Manual Gertal CPR
Manual Gertal CPR
Manual Gertal CPR
Restauração
2022
O formando deverá complementar os conhecimentos adquiridos e retidos durante a sessão com a leitura do
presente Manual.
Contém todos os temas abordados durante o curso, devendo ser um suporte ao estudo a desenvolver pelo
formando, bem como um reforço aos conhecimentos adquiridos durante a sessão.
A leitura do Manual não invalida que o formando não aprofunde os seus conhecimentos, através da consulta da
bibliografia recomendada ou de outros que julgue convenientes.
Conteúdos
Fontes Bibliográficas
Assembleia da Republica. (Março de 2020). Obtido de parlamento.pt:
https://www.parlamento.pt/Legislacao/paginas/constituicaorepublicaportuguesa.aspx
Diário da Republica Electronico. (Março de 2020). Obtido de dre.pt: https://dre.pt/legislacao-
consolidada
Dicionário Financeiro. (Fevereiro de 2020). Obtido de Dicionário Financeiro - Investimentos:
https://www.dicionariofinanceiro.com/estrutura-organizacional/
Evans, R. (Março de 2020). in slide share. Obtido de in slide share - estruturas
organizacionais: https://pt.slideshare.net/RafaelEvans/estruturas-organizacionais-27443446
Kuroki, C. M. (janeiro de 2014). Slide share. Obtido de In Slide share - Manual do Garçom:
https://pt.slideshare.net/Elidak/manual-dogarcom
Trabalho, C. I. (2012). Princípios e Direitos fundamentais no Trabalho: do compromisso à
ação. Bureau Internacional do Trabalho.
Conteúdo
Vantagens:
- Proporciona maior rapidez nos processos;
- Complementa a estrutura formal;
- Reduz a carga de comunicação com os chefes;
- Motiva e integra as pessoas na empresa;
Desvantagens:
- Desconhecimento das chefias;
- Dificuldade de controlo;
- Possibilidade de atrito entre as pessoas.
São diversos os critérios a ter em conta pelos gestores quando é desenhado o modelo de
estrutura organizacional, nomeadamente, o tamanho da empresa, o ramo de actividade, a
sua finalidade e objectivos, entre outros, que permitem desenvolver e estabelecer a
estrutura corporativa.
Quando se define uma estrutura organizacional, define-se a relação entre os elementos que
a constituem, a forma de comunicação, as funções ficam claras, evitando problemas na
agilidade e execução das mesmas, levando assim ao sucesso da administração.
Principais tipos de estrutura organizacionais e esquemas dos seus
organogramas
A mais simples e mais antiga forma de EO, sendo por isso, a mais comum nas pequenas
empresas. É inspirada na estrutura dos exércitos e possui uma hierarquia clara e definida.
Caracteriza-se pela autoridade única e absoluta do superior relativamente aos seus
subordinados. As linhas de comunicação são formais e as decisões centralizadas.
Neste tipo de estrutura a autoridade é definida pela especialização da função. Cada sector
contribui com o seu maior conhecimento para o funcionamento da empresa, sendo que a
palavra final na decisão de cada tema é dada sobre os temas que cada sector domina.
Na estrutura funcional não existe controle de nenhum chefe pelos seus subordinados, sendo
até possível, cada colaborador responder a diferentes chefias e departamentos.
Estrutura organizacional linha-staff
Este modelo liga os dois anteriores, na medida em que segue a estrutura do linear mas
distingue-se pela existência de órgãos de consulta, que fazem recomendações técnicas e
especializadas aos escalões inferiores, sem exercer qualquer comando sobre eles, poi esta
função é restrita aos chefes de departamento.
As empresas que optam por esta estrutura funcionam ao nível de projectos, ou seja,
mantém a divisão da organização como um todo, mas cria uma hierarquia paralela relativa a
cada projecto desenvolvido. Cada equipa de cada projecto habitualmente reúne
colaboradores de diferentes departamentos da empresa, sendo que não deixa de responder
na hierarquia do seu departamento, no entanto, enquanto estiver ligado ao projecto,
responde também ao responsável do mesmo.
As estruturas apresentadas referem-se na forma de hierarquia, no entanto, é possível
classificar as estruturas organizacionais pela forma como a sua departamentalização é feita.
Apesar de a forma convencional ser o de dividir a empresa por sector de especialização,
não é a única forma de construir um organograma.
Se uma empresa tiver a sua actividade presente em diferentes pontos geográficos pode
optar por dividir a sua hierarquia por cada região em qua atua, em vez de ser por função.
Neste caso, os chefes regionais, ao nível de hierarquia, ficam abaixo da direcção central.
Este tipo de estrutura desenvolve o seu organograma em torno dos tipos de público com os
quais a empresa trabalha. Por exemplo, uma cadeia de hotéis, pode ter um departamento
especializado em público-negócios, outras em público famílias, outro em resort, por
exemplo.
Nesta estrutura é estabelecido um modelo que se organiza por etapas de processos, sendo
definido um chefe e uma equipa em cada etapa. Por exemplo equipa de montagem de salas
– equipiers e equipa de montagem de sistema de som e vídeo.
Esta estrutura é idêntica à anterior, no entanto a mesma equipa é responsável por todo o
projecto, tendo alguma autonomia.
Conceitos e princípios da regulamentação do trabalho
“Os princípios e direitos fundamentais no trabalho são também reconhecidos como direitos
humanos noutras fontes do direito internacional. Os princípios e direitos fundamentais no
trabalho são consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em vários
tratados nucleares sobre direitos humanos das Nações Unidas, incluindo o Pacto
Internacional dos Direitos Políticos e Civis e o Pacto Internacional sobre os Direitos
Económicos, Sociais e Culturais, assim como numa série de instrumentos regionais.”
(cite.gov.pt) A lista dos direitos humanos no trabalho reconhecida nas Nações Unidas
aborda também outros direitos, além dos princípios fundamentais, tais como, o direito a
condições de trabalho seguras e saudáveis, o direito à segurança social, o direito a uma
remuneração justa e o direito a um limite razoável do número de horas do trabalho.
Resumo dos Direitos e Deveres dos trabalhadores e das empresas
Direitos do trabalhador
São possíveis de encontrar inscritos nos artigos 58º e 59º da Constituição da República
Portuguesa, onde se encontra a base de todas as relações laborais. A saber:
CAPÍTULO I
Direitos e deveres económicos
Artigo 58.º
Direito ao trabalho
1. Todos têm direito ao trabalho.
2. Para assegurar o direito ao trabalho, incumbe ao Estado promover:
a) A execução de políticas de pleno emprego;
b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de trabalho e
condições para que não seja vedado ou limitado, em função do sexo, o acesso a quaisquer
cargos, trabalho ou categorias profissionais;
c) A formação cultural e técnica e a valorização profissional dos trabalhadores.
Artigo 59.º
Direitos dos trabalhadores
1. Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território
de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:
a) À retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade,
observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma
existência condigna;
b) A organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a
facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da atividade profissional com a vida
familiar;
c) A prestação do trabalho em condições de higiene, segurança e saúde;
d) Ao repouso e aos lazeres, a um limite máximo da jornada de trabalho, ao
descanso semanal e a férias periódicas pagas;
e) À assistência material, quando involuntariamente se encontrem em situação de
desemprego;
f) A assistência e justa reparação, quando vítimas de acidente de trabalho ou de
doença profissional.
2. Incumbe ao Estado assegurar as condições de trabalho, retribuição e repouso a
que os trabalhadores têm direito, nomeadamente:
a) O estabelecimento e a atualização do salário mínimo nacional, tendo em conta,
entre outros fatores, as necessidades dos trabalhadores, o aumento do custo de vida, o
nível de desenvolvimento das forças produtivas, as exigências da estabilidade económica e
financeira e a acumulação para o desenvolvimento;
b) A fixação, a nível nacional, dos limites da duração do trabalho;
c) A especial proteção do trabalho das mulheres durante a gravidez e após o parto,
bem como do trabalho dos menores, dos diminuídos e dos que desempenhem atividades
particularmente violentas ou em condições insalubres, tóxicas ou perigosas;
d) O desenvolvimento sistemático de uma rede de centros de repouso e de férias,
em cooperação com organizações sociais;
e) A proteção das condições de trabalho e a garantia dos benefícios sociais dos
trabalhadores emigrantes;
f) A proteção das condições de trabalho dos trabalhadores estudantes.
3. Os salários gozam de garantias especiais, nos termos da lei.
Os deveres do trabalhador
Os deveres do trabalhador estão patentes no artigo 128º do Código do Trabalho,
ainda que o documento legal sublinhe que a lista apresentada não é exaustiva. Na maior
parte dos casos, o profissionalismo e o bom senso são suficientes para que um trabalhador
cumpra com os seus deveres para com a entidade patronal.
Qualidades humanas
Sensibilidade;
Pontualidade – cooperação e espírito de equipa;
Cortesia/educação – agradar aos clientes através de um trabalho profissional, sem
servilismo;
Autodomínio/tato – paciência para suportar o mau humor e até mesmo a má educação de
alguns clientes. Evitar discussões e dispensar-lhes atenção e cortesia;
Firmeza de carácter
Cumprir regras indispensáveis ao bom desempenho: não correr na sala, não se encostar a
paredes ou aparadores, não falar alto, não ficar nos cantos na conversa com os colegas,
não fumar ou mastigar, não participar nas conversas dos clientes, não ignorar o atendimento
a um cliente sentado a uma mesa diferente do seu turno.
Honestidade
A honestidade começa com as nossas escolhas pessoais para nós mesmos, de acordo
com as nossas vontades e sonhos.
Depois de escolher uma profissão, dedicar-lhe boa vontade e interesse, persistência e
desempenho em forma progressiva é uma prova de honestidade.
Pode ser ainda uma virtude que nos é transmitida ou pode ser criada por nós próprios. Ser
honesto não é apenas aquele que é de boas contas e sabe guardar valores.
O ser cumpridor nos deveres profissionais, acatar as ordens dos nossos superiores, o não
olhar com indiferença ou superioridade para os colegas e o seu trabalho,
colaborando e sendo gentil, são também formas de honestidade.
Saúde
Quando somos dotados de boa saúde e sem problemas físicos visíveis e que nos
impeçam de aceder a um trabalho como empregado de mesa, barman, recepcionista,
temos o dever de cuidar de nos mantermos sãos, evitando perdas de noites, uso de
substâncias, e sempre que nos sintamos doente, procurar os cuidados de saúde
adequados e evitando o contágio com colegas ou clientes.
Movimentação
O empregado de mesa deve movimentar-se de forma descontraída, sendo breve, mas não
apressado. Deve ter o cuidado de percorrer com o olhar o seu turno, pois algum cliente
poderá requerer a sua atenção, bem como estar em sintonia com o chefe de sala, pelo
mesmo motivo.
Durante o seu horário de trabalho deve manter-se bem-disposto, sorrindo com
naturalidade, tendo em atenção o uso da bandeja, quando se movimenta, de forma a
minimizar o seu esforço durante o serviço.
Relacionamentos
Quando falamos de relacionamento com o cliente, o profissional de Restauração deve ter
em conta a arte de saber vender, ou seja, saber influenciar o cliente na escolha que melhor
convenha ao vendedor e sirva o comprador, ou seja o cliente ou grupo de clientes que
vai comer e/ou beber.
Deve neste sentido o profissional de restauração saber conduzir as escolhas do cliente
tendo em conta três critérios:
- Que, pelas suas características de preparação ou conservação, convenha a
ambas as partes (estabelecimento e cliente);
- Que mais se coadune com o paladar e preferências do cliente;
- Cujo preço esteja dentro das possibilidades financeiras do cliente.
Acolhimento
Do acolhimento pessoal prestado ao cliente devem fazer parte o sorriso aberto e franco e as
boas maneiras. Esta postura deve permanecer durante o serviço até que o cliente saia do
hotel ou restaurante.
Reclamação
A reclamação é um acto crítico e deve o profissional de restauração ter em atenção a sua
postura e educação na recepção da mesma, usando de prudência e calma, bem como de
simpatia e agradecimento.
Existem dois tipos de clientes reclamantes: um que o faz de forma impulsiva e apenas
procura gerar mau ambiente e ter as atenções em si, e o que o faz de tom educado, sem
qualquer inconveniente e na maioria das vezes, esta crítica existe porque o cliente se
preocupa e gosta do profissional e do local.
Hierarquia da equipa de sala – organograma Restaurante
O termo “brigada de restaurante” é utilizado para designar o conjunto de pessoas que presta
serviço no restaurante. A composição da mesma varia conforme a categoria e dimensão do
estabelecimento, bem como do tipo de serviço que oferece aos seus comensais.
Director de Restaurante:
O Director de restaurante supervisiona todo o funcionamento do restaurante e, de acordo
com o Chefe de Sala, ambos elaboram as ementas, assim como as cartas dos vinhos, tendo
esta a colaboração do Escanção.
Acompanha o funcionamento dos vários serviços, especiais ou não, o movimento de
receitas e despesas, assim como elabora e propõe alguns planos gerais com vista à
utilização eficaz de capitais no equipamento.
Deve certificar-se dos inventários periódicos da existência dos produtos de consumo, dos
móveis e utensílios.
Mantém e assegura a disciplina.
Chefe de Sala:
Deve ser uma pessoa sóbria que saiba dominar com firmeza as diversas tarefas exigidas ao
bom funcionamento do restaurante. Deve ter reflexos rápidos, uma boa formação social e
conhecimento de idiomas.
Deve assegurar-se que as ordens de serviço são devidamente cumpridas, controlando toda
a execução do trabalho a fazer, e justificando-se, aplicar alguma correcção.
A ele cabe a tarefa de anotar e/ou ter conhecimento de todas as reservas de mesa, para
que possa elaborar melhor o plano das mesmas.
Cabe ainda ao Chefe de Sala a recepção, acolhimento e acompanhamento à mesa de todos
os clientes, anotando o seu pedido e fazendo alguma recomendação sobre as iguarias.
Sendo também de sua competência atender qualquer reclamação ou elogio feito pelo cliente
e transmiti-lo aos seus colaboradores.
Diariamente, antes de cada serviço, de trocar impressões com os chefes de cozinha e
pastelaria para se inteirar do que mais interessa servir. Deve ainda fazer uma breve reunião
com os colaboradores certificando-se que todos estão aptos ao serviço. Durante a
confecção de qualquer iguaria da cozinha na sala, deve evidenciar um bom conhecimento
da matéria.
Subchefe de Sala:
Sendo o colaborador mais directo do chefe de sala, é quem distribui as tarefas no
restaurante, ajuda o Chefe de Sala na recepção do cliente e conclui o pedido, se assim for
necessário.
É quem ainda organiza o inventário periódico da existência no restaurante de todas as
roupas, vidros, louças e utensílios.
Quando se trata de um Subchefe de Sala em um hotel, cabe-lhe também a elaboração das
escalas para os pequenos-almoços e presta assistência a esta refeição dos hóspedes e
passantes.
De sua responsabilidade é também a supervisão de toda a mise-en-place e, sempre que
necessário, auxilia o escanção na recolha dos pedidos e serviço de vinhos e outras bebidas.
Na ausência do Chefe de Sala, é o subchefe que fica responsável pela secção.
Escanção:
Entre outras coisas que o caracterizam, o Escanção, deve ser um bom vendedor. Para tal,
afirma-se no conhecimento dos tipos, origens, das graduações dos vinhos, das
temperaturas a que estes devem ser servidos, bem como de outras bebidas.
Quando solicitado pelo cliente, no seu diálogo, o escanção deve demonstrar o seu
conhecimento e à vontade na matéria.
Em colaboração com o ecónomo e o cavista, caso estes existam, organiza a arrumação dos
vinhos e outras bebidas nas secções Economato e Cave. Deve ainda manter-se em
constante ligação com o ecónomo para se manter actualizado face ao mercado e dos
preços.
É quem supervisiona a mise-en-place para o serviço de vinhos em todo o restaurante.
Chefe de Turno:
É o empregado de mesa que tem como função, entre outras, servir os clientes que ocupem
os lugares nas mesas do turno que lhe for atribuído pelo Chefe ou Subchefe de Sala,
colaborar no serviço de mise-en-place (verificação do bom estado dos aparadores, das
toalhas, dos guardanapos, dos talheres e outros).
É sua função ordenar a recepção da nota de encomenda e orientar o “serviço de roda” do
seu colaborador durante as refeições. No decorrer destas não deve consentir pratos,
travessas, roupas ou copos usados no aparador. Não deve descurar, em momento oportuno
a mudança de toalha usada por uma limpa, bem como de talheres, couverts, para uma
eventual necessidade de servir mais clientes.
Quando em dúvida, deve dirigir-se no inicio do serviço ao Chefe ou Subchefe de Sala, para
trocar impressões sobre a confecção e guarnição das iguarias a servir nesse dia. Durante a
estadia em hotel muitos clientes necessitam de refeições de dieta ou com determinadas
preferências, cabe ao Chefe de Turno elaborar um mapa em que tome nota destas
situações, para que o seu trabalho seja facilitado e ao mesmo tempo demonstra o seu
profissionalismo para com o cliente, que ficará agradado com tal cuidado e atenção.
Conhecimentos: para um óptimo desempenho nesta função, deve possuir conhecimentos
profundos dos tipos de regras de serviço de mesa, das hierarquias, dos tempos mínimos
exigidos na confecção das iguarias, termos técnicos, alguns molhos-base e seus derivados,
manteigas compostas, guarnições, fundos de cozinha e também um pouco de cozinha
internacional, nacional e regional.
Ajudante de Turno:
Como funções, entre outras, colabora no serviço de mise-en-place e durante as refeições
faz o “serviço de roda” sob a orientação do Chefe de Turno; ao pedir as iguarias na roda
deve fazê-lo pelo nome destas e não pelo nº da mesa.
Quando por necessidade de serviço tiver de dialogar com o Chefe de Turno, deve fazê-lo
em voz baixa, com gestos sóbrios e elegantes.
Após as refeições colabora na arrumação do restaurante.
Conhecimentos: para o bom desempenho da sua função e para que possa ascender
hierarquicamente, deve possuir conhecimentos idênticos ao do Chefe de Turno, bem como
proceder à colocação do prato à frente do cliente segundo o tipo de serviço, saber
desembaraçar as louças utilizadas, saber como servir os molhos ou outros ingredientes e
ainda, como organizar o aparador.
Chefe de Bar:
Organiza e supervisiona todo o trabalho antes e durante o funcionamento do Bar de
clientes. Faz o controlo elaborando mapas de consumo e de stocks.
É ainda responsável por organizar serviços especiais, tais como, Welcome Drink, Porto
d’Honra.
Além dos conhecimentos técnicos exigidos deve possuir uma razoável cultura geral,
boas noções de relacionamento humano aplicada ao acolhimento de clientes e
colaboração com os colegas e deve ainda ter conhecimento de idiomas.
Barman 1ª
É normalmente o elemento da brigada que está dentro do balcão. Prepara e serve as
bebidas para os clientes que estão ao balcão, bem como as bebidas destinadas aos
clientes que se encontram nas mesas, servidas pelos colegas de serviço às mesmas.
Prepara e serve bebidas simples ou compostas, alcoólicas ou não.
Supervisiona a “mise-en-place” de Bar para que no decorrer do serviço nada falte.
Emite ou manda emitir as contas dos consumos.
Barman 2ª
É o profissional que colabora com o Barman 1ª.
Executa a “mise-en-place” de Bar. É responsável pela higiene e conservação de todos os
utensílios de Bar e cuida das dependências do Bar, por exemplo, da copa. Normalmente é o
elemento que está ao serviço no exterior do Bar, no atendimento às mesas.
Orienta o serviço e tarefas do auxiliar ou aprendiz de Bar.
Atualmente o número de elementos de uma brigada de cozinha vai diminuindo, não só pelo
avanço tecnológico dos equipamentos e utensílios, mas também devido a uma maior
especialização da profissão de cozinheiro.
Chefe de cozinha
Subchefe de cozinha
Chefe de partida
Saucier
Rotisseur
Legumier
Entremetier
Poissonier
Família
Tournant
Guarda
- Tem por missão atender algum pedido que surja fora da hora normal das refeições
Pasteleiro
Ajudante de cozinha
Aprendizes
Mãos e unhas limpas são um imperativo para todo o profissional, pois é com estas
que manuseia os ingredientes que irão ser servidos ao cliente. Devem ser lavadas a
cada mudança de actividade. As unhas não devem ter verniz, pois este pode
descascar e cair nas confecções, e devem ser curtas.
Nos senhores a barba feita é também uma mostra da sua limpeza e higiene, sendo
mesmo obrigatório em muitos estabelecimentos.
Vestuário
A roupa civil deve ser colocada no cacifo e ser trocada pela farda lavada e
engomada. Esta só pode ser utilizada no local de trabalho, essencialmente para não
ser portadora de microorganismos que possam ser transportados para as
confecções.
1- Sempre que se cruzar com os clientes, deve saudá-los e dar as boas vindas
ao estabelecimento.
A higiene e a segurança dos processos de fabrico e dos alimentos, deve ser uma
máxima presente no sector da restauração, como garantia básica dos serviços que
esta fornece ao consumidor.
• Vigiar a saúde dos colaboradores em função dos riscos a que estes se encontram
potencialmente expostos;
• Zelar pela sua saúde e segurança, assim como dos outros que possam ser
afectados pelas suas acções ou omissões no trabalho;
Comunicação interpessoal
Quando se lida diariamente com pessoas, nem sempre nos apercebemos das
mensagens que trocamos, mesmo inconscientemente, pois mesmo a nossa postura,
o nosso olhar, roupa e adereços, principalmente dentro de organizações grandes e
com um elevado número de pessoas.
Devemos ter em atenção ao “ruido” que as nossas mensagens podem conter e levar
a uma má comunicação e má interpretação das nossas intenções.
Por ser tão importante, conforme pudemos observar, isso resulta num grande
desafio, tanto para gestores quanto para colaboradores, já que as empresas têm
buscado cada vez mais profissionais com estas habilidades e principalmente com
uma comunicação interpessoal assertiva.
Estas pessoas têm maior facilidade em passar ideias de uma maneira que todos
possam entender, sem causar desentendimentos, que geralmente são decorrentes
de simples falhas.
Além disso, um profissional que não tenha dificuldades com esse tipo de processo
consegue, sem problemas, conversar com sua equipe, de forma clara, passando
feedbacks que serão facilmente entendidos pela pessoa que o está recebendo.
Uma pesquisa realizada pelo psicólogo americano e professor emérito da
Universidade da Califórnia (UCLA), Albert Mehrabian, constatou que as formas de
comunicação não verbais, realizadas por meio de gestos, postura corporal e
contacto visual, são 55% mais impactantes no ambiente de trabalho, do que outras,
por ser uma forma universal de relacionamento entre as pessoas.
Ao considerar esses dados, é fácil entender que se comunicar não envolve apenas o
acto de falar, mas também a maneira com a qual são levadas essas informações às
outras pessoas. A linguagem corporal, o tom de voz e o que você fala, de fato,
influenciam na forma que o seu receptor receberá a mensagem que você está
tentando passar.
Dessa maneira, é preciso prestar atenção em como você se porta perto das pessoas
com quem interage, como fala com elas, qual o tom de voz que usa e como
gesticula. Ao não se atentar a algum desses pontos, você pode acabar causando
ruído em uma mensagem que se está a tentar passar.
Imagine um gestor que não consegue passar ordens, ou tem dificuldade em explicar
de forma clara a finalidade de uma acção, projecto, de compartilhar seus
conhecimentos ou dar um feedback. Certamente, os colaboradores sob sua gestão
terão dificuldades em entender as tarefas que lhes foram concebidas, bem como
executá-las com exactidão.
Linguagem corporal
Não interrompa
Deve sempre pensar antes de falar, tenha em mente como as palavras serão
registradas e qual a maneira que afectarão a pessoa no diálogo. É necessário que
exista uma conexão e envolvimento com o outro, o que demonstrará respeito e que
realmente você se preocupa com o assunto da conversa.
Ouça na essência
A capacidade de ouvir com cuidado o que uma pessoa está dizendo e tentando
expressar é uma habilidade importante e é seu dever se concentrar nisso enquanto
há uma comunicação com outras pessoas. Se a capacidade e habilidade de ouvir na
essência é utilizada, a conversa flui de forma mais fácil e confortável, uma vez que
você está verdadeiramente escutando o que a outra pessoa está falando, reagindo
sempre de forma positiva. Durante este processo, um sinal é enviado a outra pessoa
o que mostrará que você se importa e se preocupa com o assunto em questão.
Gestão Executiva
Simplesmente pelo seu cargo e a essência de sua função, os gestores devem
obrigatoriamente possuir uma comunicação interpessoal eficaz. Caso contrário, será
bem difícil liderar uma equipa. Ter habilidade para se relacionar com as pessoas faz
com que haja confiança e cooperação no local de trabalho. Além disso, a
comunicação eficaz ajuda a evitar desperdício de tempo, pois elimina a necessidade
de falar sobre assuntos que não foram compartilhados da maneira correta.
Vendas
No âmbito das Vendas, a comunicação interpessoal adquire uma força maior, ou
seja, ganha um peso a mais. Afinal, são os profissionais deste campo que estão em
contacto directo com o cliente, aqueles que proverão os resultados positivos que a
empresa almeja. Quando a mensagem dos vendedores não é transmitida com êxito,
todo o processo de vendas também tende a falhar.
Marketing
O Marketing é uma área estratégica para a atracção de novos clientes. É o elo entre
a corporação, os consumidores e o mercado em geral. A maneira como ele se
comunica deve ser acompanhada com proximidade e cautela, até mesmo no
relacionamento com fornecedores. Quando esta mensagem que se deseja transmitir
obtém alcance de maneira esperada, é provável que os resultados sejam os mais
satisfatórios possíveis.
Atendimento
O atendimento é a porta de entrada da sua corporação. Como possui ligação directa
com o cliente, a responsabilidade do Atendimento é até mesmo maior do que outros
sectores ali dentro. E pode-se dizer que ele é a expressão e a voz da organização.
Por isso, a comunicação interpessoal tem um essencial papel nesse departamento.
Recursos Humanos – RH
Já neste ambiente, a comunicação interpessoal pode ajudar a reduzir conflitos entre
os profissionais, promovendo uma relação harmoniosa e estável entre os
colaboradores no local de trabalho. A razão disso se dá porque as pessoas, desde
um funcionário do atendimento até o director da empresa, ao se expressarem com
clareza, possivelmente irão gerar menos atritos, já que as mensagens serão
entendidas por todos os colaboradores. É dever de todos dos profissionais desta
área a intersecção entre os relacionamentos existentes, bem como a promoção
relações internas positivas.
Além disso, outro factor importante é que o RH não deixa que barreiras físicas entre
as pessoas sejam criadas, o que evita distracções, que futuramente podem
atrapalhar o processo da comunicação.
Estilos Comunicacionais
Linear:
Caracteriza-se pela preferência do uso de declarações precisas e explícitas.
Circular:
O orador apresenta todos os elementos necessários para que o ouvinte possa criar
ligações entre esses elementos.
Directa:
O orador fala exactamente o que quer dizer. Há uma tendência para dizer aos outros
o que fazer e usar palavras como “deve” e “ter que”.
Indirecta:
A mensagem fica à superfície concentra-se no contexto e não nas palavras usadas.
O orador usa muitos provérbios, metáforas ou silêncio e dá sugestões.
Concreta:
Caracteriza-se pela preferência da utilização de exemplos e histórias ou casos reais.
Abstracta:
Caracteriza-se pela preferência no uso de teorias, conceitos e pensamentos
abstractos.
Para além de diferentes estilos de fala, ficar em silêncio e mostrar atenção são
também aspectos importantes de comunicação bem-sucedida. A chamada escuta
activa exige várias capacidades para compreender o que uma pessoa tenta
comunicar.
Dado os desafios integrados que essas equipas enfrentam, é essencial ter nessas
equipas pessoas curiosas, flexíveis, pensativas e o mais emocionalmente estável
possível. Em caso de conflitos, o seu endereçamento imediato suporta a escalada,
uma vez que o problema/mal-entendido não é exagerado nesta fase. Os grupos
ainda funcionam melhor se as suas ligações pessoais estiverem estabelecidas. Os
interesses ou pontos de vista comuns podem evitar conflitos.
Gestão de Conflitos
Quando uma pessoa percebe um conflito, tende a ter uma visão limitada sobre a
situação.
Possível abordagem de gestão de conflitos: o foco deve estar nos problemas /
situações concretas, tendo em consideração a personalidade das partes do conflito
e tratando todas as perspectivas com respeito e sensibilidade.
Por outro lado, também há conflitos "frios", que são caracterizados por uma atitude
reservada ou de evitar o outro e de aversão profunda mútua. Estas reacções
emocionais podem levar a um agravamento do conflito. Na verdade, certos graus de
agravamento de conflitos podem promover a sua resolução. Mas o seu agravamento
só pode promover a sua resolução se a situação for moderada e as emoções forem
controladas.
Resolução do conflito
Além disso, tem que ser assegurado que todas as partes estão interessadas na
resolução do conflito. Idealmente, a resolução de conflitos é uma situação vantajosa
para ambos. Na realidade, esse objectivo nem sempre é possível alcançar. Para um
resultado satisfatório, todos os factores e pontos de vista que suportam o processo
de resolução, mas também aqueles que são obstáculos potenciais para a sua
implementação harmoniosa. Através de uma identificação conjunta de problemas,
eles tornam-se problemas partilhados para todos os participantes, o que promove a
colaboração construtiva para resolvê-los.
Colaborar: exige assertividade, bem como ser cooperante. Neste estilo, as soluções
são muitas vezes integradas e as perspectivas combinadas. As pessoas que
mostram este estilo de resolução de conflitos têm a capacidade de ouvir, negociar e
procurar o consenso.