Legislação
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SEÇÃO III
Das Férias e Outros Afastamentos Temporários do Serviço
Art. 63. As férias são afastamentos totais do serviço, pelo período de trinta dias, obrigatoriamente
concedidos aos militares estaduais para descanso anual, a partir do último mês do ano a que se referem. (LC
324/16)
§ 1º Compete ao comandante-geral da Polícia Militar/Corpo de Bombeiros Militar a regulamentação da
concessão das férias anuais, mediante publicação do plano de férias no boletim geral da corporação.
§ 2º A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licenças para tratamento de saúde,
licença para capacitação, por punição anterior decorrente de transgressão disciplinar, pelo estado de guerra ou
para que sejam cumpridos atos de serviços, bem como não anula o direito àquelas licenças (LC 324/16)
§ 3º Somente nos casos de interesse da segurança nacional, extrema necessidade do serviço,
transferência para a inatividade, cumprimento de punição disciplinar de natureza grave e baixa em hospital, os
militares estaduais terão interrompido ou deixarão de gozar, na época prevista, férias que tiverem direito,
registrando-se o fato em seus assentamentos.
§ 4º Na impossibilidade absoluta do gozo de férias no ano seguinte ou no caso de sua interrupção pelos
motivos previstos, o período de férias não gozado será acumulado para usufruto nos exercícios seguintes de
acordo com o plano de férias da corporação. (LC 324/16)
Art. 64. O militar estadual tem direito, ainda, aos seguintes períodos de afastamento total do serviço,
obedecidas as disposições legais e regulamentares, por motivo de:
I - núpcias: oito dias;
II - luto: oito dias;
III - instalação: de cinco a dez dias;
IV - trânsito: de cinco a quinze dias; e
V - doação voluntária de sangue: um dia.
Parágrafo único. O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou luto será concedido, no primeiro
caso, se solicitado por antecipação à data do evento, e no segundo caso, tão logo a autoridade a qual estiver
subordinado o militar estadual tenha conhecimento do óbito de seus pais, sogros, filhos, irmãos e cônjuge ou
companheiro.
Art. 75. Somente em caso de flagrante delito o militar estadual poderá ser preso por autoridade policial,
ficando esta obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade militar estadual mais próxima, só podendo retê-lo
na delegacia ou posto policial durante o tempo necessário à lavratura do Auto de Prisão em flagrante.
§ 1º Cabe ao comandante geral da Polícia Militar/Corpo de Bombeiros Militar a iniciativa de
responsabilizar a autoridade policial que não cumprir o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que
seja maltratado preso militar estadual ou não lhe der o tratamento devido ao seu posto ou à sua graduação.
§ 2º Se, durante o processo em julgamento na justiça comum ou militar, houver perigo de vida para
qualquer preso militar estadual, o comandante geral da corporação providenciará junto ao Juiz do feito à guarda
dos pretórios ou tribunais por força militar estadual.
Art. 76. Os militares estaduais da ativa no exercício de funções militares estaduais são dispensados do
serviço de Conselho de Sentença do Tribunal do Júri e do serviço na Justiça Eleitoral.
Da Agregação
Art. 81. A agregação é a situação na qual o militar estadual da ativa deixa de ocupar vaga na escala
hierárquica do seu quadro, nela permanecendo sem número.
Do Excedente
Art. 86. Excedente é a situação transitória a que, automaticamente, passa o militar estadual que:
I - cessado o motivo que determinou sua agregação, reverte ao respectivo quadro, estando esse com
seu efetivo completo;
II – é promovido indevidamente, enquanto se processa o desfazimento do ato viciado;
III - sendo o mais moderno da respectiva escala hierárquica ultrapassa o efetivo do quadro em virtude
de promoção de outro militar estadual em ressarcimento de preterição ou reintegração; e
IV - tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva, retorna ao quadro,
estando este com seu efetivo completo.
Art. 87. É considerado ausente o militar estadual que, por mais de vinte e quatro horas consecutivas:
Art. 88. É considerado desertor o militar estadual que se ausentar, sem licença, da unidade em que
serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias, e nos demais casos assimilados previstos na
legislação penal militar.
Art. 130. O tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo, computado dia a dia, entre a data da
matrícula e a data limite, estabelecido para a contagem ou data do desligamento do serviço ativo, mesmo que tal
espaço de tempo seja parcelado.
SEÇÃO V
Do Desaparecimento e do Extravio
Art. 89. É considerado desaparecido o militar estadual da ativa que, no desempenho de qualquer
serviço, em viagem, em operações militares estaduais ou em casos de calamidade pública, tiver paradeiro
ignorado por mais de oito dias.
Parágrafo único. A situação de desaparecido só será considerada quando não houver indício de
deserção.
Art. 90. O militar estadual que, na forma do artigo anterior, permanecer desaparecido por mais de trinta
dias, será oficialmente considerado extraviado.
DO DESLIGAMENTO OU DA EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO
Art. 91. O desligamento ou a exclusão do serviço ativo da Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros Militar
é feito em consequência de:
I - transferência para a reserva remunerada;
II - reforma;
III - demissão;
IV - perda de posto e patente;
V - licenciamento;
VI - exclusão a bem da disciplina;
VII - deserção;
VIII - falecimento; e
IX - extravio.
Parágrafo único. O desligamento do serviço ativo será processado após a expedição de ato do
governador do Estado ou do comandante-geral, em conformidade com a legislação específica.
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 125. A reintegração, que decorrerá de decisão judicial, é o ato pelo qual o militar estadual demitido,
excluído ou licenciado reingressa às fileiras da corporação, com ressarcimento de prejuízos decorrentes do ato
administrativo anulado.
Art. 126. A reintegração dar-se-á no posto ou graduação anteriormente ocupado, respeitado o direito
adquirido.
Art. 127. O militar estadual reintegrado será submetido à inspeção de saúde e, se verificada a sua
incapacidade definitiva para o serviço militar, será reformado.
Art. 130. O tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo, computado dia a dia, entre a data da
matrícula e a data limite, estabelecido para a contagem ou data do desligamento do serviço ativo, mesmo que tal
espaço de tempo seja parcelado.
Art. 131. Anos de serviço é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço a que se refere o art.
130 e seus §§ 1° e 2°, com os seguintes acréscimos:
I - tempo de serviço público federal, estadual e municipal;
II - Revogado; (LC 324/15)
III - Revogado; e (LC 324/15)
IV - tempo de contribuição na atividade privada, rural e urbana, comprovado por certidão expedida pelo
INSS.
§ 4º Não é computável, para efeito algum, o tempo:
a) que ultrapassar de um ano, contínuo ou não, em licença para tratamento de saúde de pessoa da
família;
b) passado em licença para tratar de interesse particular;
c) passado como desertor;
d) decorrido em cumprimento de pena de suspensão de exercício do posto, graduação, cargo ou
função, por sentença passada em julgado; e,
e) decorrido em cumprimento de pena privativa de liberdade por sentença passada em julgado, desde
que não tenha sido concedida suspensão condicional da pena, quando, então, o tempo que exceder ao período
da pena fixada na sentença será computado para todos os efeitos, caso as condições estipuladas na sentença
não o impeçam.