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Resumo A Oração

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Arquidiocese de Natal - Seminário de São Pedro

Espiritualidade: noções introdutórias


Pe. Ednaldo Virgílio da Cruz

A ORAÇÃO
SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO

Seminarista João Pedro da Silva Pereira


Turma Propedêutico 2024

Natal/RN
2024
A Oração
Obra de Santo Afonso Maria de Ligório, o grande meio para alcançarmos de Deus a
salvação e todas as graças que desejamos: A Oração!
Uma categoria espiritual e que dispõe sobre a importância dessa prática para todos
os cristãos que querem obter a graça de Deus, através deste exercício que não só o
autor (Santo Afonso) faz menção, mas grandes doutores da Igreja reconhecem que
para chegar até Deus, para obter graça da salvação, é necessário que conheça esse
caminho. Ele não só dispõe sobre a importância da oração, mas, adverte e põe uma
reflexão profunda no início da obra para um chamado que nos levará a trilhar o mesmo
caminho que ele percorreu, e assim nos adverte com "quem reza se salva, quem não
reza se condena".
A composição desta obra se separa em três capítulos: Cap I - NECESSIDADE DA
ORAÇÃO. Cap II - O VALOR DA ORAÇÃO. Cap III - AS CONDIÇÕES DA ORAÇÃO.
Com objetivo de levar ao homem a uma profunda reflexão de si mesmo e se encontrar
com Deus. A Oração é o grande meio para alcançarmos de Deus a salvação e todas
as graças que desejamos. Na obra o santo doutor trata a oração enquanto pedido,
prece, súplica e ação de agradecimento do homem. Essa ação, deve gerar uma
mudança interior. O grande resultado desta prática, é a própria mudança, para que se
chegue à santidade. Fora disso, tudo será inútil, todas as meditações, propósitos e
promessas.
Desta forma, Para concebermos um grande amor à oração e para usarmos com fervor
deste grande meio da salvação, consideremos, antes de tudo, quanto ela nos é
necessária e quão poderosa é para nos obter todas as graças, que desejamos de
Deus, se pedirmos como devemos.
Resumo
“A oração, o grande meio para alcançarmos de Deus a salvação e todas as graças
que desejamos. Sem a oração, segundo a providência ordinária de Deus, serão inúteis
todas as meditações, todas as propostas e todas as promessas. Pela oração o Senhor
nos dá a chave de todos os vossos divinos tesouros”.
A oração é uma via de mão dupla, onde nos deleitamos em Deus e Deus tem prazer
em nós. Não apenas Jesus buscava a intimidade com o Pai, mas também o Pai tinha
prazer em seu filho unigênito. “... e eis, vindo na nuvem, uma voz que dizia: Este é o
meu filho amado, em quem me comprazo...” (Mateus 17:5). Nesta obra, Santo Afonso
nos direciona a uma grande reflexão espiritual, e a posição na qual se encontra a
direção das nossas orações. Em grande parte de nossa vida, caímos na cilada de que
apenas o que fazemos uma vez ou outra nos dá a certeza da eternidade. Mas, diante
de todas as situações, a permanência é o que nos assegura de que um dia
alcançaremos o reino dos céus. Como filhos de Deus, temos essa necessidade de se
relacionar com Ele, e é por meio deste canal que ouvimos, pedimos, elevamos nossas
preces e agradecemos pelas coisas realizadas em nossas vidas. Seria muito inútil
passarmos nossa vida terrena com o grande vazio. Se não amamos Deus aqui na
terra, o que então queremos fazer no Céu?! E ao unirmos a Deus, nossa prova de
amor é as boas obras e a oração que nos une a ele espiritualmente.
Segundo a doutrina comum dos teólogos, as referidas palavras, “É preciso rezar, orar
e pedir". Significa e impõe um preceito e uma obrigação, um mandamento formal.
Portanto, aqueles que querem se salvar, devem começar seu processo por este
caminho. A oração, ela preenche a alma. Para sermos de Deus e conhecer a Ele,
basta trilhar e se lançar neste mar da oração, e tudo o que ela propõe.
Aqueles que abandonam a oração, ficam à mercê das tentações do inimigo. Uma
presa fácil, que logo se afastará de Deus. A oração, além disso, é a mais poderosa
arma para nos defendermos. Quem não se serve dela, está perdido. Nem duvida o
Santo em afirmar que Adão caiu, porque não se recomendou a Deus na hora da
tentação. “Adão pecou, porque não rezou”. O mesmo escreveu São Gelásio, falando
dos anjos rebeldes: “Receberam em vão a graça divina ... e porque não rezaram ...
caíram”. São Carlos Borromeu, em uma carta pastoral, adverte que, entre os meios
que Jesus Cristo nos recomendou no Evangelho, deu o primeiro lugar à oração.
Certamente aquele que se deixa ser desocupado é alguém vazio. Um santo doutor
também verbera, “Bem sabe viver, quem sabe rezar bem”. De fato, este escrito remete
para nós a necessidade da oração, as atribuições para aqueles que se põe à
disposição para esta boa prática. Mas, vale ressaltar que a necessidade de tudo isso
não é somente individual, mas ser também instrumento de Deus através deste canal.
Quantos que ao ver esta devoção nos pede para que rezemos por eles, indica que o
efeito disto é a transformação do coração do homem, os frutos devem ser visíveis. A
vida pessoal deve mudar, tende ser mais humilde, paciente, caridoso. Ora, as raízes
das orações ela perpassa por vários aspectos. É isto que mostra o verdadeiro efeito
santificador do que a pessoa está fazendo. Há um paralelo de que a razão desta
necessidade é bastante clara: Sem o socorro da graça, nada de bom podemos fazer:
“Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5).
Em contrapartida, há aqueles que nos recorrem para a oração, mas também nós,
temos a grande necessidade de recorrer, de pedir orações.

Em outro lugar do mesmo livro, um Santo propõe a dúvida: devemos invocar os


santos, a fim de que peçam por nós?!
Dessa maneira, uma das mais belas citações deste autor, é a intercessão atribuída a
nós através da Santíssima Virgem Maria, como intercessora. Santo Tomás a qualifica
de quase infinita: “Por ser Mãe de Deus, tem uma dignidade quase infinita”. Portanto,
com toda a razão se diz que as orações de Maria são mais poderosas diante de Deus,
do que as de todo o paraíso. Deus ele ouve a oração daqueles que Nele confia, não
atribuem aos soberbos, mas dos seus servos humildes: “O Senhor atendeu a oração
dos humildes” (Sl 101, 18). Devemos recorrer a oração pois durante caminho
precisamos ser fortificados com esta graça, não devemos seguir com pensamentos
de somos fortes por sermos de Deus. Adverte Santo Agostinho: “Muitos, sendo fracos,
não se fortificam, porque se julgam fortes; só os que se sentem fracos serão fortes”.
Foi principalmente para nos incitar a rezar que o Redentor disse: “Em verdade, em
verdade, vos digo: se pedirdes alguma coisa a meu Pai em meu nome, Ele vo-la dará”
(Jo 16. 23). É como se dissesse: ó pecadores, não desanimeis: que os vossos
pecados não vos detenham de recorrer a meu Pai e esperar dele a vossa salvação!
Por fim, rezemos, rezemos sempre! para alcançarmos, pois, a graça da perseverança
é mister recomendarmo-nos sempre a Deus. Já que a oração é tão necessária à
salvação, devemos ter por certo que nunca nos faltará o auxílio divino para o ato da
oração, sem que para isso seja necessária nova graça especial. Deus quer a salvação
de todos Por isso morreu por nós Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Redentor.

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