveria permanecer;
1- o prazo de 8 (oito) dias de ausência antes da consumação do crime é denominado “prazo
de graça” (!!!);
2- conta-se o início do “prazo de graça” a partir da zero hora do dia seguinte em que se
verificar a ausência, de acordo com o Art. 451, §1º, do CPPM; (!!vai cair = olhar a imagem!!)
3- depois de transcorridas 24 (vinte e quatro) horas de ausência do quartel, o Cmt SU
providencia a Parte de Ausência (!!!), informando que determinado militar se encontra ausente do
aquartelamento, sem motivo justo, e a mais de 24 horas
4- a Parte de Ausência será transcrita em BI, onde o Cmt OM determinará que seja feito o
Inventário dos bens deixados pelo ausente;
5- ultrapassados os 8 (oito) dias do Prazo de Graça, e no 1º dia útil que se segue, o Cmt SU
comunicará a deserção ao Cmt OM por meio de um documento, denominado Parte de Deserção;

(Tabela !!!)

- Atenuante especial (minorante): apresentação voluntária: (Art. 189, I do CPM):


8 dias após a consumação = pena diminuída de ½;
+ de 8 dias até 60 dias = pena diminuída de 1/3;
- Agravante especial (majorante): unidade em fronteira ou país estrangeiro = pena agravada
de 1/3 (Art. 189, II do CPM);
- Deserção especial ou instantânea (Art. 190, CPM);
- Concerto para a deserção (Art. 191, CPM);
- Deserção em tempo de guerra (Art. 391 e 392, CPM): o prazo é contado pela metade;
dois tipos: em tempo de guerra (Art. 391), ou em presença do inimigo (Art. 392); ver
Art. 393/CPM;
→ ABANDONO DE POSTO (Art. 195 e 390 do CPM): abandono do posto ou lugar de serviço
(sentinelas, guardas ou plantões saem do posto) ou abandono do serviço (motorista de dia que se
ausenta do quartel antes de terminado o serviço);
→ DESCUMPRIMENTO DE MISSÃO (Art. 196 CPM): militar deixa de cumprir dolosamente
uma missão que lhe fora confiada;
OBS.: não confundir com recusa de obediência (insubordinação): nessa, o militar se
nega taxativamente a cumprir uma ordem dada; já no crime de descumprimento de missão (Art.
196), o militar não se nega diretamente ao superior em cumprir dada missão; no entanto, assim
mesmo, esgotado o tempo para a execução da missão confiada, não a cumpre, faltando com o seu
dever e com a disciplina (Exemplo: um tenente, Adj S3, recebe a missão do S3 de realizar um
reconhecimento de local para acampamento da Unidade; caso se negue a realizar o reconhecimento
comete o crime de recusa de obediência (Art. 163); se não se negar, mas, também, não realizar o
reconhecimento, sem motivo justificado, tem-se o descumprimento de missão (Art. 196). Se, ao
contrário, realizar o reconhecimento, mas de forma parcial ou incorreta, aí se apresenta a
transgressão disciplinar prevista no RDE);

→ EMBRIAGUEZ EM SERVIÇO (Art. 202 do CPM);


→ DORMIR EM SERVIÇO (Art. 203 do CPM);
→ EXERCÍCIO DE COMÉRCIO (Art. 204 do CPM): compra e venda de mercadorias com a
finalidade de se obter lucro; e ofende o princípio do dever da dedicação exclusiva ao serviço; sujeito
ativo = o oficial da ativa; se o agente for praça: caracteriza transgressão disciplinar do RDE;

 CRIMES CONTRA A PESSOA (Art. 205 a 213 do CPM):


→ HOMICÍDIO (Art. 205 a 207, CPM):

→ LESÕES CORPORAIS (Art. 209 e 210, CPM): ofender a integridade corporal ou a saúde de
outro;

→ ABANDONO DE PESSOA (Art. 212 do CPM): exige a condição de militar para o agente
ativo, para que fique caracterizado crime militar;
→ PROVOCAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO (Art. 207 do CPM);
→ PARTICIPAÇÃO EM RIXA (Art. 211 do CPM);
→ MAUS TRATOS (Art. 213 do CPM): crime impropriamente militar porque pode ser praticado
por qualquer pessoa;

→ CRIMES CONTRA A HONRA (Art. 214 a 217 do CPM):


- existem 2 tipos de honra:
1. subjetiva = é própria; é a dignidade; aquilo que cada um sente a respeito de seus
próprios atributos; afetada pela INJÚRIA;
2. objetiva= é alheia; é a reputação; aquilo que os outros pensam do indivíduo em
relação aos seus atributos; afetada pela CALÚNIA E DIFAMAÇÃO (pode acontecer de ter um
crime que fira as duas juntas);

- CALÚNIA (Art. 214 do CPM): quando um indivíduo imputa falsamente a outrem um


fato previsto como crime, tenha este fato acontecido ou não (só quando eu imputo a alguém um fato
considerado criminoso = não pode ser uma transgressão, por exemplo);
- DIFAMAÇÃO (Art. 215 do CPM): imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação, não
importando se o fato é falso ou verdadeiro; aqui, estou falando sobre um comportamento, de uma
característica de uma pessoa, que a deixa diminuída frente aos outros; exemplo: “tenente fulana é
uma piranha porque deita com todo mundo” = caracteriza difamação, não tenho nada a ver com
isso; ATENÇÃO: quando se tratar de aspectos militares, funcionais, por exemplo: se eu falo que o
rancho está ruim porque o fiscal administrativo desse rancho está trabalhando mal e chegando
atrasado e eu provo isso, NÃO CARACTERIZA DIFAMAÇÃO;

- INJÚRIA PROPRIAMENTE DITA (Art. 216 do CPM): quando o indivíduo ofende a


dignidade ou o decoro de alguém = aspectos que afetem sua honra subjetiva; a pessoa que sofre
TEM QUE ESTAR PRESENTE; exemplo: fere-se a dignidade quando se chama alguém de
ladrão, farsante, salafrário, vagabundo, chifrudo, corno, caloteiro, grosseiro, mau-caráter, sapatão,
bicha, veado, prostituta, homossexual; exemplo 2: atinge-se o decoro quando se diz que alguém é
estúpido, ignorante, burro, “rolha de poço”;

- INJÚRIA REAL (Art. 217 do CPM): ofender a honra da pessoa com violência (cintadas,
marcação com ferro quente, marcação do corpo com objetos cortantes) ou ações aviltantes ( tapa no
rosto, corte de cabelo, pintar o “pichador” com o seu próprio spray, atirar objetos no rosto de
outrem); ATENÇÃO: se a injúria real for entre superior para com seu inferior, ela vira OFENSA
AVILTANTE A INFERIOR = Art. 176 do CPM;

EXEMPLO GERAL (!!!): se eu chego diretamente para uma pessoa, só eu e ela, e chamo ela de
gorda = injúria; se eu fofoco isso para outras pessoas e o indivíduo de quem estou falando não toma
conhecimento disso = difamação; nesse mesmo caso, se o indivíduo de quem estou falando toma
conhecimento = difamação E injúria;

→ CRIMES CONTRA A LIBERDADE (Art 222 a 231 do CPM):


1) CONSTRANGIMENTO LEGAL (Art. 222 do CPM): obrigar alguém mediante
violência, grave ameaça ou qualquer outro meio a não fazer o que a lei permite, ou a fazer ou tolerar
que se faça, o que ela não manda; ver Art. 5º, inciso II, da CF; ver as qualificadoras (Art. 222, §§1º
e 2º, do CPM);

→ CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO:


1) VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO (Art. 226 do CPM):
Art. 5º, inciso XI, da CF/88 – “casa é asilo inviolável do indivíduo...”
Exceção / excludentes do crime: Art. 226, § 3º, do CPM;
Termo “casa”: Art. 226, § 4º e 5º do CPM;
Forma qualificada: Art. 226, § 1º do CPM;
Forma majorada: Art. 226, § 2º do CPM;
Excludente do crime: Art. 226, §3º do CPM;

→ CRIMES SEXUAIS (Art. 232 a 237 CPM):


1) ESTUPRO (Art. 232 do CPM):
só tem um agente = o homem;
tem que ter conjunção carnal;
tem que ter violência ou grave ameça;
estupro pode ser praticado inclusive contra esposa, prostituta;

2) ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR (Art. 233 do CPM): agente pode ser homem
ou mulher; ato libidinoso DIVERSO da conjunção carnal; tem que ter violência ou grave
ameaça;

3) CORRUPÇÃO DE MENORES (Art. 234 do CPM): praticar ato libidinoso ou induzir a


praticá-lo ou presenciá-lo; não tem violência ou grave ameaça, tem sedução; condição da vítima:
maior de 14 anos menor de 18;
4) ATO DE LIBIDINAGEM (Art. 235 do CPM): prática de ato libidinoso em lugar sujeito
à administração militar; ver Art. 100;

 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO:


1) FURTO (Art. 240 e 241 do CPM): subtração, para si ou para outrem, de coisa alheia
móvel, com o ânimo de apoderamento definitivo;
→ Simples – Art. 240, caput, do CPM;
→ Atenuado (minorado) – Art. 240, § 1º e 2º, do CPM;
→ Equiparado – Art. 240, § 3º, do CPM;
→ Qualificado – Art. 240, § 4º, 5º e 6º, do CPM;
2) FURTO DE USO (Art. 241 do CPM): subtrair coisa alheia móvel apenas para uso
temporário;
3) ROUBO (Art. 242 do CPM): subtração de coisa alheia móvel, para si ou para outrem,
com o ânimo de apoderamento definitivo, mediante violência, grave ameaça ou qualquer outro meio
que reduza a possibilidade de resistência da vítima;
→ Simples ou próprio – Art. 242, caput, do CPM;
→ Impróprio – Art. 242, § 1º, do CPM;
→ Majorado – Art. 242, § 2º, do CPM;
→ Latrocínio (qualificadora) – Art. 242, § 3º, do CPM;
4) APROPRIAÇÃO INDÉBITA (Art. 248 e 249 do CPM): passar a comportar-se como
se fosse o dono da coisa alheia de que tenha a posse ou detenção e que lhe houvera sido confiada
temporariamente, bem como negar-se a devolvê-la ou dispô-la;
→ Simples – Art. 248, caput, do CPM;
→ Majorada – Art. 248, parágrafo único, do CPM;
→ Acidental – Art. 249, caput, do CPM;
→ Achada – Art. 249, parágrafo único, do CPM;
5) ESTELIONATO (Art. 251 do CPM): obtenção de vantagem ilícita, para o agente ou
para outrem, em prejuízo de terceiro, que é mantido em erro por meio de ardil ou fraude;

 CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA (Art. 268 a 297 do CPM):


1) TRÁFICO, POSSE OU USO DE ENTORPECENTES (Art. 290, CPM): verbos =
receber, preparar, produzir, vender, fornecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar,
ministrar, entregar;
→ Simples – Art. 290, caput, CPM;
→ Assimilados – Art. 290, § 1º, CPM;
→ Qualificado – Art. 290, § 2º, CPM;

 CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR (Art. 298 a 339 do CPM):


1) PECULATO E PECULATO FURTO (Art. 303 e seu §2º do CPM); ver as diferenças
para furto e apropriação indébita;
2) CONCUSSÃO (Art. 305 do CPM): diferenciar de corrupção;
3) CORRUPÇÃO PASSIVA E ATIVA (Art. 308 e 309 do CPM);
4) PREVARICAÇÃO (Art. 319 do CPM);
5) CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA (Art. 322 do CPM);
UD V: Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar

 Competência da Polícia Judiciária Militar: Art. 8º do CPPM;


 INQUÉRITO POLICIAL MILITAR (IPM):
→ instrução provisória, preparatória e informativa que tem por objetivo apurar sumariamente a
prática de fato que configure crime militar e de sua autoria, a fim de reunir os elementos
necessários à propositura da ação penal (Art. 9º do CPPM);
→ CARACTERÍSTICAS: inquisitivo, escrito, sigiloso, obrigatório e informal;
1) ESCRITO: Art. 21; 22 e 301 do CPPM;
2) SIGILOSO: Art. 16 do CPPM, Art. 5º, LXIII da CF/88;
3) OBRIGATÓRIO: Art. 10, caput ,“a” e “f”/CPPM;
4) INQUISITIVO;
5) INFORMAL;

 Art. 7º do CPPM: enumera as autoridades que são competentes para instaurar o IPM;
→ essas autoridades (Art. 7º, §1º e Art. 15 do CPPM) podem delegar (e normalmente delegam)
as atribuições policiais que lhes competem para um oficial, sempre que possível, de posto não
inferior ao de capitão, atendida a hierarquia, quando o indiciado for oficial (!!!);

 VALOR PROBATÓRIO:
→ IPM tem pouco valor probatório, visto que as provas, em regra, devem ser produzidas em juízo
perante a autoridade judiciária;
→ porém, existem provas periciais produzidas durante o IPM, que contêm uma dose muito grande
de veracidade e, assim, possuem o mesmo valor das provas produzidas ou colhidas durante a
ação penal;
→ assim = é de fundamental importância o trabalho do encarregado do inquérito policial militar
porque o juiz pode se basear nas suas informações para a formação de seu convencimento;

 VÍCIOS:
→ os vícios ocorridos no IPM não acarretam sua nulidade;
→ só caracterizam mera irregularidade e a diminuição de seu valor probatório = diminui a sua
credibilidade;

 NOTITIA CRIMINIS:
→ conhecimento espontâneo ou provocado (quando), pela autoridade policial de um fato
aparentemente criminoso;
→ forma espontânea: Art. 10, alínea “a” do CPPM = toma conhecimento do fato delituoso
diretamente ou por comunicação formal como, por exemplo, no momento em que encontra o corpo
de delito, quando é comunicado pelo pessoal de serviço, etc;
→ forma provocada = a comunicação é feita à autoridade militar nos termos do Art. 10, alíneas
“b” a “f” do CPPM;

 PROCEDIMENTOS:
 1) INSTAURAÇÃO E ATOS INICIAIS:
a) Instauração:
→ O IPM sempre se inicia por meio de uma portaria de instauração, realizada pelo
encarregado do inquérito (Art. 10, “b” do CPPM);
b) Escrivão (!!!):
→ após, ocorre a nomeação e o compromisso do escrivão: a função deve recair em um 1º ou
2º tenente, se o indiciado for oficial; nos demais casos o escrivão será um sargento ou
subtenente, nos termos do Art. 11 do CPPM; o primeiro ato do escrivão será prestar o
compromisso legal, conforme o que dispõe o parágrafo único do Art. 11 do CPPM;
c) Providências preliminares (Art. 12 do CPPM + Título XV, Cap V do CPM Art. 328; 339 e
345 do CPPM):
→ assim que tomar conhecimento do fato, a autoridade militar ou o encarregado do
inquérito, se este já tiver sido designado, deve tomar as providências preliminares ao inquérito,
previstas no Art. 12 do CPPM, visando a impedir a mudança do estado das coisas no local do
crime, através da coleta de todos os vestígios e da realização da perícia;
→ PROVIDÊNCIAS INICIAIS = importante = Art. 12 do CPM;

 2) INSTRUÇÃO (Art. 13 do CPPM) = importante!!!(atentar para a ordem das oitivas):


a) tomar as providências iniciais, caso ainda não o tenha feito;
b) ouvir o ofendido: Art. 311 e 313 do CPPM;
c) ouvir o indiciado: Art. 302 a 306, do CPPM;
d) ouvir as testemunhas: Art. 347 a 364 do CPPM; as testemunhas podem ser reinquiridas
quantas vezes for necessário;
→ durante o dia: das 07:00h às 18:00h (Art. 19 do CPPM);
→ máximo de 4 horas consecutivas (!!!): intervalo ½ h (Art. 19, § 2º do CPPM);
e) proceder a reconhecimento de pessoas e coisas, e acareações;
f) determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outros
exames e perícias (caso o crime deixe vestígios – crime material –, como furto, roubo, homicídio,
lesão corporal e dano);
g) determinar a avaliação e identificação da coisa subtraída, desviada, destruída ou
danificada, ou da qual houve indébita apropriação;
h) proceder a buscas e apreensões, nos termos dos arts. 172 a 184 e 185 a 189;
→ ATENÇÃO: lembrar do Art. 5º, inciso XI da CF/88 que fala que a busca
domiciliar só poderá ser realizada durante o dia e em cumprimento de Mandado de Busca e
Apreensão, expedido pela autoridade judicial competente, isto é, somente com ordem judicial =
assim, atenção à parte final do Art. 176 e do Art. 177, do CPPM, onde está previsto que a busca
domiciliar poderá ser “determinada pela autoridade policial militar” = é incompatível com o
estabelecido na Lei Maior = vai contra a CF/88;
→ Obs.: porém, caso haja a busca, todo o material encontrado deverá ser juntado aos
autos do IPM por meio de um Termo (ou Auto) de Apreensão;
i) tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de testemunhas, peritos ou do
ofendido, quando coactos ou ameaçados de coação que lhes tolha a liberdade de depor, ou a
independência para a realização de perícias ou exames;
 3) INDICIAMENTO:
→ Art. 382 do CPM: definição de indício;
→ Art. 383 do CPM: o que é preciso para que o indício constitua prova;
→ indiciado o provável autor do crime, deverá o encarregado do inquérito tomar as seguintes
providências:
a) INTERROGAR O INDICIADO:
→ Art. 5º, inciso LXIII da CF/88: indiciado não é obrigado a responder às
perguntas pois a Carta Magna garante-lhe o direito de permanecer calado (Art. 305 do CPPM);
→ não presta o compromisso de dizer a verdade;
→ direito de constituir advogado;
→ encarregado do inquérito: atentar para os Art. 302 ao 306 do CPPM;
→ atenção (!!!): Art. 245, § 3º, do CPPM = é importante que o interrogatório seja
assistido por duas testemunhas denominadas de “instrumentárias”, que não têm nenhum
conhecimento dos fatos, mas atestarão se o indiciado realmente disse o que ali foi registrado e
assinarão o interrogatório;
→ importância dessas testemunhas: se o indiciado não souber ler e escrever ou
não puder ou não quiser assinar o respectivo termo, bem como para evitar alegações de ter o
encarregado coagido o indiciado durante o interrogatório;

b) ORDENAR A IDENTIFICAÇÃO DO INDICIADO PELO PROCESSO


DATILOSCÓPICO:
→ finalidade: estabelecer a identidade, os dados de qualificação, as características
físicas, impressões digitais e outros dados do indiciado;
→ Obs.: Art 5º, inciso LVIII da CF/88: o civilmente identificado não será
submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

 4) PROCEDIMENTO EM CASO DE ENVOLVIMENTO DE MENORES:


→ são INIMPUTÁVEIS = os menores de 18 anos (Art. 228 da CF/88):
→ MAIORES DE 18 E MENORES DE 21 ANOS: o Art. 306, §1º do CPPM informa
que o encarregado do inquérito deveria nomear curador ao indiciado, para acompanhar todos os atos
do interrogatório; PORÉM, essa lei é antiga, perdeu a eficácia e, atualmente, o maior de 18
anos passou a ser plenamente capaz para todos os atos da vida civil, inclusive a penal = se o
indiciado, preso, réu tiver mais de 18, ele responde sozinho, sem curador, e se quiser, com um
advogado (direito);

 5) INCOMUNICABILIDADE (Art. 17 do CPPM):


→ o Art. 17 do CPPM é INCONSTITUCIONAL = não foi recepcionada pelo Art. 5º,
inciso LXIII, da CF/88;
→ “Art. 5º, LXIII: o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado” = sendo direito do preso ou do
indiciado a assistência de sua família e de advogado, não há mais a possibilidade de se deixar
qualquer pessoa incomunicável, visto que tanto a família como o advogado têm o direito de se
comunicarem com o ele;
→ além disso, a CF vai além e proíbe a incomunicabilidade do preso nas situações
excepcionais = Art. 136, §3º, inciso IV;

 6) PRISÃO PREVENTIVA NO CURSO DO INQUÉRITO (Art. 254 do CPPM):


→ encarregado do IPM poderá solicitar prisão preventiva do indiciado no curso do
inquérito, desde que presentes os seguintes requisitos:
a) prova do fato delituoso;
b) indícios suficientes de autoria;
→ deverá estar demonstrado também um dos requisitos do Art. 255 do CPPM;

 7) DETENÇÃO NOS CRIMES PROPRIAMENTE MILITARES:


→ Art. 18 do CPPM = prisão do indiciado sem ordem judicial = ATENÇÃO, é
INCONSTITUCIONAL!!!
→ prisão somente em duas situações:
Flagrante delito (nos casos de APFD);
Ordem judicial, nos termos dos art. 254 e 255 do CPPM;

 8) PRAZOS (!!!) (Art. 20 do CPPM):


→ na contagem de prazo, não se conta o primeiro dia, mas se conta o último (Art. 16 do
CPM);
→ estando o indiciado preso, se considera como primeiro dia aquele em que o indivíduo
foi recolhido à prisão (Art. 20 do CPM);
→ contam-se os dias corridos, não se interrompendo nos fins de semana, feriados legais, ou
dias sem expediente; a contagem se inicia no dia seguinte à data da portaria de instauração do
encarregado do IPM e se o seu final coincidir com dia sem expediente, nesta data os trabalhos serão
encerrados, e os autos do IPM entregues no início do primeiro dia útil seguinte;
→ no caso de preso em flagrante, se o APFD for transformado em IPM, o prazo de 20 dias
é contado a partir do dia em que o indiciado foi recolhido à prisão (Art. 20/CPPM);
 9) ENCERRAMENTO (Art. 22 do CPPM):
→ o IPM deverá ser encerrado com um minucioso relatório; nesse relatório deverão
constar:
a) objetivo do IPM;
b) diligências realizadas e indicação das pessoas ouvidas;
c) resultados obtidos, com indicação do dia, hora e lugar onde ocorreu o fato
delituoso e sua autoria;
d) concluindo, informará se houve infração disciplinar a punir e/ou indício de crime,
não sendo necessário, mas não proibido, indicar o(s) tipo(s) penal(is) violados;
e) poderá, ainda, pronunciar-se, justificadamente, sobre a necessidade da decretação
da prisão preventiva do indiciado, desde que presentes os pressupostos dos Art. 254 e 255 do
CPPM;

→ remessa à autoridade delegante (se for o caso);


→ solução da autoridade delegante (Art. 22, § 1º do CPPM);
→ publicação em BI e remessa à autoridade judiciária militar competente (Art. 23 do
CPPM);

 10) ARQUIVAMENTO:
→ instaurado o IPM, não poderá a autoridade militar arquivá-lo, mesmo que se chegue à
conclusão de que não ocorreu crime militar (Art. 24 do CPPM);

 11) INSTAURAÇÃO DE NOVO INQUÉRITO (Art. 25 do CPPM):


→ ocorrerá em caso de não haver coisa julgada, não haver extinção da punibilidade e haver
o surgimento de novas provas;

 12) DEVOLUÇÃO DOS AUTOS (Art. 26 do CPPM):


→ o IPM solucionado pela autoridade militar só poderá ser restituído:
a) para cumprimento de novas diligências solicitadas pelo MPM, imprescindíveis ao
oferecimento da denúncia;
b) para cumprimento de formalidades legais ou complemento de provas julgadas
necessárias, determinadas pelo juiz-auditor antes do oferecimento da denúncia;
→ prazo de até 20 dias dado pelo juiz-auditor;
 APFD (AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO):
→ O QUE É O APFD? o crime é naturalmente apurado por meio de um IPM, mas, por
vezes, o infrator é surpreendido no local do crime, cometendo-o ou tendo acabado de cometê-lo;
ou é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça acreditar ser ele o seu autor; ou
ainda, após o crime, por meio de diligências nas imediações, o autor é encontrado em determinadas
condições que indicam ser ele o cometedor da infração ou que esteja ligado de alguma forma ao
ilícito cometido = nestes casos, sendo detido e conduzido à presença da autoridade de polícia
judiciária, será declarado como preso em flagrante, caso a autoridade se convença da autoria ou
co-participação= desta situação, a autoridade produzirá um auto, com tudo o que for apurado
sendo lançado de forma circunstanciada; o auto de prisão em flagrante delito feito de acordo com
as formalidades e contendo as informações adequadas sobre a autoria e materialidade (sfc) do fato
delituoso constituirá peça suficiente para o oferecimento da denúncia por parte do MPM) = ver Art.
27 do CPPM;

 MODALIDADES DE FLAGRANTE (Art. 244 do CPPM) (!!!):


1) FLAGRANTE PRÓPRIO, REAL OU PROPRIAMENTE DITO (certeza visual)
→ ocorre essa modalidade de flagrante quando:
a) “está cometendo o crime” – neste caso, o autor do crime é encontrado e surpreendido,
no momento em que está realizando os atos executórios (Art. 244, “a”, do CPPM);
Exemplo: Manoel é surpreendido desferindo facadas no peito de Abel;
b) “acaba de cometê-lo” – neste caso, o autor exauriu todos os atos executórios e é
encontrado ainda no local do crime em situação que indique insofismavelmente que foi o autor do
fato (Art. 244, “b” do CPPM);
Exemplo: Abediel, após desferir vários golpes de faca no peito de Malaquias, é encontrado
com a faca na mão e com a roupa suja de sangue, no local do crime ou em suas imediações;

2) FLAGRANTE IMPRÓPRIO OU QUASE FLAGRANTE (certeza / acreditar):


→ quando o agente “é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça
acreditar ser ele o seu autor” (Art. 244, “c” do CPPM);
→ eu não testemunho a execução propriamente dita do crime, mas eu chego na cena
do crime e o autor começa a fugir, as vezes com a camisa suja de sangue, com a arma do crime =
nos faz acreditar que de fato aquele autor que cometeu esse crime;

3) FLAGRANTE PRESUMIDO OU FICTO (é encontrado logo depois; presunção):


→ quando o agente “é encontrado, logo depois (ver prazo), com instrumentos,
objetos, material ou papéis que façam presumir a sua participação no fato delituoso” (Art. 244, “d”
do CPPM);
→ não há necessidade de perseguição; basta que o agente seja “encontrado”, mesmo
que tal encontro seja por acaso ou resultado de investigações;
→ prazo = até o dia seguinte = no máximo após o repouso noturno;

4) FLAGRANTE EM CRIME PERMANENTE (Art. 44, parágrafo único):


→ crimes permanentes = continuam acontecendo;
→ exemplo: sequestro, cárcere privado = mesmo que o crime tenha começado a ser
cometido muito antes, é considerado que está sendo cometido durante todo o período = em qualquer
momento do sequestro, se alguém chegar e flagrar, poderá prender e será considerado flagrante em
crime permanente;

5) FLAGRANTE PREPARADO (crime impossível):


→ polícia ou agente provocador induz completamente um terceiro a praticar uma
ação delituosa = emboscada;
→ como é algo preparado, é considerado crime impossível = não há crime = não
posso prender = o que se tem é uma mera encenação, onde o suposto criminoso participa de uma
farsa sem o saber = em nenhum momento um bem jurídico esteve ameaçado, visto que inúmeras
pessoas ou dispositivos eletrônicos mantinham o autor sob estrita vigilância;
→ PORÉM, se ainda sim o crime chegar a se consumar, há a possibilidade de
responsabilização criminal do agente provocador (exemplo: estou esperando que ocorra uma
compra / venda / entrega de drogas na OM = preparo uma cena pra isso = o crime pode ser
consumado pois, pelo simples fato de o militar estar portando drogas no quartel, já temos o crime);

6) FLAGRANTE ESPERADO (atividade de alerta):


→ diferença para o flagrante preparado = aqui, eu não modifico nada da cena do
crime, não enceno nada, não armo uma emboscada = simplesmente fico de tocaia / em alerta e
espero o individuo cometer o crime;

 SUJEITOS DO FLAGRANTE (Art. 243 do CPPM):


1) SUJEITO ATIVO
a) qualquer pessoa: flagrante facultativo;
b) militares: flagrante obrigatório;
→ O QUE SIGNIFICA? (!!!) um civil que está passando por um calçadão e vê dois
militares em luta corporal (crime militar) poderá, porém NÃO É OBRIGADO a prendê-los;
→ no caso de um militar nessa mesma situação = TEM A OBRIGAÇÃO de prender = ao
ver militares cometendo crimes militares, é dever legal prendê-los, não só opção; caso o militar não
o faça, estará cometendo o crime de inobservância de lei;

2) SUJEITO PASSIVO
→ em regra, qualquer pessoa poderá ser presa e autuada em flagrante delito;
→ exceções: Menor inimputável (Art. 228/CF) = menores de 18 anos;
Diplomatas estrangeiros (Convenção de Viena);
Presidente da República (Art. 86, §3º/CF);
Causador de acidente de trânsito, quando socorre a vítima (Art. 301);

→ outras exceções (somente são presos nos CRIMES INAFIANÇÁVEIS =


lembrar que todos os crimes militares são inafiançáveis):
Membros do Congresso Nacional;
Deputados estaduais;
Magistrados;
Membros do Ministério Público;
 COMPETÊNCIA (Art. 245 do CPPM):
→ o preso em flagrante deverá ser apresentado a uma das seguintes autoridades:
1) Comandante da Unidade;
2) Oficial de dia ou de serviço ou de quarto ou autoridade correspondente;
3) Autoridade judiciária;
4) Autoridade civil ou autoridade militar do lugar mais próximo (Art. 250 do
CPPM);

 PRAZO PARA LAVRATURA DO AUTO:


→ Art. 247 do CPPM: estabelece que a autoridade competente que lavrar o auto deverá
entregar ao preso, no prazo de até 24 horas após a prisão, a “nota de culpa”;
→ ATENÇÃO: o momento da prisão é aquele em que o autor foi detido em flagrante;

 FASES DA PRISÃO EM FLAGRANTE:


→ Captura do autor;
→ Condução coercitiva à presença da autoridade competente (se militar, condutor sempre
será mais antigo que o conduzido);
→ Lavratura do auto de prisão em flagrante delito;
→ Recolhimento à prisão;

 PROCEDIMENTOS (!!!) (Art. 255 do CPPM):


1) DIREITOS CONSTITUCIONAIS DOS PRESOS (Art. 5º, incisos XLIX, LXII,
LXIII e LXIV, da CF/88) = informar ao preso o seu direito de permanecer calado; de contar com a
assistência da família e de advogado; de não produzir prova que o incrimine, nos termos do Art.
296, §2º do CPPM;, etc

2) DESIGNAR UM ESCRIVÃO (Art. 245, §4º e 5º/CPPM):


→ será realizada pela autoridade militar que presidir o auto;
→ recairá em capitão, 1º ou 2º tenente, se o preso for oficial; nos demais casos =
subtenente ou sargento (!!!);
→ na impossibilidade de ser designado escrivão nos termos do Art. 245, §4º, do
CPPM, a autoridade militar competente poderá designar qualquer pessoa idônea, que prestará o
compromisso legal (Art. 245, §5º c.c. Art. 11, parágrafo único do CPPM);

3) OUVIR O CONDUTOR (a ordem das oitivas é importante = cuidar para não


confundir com as oitivas do IPM!!!):
→ é primeira pessoa a ser ouvida (Art. 245, caput, do CPPM);
→ qualquer um, militar (deve) ou civil (pode) dar voz de prisão, mas o condutor do
preso à presença da autoridade precisa ser mais antigo ou superior hierárquico do preso (!!!)
= se a pessoa que deu voz de prisão for civil ou militar mais moderno que o detido, deverá solicitar
militar mais antigo para a condução (!!!);

4) OUVIR AS TESTEMUNHAS (no mínimo 2):


→ a falta de testemunhas que presenciaram o fato, não ilidirá a lavratura do auto,
pois, nesse caso, assinarão o auto duas testemunhas que tenham presenciado a apresentação do
preso (testemunhas de apresentação) = Art. 245, §2º do CPPM (!!!);

5) OUVIR A VÍTIMA / OFENDIDO:


→ se for possível, ouvir a vítima ou ofendido = depõe sem o compromisso de dizer a
verdade (Art. 311 e 313 do CPPM);

6) OUVIR O PRESO:
→ TESTEMUNHA INSTRUMENTÁRIA (!!!): a testemunha instrumentária
(mínimo de duas) é aquela que assiste ao depoimento do preso e fica em condições de assinar ao
final, se o preso não quiser, não puder, ou não souber fazê-lo = mecanismo de cautela para o
presidente do APFD (Art. 245, §3º do CPPM);

7) NOTA DE CULPA:
→ depois da lavratura do APFD, será dada “nota de culpa” ao preso no prazo de 24
horas, contados a partir do momento em que se efetuou a prisão (momento em que o preso foi
detido);
→ a “nota de culpa” é o documento escrito que tem por finalidade comunicar ao
preso o motivo da prisão, o nome do condutor e das testemunhas, nos termos do Art. 5º, inciso
LXIV, da CF/88 e do Art. 247 do CPPM;
→ o preso deverá passar recibo da “nota de culpa” (Art. 247, §1º) que lhe for
entregue e, quando não souber, não puder ou não quiser assinar, o recibo será passado por duas
testemunhas “instrumentárias” que tenham presenciado a entrega do documento;

8) CRIMES MATERIAIS (Art. 12 e 246 do CPPM):


→ crime material = crime que deixa vestígios;
→ encarregado do APFD deve providenciar o exame de corpo de delito, colher os
objetos e produtos do crime e demais dados e instrumentos que de alguma forma se ligam ao crime
e ao seu resultado;
→ (!!!) todo e qualquer objeto, instrumento ou produto de crime deve ser
oficialmente juntado aos autos da prisão em flagrante por meio de um “TERMO DE
APRESENTAÇÃO E APREENSÃO”, se foram trazidos por terceiros, ou “TERMO DE
APREENSÃO”, se foram colhidos pelo Presidente do APFD;
→ “Exames de Corpo de Delito”;
→ Auto de Avaliação de Coisa;
→ “Laudo de Constatação Preliminar de Substância Entorpecente”;
→ Laudo Definitivo de Exame Químicotoxicológico (caso dos crimes de drogas e
entorpecentes);
→ Exames em pessoas: Art 330 ao 340/CPPM;
→ Ler Art. 314 ao 346 do CPPM;

9) REMESSA DO AUTO AO JUIZ:


→ encerrada a lavratura do auto e expedida a “nota de culpa”, a autoridade
competente comunicará a prisão e o local onde o preso se encontra ao juiz competente, remetendo
imediatamente os autos àquela autoridade judiciária (Art. 5º, inciso LXII, da CF e Art. 222 e
251 do CPPM);
→ se não for possível a remessa, por motivos de diligências, o prazo é de até 5 dias,
contados do momento da prisão (Art. 251/CPPM); manda-se em 24 horas o que se tem (mesmo
que o APFD esteja incompleto);
 10) ESTRUTURA FINAL DO APFD:
Capa;
Qualificação do preso;
Portaria;
Designação e compromisso do escrivão;
Documentos de entrega do conduzido, exibição e apreensão, constatação de materialidade,
de avaliação, etc.;
Certidão de garantias do indiciado;
Corpo do Auto de Prisão em Flagrante;
Nota de culpa;
Documentos de comunicação da prisão à autoridade judiciária, ao MPM e à Defensoria
Pública (se for o caso);
Auto ou laudo de exame de corpo de delito prévio ao encarceramento (caso de drogas);
Documento de encaminhamento do preso (norma da Guarnição para oficiais; ou preso civil);
ou de seu encarceramento na Unidade;
Relatório;
Documentos de encaminhamento dos autos;

 11) RECOLHIMENTO À PRISÃO (Art. 246 do CPPM):


→ terminada a lavratura do APFD e após a expedição e recibo da Nota de Culpa, o
Presidente:
a) submete o preso a um exame médico prévio de constatação de integridade física e mental,
juntando laudo ao corpo do Auto;
b) se o preso for civil, o encaminhará à Delegacia de Polícia local;
c) se o preso for oficial e houver norma específica na Gu, mediante Termo de
Encaminhamento, entregará o preso, mediante recibo, na OM designada;
d) se o preso for praça e, pelas circunstâncias do crime, ou por norma específica da Gu, e
por meio de Termo de Apresentação e Encaminhamento, entregará o preso, mediante recibo, na OM
designada;
e) se nada houver a respeito, recolherá o preso na própria OM;
→ Obs.: A PARTIR DA EXPEDIÇÃO DA NOTA DE CULPA E DO
RECOLHIMENTO À PRISÃO, O PRESO PASSA À DISPOSIÇÃO DA JUSTIÇA MILITAR
(!!!);

 12) AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA:


→ tem por finalidade verificar a legalidade da prisão efetuada bem como avaliar
eventuais ocorrências de tortura, maus tratos, ou outras irregularidades, resguardando a
integridade física e psíquica do detido;
→ PRAZOS: variam de 24 a 72 horas, de acordo com a distância e a orientação de
cada CJM (Art. 5º, §§2º e 3º); recomenda-se contato com a Auditoria para acertar oportunidade da
apresentação;

 13) RELAXAMENTO DA PRISÃO (Art. 247, §2º do CPPM):


→ presidente do Flagrante relaxará a prisão quando:
Manifesta inexistência de infração penal militar;
Não-participação da pessoa conduzida;
Nas hipóteses acima, desde que o APFD ainda não tenha sido encerrado e a
prisão não tenha sido comunicada à autoridade judiciária;
Houver a incidência do Art. 270,“caput”, do CPPM;
→ em qualquer caso, deverá ser lavrado auto ou termo e enviado ao juiz competente,
“a fim de que este confirme ou infirme os atos praticados” (Art. 248 do CPPM);
→ na existência de crime comum, deve-se encaminhar o preso para a
autoridade policial civil competente;

 14) DEVOLUÇÃO (Art. 252 do CPPM):


→ o auto somente poderá ser devolvido pelo juiz, de ofício ou a requerimento do
representante do MPM, se houver a necessidade de serem realizadas novas diligências para o
esclarecimento do fato;

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