Apostila Bromatologia 2019.2 PDF
Apostila Bromatologia 2019.2 PDF
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Apostila de Bromatologia
Aulas práticas
Niterói, 2019
Autoras
a
Prof . DSc. Alexandra Anastácio Monteiro
Pró-Reitora de Graduação e professora da Faculdade de Nutrição Emília de Jesus Ferreiro - Ciências dos Alimentos.
Programa de Pós-graduação em Ciência da Nutrição UFF
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Apresentação
A Ciência dos Alimentos consiste numa área ampla e abrange, entre inúmeros assuntos, a
Bromatologia. A palavra “Bromatologia” vem do grego: broma que significa “alimento” e logos,
“ciência”. Refere-se ao estudo da composição química dos alimentos (especialmente, macronutrientes,
micronutrientes e compostos bioativos) e das propriedades físico-químicas. A Bromatologia também
apura se os alimentos e/ou produtos alimentícios são de qualidade e estão em conformidade com a
legislação brasileira vigente.
Esta apostila tem como objetivo fornecer aos alunos um material atualizado sobre Bromatologia
com uma linguagem aplicada.
Os Autores
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SUMÁRIO
2 - Mel ........................................................................................................................................... 12
3 - Frutas ....................................................................................................................................... 15
5.3. Determinação do conteúdo de ácido ascórbico (Vitamina C) em frutas e derivados (Método Iodométrico)
...............................................................................................................................................................18
4 – Leite ....................................................................................................................................... 20
6– Água ........................................................................................................................................ 26
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7- Edulcorantes – Análise Sensorial e Aplicação da Escala do Ideal ......................................... 28
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Modelo de laudo de análise da disciplina de bromatologia
Data de entrega do laudo:____/___/____
I. Identificação da amostra: nome dado para a amostra ex.: Amostra de leite desnatado
Objetivo da análise: o que vamos analisar ex.: determinar a acidez por volumetria
Quantidade coletada: Quantidade média necessária da amostra para cada uma das análises (ex. 5ml para acidez)
Análise da declaração de aditivos: Declara ou não? Se sim, quais? Está de acordo com a legistação? (Se o produto
analisado apresentar rótulo)
Análise da alegação de “contém glúten e lactose”: Declara ter ou não ter? Esta conforme a legistação?
Análise da informação nutricional complementar: Declara e está de acordo com a legislação?
Análise da porção para produtos industrializados: A porção está certa? É verdadeira? Esta de acordo com a legislação?
(Se houver rótulo)
Assinatura dos analistas: Todos do grupo que participaram da prática precisam assinar.
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1 – Farinha de Trigo
1.1. Secagem em Estufa
Materiais
Estufa
Balança analítica
Dessecador com sílica gel
Cápsula de porcelana ou de metal de 8,5 cm de diâmetro
Pinça e espátula de metal
Procedimento
Secar as cápsulas em estufa a 105ºC até que toda a água seja removida. Depois, colocá-las para
esfriar no dessecador. É necessário que todos os transportes das cápsulas sejam feitos com uma
pinça ou papel.
Pesar as cápsulas secas e frias.
Pesar 5g de amostra na cápsula tarada e levá-las para a estufa na temperatura conveniente e
deixar até o peso constante ou por no mínimo 3 horas.
Retirar as cápsulas de dentro da estufa e colocá-las no dessecador até elas esfriarem.
Pesar as cápsulas com a amostra seca depois de frias.
Calcular a umidade pela diferença entre o peso da amostra úmida e o peso da amostra seca. O
resultado equivale ao peso da água evaporada.
Calcular o teor de sólidos totais pela diferença entre o peso total da amostra e o peso da água.
5,00 g de amostra foi adicionada em uma cápsula de porcelana previamente tarado (peso cápsula =
15,00g). Após o processo de dessecação em estufa a 105ºC por o período de 1h, resfriamento em
dessecador, a cápsula apresentou o peso de 19,55g.
Cálculo
Tara cadinho = 15,00g Amostra integral = 5,00g
Tara cápsula+ amostra integral = 20,00g Amostra seca = 4,55g (19,55-15g)
Tara cápsula+ amostra seca = 19,15g
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Tabela 1. Dados necessários para a determinação de Unidade em uma amostra
(anotar durante a realização do procedimento)
Peso Cápsula
Peso + Peso
Peso Cápsula Amostra integral Amostra Seca Amostra Seca
Resíduo por incineração ou cinzas e o nome dado ao resíduo obtido por aquecimento de um
produto em temperatura próxima a 550-570 °C. Nem sempre este resíduo representa toda a substância
inorgânica presente na amostra, pois alguns sais podem sofrer redução ou volatilização nesse
aquecimento. Algumas amostras contendo sais de metais alcalinos que retém proporções variáveis de
dióxido de carbono nas condições da incineração são tratadas, inicialmente, com solução diluída de
acido sulfúrico e, após secagem do excesso do reagente, aquecidas e pesadas. O resíduo é, então,
denominado “cinzas sulfatizadas”. Muitas vezes, é vantajoso combinar a determinação direta de
umidade e a determinação de cinzas, incinerando o resíduo obtido na determinação de umidade.
Outros dados interessantes para a avaliação do produto podem ser obtidos no tratamento das
cinzas com água ou ácidos e verificação de relações de solúveis e insolúveis. Um baixo conteúdo de
cinzas solúveis em água é indício que o material sofreu extração previa.
Materiais
Cápsula de porcelana ou platina de 50 mL
Mufla
Dessecador com cloreto de cálcio anidro ou sílica gel
Balança analítica
Espátula
Pinça de metal.
Procedimento
OBS: a calcinação consiste na submissão do cadinho em mufla a 550ºC por 1 ou 2h, a fim de retirar quaisquer impurezas que,
porventura, possam estar aderidas ao recipiente. Portanto, minimiza erros analíticos, descontando as cinzas provenientes de
impurezas.
1.3. Glúten
Materiais e Reagentes
Balança analítica
Estufa
Tamis de malha 100
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Dessecador
Béquer de 100 mL
Proveta de 50 mL
Vidro de relógio
Bastão de vidro.
Solução saturada de iodo
Solução de cloreto de sódio a 5% m/v.
Procedimento
Pesar aproximadamente 40 g da amostra em um béquer de 100 mL.
Adicionar 20 mL de solução aquosa de cloreto de sódio a 5%. Misture bem com auxílio de um
bastão de vidro, até formar uma massa aglomerada compacta. Deixe em repouso por 30
minutos.
Adicionar água até cobri-la e deixe em repouso por mais 30 minutos.
Lavar o aglomerado com água corrente sobre um tamis de malha 100, apertando e amassando
levemente com as mãos. Continue a lavar até que a água não adquira coloração azul, ao se
adicionar uma gota da solução de iodo saturada.
Reunir a massa, os fragmentos que eventualmente tenham passado pelo tamis. Transfira para
um vidro de relógio, previamente aquecido em estufa a 105°C, por 1 hora e resfriado em
dessecador até a temperatura ambiente e pesado.
Levar o vidro de relógio com a massa para estufa a 105°C, durante 3 horas.
Resfriar em dessecador até temperatura ambiente e pesar.
40,50g de farinha de trigo após a adição de água salina a 5% em repouso por 30 mim formou 14,5g de
glúten. Após o processo de secagem em estufa sobre um vidro de relógio (peso = 15g), o peso do
glúten + vidro de relógio era de 20,8g. Determine a % de glúten úmido e glúten seco.
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Tabela 3. Dados necessários para a determinação de glúten úmido e seco em amostras de farinha de
trigo (anotar durante a realização do procedimento)
Peso farinha de Peso Glúten úmido Peso vidro de Peso vidro de relógio
trigo relógio +
Glúten seco
1.4. Branqueadores
São adicionados á farinha de trigo para promover a oxidação dos pigmentos carotenoides
naturalmente presentes na farinha de trigo.
Materiais e reagentes
Procedimento
Pesar 20g de amostra, transferindo para um Erlenmeyer de rolha esmerilhada
Adicionar 100mL de éter de petróleo
Agitar vigorosamente
Permanecer em repouso por 24h.
Observar a cor do sobrenadante
Obs. O éter de petróleo extrai os compostos carotenoides presentes na farinha de trigo, tornando a coloração amarelada.
Na presença de agentes de maturação, oxidantes dos compostos carotenoides, o sobrenadante permanece incolor.
2 - Mel
O mel é um produto elaborado por abelhas a partir do néctar e/ou exsudatos sacarínicos de
plantas. O mel consiste basicamente de água, proteínas, açúcares, frutose, glicose, sacarose, maltose e
outros carboidratos. Contém em menor proporção uma mistura complexa de enzimas, ácidos
orgânicos, aminoácidos, vitaminas e minerais.
Brix (símbolo °Bx) é uma escala numérica de índice de refração (o quanto a luz desvia em
relação ao desvio provocado por água destilada) de uma solução, comumente utilizada para determinar,
de forma indireta, a quantidade de compostos solúveis numa solução de sacarose. A escala Brix é
utilizada na indústria de alimentos para medir a quantidade aproximada de açúcares em sucos
de fruta, vinhos e na indústria de açúcar, bem como outras soluções. Um grau Brix (1°Bx) é igual a 1g
de açúcar por 100 g de solução, ou 1% de açúcar. Uma solução de 25 °Bx tem 25 gramas do açúcar da
sacarose por 100 gramas de líquido. O índice de refração mede a resistência à passagem da luz. O
instrumento usado para medir a concentração de soluções aquosas é o refratômetro.
Materiais
Refratômetro
Balão volumétrico 100mL
Água destilada
Procedimento
Diluir a amostra á 10% (10g de amostra diluídas em um balão volumétrico de 100 mL de água
destilada)
Transferir de 3 a 4 gotas da solução para o prisma do refratômetro
Observar o valor de º Brix.
Fazer a correção da temperatura de acordo com a tabela 4.
Converter este valor considerando a diluição em que a amostra foi submetida
Tabela 4: Correção para obter o valor real do grau Brix em relação à temperatura.
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2.2 Análise de pH
A acidez do mel deve-se a diversos fatores, tais como, à variação dos ácidos orgânicos causada
pelas diferentes fontes de néctar, atividade enzimática da glicose-oxidase que origina o ácido glucônico,
ação das bactérias durante a maturação e aos minerais presentes na sua composição. Valores elevados
de acidez são indicativos de fase adiantada de fermentação no mel.
Materiais
pHmetro
Água destilada
Procedimento
Pesar cerca de 10g de amostra
Diluir a amostra em 75mL de água
Homogeneizar a solução e medir o pH.
Registrar o valor pH emitido pelo pHmetro.
Obs. para medir o pH com fita, preparar a mesma solução e inserir a fita indicadora.
Materiais e reagentes
Balança analítica
Banho-maria
Chapa elétrica
Espátula metálica
Balão de fundo chato de 250 mL
Balões volumétricos de 100, 200, 250, 500 e 1000 mL
Pipetas volumétricas de 5 e 50 mL
Pipeta graduada de 1 mL
Buretas de 10 e 25 mL
Funil pequeno.
Solução de azul de metileno a 1%
Soluções de Fehling A e Fehling B
Procedimento
Pesar 2g de amostra homogeneizada em béquer de 250 mL (anotar o peso).
Adicionar 50 mL de água destilada e homogeneizar com bastão de vidro.
Transferir para balão volumétrico de 250 mL (não completar o volume).
Transferir a solução de mel para a bureta.
Pipetar volumetricamente 5 mL de Fehling A e 5 mL de Fehling B para o erlenmeyer.
Adicionar 40 mL de água destilada. Aquecer até ebulição e gotejar a solução da amostra até que
inicie o descoramento.
Mantendo a ebulição, adicionar 1 gota de azul de metileno a 1% e continuar a titulação até
descoloração do indicador e precipitado cor vermelho-tijolo.
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Anotar o volume gasto.
OBS. Os açúcares redutores (glicose e frutose) são as frações dominantes, representando em torno de 85,00 a 95,00% dos
carboidratos presentes no mel.
Materiais e Reagentes
Balança analítica
Banho-maria
Espátula metálica
Proveta de 50 mL
Béquer de 50 mL
Pipeta graduada de 1 mL
Bastão de vidro.
Solução de Lugol
Procedimento
Pesar 10 g da amostra em um béquer de 50 mL.
Adicione 20 mL de água e agite.
Deixe no banho-maria fervente por 1 hora e em seguida resfrie a temperatura ambiente.
Adicione 0,5 mL da solução de Lugol.
Faça a mesma prova para um mel puro para comparação.
OBS. Na presença de glicose comercial ou xaropes de açúcar, a solução ficara colorida de marrom-avermelhada a azul. A
intensidade da cor depende da qualidade e da quantidade das dextrinas ou amido, presentes na amostra fraudada.
3 - Frutas
O processo de amadurecimento das frutas acontece devido a um gás produzido por elas
mesmas: etileno. A molécula desta substância química natural é formada por dois átomos de carbono e
quatro átomos de hidrogênio. O etileno funciona como um hormônio e é produzido a partir das
células, estando presente em toda a estrutura do fruto, desde a casca até o seu interior. Durante o
processo de amadurecimento das frutas ocorrem as três seguintes reações:
Oxidação de lipídios – reação produzida pelo gás etileno e responsável pelo rompimento das
fibras da fruta, deixando-a macia;
Hidrólise do amido – durante esse processo de quebra das ligações de amido que aparece a
doçura das frutas maduras. Nesta reação, a molécula do amido que está no interior do fruto
verde é quebrada, produzindo açúcares e, consequentemente, deixando-a mais doce;
Hidrólise das moléculas de clorofila – O gás etileno também é responsável por quebrar as
moléculas de clorofila – um pigmento que fornece a cor verde dos vegetais – que estão
presentes na casca da fruta. Durante o amadurecimento da fruta, a clorofila vai diminuindo e,
por isso, a fruta muda de cor, tornando-se avermelhada ou amarelada.
O conceito de qualidade de frutas envolve vários atributos. Aparência visual (frescor, cor,
defeitos e deterioração), textura (firmeza, resistência e integridade do tecido), sabor e aroma, valor
nutricional e segurança do alimento fazem parte do conjunto de atributos que definem a qualidade.
O valor nutricional e a segurança do alimento do ponto de vista da qualidade microbiológica e
da presença de contaminantes químicos ganham cada vez mais importância por estarem relacionados à
saúde do consumidor.
A qualidade da fruta está relacionada a fatores envolvidos nas fases pré-colheita e pós-colheita,
ou seja, na cadeia produtiva. Dentre eles, destacamos os problemas de manuseio, como danos
mecânicos e exposição dos produtos em temperaturas elevadas prejudiciais a sua conservação, o uso
indiscriminado de agrotóxicos, as contaminações microbiológicas dos produtos provenientes
principalmente de fontes de contaminação no cultivo e da falta de higiene e sanitização no manuseio e
processamento dos mesmos.
Controle de Qualidade
As frutas são ricas em vitaminas, minerais e fibras que são importantes para uma alimentação
saudável. A qualidade das frutas está relacionada com:
A safra
As alterações climáticas
A contaminação do solo e da água
O uso de agrotóxicos
O transporte e armazenamento inadequados.
As frutas devem apresentar: alta qualidade, coloração, tamanho e formato uniformes, bom
desenvolvimento e firmeza, boa resistência ao toque.
Cuidados importantes para manter a qualidade das frutas até o momento do consumo:
Deverão ser armazenadas sob temperatura adequada, sendo em muitos casos necessária a
refrigeração - o calor acelera a deterioração e aumenta as perdas de nutrientes.
As frutas que não forem armazenadas no refrigerador devem estar em caixas plásticas próprias,
higienizadas e em bom estado de conservação, sobre paletes, estrados ou em prateleiras.
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Acidez das Frutas
Materiais e Reagentes
Béquer
Balão volumétrico
Erlenmeyer 300mL
Proveta
Solução de Hidróxido de Sódio (NaOH) 0,01M
Solução de Fenolftaleína 1%
Procedimento
Pesar 10 mL (anotar o peso referente ao volume) da amostra homogeneizada em um béquer.
Dilua a amostra com água destilada e transfira para um balão volumétrico de 100 mL.
Transfira 10mL da amostra diluída para um Erlenmeyer.
Adicione 03 gotas de solução de fenolftaleína 1%.
Titule com solução de hidróxido de sódio 0,01M sob agitação constante, até coloração rósea
persistente por 30 segundos.
Materiais e reagentes
Refratômetro com escala graduada de Brix (mín 0,5%)
Procedimento
Transfira de 3 a 4 gotas da amostra homogeneizada para o prisma do refratômetro.
Após alguns segundos, leia diretamente na escala os graus Brix.
Se a determinação for realizada à temperatura ambiente, diferente de 20°C, corrija a leitura em
relação à temperatura segundo a Tabela 5.
Se, as partículas sólidas da amostra prejudicarem a nitidez da leitura, filtre em papel de filtro ou
em pedaço de algodão.
Tabela 5: Correção para obter o valor real do grau Brix em relação à temperatura.
Tabela 7: Correção do valor dos graus Brix em relação ao ácido cítrico contido na amostra.
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1,8 0,36
2,0 0,39
2,2 0,43
Materiais e Reagentes
Papel de filtro
Balança analítica.
Béqueres de 50 e 250 mL.
Frasco Erlenmeyer de 300 mL.
Pipetas graduadas de 1 e 10 Ml.
Pipeta volumétrica de 10 mL.
Buretas de 10 e 25 mL.
Balões volumétricos de 100 e 1000 mL.
Funil de vidro.
Bastão de vidro.
Proveta de 50 mL.
Solução de ácido sulfúrico a 20% v/v.
Solução de iodeto de potássio a 10%, m/v.
Solução de amido a 1%, m/v.
Solução de iodato de potássio 0,02 M
Solução-padrão de iodato de potássio 0,002 M (1 mL de iodato de potássio 0,002 M equivale a 0,8806
mg de ácido ascórbico).
Procedimento
Homogeneíze a amostra e pese uma quantidade que contenha ao redor de 5 mg de ácido
ascórbico.
Transfira para um frasco Erlenmeyer de 300 mL com auxílio de aproximadamente 50 mL de
água.
Adicione 10 mL de solução de ácido sulfúrico a 20%.
Homogeneíze, e se necessário, filtre para outro frasco Erlenmeyer, lavando o filtro com água, e
logo após com 10 mL da solução de ácido sulfúrico a 20%.
Adicione 1 mL da solução de iodeto de potássio a 10% e 1 mL da solução de amido a 10%.
Titule com solução de iodato de potássio até coloração azul. Dependendo da quantidade de
vitamina C contida na amostra, utilize a solução de iodato de potássio a 0,02 M ou 0,002 M.
Faça uma prova em branco.
Em um Erlenmeyer foram adicionados 5mL de suco de manga. Na titulação com iodato de potássio
0,002M foram gastos 3mL de solução. Não foi gasto volume de solução de iodato de potássio na
titulação do branco.
Lembrete: 1 mL de iodato de potássio 0,002 M equivale a 0,8806 mg de ácido ascórbico
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100 x (V-Vb) x F = Vitamina C mg por cento m/m
P
Onde:
V = volume de iodato gasto na titulação
Vb = volume de iodato gasto na titulação do branco
F=valor de equivalência 1mL de iodato/ ácido ascórbico
P= peso ou volume da amostra
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4 – Leite
A acidez indica o estado de conservação do leite. Uma acidez alta é o resultado da acidificação
da lactose, provocada por microrganismos em multiplicação no leite. A acidez tende, portanto, a
aumentar à medida que o leite vai envelhecendo.
Materiais e Reagentes
Pipeta volumétrica de 10 mL
Béquer de 100 mL
Bureta de 25 mL.
Solução de hidróxido de sódio 0,1 M
Solução de fenolftaleína a 1%.
Procedimento
Transfira, com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 10 mL da amostra para um béquer de 100
mL (pipete previamente uma porção de leite e despreze-o).
Adicione 5 gotas da solução de fenolftaleína.
Titule com solução de hidróxido de sódio 0,1 M, utilizando bureta de 10mL, até o aparecimento
de uma coloração rósea.
10 mL de leite consumiram 2,3mL de solução de hidróxido de sódio 0,1M fc=1,0008. Qual o teor de
acidez em ácido lático (mg%)?
Considerando que:
Materiais e reagentes
Pipeta volumétrica de 10 mL
Béquer de 100 mL
Acidímetro de Dornic ou bureta de 10 mL.
Solução de Dornic (Hidróxido de sódio N/9)
Solução de fenolftaleína a 1%
Procedimento
Transfira, com auxílio de uma pipeta volumétrica, 10 mL da amostra para um béquer de 100mL.
Adicione 02 gotas da solução de fenolftaleína.
Titule com a solução de hidróxido de sódio N/9 (p/ Dornic), utilizando bureta de 10 mL até o
aparecimento de uma coloração rósea.
Titule com a solução de hidróxido de s
Faça a leitura e dê o resultado em graus Dornic.
Materiais
Béquer de 150mL
Pipeta volumétrica de 10mL
pHmetro
Balança analítica
Procedimento
Pese ou pipete 10g/10mL da amostra em um béquer
Com o aparelho previamente calibrado, introduza o eletrodo na amostra e verifique o valor de
pH
Obs. Na ausência de um pHmetro disponível, verificar faixa de pH com o uso de uma fita indicadora.
4.4 Densidade
O leite é uma emulsão de gordura em água e sua densidade fornece informações sobre a
quantidade de gordura nele contida. De maneira geral, alterações nos valores normais de densidade
indicam alterações em sua fração lipídica e/ou processos de fraude (diluição).
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Materiais e Reagentes
Lactodensímetro
Proveta 500mL
Solução salina (para determinação do fator de correção)
Procedimento
Este método objetiva estimar a estabilidade térmica do leite por meio da reação com solução
alcoólica. A ocorrência de coagulação se dá por efeito da elevada acidez ou desequilíbrio salino, quando
se promove a desestabilização das micelas do leite pelo álcool.
Materiais e Reagentes
Tubos de ensaio
Pipeta volumétrica 2mL
Solução de álcool 68%
Procedimento
Adicionar em um tubo de ensaio 2 mL da amostra e 2 mL de álcool a 68%, os quais devem ser
misturados cuidadosamente.
Observar reação.
A presença de coagulação indicará elevada acidez ou desequilíbrio salino, o que promove desestabilização das micelas do
leite pelo álcool
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se dará a redução da substância indicadora, tornando-a incolor. O resultado do teste de redutase é
expresso em minutos e não pelo número de bactérias.
Materiais e Reagentes
Tubo de ensaio
Leite cru
Pipeta volumétrica 10ml e 2ml
Azul de metileno
Procedimento
Pipetar 1ml de azul de metileno em tubos de ensaio, adicionar 10ml de leite e inverter o tubo 3
vezes vagarosamente, impedindo a incorporação de ar.
A primeira observação é feita 30 minutos após o início da análise e as outras observações de 60
em 60 minutos.
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5 – Óleos e gorduras
A determinação do teor de acidez tem como objetivo avaliar o estado de conservação do produto,
sendo também um indicativo de qualidade. É expressa como índice de acidez ou g de ácido oleico.
Materiais e Reagentes
Frasco Erlenmeyer de 300mL
Bureta 25mL
Solução indicadora de Fenolftaleína 1%
Solução de Hidróxido de sódio (NaOH) 0,01M
Etanol Aquecido
Procedimento
Adicione 5g de azeite ou óleo em um Erlenmeyer, juntamente como 10mL de etanol aquecido.
Agite até dissolução da amostra.
Adicione 2 gotas de solução de fenolftaleína.
Titule com solução de hidróxido de sódio 0,01M frente até a formação de coloração rósea
persistente.
Considerando que:
1 mol. Ácido oleico reage com 1 mol NaOH logo,
N°mol NaOH=0,01x0,9973x0,0025
N° mol NaOH= 0,00002493
N° mmol Ácido oleico= 0,00002493
Massa Ácido oleico = 0,00002493x282
Massa Ácido oleico = 0,00770303g
Materiais e Reagentes
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Picnômetro
Amostra
Procedimento
Pesar o picnômetro vazio
Pesar o picnômetro com a amostra
Subtrair a massa do picnômetro com a amostra da massa do picnômetro vazio (massa da
amostra)
Dividir essa massa pelo volume do picnômetro, conforme a Equação
Cálculo
6– Água
A presente análise tem como objetivo determinar a proporção de álcalis de hidróxidos, carbonatos e
bicarbonatos presentes na água, que serão expressos mg de CaCO3/L, os quais refletem diretamente no
pH da água.
Materiais e Reagentes
Frasco Erlenmeyer de 300mL
Bureta 25mL
Solução indicadora de Fenolftaleína 1%
Solução indicadora Alaranjado de Metila
Solução de Ácido Sulfúrico (H2SO4) 0,02M
Procedimento
Adicione 50mL de água (amostra) em um Erlenmeyer
Adicione 3 gotas do indicador fenolftaleína
Aparecendo a coloração que caracteriza o meio alcalino, titular com solução de H2SO4 0,01M
até completa neutralização (P).
Após a titulação adicionar 3 gotas do indicador alaranjado de metila.
Titular com a solução de H2SO4 0,01M até a completa neutralização (M).
Determinar o teor da alcalinidade da amostra em hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos, todos
expressos em mg de CaCO3/L utilizando a tabela abaixo.
Resultado Alcalinidade
Titulação Hidróxido Carbonato Bicarbonato
P=0 0 0 T
P<½T 0 2P T-2P
P=½T 0 2P 0
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P>½T 2P-T 2(T-P) 0
P=T T 0 0
Carbonato = 2P
H2SO4 + CaCO3 CaSO4 + H2CO3 Teremos: Nº mol H2SO4 = Nº mol CaCO3
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A análise sensorial é realizada em função das respostas transmitidas pelos indivíduos às várias
sensações que se originam de reações fisiológicas e são resultantes de certos estímulos, gerando a
interpretação das propriedades intrínsecas aos produtos.
Os edulcorantes ou adoçantes são produtos químicos de origem sintética ou natural, que têm a
propriedade de adoçar um alimento em substituição total ou parcial do açúcar comercial. O edulcorante
ideal deve apresentar perfil de sabor e propriedades funcionais semelhantes às da sacarose.
A Escala do Ideal é muito utilizada para avaliação da intensidade de doçura dos alimentos, pois
expressa o quão ideal o produto está em relação à intensidade de um atributo específico. As escalas
podem possuir entre escala possui de 5 a 7 pontos, podendo conter termos opostos como, por
exemplo, “Extremamente menos que o ideal” a “Extremamente mais que o ideal” e no centro da escala
o termo “ideal”, de tal forma que tenha números iguais de categorias de ambos os lados. São
apresentadas aos participantes amostras codificadas e aleatorizadas para indicar o quão ideal está certo
produto em relação a termos pré-definidos. Os dados podem ser avaliados na forma de porcentagem
de julgamentos, podendo ser utilizado um limite de 70% de respostas para o termo “ideal”, ou
mediante Análise de Variância (ANOVA) e teste de médias, para avaliar diferenças significativas entre
diferentes amostras.
Suco concentrado
Açúcar
Edulcorantes comerciais (Ex.: Sacarina sódica, sucralose, ciclamato, stevia e aspartame)
Procedimento
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Oferecer para os participantes as 4 amostras, em ordens distintas e sem informá-los sobre as
identificações da amostra, sendo reconhecidas apenas por uma numeração.
Será oferecido ao participante um copo de água e será instruído a beber a cada término de
degustação da amostra.
Após degustação de cada amostra, o participante responderá a Escala do Ideal.
Em seguida ocorrerá a tabulação dos dados e consequentemente o resultado da análise
sensorial.
Referências bibliográficas
ANDRADE, Édira Castello Branco de. Análise de alimentos; uma visão química da nutrição. São
Paulo: Livraria Varela, 2006. 238p.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1. Métodos químicos e
físicos para análise de alimentos, 4. ed. Sao Paulo: IMESP, 2008.
SILVA, Cassiano de Oliveira; TASSI, Érica Maria Marcondes; PASCOAL, Grazieli Benedetti. Ciência
dos Alimentos: Princípios de Bromatologia. 1 ed. Rio de Janeiro. Rubio, 2016. 248p.
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