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N-2414 - Inspeção em Serviço de Esferas de Armazenamento

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N-2414 REV.

C SET / 2000

INSPEÇÃO EM SERVIÇO DE
ESFERA DE ARMAZENAMENTO

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Toda esta Norma foi alterada em relação à revisão anterior.

Cabe à CONTEC – Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
Recomendada].
SC - 23
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Inspeção de Sistemas e
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Equipamentos em Operação
Autora.

As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 10 páginas


N-2414 REV. C SET / 2000

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para inspeção de esferas de armazenamento em
serviço.

1.2 Esta Norma se aplica à inspeção em serviço de esferas de armazenamento, após a data de
sua edição.

1.3 Esta Norma contém Requisitos Mandatórios e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

NR-13 - Caldeiras e Vasos de Pressão, Portaria n.° 23, do


Ministério do Trabalho;
PETROBRAS N-269 - Montagem de Vaso de Pressão;
PETROBRAS N-1375 - Pintura de Esfera e Cilindro para Armazenamento de
Gás Liqüefeito Derivado de Petróleo e Amônia;
PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som;
PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia;
PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;
PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;
PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partículas Magnéticas;
PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;
PETROBRAS N-2247 - Válvula Esfera em Aço para Uso Geral e Fire Safe;
PETROBRAS N-2368 - Inspeção de Válvulas de Segurança e Alívio;
PETROBRAS N-2555 - Inspeção em Serviço de Tubulações.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.6.

3.1 Inspeção Externa

Inspeção de todos os componentes que podem ser verificados com a esfera em operação.

3.2 Inspeção Geral

Inspeção interna e externa de todos os componentes com a esfera fora de operação.

3.3 Esfera

Vaso esférico para armazenamento sob pressão de gases liqüefeitos.

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3.4 Descontinuidade Relevante

Descontinuidade passível de registro como estabelecido no código de projeto do equipamento.

3.5 Calota

Conjunto de chapas dos pólos de cada hemisfério da esfera, que se fixa à esfera pela solda
horizontal mais próxima do pólo.

3.6 Profissional Habilitado

Conforme definido na norma NR-13.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Periodicidade de Inspeção

4.1.1 Inspeção Geral (Externa e Interna)

A inspeção geral deve ser efetuada conforme definido na norma NR-13 ou em prazos menores
a critério do profissional habilitado.

4.1.2 Teste Hidrostático

A periodicidade do teste hidrostático deve ser definido no Plano de Inspeção com prazo
máximo da norma NR-13.

4.1.3 Inspeção de Válvula de Segurança

A inspeção de válvulas de segurança (PSVs) deve ser efetuada conforme descrito na norma
PETROBRAS N-2368 e periodicidade estabelecida no Plano de Inspeção com prazo máximo
da norma NR-13.

4.2 Preparação para Inspeção

4.2.1 Recomenda-se verificar os seguintes itens, a fim de que possa ser elaborada a
programação de inspeção: [Prática Recomendada]

a) relatórios de inspeções anteriores;


b) periodicidade de inspeção conforme item 4.1;
c) recomendações de inspeção efetuadas durante a operação;
d) modificações de projeto;
e) normas de construção do equipamento;
f) materiais e equipamentos de inspeção conforme ANEXO A;
g) relatórios de não-conformidade da fase de construção e montagem;

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h) histórico de anormalidades operacionais;


i) desenhos do equipamento.

4.2.2 Recomenda-se ser providenciado um resumo de todas as informações pertinentes


coletadas durante a vida do equipamento (pontos críticos, valores de espessura medidos e
espessura mínima do equipamento). [Prática Recomendada]

4.3 Requisitos de Segurança e Ambientais

4.3.1 Devem ser considerados os aspectos de riscos e impactos ambientais, causados por essa
atividade.

4.3.2 Verificar se foi emitida a permissão de trabalho conforme a norma PETROBRAS


N-2162. Em caso de não-conformidades, comunicar ao órgão de segurança industrial.

4.3.3 Utilizar os EPIs necessários para execução dos serviços de inspeção.

4.3.4 Verificar se os acessos, andaimes e iluminação são suficientes e adequados. A avaliação


deve ser efetuada pelos órgãos de segurança industrial e saúde ocupacional.

4.3.5 Verificar se os trabalhos de manutenção em paralelo oferecem riscos à segurança.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Roteiro de Inspeção Externa (em Operação)

5.1.1 Inspeção Visual

Através da inspeção visual externa do equipamento executada conforme norma PETROBRAS


N-1597, observar as condições dos itens 5.1.1.1 a 5.1.1.11.

5.1.1.1 Pintura do Equipamento

Verificar a ocorrência de empolamento, empoamento, descascamento, arranhões,


fendilhamento e impregnação de impurezas.

5.1.1.2 Dispositivo de Aterramento

Verificar os dispositivos de aterramento observando as condições físicas das ligações.

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5.1.1.3 Sistema de Combate a Incêndio

Verificar o sistema de combate a incêndio, observando as suas condições físicas.

5.1.1.4 Sistema de Intertravamento das Válvulas de Segurança

Verificar o sistema de intertravamento das válvulas de segurança, quanto às condições físicas.

5.1.1.5 Revestimento Contra Fogo (“Fire Proof”)

Verificar a ocorrência de trincas, desgastes, avarias, assim como a chaparia das pernas.

5.1.1.6 Tubulações de Entrada e Saída

Verificar, quanto às condições físicas e de corrosão, as tubulações, suportes, pintura e


isolamento.

Nota: A inspeção das tubulações deve ser feita de acordo com a norma PETROBRAS
N-2555.

5.1.1.7 Tirantes das Pernas de Sustentação

Verificar o tensionamento dos tirantes das pernas (não devem estar folgados) bem como o
estado de suas roscas, pintura e condições físicas.

5.1.1.8 Escadas, Plataformas, Suportes e Soldas de Fixação do Equipamento

Verificar as condições dos componentes quanto ao estado da pintura, avarias mecânicas, e


quanto a existência de furos para escoamento de água.

5.1.1.9 Piso sob o Equipamento

Verificar as condições físicas, avarias e limpeza.

5.1.1.10 Bocas de Visita

Verificar as condições físicas, as soldas, os parafusos, porcas e condições de limpeza.

5.1.1.11 Tubulações de Pequeno Diâmetro e Conexões

Verificar as condições físicas.

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5.1.2 Medição de Espessura

Realizar medição de espessura em pontos definidos no Registro de Medição, conforme a


norma PETROBRAS N-1594, ficando a localização dos pontos a critério do profissional
habilitado.

5.2 Roteiro de Inspeção Geral (Fora de Operação)

5.2.1 Inspeção Externa

Antes da parada do equipamento é recomendável fazer inspeção preliminar externa e emitir


recomendação prévia. A inspeção externa deve ser efetuada conforme o roteiro descrito no
item 5.1 e acrescido dos itens a seguir.

5.2.1.1 Efetuar inspeção visual externa e medição de espessura conforme itens 5.1.1 e 5.1.2.

5.2.1.2 Recomenda-se efetuar inspeção por Partículas Magnéticas conforme a norma


PETROBRAS N-1598 nas regiões definidas pelo profissional habilitado. [Prática
Recomendada]

Notas: 1) A inspeção por Partículas Magnéticas pode abranger outras regiões, caso sejam
encontradas descontinuidades relevantes.
2) Efetuar a inspeção das soldas de ligação das pernas com o casco, por
amostragem, em todas as paradas do equipamento.
3) Recomenda-se inspeção por Líquidos Penetrantes quando da impossibilidade da
execução do ensaio por Partículas Magnéticas. O ensaio por Líquidos
Penetrantes deve ser conforme a norma PETROBRAS N-1596.

5.2.1.3 Conexões

Verificar as condições físicas dos flanges (abas e ranhuras) e estojos.

5.2.1.4 Válvulas “Fire-Safe”

Devem ser inspecionadas visualmente e deve ser efetuado teste de vedação. Verificar se estão
conforme a norma PETROBRAS N-2247.

5.2.1.5 Válvulas de Bloqueio das PSVs

As válvulas de bloqueio das PSVs devem ser testadas quanto à vedação.

5.2.1.6 Pernas de Sustentação

Deve ser observado o concreto do “fire proof” quanto a deterioração, fissuras e existência de
infiltração.
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Nota: Recomenda-se remover trechos do concreto para inspeção do estado de corrosão


das pernas. [Prática Recomendada]

5.2.1.7 Linha de Equalização

Inspecionar conforme requisitos da norma PETROBRAS N-2555.

5.2.2 Inspeção Interna

5.2.2.1 Inspeção Visual

Inspecionar visualmente a parte interna do equipamento conforme a norma PETROBRAS


N-1597, verificando, no mínimo, as condições dos itens abaixo:

a) pintura interna (se existente):


- verificar a ocorrência de descascamento, arranhões e empolamento;
b) chapas:
- verificar o estado geral quanto a corrosão, danos mecânicos e empolamentos
pelo hidrogênio;
c) conexões:
- verificar as condições físicas;
d) sistema de medição de nível e fixação dos cabos das bóias:
- verificar as condições físicas, operacionalidade e desgaste.

5.2.2.2 Inspeção por Partículas Magnéticas

Recomenda-se efetuar ensaio por Partículas Magnéticas conforme a norma PETROBRAS


N-1598 nas regiões definidas pelo profissional habilitado. [Prática Recomendada]

Notas: 1) Caso sejam encontradas descontinuidades relevantes deve ser avaliada a


necessidade de extensão do ensaio à outras áreas.
2) Quando da impossibilidade de execução do ensaio por Partículas Magnéticas,
deve ser utilizada a inspeção por Líquido Penetrante conforme a norma
PETROBRAS N-1596.

5.2.2.3 Inspeção por Ultra-Som

Recomenda-se que a inspeção por Ultra-Som seja efetuada, quando houver evidências da
existência de H2S no produto armazenado, ou de outros fatores que possam provocar o
desenvolvimento de defeitos internos nos locais definidos pelo profissional habilitado. O
ensaio por Ultra-Som deve ser executado conforme a norma PETROBRAS N-1594. [Prática
Recomendada]

Nota: Caso seja necessário complementar o ensaio efetuado por Ultra-Som por ensaio
Radiográfico, este deve ser efetuado de acordo com a norma PETROBRAS
N-1595.
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5.2.2.4 Medição de Dureza

Caso na inspeção sejam detectadas descontinuidades relevantes recomenda-se serem


verificadas as regiões quanto medição de dureza. [Prática Recomendada]

5.3 Ensaios Complementares

A critério do profissional habilitado podem ser utilizados técnicas alternativas de inspeção


(por exemplo: Emissão Acústica; Ultra-Som automatizado) com o objetivo de direcionar,
complementar ou substituir os ensaios citados anteriormente.

6 REPAROS

Todos os reparos devem ser realizados conforme recomendações de inspeção específicas,


devendo obedecer ao código de projeto do equipamento ou a critério do profissional
habilitado podem ser utilizados tecnologias de cálculo ou procedimentos mais avançados em
substituição aos previstos pelo código de projeto.

Nota: Na execução de reparos deve ser atendido o requisito da norma NR-13.

7 TESTE HIDROSTÁTICO

7.1 O teste hidrostático deve ser efetuado como estabelecido na norma PETROBRAS N-269
ou a critério do profissional habilitado.

Nota: Antes de se definir pela execução do teste hidrostático deve ser verificado se as
fundações estão adequadas ou se existem outras razões técnicas que o inviabilizem.

7.2 A pressão do teste deve ser definida considerando os códigos de projeto, a norma
PETROBRAS aplicável e o estado físico do equipamento.

8 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

8.1 Ensaios Não-Destrutivos

Conforme prescrições do código de projeto da esfera, a critério do profissional habilitado ou


conforme definido no Capítulo 6.

8.2 Dureza

A dureza máxima deve ser conforme o código de projeto aplicável.

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8.3 Pintura

Continuidade e espessura da película, devem ser conforme os critérios da norma


PETROBRAS N-1375.

8.4 Vida Residual

A vida residual do equipamento deve ser calculada de acordo com o código de projeto ou
utilizando critérios alternativos definidos pelo profissional habilitado.

8.5 Teste Hidrostático

O teste hidrostático é considerado aceitável segundo os critérios da norma PETROBRAS


N-269.

9 REGISTRO DE RESULTADOS

9.1 Todos os itens inspecionados, defeitos encontrados e reparos devem ter sua localização e
identificação registradas de forma precisa em um Relatório de Inspeção conforme requisitos
mínimos contidos na norma NR-13. O Relatório de Inspeção deve ser rastreável.

9.2 Deve ser emitido um Registro de Segurança como estabelecido na norma NR-13.

____________

/ANEXO A

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ANEXO A - EQUIPAMENTOS, INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE INSPEÇÃO


(MÍNIMO)

- Lanterna;
- Martelo (aço ou bronze) de 300 g;
- Pano, lixas-ferro, escova manual e espátula;
- Marcador industrial;
- Medidor de espessura de película de tinta;
- Estilete;
- Medidor de dureza de campo;
- Medidor de espessura por Ultra-Som;
- Conjunto de Líquido Penetrante;
- Conjunto de Partículas Magnéticas
- Trena de 2 m;
- Prancheta com formulários, esquemas das chapas e juntas soldadas e cadernetas
de campo;
- Sacos plásticos para amostragem;
- Aparelho ultra-sônico.

____________

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