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Microbiologia e Parasitologia Aula 1

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TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO I

DISCIPLINA: Microbiologia e Parasitologia

Professor: Danilo de Souza Costa

2024
Introdução à Microbiologia

1. RELAÇÕES ENTRE SERES VIVOS

• Pode-se classificar as relações entre seres vivos inicialmente em dois grupos:


➢Intraespecíficas: que ocorrem entre seres da mesma espécie,
➢Interespecíficas: entre seres de espécies diferentes.

• É comum diferenciar-se as relações em harmônicas ou positivas e desarmônicas ou


negativas. Nas harmônicas não há prejuízo para nenhuma das partes associadas, e nas
desarmônicas há.
1.1 RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS HARMÔNICAS:
a) Colônias:
Ex: As cracas, os corais e as esponjas vivem sempre em colônias.
1.1 RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS HARMÔNICAS:
b) Sociedades:
Ex: Formigas, as abelhas e os cupins.
1.2 RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS DESARMÔNICAS

a) Canibalismo: Canibal é o indivíduo que mata e come outro da mesma espécie. Ocorrem com
escorpiões, aranhas, peixes, planárias, roedores, etc. Na espécie humana, quando existe, recebe o nome
de antropofagia (do grego anthropos, homem;phagein, comer).

b) Competição: Indivíduos da mesma espécie que disputam recursos insuficientes oferecidos pelo
ecossistema.
1.3 RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS:
a) Comensalismo:

b) Inquilinismo:
1.3 RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS:
c) Mutualismo:

d) Protocooperação:
1.4 RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:

a) Amensalismo ou Antibiose:
1.4 RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:

b) Parasitismo:
1.4 RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:

c) Predatismo:
1.4 RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:

c) Predatismo:
1. (UDESC) Os indivíduos de uma comunidade podem estabelecer
relações harmônicas e desarmônicas entre indivíduos da mesma
espécie, ou entre indivíduos de espécies diferentes. Essas relações
ecológicas são denominadas relações intra-específicas e
interespecíficas, podendo ser exemplificadas, respectivamente, por:
A.Mutualismo e herbivorismo.
B.Sociedade e parasitismo.
C.Predatismo e colônia.
D.Protocoperação e mutualismo.
E.Colônia e sociedade.
2. (UFPI-adaptada) Dos tipos de relações ecológicas seguintes, o
único que ocorre exclusivamente entre organismos da mesma
espécie é:
A.Inquilinismo;
B.Herbivoria;
C.Mutualismo;
D.Sociedade;
E.Parasitismo.
3. (UFC-CE) As esponjas desempenham papéis importantes em muitos habitat marinhos. A natureza porosa
das esponjas as torna uma habitação ideal para vários crustáceos, equinodermos e vermes marinhos. Além
disso, alguns caramujos e crustáceos têm, tipicamente, esponjas grudadas em suas conchas e carapaças,
tornando-os imperceptíveis aos predadores. Nesse caso, a esponja se beneficia por se nutrir de partículas
de alimento liberadas durante a alimentação de seu hospedeiro. As relações ecológicas presentes no texto
são
A.Protocooperação e competição.
B.Inquilinismo e protocooperação.
C.Inquilinismo e parasitismo.
D.Competição e predação.
E.Parasitismo e predação.

04. (Fatec-SP) Abelhas apresentam três castas sociais: as operárias, fêmeas estéreis que realizam o trabalho da
colmeia, a rainha e o zangão, encarregados da reprodução. Essa divisão de trabalho caracteriza:
A.Sociedade isomorfa com relações intraespecíficas harmônicas;
B.Sociedade heteromorfa com relações intraespecíficas harmônicas;
C.Colônia heteromorfa com relações interespecíficas harmônicas;
D.Colônia isomorfa com relações interespecíficas harmônicas;
E.Colônia heteromorfa com relações intraespecíficas harmônicas.
04. (Fatec-SP) Abelhas apresentam três castas sociais: as
operárias, fêmeas estéreis que realizam o trabalho da colmeia, a
rainha e o zangão, encarregados da reprodução. Essa divisão de
trabalho caracteriza:
A.Sociedade isomorfa com relações intraespecíficas harmônicas;
B.Sociedade heteromorfa com relações intraespecíficas
harmônicas;
C.Colônia heteromorfa com relações interespecíficas harmônicas;
D.Colônia isomorfa com relações interespecíficas harmônicas;
E.Colônia heteromorfa com relações intraespecíficas harmônicas.
05. (Unama-PA) Os casos locais de raiva humana no Pará ocorrem,
basicamente, por transmissão de morcegos hematófagos, os quais
transmitem os agentes causadores da doença ao homem. A situação que
existe entre os referidos seres e o homem é um típico exemplo de relação
A.Interespecífica do tipo predatismo.
B.Interespecífica do tipo parasitismo.
C.Intraespecífica do tipo canibalismo.
D.Intraespecífica do tipo competição.
07. (PUC-SP) (…) Como se não bastasse a sujeira no ar, os chineses convivem com outra
praga ecológica, a poluição das águas por algas tóxicas. Há vários anos as marés vermelhas,
formadas por essas algas, ocupam vastas áreas do litoral chinês, reduzindo drasticamente a
pesca e afugentando os turistas.
“O Avanço das Algas Tóxicas” in Revista Veja, 3 de outubro de 2007
O trecho acima faz referência a um fenômeno causado pela
A.Multiplicação acentuada de várias espécies de produtores e consumidores marinhos,
geralmente devida à eutroficação do ambiente.
B.Multiplicação acentuada de dinoflagelados, geralmente devida à eutroficação do
ambiente.
C.Multiplicação acentuada de várias espécies de produtores e consumidores marinhos
devida ao aumento do nível de oxigênio no ambiente.
D.Baixa capacidade de reprodução de dinoflagelados, geralmente devida à eutroficação do
ambiente.
E.Baixa capacidade de reprodução do zooplâncton e do fitoplâncton devida ao aumento do
nível de oxigênio no ambiente.
08. (UECE) A avoante, também conhecida como arribaçã (Zenaida auriculata noronha) é
uma ave migratória que se desloca no Nordeste, acompanhando o ritmo das chuvas,
encontrando-se ameaçada de extinção, em decorrência da caça indiscriminada. A
relação do homem com esta ave é: a
A.Harmônica, intra-específica e de predação
B.Desarmônica, intra-específica e de comensalismo
C.Harmônica, inter-específica e de parasitismo
D.Desarmônica, inter-específica e de predação

09. (UFC) A erva-de-passarinho e algumas bromélias são plantas que fazem fotossíntese e vivem
sobre outras. No entanto, a erva-de-passarinho retira água e sais minerais da planta hospedeira
enquanto as bromélias apenas se apóiam sobre ela. As relações da erva-depassarinho e das
bromélias com as plantas hospedeiras são, respectivamente, exemplos de:
A.Parasitismo e epifitismo.
B.Epifitismo e holoparasitismo.
C.Epifitismo e predatismo.
D.Parasitismo e protocooperação.
E.Inquilinismo e epifitismo.
10. (PUC-RS) Existem certas espécies de árvores que produzem
substâncias que, dissolvidas pela água das chuvas e levadas até o
solo, vão dificultar muito o crescimento de outras espécies vegetais,
ou até mesmo matar as sementes que tentam germinar. Esse tipo
de comportamento caracteriza o
A.Mutualismo.
B.Comensalismo.
C.Saprofitismo.
D.Amensalismo.
12. (UECE) Com relação às interações que ocorrem entre os organismos de uma
comunidade, podemos considerar, corretamente, que:
A.Na cooperação intra-específica, indivíduos da mesma espécie vivem disputando dentro
da colônia por recursos naturais.
B.Sociedades são grupos de organismos de mesma espécie em que os indivíduos
apresentam algum grau de cooperação, comunicação e divisão de trabalho, conservando
relativa independência e mobilidade.
C.Do ponto de vista ecológico, a predação é uma relação entre organismos da mesma
espécie, que altera a densidade populacional de presas e predadores, causando graves
desequilíbrios ambientais.
D.Para que sejam considerados parasitas os organismos devem viver, necessariamente, no
interior do corpo dos hospedeiros.
11. (Unifesp) A raflésia é uma planta asiática que não possui clorofila e
apresenta a maior flor conhecida, chegando a 1,5 metro de diâmetro. O
caule e a raiz, no entanto, são muito pequenos e ficam ocultos no interior de
outra planta em que a raflésia se instala, absorvendo a água e os nutrientes
de que necessita. Quando suas flores se abrem, exalam um forte odor de
carne em decomposição, que atrai muitas moscas em busca de alimento. As
moscas, ao detectarem o engano, saem da flor, mas logo pousam em outra,
transportando e depositando no estigma desta os grãos de pólen trazidos da
primeira flor.
O texto descreve duas interações biológicas e um processo
A.Inquilinismo, mutualismo e polinização.
B.Inquilinismo, comensalismo e fecundação.
C.Parasitismo, mutualismo e polinização.
D.Parasitismo, comensalismo e fecundação.
E.Parasitismo, comensalismo e polinização.
13. (UPE) Estudos recentes apontam que a caça de cotia na Amazônia pode levar à
diminuição da população de seringueiras. Em florestas, onde a espécie não é mais
encontrada, observaram-se poucas árvores espalhadas.
Uma das principais explicações é a Zoocoria, representada pela seguinte interação da
cotia com a seringueira:
A.Espantar predadores naturais.
B.Ajudar a dispersão de sementes.
C.Controlar as populações de pragas.
D.Deixar clareiras nas florestas para as sementes germinarem.
E.Defecar próximo às árvores, fertilizando-as.
15. (UECE) São exemplos de relações ecológicas interespecíficas desarmônicas:
A.Sociedade, predação e comensalismo.
B.Predação, parasitismo e herbivoria.
C.Colônia, parasitismo e mutualismo.
D.Inquilinismo, herbivoria e mutualismo.
Virus
Tipos celulares:

Célula Procarionte
Tipos celulares:

Célula eucarionte vegetal


Tipos celulares:

Célula eucarionte animal


Tipos celulares:

Célula eucarionte plasmodium


MICRORGANISMOS NA PRODUÇÃO DE DOENÇAS
Patogenicidade: que é a capacidade de um ser vivo causar enfermidade em outro organismo.

Virulência: entendida como a maior ou menor facilidade que o microrganismo tem de provocar doença
em um determinado hospedeiro. Ex: O vírus da poliomielite e o bacilo do tétano, por exemplo,
apresentam elevada virulência, ao contrário dos fungos que provocam as micoses
- FATORES DE VIRULÊNCIA: A virulência é exercida por alguns parasitos através
de suas características:
• Poder invasor;
• Poder toxígeno;
a) Quantidade de Invasores, isto é o numero de agentes infecciosos que invadem e se estabelecem
inicialmente em um organismo;
b) Fatores de Virulência, as toxinas que produzem, seu poder de penetração e de manutenção no
hospedeiro.
c) Resistência do Hospedeiro, a essas agressões.
CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO E RESISTÊNCIA ÀS DOENÇAS:
Vários fatores relacionados ao hospedeiro atuam na prevenção das infecções. O primeiro deles
são as barreiras fisiológicas que impedem a entrada dos microrganismos:
Pele: a pele íntegra, ou seja, sem qualquer tipo de lesão, é um importante mecanismo de
resistência. Poucos são os microrganismos que conseguem vencer essa barreira e penetrar
no organismo.
Mucosas: Membrana que reveste as cavidades do organismo, como: Estômago, pulmões,
boca, nariz, esôfago, traquéia, uretra, reto, canais que se abrem para o exterior; e segregam
muco.
Etapas do desenvolvimento da doença

Para que um microrganismo seja capaz de provocar uma doença é necessário o cumprimento de etapas:
a) Infectar as superfícies do hospedeiro (pele e mucosas);
b)Penetrar no organismo;
c) Multiplicar-se;
d)Interferir com os mecanismos de defesa;
e) Causar danos.
Etapas do desenvolvimento da doença

Os mecanismos de ação de muitas exotoxinas ainda não são conhecidos. No entanto, alguns já foram
identificados:
a) Inibição da respiração das mitocôndrias;
b)Ação enzimática, com a digestão de componentes celulares. Lecitinases decompõem a lecitina que é
um lipídeo que forma a substância cimentadora de membranas celulares e membranas das
mitocôndrias;
c) Inibição da síntese proteica;
d)Perda de fluido intestinal;
e) Lise de células;
f) Efeitos Vasculares;
g) Neurotoxinas: são toxinas que atuam sobre o sistema nervoso, interferindo nos mecanismos pelos
quais os nervos transmitem os estímulos aos músculos. A toxina botulínica é mais tóxica do que a
tetânica. A primeira provoca a paralisia dos músculos respiratórios e a segunda, contrações contínuas
dos músculos.
Etapas do desenvolvimento da doença

As exotoxinas dos patógenos de plantas podem provocar:


a) Morte celular pela desagregação das células promovidas pelas pectinases ou interferindo com o
metabolismo da metionina provocado pelo ácido b- hidroxidiamino pimélico;
b)Murchamento pelo bloqueio mecânico do transporte de água por substância viscosa como a pectina
degradada ou polissacarídeos degradados por pectinases e carboidrases excretadas pelos
microrganismos;
c) Crescimento anômalo provocado por substâncias difusíveis como etileno e ácido indol acético que
provocam epinastia (crescimento excessivo de um lado do tecido).

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