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Rev. C 08 / 2013: Procedimento

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-PÚBLICA-

N-2322 REV. C 08 / 2013

Inspeção em Serviço
de Fornos de Processo

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 23 CONTEC - Subcomissão Autora.

Inspeção de Sistemas e As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Equipamentos em Operação Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 14 páginas, 1 formulário e Índice de Revisões


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N-2322 REV. C 08 / 2013

1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a inspeção de fornos horizontais e verticais, para o
aquecimento/vaporização de hidrocarbonetos.

1.2 Esta Norma se aplica à inspeção de fornos de processo.

1.3 Esta Norma se aplica à inspeções realizadas após a data de sua emissão.

1.4 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-1637 - Montagem de Forno;

PETROBRAS N-1951 - Inspeção de Revestimentos de Concretos Refratários Submetidos à


Operação;

PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;

PETROBRAS N-2472 - Ensaio Não Destrutivo - Termografia;

API STD 530 - Recommended Practice for Calculation of Heater Tube in Petroleum
Refineries;

ASME B 31.3 - Chemical Plant and Petroleum Refinery Piping.

3 Termos e Definições

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições da PETROBRAS N-1637,


complementadas pelos 3.1 a 3.15.

3.1
fornos verticais
fornos cujos tubos das serpentinas, na região da radiação, são dispostos verticalmente, conforme
mostrado no Anexo A

3.2
fornos horizontais
fornos cujos tubos das serpentinas na região de radiação, são dispostos horizontalmente. Os tipos
típicos de fornos são mostrados no Anexo A

3.3
região de radiação
região do forno onde a troca térmica se dá predominantemente por radiação

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3.4
região de convecção
região do forno onde a troca térmica se dá predominantemente por convecção

3.5
limites do forno
sendo os fornos equipamentos interligados a vários sistemas de uma unidade de processo,
considerar os seguintes limites na aplicação desta Norma, conforme descrito em 3.5.1 a 3.5.4

3.5.1
serpentinas
flanges do primeiro bloqueio externo ao forno, entrada e saída do fluido a processar

3.5.2
dutos de ar
o limite é compreendido desde o ponto de sucção do ar da atmosfera até a posição onde o ar
pré-aquecido alimenta os queimadores

3.5.3
dutos de gases de combustão
dutos de descarga de gases de combustão para a atmosfera, compreendendo a região entre a caixa
de fumaça e a chaminé

3.5.4
tubulações de utilidades
tubulações auxiliares posicionadas a jusante dos primeiros bloqueios gerais

3.6
inspeção em operação
inspeção efetuada sem interromper a operação do equipamento

3.7
inspeção geral
inspeção efetuada com o equipamento fora de operação

3.8
caixa de fumaça
região do forno situada entre os últimos tubos de saída da convecção e o duto de gases de
combustão

3.9
curva de retorno
acessório de simples interligação entre 2 tubos adjacentes, em um mesmo passe, desviando
normalmente o fluxo em 180°

3.10
cabeçote
acessório de conexão entre 2 tubos adjacentes desviando o fluxo normalmente em 180°. É dotado de
“plug” removível permitindo a limpeza e inspeção dos tubos

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3.11
suporte de tubo
peça metálica fixa à estrutura do forno, tendo por função suportar a carga imposta pelos tubos

3.12
pendural
tirante de sustentação dos tubos do teto, fixo na estrutura do forno

3.13
espelho
tipo especial de suporte que apóia vários tubos numa única peça. Pode ser extremo ou intermediário
se está junto à extremidade dos tubos ou não

3.14
abafador
válvula para bloqueio ou controle da tiragem dos gases de combustão

3.15
câmera plena (plenum) ou caixa de ar
caixa que envolve os queimadores, destinada a distribuir adequadamente o ar

4 Condições Gerais

4.1 Inspeção em Operação

4.1.1 Deve ser estabelecido um plano para inspeção de componentes externos e internos que
podem ser verificados em operação, conforme roteiro constante em 5.1. Este plano deve ser
executado com base nos Relatórios de Inspeções anteriores.

4.1.2 A inspeção em operação deve ser efetuada no mínimo com a seguinte periodicidade:

Exame Visual Interno - semanal;


Exame Visual Externo - mensal;
Inspeção Termográfica Interna - semestral;
Inspeção Termográfica Externa - anual.

NOTA A periodicidade destas inspeções pode ser alterada em função do histórico de operação do
equipamento, conforme análise técnica efetuada pelo Profissional Habilitado (PH).

4.2 Inspeção Geral

4.2.1 Deve ser estabelecido um plano de inspeção dos componentes externos e internos conforme
roteiro constante em 5.2.

4.2.2 Deve ser realizada a cada parada programada do equipamento, de acordo com seu histórico.

4.3 Preparação para Inspeção Geral

Devem ser observados antes de cada inspeção geral os seguintes itens:

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a) relatórios de inspeções anteriores;


b) plano de ensaios não-destrutivos;
c) desenhos necessários ao acompanhamento da inspeção;
d) materiais e equipamentos de inspeção (conforme Anexo B);
e) modificações de projeto.

4.4 Requisitos de Segurança

Antes de ser iniciada a inspeção deve ser verificada se as condições existentes possibilitam a
execução dos serviços de maneira segura, conforme as especificações de segurança contidas na
PETROBRAS N-2162.

5 Roteiro de Inspeção

5.1 Inspeção em Operação

a) verificar as condições operacionais do forno, e eventuais ocorrências anormais;


b) verificar a existência de incidência de chama e deformação nos tubos;
c) verificar o estado do refratário quanto a quedas;
d) verificar as condições físicas dos suportes dos tubos;
e) verificar as condições físicas da chaparia, estruturas, dutos, chaminés e plataformas,
quanto a pintura, corrosão e deformações;
f) verificar a condição física do sistema de ramonagem;
g) verificar as condições físicas das linhas externas ao forno;
h) verificar as colunas e vigas da estrutura externa das plataformas e passarelas quanto a
corrosão e avarias mecânicas tais como: deformações, trincas, desnivelamentos e
afrouxamento das ligações aparafusadas;
i) verificar as fundações quanto a recalques e estufamento e/ou rompimento da base de
concreto e exposição da ferragem à corrosão;
j) verificar a existência de pontos de temperatura anormal nos diversos componentes
através inspeção termográfica conforme a PETROBRAS N-2472;
k) verificar através das janelas de inspeção da convecção possível acúmulo de fuligem e/ou
refratários que possam obstruir a passagem dos gases com a conseqüente pressão
positiva na câmara de radiação.
l) verificar as temperaturas das serpentinas através de Skin-Points;
m) verificar as temperaturas da câmara de combustão (radiação), convecção e saída de
gases (chaminé) através de termopares.

5.2 Inspeção Geral

5.2.1 Considerações Gerais

Devem ser registradas todas as observações relevantes através de fotos, croquis e se necessário
coleta de amostra de cinzas e produtos de corrosão, que possibilitem, após análise, a identificação do
processo corrosivo. Nos fornos onde existem cabeçotes, marcar os plugs e mandrilagens com
vestígios de vazamento. Nos fornos onde seja necessária a lavagem e neutralização dos tubos para
evitar ocorrências de corrosão, deve ser verificada a eficiência da lavagem e o pH na superfície
metálica após neutralização.

5.2.2 Queimadores

a) verificar o acionamento das virolas de controle de entrada de ar para os maçaricos e a


necessidade de sua lubrificação;
b) verificar as chapas de contenção dos blocos refratários dos cones difusores dos
maçaricos com relação à redução de espessura e abaulamento bem como o anel de
sustentação dos blocos dos cones difusores secundários;

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c) inspecionar os blocos refratários com relação a trincas e erosão;


d) inspecionar as canetas de óleo, vapor, gás e piloto, bem como a câmara de atomização
e o atomizador, como relação a corrosão e erosão;
e) inspecionar os bicos de óleo e gás quanto aos diâmetros e ângulos dos furos;
f) verificar o estado dos parafusos de fixação dos queimadores;
g) executar teste pneumático de estanqueidade na linha de gás para verificar a
estanqueidade das válvulas;
h) executar teste hidrostático nos mangotes das linhas de óleo e vapor, para verificar a
existência de vazamentos;
i) verificar conformidade dimensional e de posicionamento dos componentes dos
queimadores após montagem, em relação ao projeto; especial atenção deve ser dada ao
alinhamento, nivelamento e centralização do conjunto.

5.2.3 Dutos de Ar e Gases de Combustão

a) inspecionar a chaparia com relação a corrosão e necessidade de reparo e/ou pintura;


b) inspecionar o isolamento térmico e refratário dos dutos e do plenum;
c) inspecionar as juntas de expansão dos dutos com relação a corrosão; deformação e/ou
rompimentos;
d) verificar as condições físicas e de acionamento dos sistemas de controle de vazão de ar
e gases de combustão;
e) inspecionar as chapas laterais, do fundo e teto do plenum com relação a deformações e
empenamentos;
f) inspecionar o sistema de preaquecimento de ar, verificando as condições físicas dos
seus componentes.

5.2.4 Linhas Externas ao Forno

a) efetuar medição de espessura em pontos prédeterminados das linhas de entrada e saída


de carga; incluindo as conexões;
b) executar, medição de espessura e teste de martelo das linhas de combustíveis, vapor de
abafamento, gás residual e vapor para ramonadores;
c) remover para inspeção visual interna eventuais trechos de linhas de saída e válvulas;
d) inspecionar os estojos e porcas dos flanges e válvulas das linhas externas ao forno
(exame visual e martelamento) e sede de assentamento das juntas quanto às condições
físicas (quando houver acesso);
e) verificar o estado do isolamento térmico;
f) atenção especial deve ser dada às linhas de vapor de abafamento; remover
parcialmente o isolamento destas linhas para medição de espessura-teste de martelo e
verificação de corrosão sob o isolamento.

5.2.5 Câmara de Radiação

5.2.5.1 Serpentina de Hidrocarbonetos

a) inspecionar visualmente os tubos quanto a existência de sulcos ou estrias, trincas,


corrosão ou desgaste na região de passagem pelos espelhos, empenamentos e
deformações localizadas, oxidação externa devido à alta temperatura;
b) martelar os tubos para verificação da existência de camada de óxidos e/ou formação de
coque internamente;
c) efetuar medições de espessura dos tubos nos pontos previamente determinados e
marcados em relação a um referencial fixo da serpentina, determinando as taxas de
corrosão; atentar para que as camadas de óxido porventura existentes sejam
efetivamente removidas;
d) executar medidas de espessura (varredura) nas geratrizes externas das curvas de
retorno nos fornos com esse tipo de conexão;
e) efetuar medição de espessura em regiões onde, pela inspeção visual e martelamento ou
por existirem condições favoráveis à corrosão, haja possibilidade de perda de espessura;

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f) efetuar, quando necessário medição do diâmetro, dureza, flecha e avaliação


metalográfica dos tubos;
g) em fornos que usam cabeçotes solicitar abertura dos plugs dos cabeçotes dos 2 últimos
cabeçotes de cada passe; tubos que apresentarem pontos quentes em operação devem
ter os plugues abertos para verificação de ocorrência de coque;
h) para fornos com cabeçotes inspecionar os tubos internamente após a lavagem e sopragem
com a utilização de dispositivos apropriados de iluminação; verificando a remoção do coque
e se não houve danos mecânicos ao tubo e sedes de vedação dos cabeçotes;
i) quando necessário, efetuar limpeza com passagem de pig, turbinagem, descoqueamento
com ar e/ou vapor, ou outros métodos para a remoção de coque, se existente.

NOTA Caso a turbinagem remova uma quantidade grande ou anormal de coque em um


dos tubos, os tubos vizinhos também devem ser inspecionados internamente.

j) em fornos que usam cabeçotes, avaliar a incidência de corrosão, na região da


mandrilagem do tubo, através medição de espessura interna;
k) inspecionar internamente os cabeçotes abertos e outros sob suspeita, bem como as
soldas de selagem dos tubos, quando existirem, quanto à ocorrência de trincas; atentar
para danos mecânicos na região de mandrilagem e sedes de vedação;
l) inspecionar as travessas e orelhas dos cabeçotes ou curvas com partículas magnéticas;
m) verificar os suportes dos tubos e suas atracações quanto a perda de espessura por
corrosão, trincas e rupturas;
n) inspecionar espelhos, termopares de parede, poços de indicadores de temperatura e
tomadas de gases para análise;
o) inspecionar os tubos-guia localizados nas curvas inferiores da radiação com relação à
corrosão dos mesmos, e inspecionar a região de solda com a curva, para o caso de
fornos verticais; verificar também o livre deslocamento dos tubos-guia;
p) nos tubos que possuem curva de retorno sem acesso visual interno, deve-se avaliar a
quantidade de coque através de gamagrafia.

NOTA No caso de fornos sujeitos à corrosão naftênica, inspecionar com gamagrafia por
amostragem as soldas dos últimos tubos da serpentina de radiação, quanto à
corrosão interna.

5.2.5.2 Refratário

a) inspecionar o refratário e o isolamento térmico, atentando para fissuras,


desprendimentos, perda de ancoragem e decomposição do revestimento por ação
química, conforme PETROBRAS N-1951;

NOTA Quando o revestimento isolante for de manta fibro-cerâmica, esta deve ser
verificada quanto à impregnação por cinzas, avarias e estado das ancoragens.

b) verificar o revestimento refratário das tampas e paredes da caixa de cabeçotes; verificar


também as condições das juntas de vedação em amianto dessas tampas, (critérios de
inspeção segundo a PETROBRAS N-1951);
c) verificar as condições físicas do revestimento refratário de proteção dos tirantes de
sustentação do cone, quando existente (aplicável somente para fornos verticais);
d) inspecionar o isolamento térmico da abóbada de radiação, com relação aos
despreendimentos e quanto ao estado do sistema de fixação (aplicável somente para
fornos verticais).

5.2.5.3 Chaparia

Efetuar inspeção visual externa verificando:

a) furos na chaparia por corrosão;


b) as condições da pintura externa da chaparia.

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5.2.5.4 Cone/Camisa

a) efetuar inspeção visual no bico fundido bem como nas chapas do cone, discos e
camisa, verificando esses componentes com relação a, trincas e perdas de espessura;
verificar também, as cunhas e grampos de união das chapas fundidas do cone; os
tirantes de sustentação do cone devem ser inspecionados com Líquido Penetrante;
b) inspecionar as “orelhas” onde se fixam os tirantes de sustentação de componentes;
c) inspecionar as chapas laminadas quanto a empenamentos, trincas e rompimentos nas
regiões de ligação aparafusada.

5.2.5.5 Sistema de Proteção

a) verificar a operacionalidade das janelas de explosão;


b) inspecionar o sistema de vapor de abafamento;
c) verificar os cabos e fixação do aterramento elétrico.

5.2.6 Câmara de Convecção

5.2.6.1 Serpentina de Hidrocarbonetos

a) inspecionar visualmente os tubos quanto a existência de sulcos ou estrias, trincas,


corrosão ou desgaste na região de passagem pelos espelhos, empenamentos e
deformações localizadas, oxidação externa devido à alta temperatura;
b) verificar o estado dos tubos quanto a deformações, desgastes na região dos
ramonadores, corrosão generalizada ou localizada e desgaste por abrasão, junto aos
suportes dos tubos; no caso dos tubos pinados remover alguns pinos para medição de
espessura do tubo;
c) solicitar a abertura de plugues de alguns cabeçotes para verificar a existência de coque;
efetuar medição de espessura nas curvas de retorno;
d) verificar os suportes dos tubos, espelhos, tirantes e chapas da camisa quanto a perda
de espessura, trincas ou rupturas;
e) inspecionar os termopares de parede, poços de indicadores de temperatura e tomadas
de gases para análise, quanto a corrosão e trincas.

5.2.6.2 Serpentina de Vapor

a) efetuar medição de espessura e martelamento, nos tubos e curvas;


b) inspecionar visualmente os tubos e curvas quanto a corrosão, trincas, deformações e
desgaste por abrasão, junto aos suportes.

5.2.6.3 Ramonadores

a) remover os ramonadores para revisão mecânica;


b) inspecionar lanças, bicos, suportes e válvulas de vapor quanto às condições físicas;
verificar as válvulas de vapor quanto à sua estanqueidade.

5.2.6.4 Refratário

a) inspecionar o refratário e o isolamento térmico, atentando para fissuras,


desprendimentos, perda de ancoragem e decomposição do revestimento por ação
química, conforme PETROBRAS N-1951; quando o revestimento, isolante for de manta
fibro-cerâmica, este deve ser verificado quanto à impregnação associada à umidade e
o estado de suas ancoragens;

NOTA Atentar para a região dos ramonadores onde a deterioração é mais intensa,
devido ao vazamento de condensado.

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b) verificar a vedação entre espelhos e tubos e das tampas das caixas de curvas e
cabeçotes.

5.2.6.5 Chaparia

a) efetuar inspeção visual e teste de martelo para avaliação das regiões a serem
reparadas;
b) verificar as chapas defletoras quanto a empenos, sustentação e corrosão;
c) inspecionar as camisas dos ramonadores quanto a corrosão e trincas nas soldas com a
chaparia do forno e chapas de proteção do refratário;
d) verificar as condições da pintura externa da chaparia.

5.2.7 Caixa de Fumaça e Chaminé

a) efetuar inspeção visual externa e martelamento nas chapas;


b) efetuar martelamento nos parafusos de união das seções da chaminé e remover dois
desses para inspeção;
c) verificar os mancais, cabos, guias e juntas de acionamento do abafador;
d) verificar o refratário quanto a fissuras, desprendimentos, perda de ancoragem e perda
de espessura;
e) examinar a chapa do abafador (“damper”), seu eixo e a sede de assentamento quanto a
perda de espessura por corrosão e deformações; verificar a incidência de corrosão nas
extremidades internas do eixo do abafador, devido à condensação de gases; verificar
se o abafador não está sofrendo interferências;
f) verificar as juntas de dilatação quanto à vedação, trincas, deformações e corrosão;
g) verificar as condições das escadas, plataformas e dispositivos de içamento existentes
na chaminé;
h) verificar os cabos e conexões elétricas de pára-raios e aterramento da chaminé;
i) verificar as condições físicas dos “chapéus chineses” caso existam.

5.2.8 Caixa de Cabeçotes/Curvas

a) inspecionar a chaparia das caixas, tampas, bem como as vigas estruturais;


b) inspecionar as chapas (almofadas) de contenção do isolamento térmico e as chapas do
piso da câmara;
c) verificar os espelhos com relação a trincas e deslocamentos;
d) verificar os anéis suportes dos espelhos com relação a trincas, deformações e redução
de espessura;
e) verificar o estado do concreto isolante quanto à deteriorações e quedas.

6 Critérios de Aceitação

6.1 Refratários

Todos os serviços devem ser realizados de acordo com os critérios de aceitação da PETROBRAS
N-1951.

6.2 Serpentina

a) todas as espessuras encontradas devem estar acima da espessura mínima de projeto


calculada conforme o API STD 530 acrescida da sobre-espessura de corrosão prevista
para a próxima campanha;
b) no caso de serem constatadas deformações localizadas (laranjas) fazer medição de
espessura após remoção do óxido e verificar a existência de depósito interno;

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c) a deformação longidutinal não deve aproximar o tubo deformado do tubo vizinho ou da


parede refratária menos de 1/5 de seu diâmetro externo; o tubo também não deve se
aproximar da chama a ponto de ultrapassar o círculo de chama definido no projeto;
devem ser rejeitados os tubos que, pela deformação, se afastam dos suportes,
transferindo carga excessiva para suportes adjacentes; devem ser condenados os tubos
horizontais que se afastem um diâmetro num comprimento de 20 diâmetros; para tubos
verticais admite-se uma deformação maior desde que atendidas as recomendações
anteriores;
d) todos os ensaios e testes hidrostáticos devem ser conduzidos conforme ASME B 31.3;
e) tubos coqueados devem ser substituídos sempre que por qualquer razão, o
descoqueamento não puder ser realizado;

NOTA 1 Estes critérios devem ser aplicados para os tubos na condição fria, (Conforme
definido no Anexo C).
NOTA 2 O critério definido em c) deve ser adotado sempre que não houver recomendação
específica de projeto ou da unidade operacional.

f) o coque remanescente de operação de descoqueamento deve ser avaliado de acordo


com os critérios do Anexo D.

6.3 Suportes

Os suportes não devem apresentar trincas nem perda de espessura em pontos críticos.

6.4 Queimadores

Todos os queimadores devem estar alinhados, nivelados, centralizados e regulados conforme projeto.

6.5 Ramonadores

Devem estar perfeitamente alinhados e revisados, sem vazamentos de vapor e condensado pela
válvula de bloqueio.

6.6 Termopares de Parede

Devem ser testados pela instrumentação, antes da entrada em operação do forno.

6.7 Abafadores

Devem atuar adequadamente quando do seu acionamento.

6.8 Tubos de Vapor de Abafamento

Deve ser admitido vapor para verificação de obstrução ou vazamentos pelos bloqueios.

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Anexo A - Figura

Forno caixa c/serpentina Forno cilíndrico


em arco c/serpentina helicoidal

Forno cabine com Forno cilíndrico com


serpentina horizontal serpentina vertical

Figura A.1 - Tipos Típicos De Fornos

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Anexo B - Lista de Ferramentas e Equipamentos

1 - Martelo de Bola 300 gramas.

2 - Espátula.

3 - Medidor de Espessura por Ultra-Som.

4 - Lixa.

5 - Estilete.

6 - Paquímetro.

7 - Aparelho de Dureza Portátil.

8 - Trena.

9 - Papel de Tornassol (Ph).

10 - Lanterna.

11 - Calibre.

12 - Aparelho para Ensaio de Partículas Magnéticas.

13 - Espelho.

14 - Material para Ensaio com Líquido Penetrante.

15 - Ímã.

16 - Farol de Milha com Bateria.

17 - Máquina Fotográfica.

18 - Marcador Industrial.

19 - Giz de Cera.

20 - Boroscópio/Fibroscópio.

21 - Aparelho de Termografia.

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Anexo C - Figura


A

10 Ø
20 Ø

Ø - Diâmetro externo

Figura C.1 - Critérios De Aceitação De Deformação De Tubos Na Condição Fria

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Anexo D - Critérios de Aceitação do Descoqueamento

D.1 Descoqueamento com Ar e Vapor

D.1.1 Inspeção Radiográfica

a) camada de coque uniformemente distribuída: espessura admissível  3 mm;


b) camada de coque localizada e não sujeita a incidência de chama: espessura admissível
 8 mm.

D.2 Descoqueamento com Turbina

D.2.1 Tubos com Espessura de Parede  6,0 mm

D.2.1.1 Inspeção Radiográfica

Camada de coque uniformemente distribuída ou localizada: espessura admissível 2 mm.

D.2.1.2 Inspeção Visual

a) geratriz do tubo voltada para a chama e superior: pequenas ilhas de coque esparsas,
tamanho aproximado (50 mm x 50 mm);
b) geratriz do tubo voltada para a parede e inferior: ilhas de coque esparsas, tamanho
aproximado (50 mm x 50 mm).

D.2.2 Tubos com Espessuras de Parede  6,0 mm

D.2.2.1 Inspeção Radiográfica

Camada de coque uniformemente distribuída ou localizada: espessura admissível  3 mm.

D.2.2.2 Inspeção Visual

a) geratriz do tubo voltada para a chama e superior: pequenas ilhas de coque esparsas,
tamanho aproximado (50 mm x 100 mm);
b) geratriz do tubo voltada para a parede e inferior: ilhas de coque esparsas, tamanho
aproximado (70 mm x 100 mm).

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Revalidação

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Seção 2 Revisado

4.1.2 Revisado - NOTA

5.1 j), l) e m) Revisado

5.2.5.1 i) Revisado

IR 1/1

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