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Legislação

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Art.

3º Os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre, em razão


da destinação constitucional das corporações e em decorrência das leis vigentes, constituem uma categoria
especial de servidores públicos militares e são denominados militares estaduais.
§ 1º Os militares estaduais encontram-se em uma das seguintes situações:
I – na ativa:
a) os militares estaduais de carreira;
b) os componentes da reserva remunerada, quando convocados exclusivamente para encargos
previstos neste Estatuto; e
c) os alunos de órgãos de formação de militares estaduais da ativa.
II – na inatividade:
a) na reserva remunerada, quando pertençam à reserva da corporação e percebam remuneração do
Estado, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação; e
b) reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores, estão dispensados,
definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuam a perceber remuneração do Estado.
§ 2º Os militares estaduais de carreira são os que, no desempenho voluntário e permanente do serviço
militar estadual, têm vitaliciedade assegurada ou presumida.
Art. 11. São requisitos exigidos para a matrícula nos estabelecimentos de ensino militar estadual: (LC
188/08)
I - ser brasileiro nato ou naturalizado;
II - ter no máximo trinta anos de idade no ato da inscrição do concurso para ingresso como aluno
soldado ou aluno oficial do quadro de combatentes da Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros Militar; ou ter, no
máximo, quarenta anos no ato da inscrição para ingresso no quadro de oficiais militares de saúde das
respectivas corporações; (LC 290/14)
III - estar em dia com o serviço militar obrigatório;
IV - ser eleitor e achar-se em gozo dos seus direitos políticos;
V - possuir idoneidade moral, comprovada por meio de folha corrida policial militar e judicial, na forma
prevista em edital;
VI - comprovar aptidão física e mental, mediante exames médicos, testes físicos e avaliação
psicotécnica, na forma prevista em edital; (LC188/08)
VII - possuir estatura mínima de 1,60 m para candidatos do sexo masculino e 1,55 m para candidatas
do sexo feminino;
VIII - possuir diploma de graduação de nível superior de ensino, reconhecido pelo Ministério da
Educação –MEC; (LC 349/18)
IX – possuir nível superior de escolaridade, com diploma reconhecido pelo Ministério da Educação e
Cultura – MEC:
a) na graduação de aluno oficial, para o ingresso nos seguintes quadros:
1. Quadro de Oficiais Policiais Militares Combatentes – QOPMEC; e
2. Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Combatentes – QOBMEC.
b) no posto de 1º Tenente Estagiário, para o ingresso nos seguintes quadros:
1. Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde – QOPMS; e
2. Quadro de Oficiais Bombeiros Militares de Saúde – QOBMS.
X - ter idade mínima de dezoito anos completos; e
XI – não exercer, nem ter exercido, atividade prejudiciais ou perigosas à segurança nacional.
§ 1º O ingresso nos quadros especificados nos incisos VIII e IX ocorrerá mediantes concurso público,
exigida até o final do curso de formação, a apresentação da carteira nacional de habilitação para condução de
veículo automotor, em qualquer categoria. (LC 290/14)
§ 2º Os cargos de oficial combatente da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, integrantes do
quadro de Oficiais Militares Estaduais Combatentes -QOMEC, é privativo de bacharel em direito, devendo ser
comprovado no ato da matrícula no Curso de Formação de Oficiais. (LC 349/18)
§ 3º Revogado. (LC 182/08)
§ 4º O disposto no caput deste artigo e no anterior aplica-se, também, aos candidatos ao ingresso nos
quadros de oficiais militares estaduais de saúde, cujo ingresso dar-se-á com a nomeação ao posto de 2° tenente
PM/BM, sendo exigido o diploma do estabelecimento de ensino superior, na área de saúde, reconhecido pelo
MEC. (LC 349/18)
§ 5º O ingresso no quadro de oficiais militares capelães, composto de dois oficiais, cuja carreira,
estruturada em lei específica, do posto de 2º tenente ao de major, dar-se-á através de concurso público de
provas ou de provas e títulos, sendo exigido curso de formação teológica regular, de nível superior, reconhecido
pelo MEC ou pela autoridade eclesiástica de sua religião, neste último caso enquanto não existir reconhecimento
deste curso de formação em nível nacional. (LC 349/18)
§ 6º A partir do ato de nomeação para o cargo inicial da carreira, o militar estadual encontrar-se-á em
estágio probatório, por um período de três anos, durante o qual será verificado o preenchimento dos seguintes
requisitos:
I- conduta ilibada na vida pública e privada;
II- aptidão;
III- disciplina;
IV- assiduidade;
V- interesse e dedicação ao serviço; e
VI- eficiência. (LC 349/18)
§ 7º O prazo a que se refere o § 6º não se aplica ao aspirante a oficial, que se tornará estável após a
nomeação ao posto de 2º tenente. (LC 349/18)
Art.13. O acesso aos demais postos e graduações da carreira militar estadual dar-se-á em consonância
com Lei de Promoção de Oficiais e Regulamento de Promoção de Praças vigente, exceto nas condições abaixo,
em que:
I – O militar estadual, em atividade no início da vigência desta lei, será provido nas seguintes situações:
(LC 197/09)
a) para fins de promoção a graduação de cabo PM/BM, será matriculado no curso de formação de
cabo, com duração mínima de sessenta dias, após três anos de ingresso no nível II da graduação de soldado ou
após seis anos decorridos da data da matrícula no curso de formação de soldados (CFSD); (LC 313/15)
b) para fins de promoção a graduação de 3º sargento PM/BM, nível I, o cabo PM/BM será matriculado
no curso de formação de sargento, com duração mínima de cento e vinte dias, após completar três anos de
ingresso nesta graduação, contados a partir da vigência desta lei complementar. (LC 313/15)
c) para fins de promoção a graduação de 3º sargento PM/BM, Nível I, o soldado PM/BM, Nível II, em
atividade no mês de julho de 2009, será matriculado no curso de formação de sargento, com duração mínima de
cento e vinte dias, após completar nove anos de efetivo serviço prestado exclusivamente à corporação militar do
Estado do Acre, na graduação de soldado. (LC 206/10)
II – A promoção do militar estadual acontecerá conforme lei específica e regulamento do Poder
Executivo. (LC 197/09)
§ 3º O militar estadual desligado de curso de formação, habilitação ou aperfeiçoamento em face de falta
de aproveitamento ou por indisciplina, retornará à graduação anterior, e somente poderá efetuar a rematrícula no
respectivo curso, após o transcurso dos seguintes prazos:
I - seis meses nos casos de aproveitamento insuficiente;
II – um ano nos casos de desligamento em razão de indisciplina. (LC 290/14)
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
Art. 15. A hierarquia e a disciplina são as bases institucionais da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar. A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
§ 1º A hierarquia militar estadual é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura
da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. A ordenação se faz por posto ou graduação; dentro de um
mesmo posto ou de uma mesma graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à
hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade.
§ 2º A disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral as leis, regulamentos, normas e
disposições que fundamentam o organismo militar estadual e coordenam seu funcionamento regular e
harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes
desse organismo.
§ 3º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida, entre
militares estaduais da ativa, da reserva e reformados.
Art. 18. A precedência entre militares estaduais da ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela
antiguidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em lei ou
regulamento.
§ 1º A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura do ato da
respectiva promoção, nomeação ou inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data.
§ 2º No caso de ser igual a antiguidade referida no parágrafo anterior, será estabelecida através da
média intelectual obtida no curso de formação do respectivo posto ou graduação.
§ 3º Em igualdade de posto ou graduação, os militares estaduais da ativa têm precedência sobre os da
inatividade.
§ 4º Em igualdade de posto ou graduação, a precedência entre os militares estaduais de carreira na
ativa e os da reserva que estiverem convocados é definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou graduação.
§ 5º Os alunos oficiais PM/BM são superiores hierarquicamente aos subtenentes PM/BM.
§ 6° Os alunos dos cursos de formação de sargento PM/BM e cabo PM/BM são, respectivamente,
superiores hierarquicamente ao cabo PM/BM e ao soldado PM.
§ 7º Os aspirantes a oficial PM/BM são hierarquicamente superiores às demais Praças. (LC 290/14)
Art. 42. O militar estadual que, por sua atuação, se tornar incompatível com o cargo ou demonstrar
incapacidade no exercício das funções militares estaduais a ele inerentes, será afastado do cargo.
§ 1º São competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o impedimento do exercício
das funções, observando-se o ordenamento constitucional vigente para o devido processo legal, em que seja
assegurada a ampla defesa e o contraditório:
a) o governador do Estado;
b) o comandante-geral da Polícia Militar/Corpo de Bombeiros Militar;
c) o chefe do Gabinete Militar do governador;
d) o subcomandante - chefe do Estado Maior Geral;
e) o corregedor - subchefe do Estado Maior Geral; e
f) os comandantes, os chefes e diretores das unidades militares estaduais.
§ 2º O militar estadual afastado do cargo nas condições mencionadas neste artigo ficará privado do
exercício de qualquer função militar estadual até a solução final do processo ou das providências legais que
couberem no caso.
Art. 51. O militar estadual que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou
disciplinar de superior hierárquico poderá interpor recurso administrativo, segundo legislação vigente na
corporação.
§ 1º O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em quinze dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto a ato que decorra
da composição de quadro de acesso; e
b) em cento e vinte dias corridos, nos demais casos.
§ 2º A interposição do recurso administrativo poderá ser feita individual ou coletivamente, neste último
caso tratando-se de mesmo fato ou ato administrativo impugnado.
§ 3º O militar estadual da ativa que, nos casos cabíveis, se dirigir ao Poder Judiciário, deverá
comunicar, por escrito e antecipadamente, esta iniciativa à autoridade a qual estiver subordinada.
Da Remuneração- VER LC 349/18
Art. 53 A remuneração dos militares estaduais compreende vencimentos ou proventos, indenizações e
outros direitos e é devida em bases estabelecidas em lei específica. (Lei 12.236/97; LC 094/01 e LC 313/15- (GO
e GAI) - LC 349/18.
§ 1º Os militares estaduais na ativa recebem remuneração constituída pelas seguintes parcelas:
I - mensalmente: vencimentos, compreendendo o VENCIMENTO BÁSICO, gratificações e adicionais; e
II - eventualmente: gratificações, indenizações, auxílios e abonos. (LC 349/18)
§ 2º Os militares estaduais em inatividade têm seus proventos calculados com base na legislação
castrense específica, sendo constituído pelas seguintes parcelas:
I - mensalmente: proventos, compreendendo o VENCIMENTO BÁSICO, gratificações e indenizações
incorporáveis; e
II - eventualmente: auxílio invalidez, indenizações e gratificação de convocação extraordinária. (LC
349/18)
§ 3º O vencimento básico é irredutível e não está sujeito a penhora, sequestro ou arresto. (LC 349/18)
Art. 55. São adicionais, gratificações, indenizações, auxílios e abonos a que faz jus o militar estadual,
em conformidade com a legislação específica e nos termos desta lei:
I – adicionais/ gratificações:
a) gratificação adicional de formação policial militar;
b) gratificação de atividade integral;
c) gratificação de especialização;
d) adicional de titulação;
e) gratificação de risco de vida;
f) gratificação de sexta parte
g) gratificação de atividade penitenciária;
h) gratificação de instrução;
i) gratificação de comando de unidade operacional, corregedoria, direção, assessoria e chefia; (LC
179/2007)
j) gratificação natalina;
l) gratificação de localidade especial;
m) adicional de férias;
n) revogado; e (LC 313/15): Adicional de Inatividade
o) gratificação operacional. (LC 313/15)
II – indenizações:
a) diárias;
b) ajuda de custo;
c) indenização de transporte e bagagem;
d) indenização de curso; e
e) Revogado. (LC 313/15)-
III – auxílios/abonos
a) auxílio funeral;
b) auxílio invalidez;
c) auxílio uniforme;
d) auxílio financeiro em caso de acidente em serviço;
e) salário família; e
f) abono estadual de permanência.
§ 1º As gratificações e adicionais constantes das alíneas “a”, “b”, “c”, “e”,“f”, “g” “h”, “i”, “j”, “l” e “m”; as
indenizações constantes das alíneas “b” e “c”; e os auxílios/abonos constantes das alíneas “a”, “b” e “e” são
definidos com as bases estabelecidas em leis específicas. (LC 313/15)
§ 2º O adicional de titulação, no máximo de vinte por cento, incidente sobre o vencimento básico, será
concedido aos servidores militares estaduais, detentores de títulos escolares universitários, de aperfeiçoamento
e de especialização, devendo esses dois últimos ter correlação direta com a sua área de atuação, expedidos por
instituições reconhecidas pelo MEC ou Secretaria de Educação de Estado - SEE, quando couber, e cursos e
estágios militares reconhecidos pela legislação própria das corporações militares federais e estaduais, bem
como pelas instituições privadas e públicas de ensino policial, quando não exigidos como pré-requisito para o
exercício do cargo, conforme discriminado no Anexo IV desta lei.
§ 3º A gratificação de que trata a alínea i do inciso I deste artigo será atribuída da seguinte forma:
I - comandante de unidade operacional, corregedor, diretor, ajudante geral, assessor e chefe de divisão
– cinquenta por cento do soldo do posto ou da graduação; e
II – chefes de seção, trinta por cento do soldo do posto ou da graduação. (LC 313/15)
§ 4º A gratificação de localidade especial, parcela remuneratória mensal não incorporável e incidente
sobre o percentual do soldo de seu posto ou graduação, é devida ao militar estadual por se encontrar em efetivo
exercício do cargo em municípios do Estado do Acre que apresentem como característica a dificuldade de
acesso, no valor de cinquenta por cento do soldo do posto ou da graduação, conforme a relação seguinte: Santa
Rosa do Purus, Jordão, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter. (LC 313/15)
§ 5º A diária devida ao militar estadual no afastamento de sua sede, por motivo de serviço, destinada a
atender despesa com alimentação e pousada, dar-se-á nos termos e valores definidos para os demais
servidores civis da administração direta, autarquias e fundações públicas do Estado do Acre, estabelecendo-se a
correspondência, para fins deste parágrafo, entre os cargos militares e as classes constantes do Anexo I do
Decreto Estadual n. 6.854, de 30 de dezembro de 2002, assim definida:
a) Classe II – comandante e subcomandante-geral da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Acre;
b) Classe III – oficiais superiores da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre;
c) Classe IV – oficiais intermediários e oficiais subalternos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Acre; e
d) Classe V – praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre.
§ 6º As diárias devidas por deslocamento do militar estadual para fora do país serão pagas em dólares
norte-americanos cotados ao câmbio do dia da autorização/concessão ou do processamento do pagamento,
conforme tabela que constitui o Anexo III do Decreto Federal n.º 3.643/2000, que dispõe sobre diárias do pessoal
militar da administração federal.
§ 7º Para efeito de aplicação do parágrafo anterior far-se-á a correspondência entre as classes insertas
no referido Anexo III do decreto federal e os cargos militares estaduais, na forma seguinte:
a) Classe I – comandante-geral da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre;
b) Classe II – subcomandante-geral da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Acre;
c) Classe III – oficial superior da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre;
d) Classe IV – oficial intermediário e oficial subalterno da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar
do Estado do Acre; e
e) Classe V – aluno oficial, subtenente, sargentos, cabos, soldados e demais alunos de curso de
formação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre.
§ 8º A indenização de curso, devida mensalmente ao militar estadual quando designado para cursos ou
estágios realizados dentro ou fora do Estado, com duração superior a trinta dias e que implique no afastamento
da sede, destina-se a atender despesas decorrentes da estada, alimentação, locomoção e correlatas ao curso,
sendo correspondente a um soldo do posto ou graduação e quando não disponibilizada a alimentação, pousada
e locomoção pelo Estado.
§ 9º O militar estadual tem direito a receber anualmente, por conta do Estado do Acre, dois uniformes
completos, de acordo com tabela de distribuição estabelecida pelas corporações.
§ 10. O auxílio financeiro, em caso de acidente em serviço, que cause invalidez temporária, permanente
ou morte, será concedido pelo Estado nos seguintes casos:
I – acidente em serviço que cause incapacidade temporária, para cobertura de despesa médico-
hospitalar, após comprovação do acidente, será ressarcido até o limite de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
II – acidente em serviço que cause incapacidade permanente, no valor equivalente a R$ 20.000,00
(vinte mil reais).
III – acidente em serviço que cause morte, no valor equivalente a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
§ 11. Para os efeitos do parágrafo anterior, considera-se acidente em serviço aquele ocorrido durante a
realização de ações militares ou em razão delas, ou ainda, em razão do dever de oficio, incluído todo o período
de deslocamento e retorno da prestação do serviço militar estadual, devidamente apurado em inquérito policial
militar e/ou procedimento administrativo, atestado de origem ou inquérito sanitário de origem, que provoque
morte ou lesão corporal resultante na perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho. (LC 237/11)
Art. 60. O acesso na hierarquia militar é seletivo, gradual, sucessivo e será processado mediante
promoção, nas datas fixadas e em conformidade com o disposto na legislação e regulamentação de promoções
de oficiais e praças, obtendo-se o fluxo regular e equilibrado de carreira para os militares estaduais a que esses
dispositivos se referem.
§ 1º A promoção é um ato administrativo e tem como finalidade básica a seleção dos militares estaduais
para o exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico superior.
§ 2º O planejamento de carreira dos oficiais e de praças, obedecidas as disposições da legislação e
regulamentação a que se refere este artigo, é atribuição do comando geral da corporação.
Art. 61. As promoções serão efetuadas pelos critérios de antiguidade e merecimento ou, ainda, post
mortem.
§ 1º Em casos extraordinários, poderá haver promoção em ressarcimento de preterição, desde que seja
reconhecido o seu direito à promoção quando:
a) tiver solução favorável a recurso interposto;
b) cessar sua situação de desaparecido ou extraviado;
c) for absolvido ou impronunciado no processo que estiver respondendo, com trânsito em julgado, ou
ocorrer a extinção do processo;
d) for justificado em conselho de justificação ou disciplina; e
e) tiver sido prejudicado por comprovado erro administrativo.
Art. 62. Não haverá promoção de militar estadual por ocasião de sua transferência para a reserva
remunerada, por ocasião de sua reforma ou em vaga decorrente da agregação prevista no inciso I do § 1° do
art. 81 desta lei.
(for nomeado para cargo ou função militar estadual, municipal ou da União, quando nos limites territoriais do Estado do
Acre, ou considerado de natureza militar, estabelecido em lei ou decreto, não previsto nos quadros de organização da
organização militar estadual)

SEÇÃO III
Das Férias e Outros Afastamentos Temporários do Serviço
Art. 63. As férias são afastamentos totais do serviço, pelo período de trinta dias, obrigatoriamente
concedidos aos militares estaduais para descanso anual, a partir do último mês do ano a que se referem. (LC
324/16)
§ 1º Compete ao comandante-geral da Polícia Militar/Corpo de Bombeiros Militar a regulamentação da
concessão das férias anuais, mediante publicação do plano de férias no boletim geral da corporação.
§ 2º A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licenças para tratamento de saúde,
licença para capacitação, por punição anterior decorrente de transgressão disciplinar, pelo estado de guerra ou
para que sejam cumpridos atos de serviços, bem como não anula o direito àquelas licenças (LC 324/16)
§ 3º Somente nos casos de interesse da segurança nacional, extrema necessidade do serviço,
transferência para a inatividade, cumprimento de punição disciplinar de natureza grave e baixa em hospital, os
militares estaduais terão interrompido ou deixarão de gozar, na época prevista, férias que tiverem direito,
registrando-se o fato em seus assentamentos.
§ 4º Na impossibilidade absoluta do gozo de férias no ano seguinte ou no caso de sua interrupção pelos
motivos previstos, o período de férias não gozado será acumulado para usufruto nos exercícios seguintes de
acordo com o plano de férias da corporação. (LC 324/16)
Art. 64. O militar estadual tem direito, ainda, aos seguintes períodos de afastamento total do serviço,
obedecidas as disposições legais e regulamentares, por motivo de:
I - núpcias: oito dias;
II - luto: oito dias;
III - instalação: de cinco a dez dias;
IV - trânsito: de cinco a quinze dias; e
V - doação voluntária de sangue: um dia.
Parágrafo único. O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou luto será concedido, no primeiro
caso, se solicitado por antecipação à data do evento, e no segundo caso, tão logo a autoridade a qual estiver
subordinado o militar estadual tenha conhecimento do óbito de seus pais, sogros, filhos, irmãos e cônjuge ou
companheiro.
Art. 75. Somente em caso de flagrante delito o militar estadual poderá ser preso por autoridade policial,
ficando esta obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade militar estadual mais próxima, só podendo retê-lo
na delegacia ou posto policial durante o tempo necessário à lavratura do Auto de Prisão em flagrante.
§ 1º Cabe ao comandante geral da Polícia Militar/Corpo de Bombeiros Militar a iniciativa de
responsabilizar a autoridade policial que não cumprir o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que
seja maltratado preso militar estadual ou não lhe der o tratamento devido ao seu posto ou à sua graduação.
§ 2º Se, durante o processo em julgamento na justiça comum ou militar, houver perigo de vida para
qualquer preso militar estadual, o comandante geral da corporação providenciará junto ao Juiz do feito à guarda
dos pretórios ou tribunais por força militar estadual.
Art. 76. Os militares estaduais da ativa no exercício de funções militares estaduais são dispensados do
serviço de Conselho de Sentença do Tribunal do Júri e do serviço na Justiça Eleitoral.
Da Agregação
Art. 81. A agregação é a situação na qual o militar estadual da ativa deixa de ocupar vaga na escala
hierárquica do seu quadro, nela permanecendo sem número.
Do Excedente
Art. 86. Excedente é a situação transitória a que, automaticamente, passa o militar estadual que:
I - cessado o motivo que determinou sua agregação, reverte ao respectivo quadro, estando esse com
seu efetivo completo;
II – é promovido indevidamente, enquanto se processa o desfazimento do ato viciado;
III - sendo o mais moderno da respectiva escala hierárquica ultrapassa o efetivo do quadro em virtude
de promoção de outro militar estadual em ressarcimento de preterição ou reintegração; e
IV - tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva, retorna ao quadro,
estando este com seu efetivo completo.
Art. 87. É considerado ausente o militar estadual que, por mais de vinte e quatro horas consecutivas:
Art. 88. É considerado desertor o militar estadual que se ausentar, sem licença, da unidade em que
serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias, e nos demais casos assimilados previstos na
legislação penal militar.
Art. 130. O tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo, computado dia a dia, entre a data da
matrícula e a data limite, estabelecido para a contagem ou data do desligamento do serviço ativo, mesmo que tal
espaço de tempo seja parcelado.
SEÇÃO V
Do Desaparecimento e do Extravio
Art. 89. É considerado desaparecido o militar estadual da ativa que, no desempenho de qualquer
serviço, em viagem, em operações militares estaduais ou em casos de calamidade pública, tiver paradeiro
ignorado por mais de oito dias.
Parágrafo único. A situação de desaparecido só será considerada quando não houver indício de
deserção.
Art. 90. O militar estadual que, na forma do artigo anterior, permanecer desaparecido por mais de trinta
dias, será oficialmente considerado extraviado.
DO DESLIGAMENTO OU DA EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO
Art. 91. O desligamento ou a exclusão do serviço ativo da Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros Militar
é feito em consequência de:
I - transferência para a reserva remunerada;
II - reforma;
III - demissão;
IV - perda de posto e patente;
V - licenciamento;
VI - exclusão a bem da disciplina;
VII - deserção;
VIII - falecimento; e
IX - extravio.
Parágrafo único. O desligamento do serviço ativo será processado após a expedição de ato do
governador do Estado ou do comandante-geral, em conformidade com a legislação específica.
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 125. A reintegração, que decorrerá de decisão judicial, é o ato pelo qual o militar estadual demitido,
excluído ou licenciado reingressa às fileiras da corporação, com ressarcimento de prejuízos decorrentes do ato
administrativo anulado.
Art. 126. A reintegração dar-se-á no posto ou graduação anteriormente ocupado, respeitado o direito
adquirido.
Art. 127. O militar estadual reintegrado será submetido à inspeção de saúde e, se verificada a sua
incapacidade definitiva para o serviço militar, será reformado.
Art. 130. O tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo, computado dia a dia, entre a data da
matrícula e a data limite, estabelecido para a contagem ou data do desligamento do serviço ativo, mesmo que tal
espaço de tempo seja parcelado.
Art. 131. Anos de serviço é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço a que se refere o art.
130 e seus §§ 1° e 2°, com os seguintes acréscimos:
I - tempo de serviço público federal, estadual e municipal;
II - Revogado; (LC 324/15)
III - Revogado; e (LC 324/15)
IV - tempo de contribuição na atividade privada, rural e urbana, comprovado por certidão expedida pelo
INSS.
§ 4º Não é computável, para efeito algum, o tempo:
a) que ultrapassar de um ano, contínuo ou não, em licença para tratamento de saúde de pessoa da
família;
b) passado em licença para tratar de interesse particular;
c) passado como desertor;
d) decorrido em cumprimento de pena de suspensão de exercício do posto, graduação, cargo ou
função, por sentença passada em julgado; e,
e) decorrido em cumprimento de pena privativa de liberdade por sentença passada em julgado, desde
que não tenha sido concedida suspensão condicional da pena, quando, então, o tempo que exceder ao período
da pena fixada na sentença será computado para todos os efeitos, caso as condições estipuladas na sentença
não o impeçam.

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