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Saúde

Ver artigo principal: Saúde na Argentina

Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos


Aires
Saúde na Argentina é provida através da combinação de planos patrocinados
por sindicatos de trabalhadores e empregados ("Obras Sociales"), planos de
seguro do governo, hospitais e clínicas públicas, e através de planos de saúde
privados. Esforços governamentais para melhorar a saúde pública na Argentina
podem ser traçados até o primeiro tribunal médico de 1780 do Vice-rei da
Espanha Juan José de Vértiz.[212] Logo após a independência, o
estabelecimento da Escola de Medicina da Universidade de Buenos Aires em
1822 foi complementada pela da Universidade Nacional de Córdoba em 1877.
O treinamento de médicos e enfermeiras nestas e noutras escolas permitiu um
rápido desenvolvimento das cooperativas de tratamento de saúde, durante a
Administração de Pres.

A disponibilidade de tratamento de saúde ajudou a reduzir a mortalidade infantil


na Argentina de 89 a cada 1 000 nascimentos em 1948 para 12,9 em 2006[213] e
aumentou a expectativa de vida ao nascer de 60 anos para 76.[214][215]

Transportes

Trecho Rosário-Córdoba da Autoestrada 9

Trem de passageiros próximo a Mar del Plata


A infraestrutura de transportes da Argentina é relativamente
avançada.[216] Existem mais de 230 000 km de estradas (não incluindo as
estradas privadas rurais), dos quais 72 000 km são pavimentados.[217] Em 2021,
o país tinha cerca de 2 800 km de rodovias duplicadas, a maioria saindo da
capital Buenos Aires, ligando-a com cidades como Rosário e Córdoba, Santa
Fé, Mar del Plata e Paso de los Libres (na fronteira com o Brasil), também
havendo rodovias duplicadas saindo de Mendoza em direção à capital, e entre
Córdoba e Santa Fé, entre outras localidades.[218][219] Muitas das rodovias
duplicadas são privatizadas.[220] Vias expressas são, no entanto, atualmente
insuficientes para lidar com o tráfego local, com 9,5 milhões de veículos a
motor registados no território nacional em 2009 (240 para cada 1 000
habitantes).[221]

A rede ferroviária tem um comprimento total de 34 059 km. Depois de décadas


em declínio e manutenção inadequada, a maioria dos serviços de passageiros
interurbanos foram encerrados em 1992, quando a companhia ferroviária foi
privatizada e milhares de quilômetros de pista (excluindo o total acima)
entraram em desuso. Os serviços de transporte ferroviário metropolitano em
torno de Buenos Aires permaneceram com grande demanda, devido em parte
ao seu fácil acesso para o metrô de Buenos Aires. Os serviços ferroviários
interurbanos estão sendo reativados em várias linhas.[222]

Inaugurado em 1913, o Metrô de Buenos Aires foi o primeiro sistema de metrô


construído na América Latina e no hemisfério sul.[223] Já não é a mais extensa
rede de metrô da América do Sul, mas, com 52,3 km, transporta cerca de um
milhão de passageiros por dia.[193]

A Argentina tem cerca de 11 000 km de vias navegáveis e estas transportam


mais carga do que o sistema ferroviário do país. Isso inclui uma extensa rede
de canais, embora a Argentina tenha várias vias navegáveis naturais, sendo as
mais significativas os rios de la Plata, Paraná, Uruguai, Negro e Paraguai.[224]

A Aerolineas Argentinas é a principal companhia aérea do país, fornecendo


serviços nacionais e internacionais. A Austral Líneas Aéreas é uma subsidiária
da Aerolineas Argentinas, com um sistema de rotas que cobre quase todo o
país. A Líneas Aéreas del Estado é uma companhia aérea de gerência militar
que realiza voos domésticos.[225]

Educação
Ver artigo principal: Educação na Argentina

Faculdade de Direito da Universidade de Buenos


Aires.
Depois da independência, a Argentina construiu um sistema nacional de
educação pública se espelhando nas outras nações, colocando o país em uma
boa colocação no ranking global de alfabetização. Atualmente o país tem um
índice de alfabetização de 97% e três em cada oito adultos acima de 20 anos
completaram os estudos da escola secundária ou superior.[226]

Colégio Nacional Rafael Hernández, parte


da Universidade Nacional de La Plata
A ida para a escola é obrigatória dos 5 aos 17 anos. O sistema escolar da
Argentina consiste em um nível primário que dura de seis a sete anos, e um
secundário que dura de cinco a seis anos. Na década de 1990 o sistema foi
dividido em diferentes tipos de instituições de ensino secundário,
chamadas "Educacion Secundaria" e a "Polimodal". Algumas províncias
adotaram o "Polimodal" enquanto outras não. Um projeto no Executivo para
acabar com essa medida e retornar ao sistema mais tradicional de educação
de nível secundário foi aprovado em 2006.[227]

A educação pública na Argentina é gratuita do primário até a universidade.


Apesar da alfabetização ser quase universal no início de 1947,[190] a maioria dos
jovens tinha pouco acesso a educação depois dos sete anos obrigatórios
durante a primeira metade do século XX; após isso, quando o sistema de
educação gratuita foi estendido para o secundário e a universidade, a demanda
por locais de ensino tem superado os planos feitos (particularmente desde a
década de 1970).[228] Consequentemente, a educação pública está largamente
em falta e em declínio, e isso ajudou a educação privada a crescer, apesar
disso ter causado uma clara diferença entre aqueles que podem pagar por ela
(normalmente a classe média e alta) e o resto da sociedade, já que as escolas
privadas normalmente não têm sistemas de bolsa. Aproximadamente um em
cada quatro estudantes do primário e secundário, e um em cada seis
estudantes universitários vão para instituições privadas.[226][228]

Quatro em cada cinco adultos argentinos completaram o ensino fundamental,


mais de um terço ter concluíram o ensino médio e um em cada nove adultos do
país tem diploma universitário. A Argentina também tem o maior índice de
estudantes universitários da América Latina e do hemisfério sul, com
professores e instituições que receberam prêmios de prestígio e bolsas de
instituições filantrópicas como a John S. Guggenheim Foundation[229] e o
Howard Hughes Medical Institute. Fontes oficiais relataram cerca de 1,5 milhão
de estudantes universitários no âmbito do Sistema Universitário Argentino,[230] o
que representa a maior taxa de estudantes universitários em relação à sua
população total da América Latina e maior que a de muitos países
desenvolvidos.[231]

Ciência e tecnologia
Dr. Luis Federico Leloir, um dos cinco argentinos
vencedores do Prêmio Nobel
A Argentina tem três ganhadores do Prêmio Nobel em ciências (e dois
ganhadores do Nobel da Paz). A pesquisa realizada no país conduziu ao
tratamento de doenças cardíacas e várias formas de câncer. Domingo Liotta
projetou e desenvolveu o primeiro coração artificial implantado com sucesso
em um ser humano, em 1969. René Favaloro desenvolveu as técnicas e
realizou a primeira cirurgia de ponte de safena do mundo. Bernardo Houssay, o
primeiro latino-americano premiado com um Prêmio Nobel em Ciências,
descobriu o papel dos hormônios da hipófise na regulação da glicose em
animais; César Milstein fez uma extensa pesquisa sobre anticorpos; Luis
Leloir descobriu como os organismos armazenam energia convertendo glicose
em glicogênio e em compostos que são fundamentais
no metabolismo de carboidratos. Uma equipe liderada por Alberto Taquini e
Eduardo Braun-Menéndez descobriu a angiotensina em 1939 e foi o primeiro a
descrever a natureza enzimática do sistema renina-angiotensina e seu papel
na hipertensão.[232] O Instituto Leloir de biotecnologia é um dos mais
prestigiados em seu campo na América Latina.[233] Dr. Luis Agote criou o
primeiro método seguro de transfusão de sangue, Enrique Finochietto projetou
ferramentas de mesa de operação, tais como as tesouras cirúrgicas que levam
seu nome ("tesoura Finochietto").[234]

Satélite artificial argentino SAC-D


O programa nuclear argentino é altamente avançado, tendo resultado na
fabricação de um reator de pesquisas em 1957 e do primeiro reator comercial
da América Latina, em 1974. O país desenvolveu seu programa nuclear sem
ser excessivamente dependente de tecnologia estrangeira. Instalações
nucleares com tecnologia argentina foram construídas em países
como Peru, Argélia, Austrália e Egito. Em 1983, o país admitiu ter a capacidade
de produzir urânio com potência bélica, um passo necessário para
montar armas nucleares; desde então, no entanto, a Argentina se
comprometeu a usar a energia nuclear apenas para fins pacíficos.[235] Como um
membro do Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia
Atômica, o país tem sido uma voz forte em apoio aos esforços de não
proliferação nuclear[236] e é altamente comprometido com a segurança nuclear
global.[237]

Outros projetos estão se concentrando em áreas


como TI, nanotecnologia, biotecnologia, helicópteros, máquinas agrícolas e
sistemas defensivos militares. A pesquisa espacial também se tornou cada vez
mais ativa na Argentina. Fundada em 1991, a Comissão Nacional de Atividades
Espaciais (CONAE) lançou dois satélites com sucesso e,[238] em junho de 2009,
garantiu um acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA) para a instalação
de uma antena com 25 metros de diâmetro e de sua estrutura de apoio na
missão do Observatório Pierre Auger. A instalação vai contribuir com várias
sondas espaciais da ESA e da CONAE, além de projetos de pesquisa
nacionais. Escolhido entre vinte potenciais locais e um dos três únicos com tais
instalações da ESA em todo o mundo, a nova antena vai criar uma triangulação
que permitirá à ESA garantir a cobertura de missões em tempo real.[239]

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