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AULA-01-ANATOMIA-GERAL Joao

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ANATOMIA GERAL

AULA 1 – PRINCIPAIS
ESTRUTURAS
ANATÔMICAS

Prezado(a) aluno(a),

O início do estudo da anatomia humana remonta a centenas de anos


a.C. e, ao longo do tempo, foram criados métodos melhores de dissecação
dos corpos, possibilitando os estudos usando corpos humanos ao invés de
animais. Graças a eles, você pode entender melhor como o corpo humano é
feito e as células constituem os órgãos, formam os sistemas presentes dentro
das cavidades anatômicas.
Nesta aula, você estudará elementos da história e do desenvolvimento
da anatomia, peculiaridades de seu estudo e principais compartimentos do
corpo para entender suas funções.

Bons estudos!
1 PRINCIPAIS ESTRUTURAS ANATÔMICAS

Fonte: https://bit.ly/3UCcMWk

Anatomia é o estudo micro e macroscópico da estrutura física dos seres


orgânicos, incluindo órgãos, tecidos, sistemas e sua organização espacial no corpo
humano. Tal palavra vem do grego anatomo, onde ana significa “por meio de”; e tomos
“corte”. Portanto, pode-se dizer que a própria ciência, ao cortar e dissecar o corpo,
procura conhecer sua estrutura interna, não importa se é humano, animal ou vegetal.
A anatomia é uma ciência da medicina que estuda a forma e a estrutura dos
distintos órgãos que compõem o corpo humano e os outros seres vivos. Os primeiros
estudos de anatomia datam de centenas de anos a.C., quando começou a primeira
dissecação animal, mas, com o tempo e a necessidade de determinar a causa da
morte de certos indivíduos, o desenvolvimento de uma avaliação da causa da morte
se fez necessária, não só por questão criminal, como também por questões sociais.
Nesse sentido, houve uma evolução nos estudos anatômicos e nas formas de dissecar
organismos vivos (SILVA, 2018).
Ao explorar o campo da anatomia humana, torna-se evidente que o
conhecimento do corpo remonta a mais de 500 a.C., quando Alcmeon de Crotona,
aparentemente, realizou as primeiras dissecações em animais. Ao longo da história,
Aristóteles fez referência a desenhos anatômicos ao retratar modelos que eram
provavelmente representações baseadas em dissecações de animais. Naquela
época, muitos desenhos desse tipo eram utilizados para identificar os componentes
do corpo.

1.1 Surgimento da anatomia humana

Há 300 anos a.C., ocorreu um notável avanço no estudo da anatomia, mais


especificamente na cidade de Alexandria, consideram que as descobertas feitas neste
campo são atribuídas a Herófilo e Erasístrato, que foram os primeiros a dissecar
sistematicamente os seres humanos. Em 150 a.C., dissecar humanos era proibido por
razões éticas e religiosas.
No século II, foram realizadas dissecações por Galeno, principalmente em
macacos e porcos, buscando aplicar os resultados obtidos no estudo da anatomia. No
entanto, algumas imprecisões surgiram devido à dificuldade de confirmar esses
resultados em cadáveres humanos. Portanto, Galeano desenvolveu a doutrina da
causa última no sistema teológico, que exigia que todas as descobertas confirmavam
a fisiologia como ele a compreendia.
Podemos pensar que o estudo da anatomia humana foi revivido por razões
práticas e intelectuais, pois, naquela época, as guerras e batalhas eram contínuas,
era necessário mover os corpos do seu local de origem (SILVA, 2018).
Portanto, a mumificação é suficiente para os caminhos mais curtos. Em 1300,
dissecar humanos tornou-se mais significativo devido ao desejo de saber a causa da
morte de indivíduos devido aos serviços médico-legais, de compreender como
acontece a morte, saber o que causou óbito de pessoas importantes e/ou resolver a
natureza da praga, ou da doença infecciosa. O verbo dissecar também tem sido usado
para descrever as cesáreas ocorrendo cada vez com mais frequência.
A anatomia do século XIII não era uma disciplina independente, mas um
assistente cirúrgico. Naquela época, a medicina era relativamente antiga e reunia todo
o conhecimento sobre os pontos certos para sangria, porque não se pode estudar
corpos, figuras esquemáticas e irrealistas.
Além dos textos anatômicos específicos para estudantes de medicina e
médicos, muitas páginas contendo informações anatômicas foram impressas em
outras enciclopédias. Durante esse período, surgiu um grande interesse pela
concepção e formação do feto humano, levando em consideração os fatores
relacionados ao uso sistemático da frase "conhece-te a ti mesmo" como um guia
filosófico e essencialmente não médico. Além disso, a "Dança da Morte" se tornou um
tema popular, especialmente em países de língua alemã, após a devastação causada
pela Peste Negra.
É possível pensar que a representação do esqueleto e da anatomia humana
ilustrada por artistas é melhor do que desenhado por anatomistas. Nessa época, ao
se considerar as imagens, esculturas e desenhos para o conhecimento anatômico, é
possível apontar uma ampla gama de artistas que promoveram desenvolvimento
histórico desses estudos. Leonardo da Vinci, por exemplo, é o primeiro artista a
considerar a anatomia além da simplicidade imagens, desenhou mais de 750 imagens
representando esqueletos, músculos, nervos e vasos sanguíneos, muitas vezes
acompanhada de registros fisiológicos (SILVA, 2018).
Ele ilustrou gravuras que enfatizavam de maneira correta a curvatura da coluna,
responsável por mostrar a posição exata do feto no útero e seja a primeira a desenhar
algumas estruturas anatômicas conhecidas sendo o primeiro a desenhar algumas
estruturas anatômicas.
Há pelo menos 20 anos, o artista Michelangelo Buonarroti (1475 - 1564) obteve
conhecimento da anatomia por meio de dissecações que ele mesmo realizou,
principalmente no convento do Santo Espírito em Florença, Itália. Tempos depois, ele
então explicou a evolução de seu trabalho artístico, influenciado pela compreensão
mais profunda da estrutura e funcionamento do corpo humano que adquiriu por meio
dessas dissecações. Essa perspectiva anatômica aprimorada permitiu a Michelangelo
representar o corpo humano de forma mais realista e expressiva em suas obras de
arte, como é evidente em suas esculturas e afrescos renomados.
Já o intelectual Albrecht Dürer (1471 – 1528) escreveu trabalhos sobre
matemática, destilação, hidráulica e anatomia, no entanto, ele estava interessado em
anatomia humana apenas por uma questão de estética. Seu tratado sobre proporções
corporais foi publicado somente após sua morte.
Por outro lado, alguns artistas renascentistas eram apenas anatomistas de
forma secundária. Fez contribuições significativas para a representação forma
humana realista o artista renascentista Leonardo da Vinci. Ele foi pioneiro na aplicação
de técnicas de sombreamento e perspectiva em suas obras, o que resultou em
representações que sugeriam profundidade e espaço tridimensional de forma
impressionante.
No entanto, para alcançar esses avanços científicos reais, foi crucial a
colaboração entre anatomistas e artistas profissionais. Essa colaboração permitiu que
os artistas compreendessem com maior precisão a anatomia humana e a
representassem de maneira mais precisa e autêntica, ao mesmo tempo em que os
anatomistas se beneficiavam da habilidade dos artistas em comunicar visualmente
suas descobertas anatômicas. Essa interação entre arte e ciência foi fundamental
para o progresso tanto da anatomia quanto das representações artísticas do corpo
humano (SILVA, 2018).
Quando os anatomistas puderam representar de forma realista e precisa o
conhecimento anatômico, abriu-se um período de intensa investigação,
especialmente no norte da Itália e no sul da Alemanha. Durante esse período, que
ocorreu principalmente nos séculos XV e XVI, houve avanços significativos no estudo
da anatomia humana.
No norte da Itália, destacaram-se anatomistas como Leonardo da Vinci e
Andreas Vesalius. Leonardo da Vinci, renomado artista e cientista, realizou
dissecações meticulosas em cadáveres humanos e produziu uma série de desenhos
anatômicos detalhados. Seus estudos abrangentes sobre a estrutura e função do
corpo humano, registrados em seus famosos cadernos, foram pioneiros e ainda são
considerados uma referência na área.
Andreas Vesalius, por sua vez, foi responsável por uma das obras mais
influentes da história da anatomia, intitulada "De humani corporis fabrica". Nessa obra,
Vesalius apresentou uma descrição detalhada da estrutura anatômica do corpo
humano, baseada em dissecações minuciosas e ilustrações anatômicas precisas. Seu
trabalho revolucionou o campo da anatomia e estabeleceu novos padrões de precisão
e rigor científico (SILVA, 2018).
No sul da Alemanha, outro anatomista notável foi Johann Dryander, que
contribuiu para o avanço da anatomia por meio de dissecações cuidadosas e da
publicação de suas observações. Além disso, a cidade de Padua, na Itália, tornou-se
um importante centro de estudos anatômicos, onde muitos anatomistas proeminentes
da época realizaram suas pesquisas e publicaram seus trabalhos.
Essa intensa investigação anatômica no norte da Itália e no sul da Alemanha
impulsionou o progresso científico e a compreensão do corpo humano. As
representações precisas e realistas do conhecimento anatômico contribuíram para o
desenvolvimento de uma base sólida de informações anatômicas, que serviu como
fundamento para avanços posteriores na medicina e nas ciências biológicas.
Jacopo Berengario da Capri (1460 – 1530) é autor do livro “Commentaria Super
Anatômica Mundini” datado de 1521, é conhecido por conter as primeiras ilustrações
anatômicas a serem identificadas como naturais. Tais ilustrações e estudos
anatômicos despertaram o interesse de muitas pessoas e de estudiosos de todo o
mundo, sendo um deles Andreas Vesalius (1514 – 1564), médico belga que é
considerado o pai da anatomia moderna.
No século XV, com base nos estudos de Vesalius descritos em sua obra “De
Humani Corporis Fabrica Libri Septem”, foram refutandas várias teorias sobre o corpo
humano foram realizadas antes. Este relato é extremamente significativo para o
avanço dos estudos anatômicos e para levar a um afastamento da crença de que as
mulheres possuem menos costelas do que os homens, que era o senso comum na
época.
Nesta obra, as ilustrações focam no sistema muscular e na ação de cada
músculo, podendo assim conhecer melhor mecânica do corpo humano. Andreas
Vesalius criou uma teoria que descrevia os estímulos neurais vindos do cérebro como
geradores das emoções, e não o coração, como era imaginado na época.
Ele também muda o entendimento sobre os rins, ao afirmar que filtram o
sangue, e não a urina que, posteriormente, era eliminada do corpo. Os estudos
realizados por Vesalius foram revolucionários na época, pois ele afirma,
cientificamente, que muitos dos conceitos revelados eram desatualizados ou
inconsistentes com o que foi detectado pela análise.
Ele foi responsável pelo progresso da ciência, embora algumas de suas
descobertas não foram consideradas durante este período. Os seus estudos
baseavam-se na experimentação e na prática, por onde passaram vários
investigadores que desenvolveram teorias e exploraram o conhecimento da anatomia
humana. Em meados de 1600, o terceiro período da história da anatomia começou
numa época em que o médico britânico William Harvey (1578 – 1657) realizou uma
fusão da anatomia italiana com a ciência experimental característica da Inglaterra.
Em 1628, William publicou “Motu Cordis' Exercitatio Anatomica de Motu Cordis
et Sanguinis in Animalibus”, cuja tradução é “o estudo anatômico do movimento do
coração e do sangue nos animais”. Pode-se relatar que este livro abordou sistema
circulatório, quando demonstrou como o sangue é bombeado mediante um sistema
endovascular, de forma que começa e termina no mesmo ponto coração.
Assim, os estudos de Vesalius e Harvey, cada um em seu tempo, foram um
passo muito importante na história da anatomia humana. As pesquisas e evolução
fornecidas por Harvey, por exemplo, auxiliaram na formação de um conhecimento
específico da fisiologia humana, o que possibilita separar a anatomia da fisiologia. A
partir daí, a fisiologia tem sido caracterizada pela avaliação e estudo analítico da
estrutura e moldes, enquanto a anatomia, pelo estudo de estruturas rígidas (SILVA,
2018).
Graças à invenção do microscópio e organização histológica de Marcello
Malpighi, bem como a descrição de Robert Hooke da célula, descobriram corpos
perdidos em pequenas partes. O século que ocorreu os estudos de Harvey tornaram-
se os mais importantes para a anatomia microscópica e embriologia, caracterizada
pelo histórico de sociedades científicas, publicações de textos, atlas, construção de
museus e escolas de anatomia. Já a visão macroscópica do corpo humano foi
aperfeiçoada no século XIX, logo, pode-se ter uma ideia mais ampla sobre todo o
organismo.

1.2 Constituição do organismo

Os organismos são formados por órgãos que compõem os sistemas


responsáveis para o seu funcionamento e manutenção, possibilitando um estudo do
corpo baseado na anatomia sistêmica, que avalia o organismo considerando órgãos
com uma ou mais funções em comum, separados em grupos denominados sistemas,
tais como: sistema circulatório, nervoso, respiratório, esquelético ou muscular
(VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016)
Assim, o corpo é constituído por órgãos sensoriais, nervosos, digestivos,
respiratórios, cardiovasculares, endócrinos, esqueléticos, excretores, cutâneos,
reprodutivos, musculares, imunológicos, linfáticos, entre outros. Nesse sentido, é
importante entender a natureza de cada tipo e como eles funcionam.
O sistema cardiovascular é composto por vasos sanguíneos (artérias, veias e
capilares) e pelo coração, que bombeia o sangue pelo corpo. Esse sistema é
responsável pelo transporte de oxigênio, nutrientes e resíduos metabólicos,
garantindo o funcionamento de todos os tecidos e órgãos. Os capilares permitem a
circulação do sangue por todo o corpo, levando-o aos diferentes sistemas e órgãos.
Um sistema semelhante ao cardiovascular é o nervoso, que se origina no encéfalo e
se propaga pela medula espinhal e se espalha através de seus ramos por todo o
organismo, comandando uma série de funções e ações por impulsos nervosos.
O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central, que inclui o cérebro
e a medula espinhal; e periférico, formados pelos nervos cranianos e raquidianos,
responsáveis por captar, interpretar e responder às mensagens recebidas do
organismo. Algumas das atividades dos neurônios, as células que constituem esse
sistema, são enviar e receber informações do corpo, estimular ou inibir a atividade dos
órgãos sensoriais do corpo humano. Logo, a ação neural ocorre em outros sistemas,
como o sensorial.
O sistema sensorial é composto pelos cinco sentidos do corpo (visão, paladar,
olfato, audição e tato), responsável pelo envio das informações recebidas pelo sistema
nervoso, decodificando-as e enviando feedback para todo corpo. Assim, todas as
ações relacionadas aos sentidos estão interligadas ao sistema sensorial. Para apoiar
o funcionamento desses órgãos sensoriais, é necessário não apenas a ação neural,
mas também a ação mecânica sendo executada pelo sistema musculoesquelético.
O sistema muscular é responsável por estabilizar e ajudar no suporte do corpo
humano, responsável por coordenar os movimentos do mesmo, bem como as
substâncias nele contidas, por exemplo, contração do esfíncter localizado no sistema
renal e estimulação do ato de excretar a urina do organismo. O principal órgão do
sistema muscular são os músculos, no entanto, temos também os tendões, que
conectam os músculos aos ossos do corpo. Consequentemente, outro sistema
relevante no corpo humano é o sistema esquelético.
O sistema ósseo, também conhecido como sistema esquelético, tem a função
de moldar e sustentar o corpo humano, responsável por proteger órgãos internos e
ajudar nos movimentos coordenados pelo sistema muscular. O esqueleto é dividido
em axial, incluindo a coluna vertebral, o crânio e costelas; e apendicular, formado
pelos ossos encontrados nos braços e pernas.
A função do sistema esquelético é produzir células sanguíneas na medula
óssea e acumular sais minerais, como o cálcio. Portanto, pode-se dizer que os ossos
são uma estrutura viva com grande papel, resistência e capacidade regenerativa em
caso de fratura, responsáveis pela sustentação do corpo humano, repletos de
músculos e cobertos por pele, assim como alguns órgãos.
O sistema tegumentar é formado pela pele (o maior órgão do corpo) e seus
anexos com a função de revesti-lo. Além de auxiliar no reconhecimento sensorial, ela
também ajuda na regulação da temperatura corporal, protege o organismo (uma vez
que é uma barreira natural a agentes externos) e evita a perda de fluidos.
A pele que cobre o corpo é composta pela derme e epiderme, atuando em
conjunto para regular as interações entre o ambiente externo e interno. Essa camada
pode ser classificada em diferentes tipos, conforme suas características:

 Eudérmica: Responsável pelo equilíbrio de água e gordura, além de regular a


secreção sebácea.
 Alípica: Possui maior ênfase na síntese de água, garantindo uma hidratação
adequada da pele.
 Desidratação: Caracterizada pela diminuição de água na pele, mantendo, no
entanto, a secreção sebácea.
 Hidratação: Apresenta alta densidade de água, proporcionando uma pele bem
hidratada.
 Combinação: Nesse caso, ocorre uma combinação de tipos de pele, como
pele oleosa na área central do rosto (zona T) e pele alípica nas bochechas.

Essas diferentes categorias de pele refletem as variações naturais na


composição e nas necessidades de cuidados específicos para cada tipo. É importante
conhecer essas características para adotar uma rotina de cuidados adequada e
manter a saúde e o equilíbrio da pele.
No que diz respeito à perda de fluidos e sua excreção, há uma situação muito
diferente e importante para o funcionamento do organismo, o linfático, com
composição semelhante à da circulação, porém, ao invés de transportar e atuar com
sangue, funciona com a linfa. O sistema linfático é uma rede de vasos que transportam
linfa por todo o corpo, trabalhando em conjunto com sistema imunológico e proteger
as células imunes.
Este sistema é constituído pelo baço, gânglios linfáticos (nódulos linfáticos),
amígdalas (palatinas), as amígdalas faríngeas (adenoides) e o timo. Por produção de
linfócitos, alguns autores consideram a medula óssea como um órgão do sistema
linfático. Seus órgãos ficam organizados de forma que facilite a circulação de linfócitos
T e B entre outras células imunológicas, como macrófagos e células dendríticas,
portanto, em alguns casos, esse sistema atua de forma eficaz contra organismos
estranhos, como o pólen.
O sistema urinário é composto pelos rins e trato urinário, que engloba os
ureteres, a bexiga e a uretra. Uma de suas funções trata-se da produção e eliminação
da urina, filtrando as impurezas presentes no sangue (o fluido expelido pelo sistema
urinário são distintos do fluido expelido pelo sistema linfático). Portanto, os rins
regulam volume e composição química do sangue, mantendo o equilíbrio dos sais
minerais, água, ácidos e bases do organismo.
Este sistema permanece responsável pela gliconeogênese durante o jejum;
produzindo o hormônio glucagon, sintetizado pelo pâncreas, que atua nos rins como
uma enzima, ajudam a regular a pressão sanguínea e a função renal, e a eritropoetina,
estimula a produção de glóbulos vermelhos; e converter a vitamina D em seu modo
mais ativo no corpo. Além de sua interação com o sistema linfático, também está
próximo e relacionado ao sistema reprodutivo.
O sistema reprodutor, também conhecido como sistema genital, difere de
outros sistemas do corpo humano, pois permanece inativo e aguarda a chegada da
puberdade para iniciar seu desenvolvimento e funções. Enquanto outros sistemas são
responsáveis por ações desde o nascimento, o sistema reprodutor só se torna
funcional durante a fase da puberdade. Possui diferenças entre o organismo
masculino e feminino, determinam o sexo e são responsáveis pela reprodução de
seres vivos.
Em sua constituição, o sistema reprodutor masculino inclui testículos, as
gônadas masculinas (sementes), epidídimos, canais deferentes, vesículas seminais,
próstata, uretra e pênis; já o aparelho reprodutor feminino são formadas pelos ovários
(gônadas ou sementes femininas), útero, tuba uterina e vagina. A partir desse sistema,
pode-se entender que nem todos são iguais em homens e mulheres, pois possuem
órgãos, sistemas e hormônios distintos.
Então, para ter uma definição básica dos hormônios presentes no corpo, você
precisa entender como funciona o sistema endócrino. O sistema endócrino é formado
por um conjunto de glândulas, como glândula pineal, hipotálamo, hipófise, tireoide,
paratireoides, timo, supra-renais, pâncreas, ovários (feminino) e testículos
(masculino). Elas têm função de produzir substâncias reguladoras (hormônios),
liberadas no circulação sanguínea e por todo o corpo até atingirem as células-alvo que
constituem os órgãos em que devem atuar.
O sistema nervoso é responsável por estimular ações em órgãos, como os
músculos, através das células nervosas, nesse sentido, os hormônios têm ação
química e atuam na maioria dos sistemas. Então, glândulas que produzem esses
hormônios, que regulam, proteger e desenvolver organismos, bem como produzir
gametas, ou seja, o corpo mantém sua função por meio de hormônios.
Consequentemente, os sistemas do corpo trabalham em conjunto para a
sobrevivência da pessoa e, quando harmonizados, se organizam para realizar todo o
seu potencial, funcionar como uma máquina.
Tudo isto que foi abordado anteriormente traz como consequência como é
significativo termos uma boa noção de nomenclatura e posição anatômica do
organismo o qual será retratado no próximo módulo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPRI, J. B. Commentaria Super Anatômica Mundini. Bolonha: Benedetti, 1521.

HARVEY, W. Motu Cordis' Exercitatio Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis In


Animalibus. Frankfurt, 1628.

SILVA, A. O. F. Estudo do Movimento I: Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre, 2018.

VANPUTTE, C.; REGAN, J.; RUSSO; A. Anatomia e fisiologia de Seeley. Porto


Alegre: AMGH; Artmed, 2016. 1264 p.

VERSALIUS, A. De Humani Corporis Fabrica. Trad. Pedro Carlos Piantino Lemos.


Cotia: Ateliê Editorial, 2003.

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