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Grécia Antiga: Pater Famílias: Era Quem Governava o Geno

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GRÉCIA ANTIGA

Para facilitar os estudos, podemos dividir a história da Grécia Antiga em quatro períodos: PRÉ-HOMÉRICO,
HOMÉRICO, ARCAICO e CLÁSSICO.
Localizava-se em sua maior parte no sudeste da Europa e abrangia três importantes regiões:
 a Grécia continental
 a Grécia Insular (ilhas)
 e a Grécia Asiática (Ásia)
Geografia da Grécia: quase todo território grego apresentava um solo pouco fértil, montanhoso e pedregoso.
Há também muitas ilhas, próximas umas das outras, sendo a maior delas a de Creta.
O relevo montanhoso da Grécia favoreceu o isolamento interno e a formação de cidades independentes umas
das outras.
Já o seu vasto litoral, facilmente navegável, e a existência de bons portos naturais estimularam a navegação e o
comércio marítimo.

PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO
Período Lendário: as origens minóicas (ilha de Creta) e micênicas (cidade de Micenas)
É marcado pela chegada de diversos povos nômades na Grécia. Primeiros chegaram os AQUEUS, que fundaram
as cidades de Micenas, Tirinto e Argos.
A civilização cretense
A ilha de Creta foi o berço de uma civilização antiga que muito influenciou a dos gregos.
A cidade de Micenas entrou em contato com a ilha de Creta (talassocracia), que era mais desenvolvida, dando
origem à cultura creto-micênica.
Por volta de 1450 a. C., Creta, foi conquistada pelos aqueus (lenda do Minotauro).
Depois vieram os JÔNIOS e os EÓLIOS, que se integraram às populações que habitavam a região.
Mas, com a chegada dos DÓRIOS, houve um verdadeiro pavor nas populações da região. Eles aniquilaram a
sociedade dos aqueus e fizeram com que os habitantes fugissem para o interior e para as ilhas vizinhas - 1º Diáspora:
ocupação da Ásia Menor e da entrada no mar Negro.
Assim, aqueus, jônios, eólios e dórios deram origem aos antigos gregos.

PERÍODO HOMÉRICO
Sistema gentílico (clã). Com a destruição das cidades e a fuga das populações, a vida na Grécia passou a ter por
base a grande família ou clã.
Economia: coletiva (trabalho e meios de produção). Baseava-se na agricultura rudimentar e no pastoreio.
Pater famílias: era quem governava o geno.
Sociedade: diferenciação dependia da proximidade com o Pater.
Desintegração do sistema gentílico: ocm o crescimento dos clãs e a falta de terras férteis, as terras coletivas
foram desigualmente divididas. O PATRIARCA e os seus parentes ficaram com as melhores terras e os parentes mais
afastados com as piores: a sociedade passou a ser constituída por grandes proprietários de terra (eupátridas), pequenos
agricultores (georgói) e os que nada possuíam (thetas).
Evolução política: genos = fratria = tribos = pólis.
Os eupátridas herdaram a tradição do pater famílias, monopolizando o poder político e constituindo uma
aristocracia de base fundiária. Esses aristocratas se agrupavam em fratrias. Um grupo de fratrias, por sua vez, formava
uma tribo. A reunião de várias tribos deu origem a pequenos Estados locais, a pólis ou cidade-Estado. No final do
período homérico, ganharam importância Esparta e Atenas, em razão da influência exercida sobre as demais cidades e
do profundo antagonismo existente entre elas.
Segunda Diáspora: o crescimento populacional, a escassez de alimentos e terras cultiváveis, o ideal de aventura,
o espírito de navegação e o próprio interesse das principais cidades em manter colônias em outras regiões.

PERÍODO ARCAICO
Definição: unidade cultural e diversidade política. Durante o período arcaico, Atenas e Esparta sofreram
importantes transformações econômicas, políticas e sociais.
ESPARTA
Fundada: pelos dórios.
Localização: planície da Lacônia, interior da Península do Peloponeso. Era uma cidade militarista, aristocrática e
conservadora.
Economia: agrícola. Terras centrais pertencentes ao Estado. Mão de obra escrava (cedidos pelo Estado).
Evolução política e social: conquista da Messênia pelos dórios. População reduzida à condição de escravos.
Sociedade estamental:
 Espartíatas – cidadãos
 Periécos – livres mais sem cidadania.
 Hilotas: escravos
Educação: militarista e lacônica (evitar o espírito crítico). Tinha por objetivo a formação de cidadãos-soldados
com perfeição física (as crianças que nasciam com algum defeito eram tiradas da mãe e arremessadas de um penhasco),
coragem e hábitos de obediência às leis, que o tornassem um soldado ideal. Ler p. 36 e 37.
Governo OLIGÁRQUICO: o poder estava nas mãos da aristocracia formada pelos grandes donos de terras.
Estrutura política:
 Diarquia – dois reis (um militar e um religioso)
 Gerúsia – composto por 28 anciões (gerontes)
 Ápela – assembleia deliberativa (aprovava as decisões dos gerontes)
Destaque: xenofobia – aversão a estrangeiros; laconismo – modo conciso, breve de falar.
LEGISLADOR: LICURGO.

ATENAS
Fundada: pelos jônios.
Localização: Península Ática. Estava localizada próximo ao mar e aberta a influencias externas. Era uma cidade
de navegadores, comerciantes, poetas, filósofos e artistas.
Economia: evoluiu da agricultura para o comércio marítimo.
Evolução política: monarquia, oligarquia, tirania e democracia
 Surgimento de novas classes sociais (artesãos e comerciantes) pressionando a aristocracia - início de
uma grave crise política. Dois partidos antagônicos formaram-se: o aristocrático e o popular
Os legisladores
 Drácon – redigiu as primeiras leis escritas de Atenas.
 Sólon – propôs reformas econômicas (estímulo ao comercio; incentivo à vinda de estrangeiros, os
metecos; adoção de um padrão monetário único; proibição da exportação de cereais), sociais (abolição
da escravidão por
 dívidas; diminuição da herança do primogênito) e políticas (criação de um regime censitário; abolição do
monopólio do poder pela aristocracia). Foi expulso de Atenas.
 Pisístrato - tomou o poder ilegalmente, dando início à fase da tirania. Adotou uma política de equilíbrio
entre as camadas sociais.
 Iságoras – colocado no poder pelos aristocratas, solicitou auxílio dos espartanos para manter seus
privilégios políticos. Foi expulso da cidade.
 Clistenes - realizou a reforma que implantou em Atenas a democracia. Nesse novo regime de governo,
todos os cidadãos teriam direitos políticos, sendo a participação direta, mediante o comparecimento à
Assembleia. O principal órgão era a Eclésia – Assembleia dos Cidadãos –, que votava as leis preparadas
pela Bulé ou Conselho dos 500. A justiça era distribuída pela Heliae, formada por 12 tribunais. A
execução das leis e o comando do exército cabiam aos estrategos, em número de dez, escolhidos pela
Eclésia para um mandato anual.
Obs. Mulheres, escravos e estrangeiros não eram considerados cidadãos.

Educação: tinha por objetivo a formação completa do homem (intelectual, física e artística).
Destaque: ostracismo (instituído por Clístenes), que consistia em um exílio forçado dos maus cidadãos por dez
anos.
PERÍODO CLÁSSICO (Disputa pela hegemonia)

Início: Guerras Médicas ou Pérsicas: (persas X gregos).


Batalhas: Maratona (vitória grega); Termópilas (vitória persa); Salamida (vitória, por mar pelos atenienses).
A Confederação ou Liga de Delos: com a ameaça dos persas em dominar a Grécia, algumas cidades se uniram
em torno de Atenas para se protegerem. Esparta não aceitou participar da Confederação. Atenas cobrava imposto das
cidades que integravam a Liga.
Hegemonia ateniense: com o tempo, por causa dos impostos recebidos, Atenas tornou-se uma cidade muito
poderosa. No período Clássico Atenas tornou-se a cidade mais importante da Grécia, e a civilização grega atingiu seu
maior esplendor - O SÉCULO DE PÉRICLES (ler o imperalismo ateniense p. 45) . Mesmo depois da derrota dos persas,
Atenas continuou a receber pagamentos de outras cidades.
Guerra do Peloponeso: algumas cidades contestaram a liderança de Atenas e se uniram à ESPARTA. Assim
origina-se a Liga do Peloponeso, em que Esparta e Atenas apoiadas por várias cidades lutam entre si.
Hegemonia espartana: Apesar de algumas vitórias atenienses, o exército espartano era mais bem preparado.
Consequentemente, Esparta substituiu Atenas como potência hegemônica na Grécia, adotando a mesma conduta
imperialista de Atenas.
Hegemonia de Tebas: Aproveitando-se das crises existentes nas duas principais cidades-Estado da Grécia, Tebas
resolveu impor sua hegemonia sobre as cidades gregas. Em 371 a. C., Esparta foi derrotada pelo exército tebano na
Batalha de Leuctras. Essa vitória deveu-se à organização das falanges, dos generais Pelópidas e Epaminondas, e a uma
rebelião de escravos em Esparta, obrigando grande parte dos soldados a suspender sua campanha na defesa da cidade.
Assim, teve início o predomínio de Tebas sobre a Grécia.

O DOMÍNIO MACEDÔNICO
O período das hegemonias levou ao enfraqueci mento geral das cidades-Estado gregas. Os macedônios, povo de
origem ariana que habitava a região ao norte da Grécia, liderados por seu rei Felipe II, conquistaram toda a Grécia na
Batalha de Queroneia, em 338 a. C.. Alexandre Magno, filho de Felipe, sucedeu-o ao trono, consolidando a conquista da
Grécia e expandindo o Império para o Oriente. Dominou a Fenícia, o Egito, a Palestina e a Índia, fundando um dos mais
vastos impérios da humanidade. Da fusão da cultura grega com a de outros povos dominados, principalmente egípcios,
mesopotâmicos e persas, surgiu à Cultura Helenística.
A RELIGIÃO
• Os gregos eram politeístas. Imaginavam seus deuses com formas e características humanas bem definidas.
• AS DIVINDADES ERAM REPRESENTADAS COM ATRIBUTOS SEMELHANTES AOS DO HOMEM. Mesmo as fraquezas
humanas, como a falsidade, o ciúme e a ira.
• De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos
mortais.
• ZEUS era o de maior importância, considerado a divindade suprema do panteão grego.
• Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as
pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns.
• Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor.

ARTES PLÁSTICAS
• Os gregos eram excelentes escultores, pois buscavam retratar o corpo humano em sua perfeição.
• Músculos, vestimentas, sentimentos e expressões eram retratados pelos escultores gregos.
• As artes plásticas da Grécia Antiga influenciaram a arte romana e renascentista.

A FILOSOFIA GREGA
• A cidade de Atenas foi palco de grande desenvolvimento filosófico durante a o Período Clássico da Grécia
(século V a.C).
• Os filósofos gregos pensavam e criavam teorias para explicar a complexa existência humana, os
comportamentos e sentimentos.
• Podemos destacar como principais filósofos gregos Platão, Sócrates e Aristóteles. Podemos citar também Tales
de Mileto, importante filósofo, matemático e astrônomo da Grécia Antiga.

O ESPORTE
• Foram os gregos que desenvolveram os Jogos Olímpicos.
• Aconteciam de quatro em quatro anos na cidade grega de Olímpia. Era uma homenagem aos deuses,
principalmente a Zeus (deus dos deuses).
• Atletas de diversas cidades gregas se reuniam para disputarem esportes como, por exemplo, corrida e
arremesso de disco entre outros.
• Os vencedores das Olimpíadas eram recebidos em suas cidades como verdadeiros heróis.
A MITOLOGIA
Para explicarem as coisas do mundo e transmitirem conhecimentos populares, os gregos criaram vários mitos e
lendas. As histórias eram transmitidas oralmente de geração para geração.
A mitologia grega era repleta de monstros, heróis, deuses e outras figuras mitológicas. Os mitos mais conhecidos
são: Minotauro, Cavalo de Tróia, Medusa e Os Doze trabalhos de Hércules.

O TEATRO
• Os gregos eram apaixonados pelo teatro. As peças eram apresentadas em anfiteatros ao ar livre e os atores
representavam usando máscaras.
• As comédias, dramas e sátiras retravam, principalmente, o comportamento e os conflitos do ser humano.
• Ésquilo e Sófocles foram os dois mais importantes escritores de peças de teatro da Grécia Antiga.

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