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Universidade Federal de Sergipe

Campus São Cristovão


Departamento de Fisiologia

Manual de Aulas Práticas – Bioquímica


SEMESTRE 1

Profª Drª Brancilene Santos de Araujo

1
Sumário
18 Aulas (carga horária total=36h)

1. Apresentação da Bioquímica Prática (2h)


OBSERVAR ESTA PRÁTICA PARA A CONFECÇÃO DOS RELATÓRIOS

2. Segurança no laboratório (2h)

3. Vidrarias (2h)

4. Preparo de soluções I (2h)

5. Preparo de soluções II (2h)

6. Preparo de soluções III (2h)

7. A química de pH e tampões I (2h)

8. A química de pH e tampões II (2h)

9. A química de pH e tampões III (2h)

10. Extração de DNA de cebola (2h)

11. Identificação baseada em DNA (2h)

12. Discussão dos relatórios

13. Reações de Identificação de proteínas (2h)

14. Digestão de proteínas (2h)

15. Catálise enzimática

16. Reações de identificação de carboidratos redutores (2h)

17. Identificação de lipídeos (2h)

18. Discussão dos relatórios e resultado final (2h)

2
PRÁTICA 1

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA BIOQUÍMICA

1. Roteiro para Elaboração de Relatório

1.1. Noções Gerais

O relatório de atividades deve em primeiro lugar, retratar o que foi realmente realizado no
experimento, sendo de fundamental importância a apresentação de um documento bem ordenado e de
fácil manuseio. Além disso, deve ser o mais sucinto possível e descrever as atividades experimentais
realizadas, a base teórica dessas atividades (Introdução), os materiais e procedimentos utilizados
(Materiais e Métodos, ou Experimental), os resultados obtidos e sua discussão (Resultados e
Discussão) e as Conclusões, que são sempre resposta aos objetivos propostos, além da citação da
bibliografia consultada.
O relatório deve ser redigido de uma forma clara, precisa e lógica. Redija sempre de forma
impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo passado. Exemplo: "a massa das amostras sólidas foi
determinada utilizando-se uma balança".
Devem ser evitadas expressões informais ou termos que não sejam estritamente técnicos. Não
utilize em hipótese alguma adjetivo possessivo, como por exemplo, minha reação, meu banho, meu
qualquer coisa. É bastante recomendável, efetuar uma revisão do relatório para retirar termos
redundantes, clarificar pontos obscuros e retificar erros no original.
Uma atenção especial deve ser dada aos termos técnicos, resultados, fórmulas e expressões
matemáticas. As ilustrações (tabelas, fórmulas, gráficos) deverão vir na sequência mais adequada ao
entendimento do texto e seus títulos e legendas devem constar imediatamente abaixo.

Tabela: é composta de título, um cabeçalho, uma coluna indicadora, se necessário, e um corpo:


 Título- deve conter breve descrição do que contém a tabela e as condições nas quais os
dados foram obtidos;
 Cabeçalho- parte superior da tabela contendo as informações sobre o conteúdo da cada
coluna;
 Coluna indicadora- à esquerda da tabela, especifica o conteúdo das linhas;
 Corpo- abaixo do cabeçalho e a direita da coluna indicadora, contém os dados ou
informações que se pretende relatar.
 A tabela deverá ser aberta nas laterais

Exemplo

Tabela 1. Algumas características dos estados da matéria


Estado da matéria Compressibilidade Fluidez ou rigidez Densidade relativa
Gasoso Alta Fluido Baixa
Líquido muito baixa Fluido Alta
Sólido muito baixa Rígido Alta

Figuras: podem ser fotos tiradas dos experimentos, fotos de equipamentos (próprias tiradas na aula
ou da internet ou livros), reações químicas em forma de figura tiradas da internet ou livros. Todas as
ilustrações adicionadas ao relatório, INCLUINDO GRÁFICOS, são figuras.

Gráfico: é a maneira de detectar visualmente como varia uma quantidade (y) a medida que uma
segunda quantidade (x) também varia.

Eixos:

horizontal (abscissa) - representa a variável independente; é aquela cujo valor é


controlado pelo experimentador;
3
vertical (ordenada)- representa a variável dependente; cujo valor é medido
experimentalmente (resultado numérico da prática, quando e se aplicável).

Escolha das escalas - suficientemente expandida de modo a ocupar a maior porção do papel
(não é necessário começar a escala no zero, sim num valor um pouco abaixo do valor mínimo
medido)

Símbolos das grandezas- deve-se indicar junto aos eixos os símbolos das grandezas
correspondentes divididos por suas respectivas unidades;

Título ou legenda- indicam o que representa o gráfico;

Valores das escalas- deve-se marcar os valores da escala em cada eixo de forma clara;

Pontos- deve-se usar círculos, quadrados, etc. para indicar cada ponto de cada curva;

Traço- a curva deve ser traçada de modo a representar a tendência média dos pontos.

1.2. Formatação

Deverá ser observada a correção da parte escrita com relação ao português. As margens do
texto deverão ser justificadas (alinhadas) nas duas margens, sendo que o início de cada parágrafo
deverá ser tabulado.
Com relação ao texto, o mesmo deverá ser feito por extenso e corrido, isto é, evitar que haja
espaços em branco em páginas. Também utilizar a mesma fonte ao longo de todo o mesmo, sendo
livre o uso de fontes de tamanho diferente para os títulos das seções e o texto geral. Além disso, usar
o mesmo espaçamento entre linhas ao longo de todo o texto (1, 1.5 ou 2, por exemplo).
Quanto às figuras, fotos e gráficos deverão ser tratados como figuras. Não existe Foto 1
ou Gráfico 1, mas sim figura 1. Equações matemáticas e/ou químicas também deverão ser tratadas
como figuras. Todos deverão ser citados em algum local do texto do relatório.
Figuras e tabelas deverão ser numeradas sequencialmente e ter legenda, conforme exemplo
da Tabela 1 dado na página anterior deste manual ou para a figura abaixo. O texto da tabela, bem
como as legendas de tabelas e figuras poderão ser escritos com a mesma fonte do texto, sendo a
mesma no mesmo tamanho do texto principal ou ainda com tamanho 2 pontos menores (por exemplo,
texto com fonte 12 e o texto da legenda da figura e/ou da tabela, incluindo o conteúdo da mesma, em
tamanho 10).

Figura 1. Bico de Bunsen.

Caso sejam inseridos anexos, os mesmos deverão ser chamados de Anexos e numerados,
independente de ser figura ou tabela, e inseridos depois das referências bibliográficas.
A não observação destas regras pode resultar em redução da pontuação das seções.

1.3. Tópicos de Composição (seções):


1. Capa
2. Introdução
3. Materiais e Métodos
4
4. Resultados e Discussão
5. Conclusões
6. Referências
7. Anexos
1.3.1. Capa
Deve conter a identificação do relatório (título da prática) e nomes dos componentes da equipe
que realizou a prática. Observar que cada relatório só poderá ter no MÁXIMO 5 componentes, sendo
que nada impede que as equipes se dividam ou que integrantes façam relatórios separados, observando
o ineditismo dos mesmos. Relatórios idênticos (ou seções idênticas) serão zerados.

1.3.2. Introdução (2,5 pontos)


Apresentar os pontos básicos do estudo ou atividades desenvolvidas, especificando as principais
aquisições teórico-metodológicas, referentes às técnicas empregadas. Neste item é dado um
embasamento teórico do experimento descrito para situar o leitor naquilo que se pretendeu estudar no
experimento. A literatura é consultada, apresentando-se uma revisão do assunto. Normalmente, as
citações bibliográficas são feitas por números entre parênteses e listadas no final do relatório. Lembrar
que a introdução não é uma cópia da literatura, mas uma representação do seu entendimento
da bibliografia consultada. Não copie os textos consultados. Isso é plágio. Serão zeradas
introduções que sejam cópias diretas de texto ou que sejam iguais às de outros relatórios. Isto
valerá para as demais seções abaixo.
ESTE TEXTO DEVE SER DIFERENTE DA INTRODUÇAO DO MANUAL DE AULA PRÁTICA.
Para basear a Introdução, podem ser observados os sites informados no item Bibliografia
abaixo.

1.3.3. Experimental (ou Materiais e Métodos; 2,5 pontos)


Descrição detalhada do experimento realizado, dos métodos analíticos e técnicas empregadas,
bem como descrição dos instrumentos utilizados, conforme descrito neste manual de aula prática, que
deverá obrigatoriamente ser portado impresso em sala de aula, não cabendo o uso de versões
digitais (celulares, tabletes, etc). Não é um receituário. Este item precisa conter elementos suficientes
para que qualquer pessoa possa ler e reproduzir o experimento no laboratório. Podem ser inseridas
aqui figuras dos equipamentos usados, desenhos e diagramas para esclarecer sobre a montagem de
aparelhagem. Não deve incluir qualquer tipo de resultado ou discussão dos resultados.
Para a parte prática da disciplina Bioquímica, esta sessão do relatório deverá repetir o
que consta da mesma sessão no Manual de Aula Prática, com os ajustes na linguagem (uso de
verbos no passado uma vez que os experimentos JÁ FORAM realizados), bem como texto
corrido na forma de parágrafos contando como foi feito o experimento. Qualquer modificação
experimental feita nas práticas será informada pela professora e deverá ser inserida no relatório,
não havendo a necessidade de informar no mesmo que houve a referida alteração.
Aqui procure conhecer as unidades métricas em vigor. Por exemplo, litro (e seus derivados) é
representado por L maiúsculo (L, mL), enquanto grama deve ser descrito como o grama e não a grama (a
grama = gramado). Embora seja amplamente usado, não se expressa mais molaridade como M, mas como
mol/L. Usar sempre a mesma forma de expressão das unidades ao longo do texto (por exemplo, usar mg/L
ou mg.L-1 em todo texto e não misturar as duas formas).
Um relatório deve conter informações suficientes para que o experimento seja repetido, portanto,
não se deve esquecer de mencionar as quantidades misturadas e as concentrações dos reagentes
utilizados [2 mL de NaOH 1% ou NaOH 1% (2 mL)].

1.3.4. Resultados e Discussão (4 pontos, sendo 2,0 para resultados e 2,0 para a discussão)
Esta é a parte principal do relatório, onde serão mostrados todos os resultados obtidos, que
podem ser numéricos ou não, sendo que no caso de resultados numéricos, os mesmos poderão ser
apresentados por tabela ou figura (gráfico é figura), cabendo à equipe definir qual a melhor forma de
apresentação, não havendo interferência na nota no caso da escolha por um método ou outro.
Apresentados os resultados, deverá ser feita a análise dos mesmos para que explicações sejam
fornecidas para os resultados encontrados, com as observações e comentários pertinentes. As respostas
ao questionário de cada prática poderão ser dadas durante a discussão dos resultados ou após a
5
finalização da discussão, cabendo definir o que é mais interessante, não havendo interferência na nota
final.
Para basear a discussão, podem ser observados os sites informados no item Bibliografia abaixo.
Em um relatório desse tipo espera-se que o aluno discuta os resultados em termos dos
fundamentos estabelecidos na introdução, mas também que os resultados inesperados e observações
sejam relatados, procurando uma justificativa plausível para o fato.
Ao realizar cálculos, deve-se considerar valores com até duas casas décimas (exemplo: se
uma determinada concentração foi de 16,74567, considere-a como 14,75 ou 16,8). Use a seguinte regra:
se o número depois da primeira ou segunda casa decimal (depende de quantas casas decimais serão
consideradas) é 1, 2, 3 ou 4, o arredondamento deve ser feito para baixo (16,743 = 16,74), e se o número
depois da primeira ou segunda casa for 5 ou maior que ele, arredonda-se para cima (16,745 = 16,75).

1.3.5. Conclusões (1 ponto)


A conclusão corresponde a uma resposta aos objetivos da prática e deve ser realizada em 3-4
linhas no máximo. Não é para citar os resultados ou discuti-los nesta seção, mas dizer se os objetivos
da prática foram atingidos e se a prática foi útil para avançar seu conhecimento sobre a temática
abordada.

1.3.6. Bibliografia
Listar bibliografia consultada para elaboração do relatório, podendo utilizar um padrão bibliográfico
que interessar ao autor (ABNT ou outro sistema):
Por meio da internet é possível ter acesso a vários periódicos de divulgação científica que
disponibilizam artigos sobre os mais variados temas dentro das ciências exatas em geral, da química
em particular, além das ciências biológicas.
Eles podem ser usados como material para a introdução e a discussão dos resultados no
relatório, podendo citar as bases de dados Scielo (texto completo grátis e, na maior parte das vezes,
em português), Google Schoolar (texto completo ou resumido, livros e artigos que podem ser grátis ou
pagos), portal de periódicos da CAPES no endereço http://www.periodicos.capes.gov.br, onde é
possível acessar os artigos e livros de editoras (por exemplo, Springer, Wiley e Elsevier) e banco de
dados internacionais (Web of Science, ScienceDirect, Scopus). Via site da CAPES, é necessário o login
via acesso café (link na parte superior da página periódicos.capes).
Além disso, é possível utilizar os livros disponíveis na biblioteca, sites e revistas tendo o cuidado
de checar informações fornecidas com fonte de confiança científica (a Wikipédia está cheia de
incorreções, por exemplo). Toda a bibliografia usada deverá ser mencionada na sessão correspondente
do relatório. Não existe relatório sem bibliografia. O manual de aula prática não pode ser a única
bibliografia citada.

1.3.7. Anexos

Aqui deverão constar as informações que forem consideradas complementares ao


relatório. Fotos de equipamentos podem ser inseridas nos materiais e métodos ou como
anexos, por exemplo. Composições de reagentes também, desde que não sejam usadas para
discutir os resultados. Fotos e gráficos/tabelas de resultados não podem ser anexos.
Os anexos são nomeados sempre Anexo (Anexo 1, Anexo 2 e assim em diante, com
a devida legenda), independente de serem gráficos, figuras, tabelas, etc.

6
PRÁTICA 2

SEGURANÇA NO LABORATÓRIO
Para confecção do relatório, observara PRÁTICA 1

Introdução: A Química é uma ciência eminentemente experimental, cujas leis e hipóteses obedecem
não somente a observação de um fenômeno químico, mas também a repetição exaustiva do mesmo
em locais chamados laboratórios. Assim, um laboratório de química pode ser considerado como o local
onde o aluno usa métodos, técnicas e instrumentos com vistas a observação e aplicação dos conceitos
teóricos aprendidos.
Um laboratório de Química deve possuir todas as instalações necessárias, tais como
instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas as bancadas, para a realização dos
experimentos que nele ocorrerão. Deve possuir uma capela com sistema próprio de exaustão para a
manipulação de substâncias tóxicas que liberem vapores (a capela). Se as precauções de segurança
para trabalho em um laboratório não forem seguidas, tais como uso de vestimenta apropriada e dos
equipamentos de proteção individual (luvas, óculos, etc), este local de trabalho é vulnerável a acidentes.
Assim, abaixo serão apresentados alguns cuidados que devem ser observados, não somente para a
realização das aulas práticas, mas também na vida profissional cotidiana, de modo a evitar os riscos
de acidentes.

1. Leia e siga rigorosamente as instruções fornecidas pelo roteiro de prática.


2. Caso tenha que montar seu próprio roteiro, minimize o uso dos reagentes para evitar
desperdício e disponibilize recipientes para a coleta de rejeitos do laboratório; implementando
coleta seletiva se for o caso.
3. Tenha respeito pelas outras pessoas que trabalham com você: um bom ambiente de trabalho
contribui para uma melhor condução das práticas.
4. Tenha respeito pelos objetos de trabalho, pois nem sempre é possível a reposição imediata
dos mesmos.
5. Nunca trabalhe sozinho no laboratório.
6. Não brinque no laboratório.
7. Em caso de acidente, procure imediatamente o setor de acidentes (em aula práticas, o
professor), mesmo que não haja danos pessoais ou materiais.
8. Encare todos os produtos químicos como venenos em potencial, enquanto não verificar sua
inocuidade, consultando a literatura especializada. Não fume no laboratório.
9. Não fume no laboratório
10. Não beba e nem coma no laboratório.
11. Caso tenha cabelos longos, mantenha-os presos durante a realização dos experimentos.
12. Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis (acetona, álcool, éter, etc...) próximos à
chama.
13. Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis expostos ao sol.
14. Evite contato de qualquer substância com a pele.
15. Trabalhe calçado com sapato fechado e nunca de sandálias.
16. Todas as experiências que envolvem a liberação de gases e/ou vapores tóxicos devem ser
realizadas na câmara de exaustão (capela).
17. Ao preparar soluções aquosas diluídas de um ácido, coloque o ácido concentrado na água,
nunca o contrário.
18. Nunca pipete líquidos cáusticos ou tóxicos diretamente, utilize pipetadores. Nunca aqueça o
tubo de ensaio, apontando sua extremidade aberta para um colega ou para si mesmo.
19. Sempre que necessário proteja os olhos com óculos de proteção.
20. Não jogue nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos.
21. Não jogue resíduos de solventes na pia ou no ralo; há recipientes apropriados para isso.
22. Não jogue vidro quebrado ou lixo de qualquer espécie nas caixas de areia. Também não jogue
vidro quebrado no lixo comum. Deve haver um recipiente específico para fragmentos de vidro.

7
23. Não coloque sobre a bancada de laboratório bolsas, agasalhos, ou qualquer material estranho
ao trabalho que estiver realizando.
24. Caindo produto químico nos olhos, boca ou pele, lave abundantemente com água. A seguir,
procure o tratamento específico para cada caso.
25. Use jaleco apropriado, bem como outros equipamentos de proteção individual (EPIs), e saiba
como manusear os diferentes tipos de extintores (tabela 1) em caso de incêndio.

Tabela 1. Tipos de extintores e seu uso.


TIPOS DE EXTINTORES
CLASSES DE
INCÊNDIOS ÁGUA ESPUMA PÓ QUÍMICO CO2
CLASSE “A“ ÓTIMO FRACO ÓTIMO Somente é
Atua por Não tem ação de Somente é eficiente se for
Madeira, papel, resfriamento e penetração eficiente se for incêndio de
corda, algodão, penetração incêndio de superfície.
lixo, pano, capim, superfície.
lona, borracha,
estopa, etc. Lance o jato de Lance o jato em
incêndio de pó em forma de forma de leque.
profundidade. leque.
CLASSE “B” PERIGOSO FRACO ÓTIMO ÓTIMO
Espalha o Em áreas abertas Atua por Atua por
Gasolina, álcool, líquido não é eficiente em eliminação do eliminação do
thinner, inflamável. recipientes, tanques, oxigênio. oxigênio.
querosene, etc.,
graxa,’ óleo,
tinta, terebintina, Somente pode Eficiente Lance o jato de Lance o jato em
éter, etc. ser usado em Quando lançado pó em forma de forma de leque.
forma de contra uma parede, leque.
neblina. para formar um
lençol.
CLASSE “C” PERIGOSO PERIGOSO ÓTIMO ÓTIMO
Condutor de À base de água. Atua por Atua por
Motores, caixas Eletricidade. eliminação do eliminação do
de comando oxigênio. oxigênio.
elétrico, fiação Condutor de
elétrica, tomadas, Perigo de Eletricidade. Lance o jato de Lance o jato em
etc. choque mortal Perigo de choque pó em forma de forma de leque,
Equipamentos mortal. leque, na base na base do fogo.
elétricos do fogo.
energizados.
CLASSE “D” NÃO NÃO NÃO ÓTIMO
Atua por
metais pirofóricos: eliminação do
magnésio, oxigênio.
zircônio, Método de
titânio. abafamento por
meio de areia
seca, limalha de
ferro fundido.

O avental deve cobrir do pescoço até abaixo do joelho, ser constituído de algodão grosso, uma
vez que o tecido “queima” mais devagar ao reagir com ácidos e bases, com fechamento em velcro
ou botão de pressão e de comprimento até os joelhos, devendo ser usado sempre fechado.
Os óculos de proteção deverão ser resistentes a líquidos em geral, fáceis de ser esterilizados
e ter vedação lateral.
As luvas devem se adequadas para o tipo de reagente que se está trabalhando, abaixo a tabela
2 mostra a compatibilidade química de luvas.

Tabela 2. Diferentes tipos de luvas e suas compatibilidades químicas.


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TIPO USO
Borracha butílica Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais solventes
(luva grossa)
Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para solventes orgânicos
Neopreno (luva Bom para ácidos e bases, peróxidos, hidrocarbonetos, álcoois, fenóis. Ruim
grossa) para solventes halogenados e aromáticos
PVC (luva grossa) Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos solventes orgânicos
PVA (luva grossa) Bom para solventes aromáticos e halogenados. Ruim para soluções aquosas
Nitrila Bom para uma grande variedade de solventes orgânicos, ácidos e bases
Viton (luva grossa) Excepcional resistência a solventes aromáticos e halogenados
Neopreno usado por lixeiros.

As máscaras deverão ser adequadas ao material que se deseja filtrar tanto em capacidade de
filtração como por sua eficiência (Tabela 3 e 4). É recomendado:
✓ Solicitar ao comerciante o potencial de filtração referido pelo fabricante;
✓ Diminuir a produção de aerossóis e respingos durante os procedimentos empregando uma
sucção efetiva (sugador de alta potência);
✓ Não puxar a máscara para o pescoço, após o procedimento;
✓ Não reutilizar máscaras descartáveis;
✓ Observar o tempo de uso das máscaras (máximo de 1 hora);
✓ Trocar a máscara sempre que sentir umedecida;
✓ Não tocar na máscara após sua colocação;
✓ Trocar a máscara sempre que espirrar ou tossir (pedir ajuda se estiver usando luvas);
✓ Não permanecer com a máscara após uso, pendurada no pescoço;
✓ Descartá-la, após o uso, em recipiente adequado.
As principais características a serem observadas para a máscara ideal são:
✓ Ser confortável;
✓ Ter boa adaptação aos contornos faciais;
✓ Não ter odor;
✓ Ter boa capacidade de filtração (apresentar duas camadas e um filtro intermediário);
✓ Não tocar lábios e narinas;
✓ Permitir respiração normal;
✓ Não irritar a pele;
✓ Não embaçar o protetor ocular.

Tabela 3. Capacidade de filtração de máscaras por tipo de material.


MATERIAL UTILIZADO CAPACIDADE DE FILTRAÇÃO
Fibra de vidro 99%
Fibra sintética 99%
Algodão (tecido) 18 a 50%
Papel 32%
Espuma 14%

Tabela 4. Eficiência de filtração por tipo de máscara


MÁSCARAS EFICIÊNCIA DE FILTRAÇÃO
Controle 10%
Celutex simples 50%
Celutex dupla 30%
Filtrosan 90%
Anatômica 20%
Filtradora automotiva 50%
Algodão 20%

Para mais informações, consultar:


http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biosseguranca.pdf

26. Saiba a localização e como utilizar o chuveiro de emergência, extintores de incêndio e


lavadores de olhos.
27. Nunca teste um produto químico pelo sabor (por mais apetitoso que ele possa parecer).

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28. Não é aconselhável testar um produto químico pelo odor, porém caso seja necessário, não
coloque o frasco sob o nariz. Desloque com a mão, para a sua direção, os vapores que se
desprendem do frasco.
29. Se algum produto químico for derramado, lave o local imediatamente.
30. Verifique que os cilindros contendo gases sob pressão estão presos com correntes ou cintas.
31. Consulte outro profissional mais experiente (nas aulas práticas, o professor), se necessário,
antes de fazer qualquer modificação no andamento da experiência e na quantidade de
reagentes a serem usados.
32. Caso esteja usando um aparelho pela primeira vez, leia sempre o manual antes.
33. Não aqueça líquidos inflamáveis em chama direta.
34. Lubrifique tubos de vidro, termômetros, etc, antes de inseri-los em rolhas e proteja sempre as
mãos com um pano.
35. Antes de usar qualquer reagente, leia cuidadosamente o rótulo do frasco para ter certeza de
que aquele é o reagente desejado.
36. Verifique se as conexões e ligações estão seguras antes de iniciar uma reação química,
37. Abra os frascos o mais longe possível do rosto e evite aspirar ar naquele exato momento.
38. Não use lentes de contato.
39. Apague sempre os bicos de gás que não estiverem em uso.
40. Nunca torne a colocar no frasco um regente retirado em excesso e não usado. Ele pode ter
sido contaminado.
41. Não armazene substâncias oxidantes próximas a líquidos voláteis e inflamáveis.
42. Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou que
libere grande quantidade de energia.
43. Cuidado ao aquecer vidro em chama: o vidro quente tem exatamente a mesma aparência do
frio.
44. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue todos
os aparelhos, deixe todo o equipamento limpo e lave as mãos.
45. Conheça a classificação de substâncias químicas e a simbologia indicativa de periculosidade
das mesmas, como mostrado na tabela 5.
Corrosivos - substâncias que em contato com os materiais de tubulações, equipamentos e
com o tecido vivo (pele, mucosas) exercem uma ação destrutiva. Assim, deve-se evitar o respingo deles
em sua vestimenta, pele e olhos. Os reagentes corrosivos são representados por um símbolo de um
ácido ativo. Exemplos: Hidróxido de sódio, ácido fosfórico, ácido sulfúrico, ácido clorídrico.
Inflamáveis – São as substâncias que se inflamam ou provocam chamas à temperatura
ambiente, isto é, sofrem combustão espontânea em contato com o ar. Em geral emitem gases e
vapores e seu manuseio deve ser feito evitando o contato com materias ignitivos (ar, água). As
substâncias Inflamáveis são representadas por uma chama ou letra F. Exemplos: Hexano (solvente de
extração), etanol, acetona, etc.
Explosivos - São as substâncias muito sensíveis ao fogo, ao calor e à fricção (choques,
atritos). Ao trabalhar com esses reagentes deve-se evitar batida, empurrão, fricção, faísca e calor
Exemplos: nitroglicerina metano, propano, butano, etc.
Comburente – São as substâncias que podem acender ou facilitar a combustão, impedindo o
combate ao fogo. Ao manipular esses reagentes deve-se evitar o contato deles com materiais
combustíveis. Exemplos: oxigênio, nitrato de potássio, peróxido de hidrogênio, etc.
Irritantes - São as substâncias que em contato imediato, prolongado ou repetido com a pele
ou com as mucosas, podem provocar uma reação inflamatória. Assim, gases e vapores não devem ser
inalados, e líquidos não devem respingar sobre a pele e olhos. As substâncias irritantes são
representadas por uma cruz de Santo André ou pelas letras X i, Exemplos: Cloreto de cálcio, carbonato
de sódio, formol, etc.
Nocivo – São as substâncias que por inalação, ingestão ou penetração através da pele, podem
produzir doenças. Assim, deve-se evitar o contato dessas substâncias com o corpo humano, assim
como sua inalação. As substâncias nocivas são representadas por uma cruz de Santo André ou pelas
letras Xn. Exemplos: Clorofórmio, etanal, diclorometano, cloreto de potássio, etc.
Tóxico - São aquelas substâncias químicas que, em determinadas concentrações podem
causar danos graves à saúde, podendo inclusive levar uma pessoa à morte. O contato com este tipo
de substância deve, portanto, ser também evitado. A representação por pictograma é de uma caveira
sobre tíbias cruzadas ou pela letra T. Ex. Metanol, cloreto de bário, monóxido de carbono, etc.

10
Perigosa para o ambiente – São os reagentes que liberados no meio ambiente podem
provocar danos a curto ou longo prazo. Assim, eles não devem ser descartados em pias ou no lixo
comum se que haja tratamento prévio. A representação por pictograma é uma cena mostrando um
ambiente degradado em que se vê peixe e árvore mortos. A letra N representa esse risco Exemplos de
reagentes que oferecem riscos ao ambiente benzol, cianureto de potássio, o inseticida lindan
(hexaclorociclohexano), etc.

Tabela 5. Representação com pictogramas e letras dos riscos de reagentes de laboratório.

Perigo: Por contato, destroem o tecido vivo bem como utensílios.


Exemplos: Bromo, ácido sulfúrico.
Cuidado: Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, olhos e vestuário.

Perigo: São substâncias que podem explodir sob determinadas condições.


Exemplos: Permanganato de potássio, peróxido de sódio.
Cuidado: Evitar qualquer contacto com substâncias combustíveis.

Perigo: Podem desenvolver uma ação irritante sobre a pele, olhos e vias
respiratórias.
Exemplos: Solução de amoníaco, cloreto de benzilo.
Cuidado: Não inalar os vapores e evitar o contacto com a boca e olhos.

Perigo: A inalação, ingestão ou absorção através da pele provoca, na maior parte


das vezes lesões muito graves ou mesmo a morte.
Exemplos: Trióxido de arsénio, cloreto de mercúrio (II).
Cuidado: Evitar qualquer contacto com o corpo e no caso de indisposição chamar
o médico.

Perigo: Quando absorvidas pelo corpo, por inalação, ingestão ou contacto, estas
substâncias provocam lesões pouco graves.
Exemplos: Piridina, tricloroetileno.
Cuidado: Evitar qualquer contacto com o corpo humano, inclusive inalação de
vapores, no caso de indisposição chamar o médico.

Perigo: Facilmente inflamáveis, sensíveis à humidade ou água.


Exemplos: Propano, acetona, hidreto de boro e sódio.
Cuidado: Manter afastado de fontes de calor.

46. CONHEÇA OS MATERIAIS E TÉCNICAS DE PRIMEIROS SOCORROS, POSICIONE-OS NO


LABORATÓRIO EM LOCAL DE FÁCIL ACESSO E FAÇA COM QUE TODOS SAIBAM
ONDE ELES ESTÃO.
• Não mover pessoas desacordadas, principalmente em caso de queda, chamando os
serviços de atendimento médico (exceto em caso de necessidade de evacuar o local)
• Não jogar água em pessoas caso não saiba o tipo de contaminante, com vistas a evitar
piora de ferimentos, principalmente queimaduras.

11
• Cortes e ferimentos devem ser desinfetados e cobertos.
• Queimaduras leves, com fogo ou material quente, tratar com ÁGUA FRIA/ GELADA ou
PICRATO DE BUTESIN ou ÁCIDO PÍCRICO.
• Queimaduras cutâneas:
• COM ÁCIDOS - lavar com bastante água e sabão e, em seguida, neutralizar com LEITE
DE MAGNÉSIA ou BICARBONATO DE SÓDIO.
• COM BASES - lavar com muita água e, em seguida, com solução diluída de ÁCIDO
ACÉTICO (0,1N).
• COM FENOL - lavar abundantemente com ÁLCOOL ETÍLICO.
• Queimaduras oculares com substâncias ácidas ou básicas devem ser lavadas com água
(usar lava - olhos) e tratadas com colírio estéril.
• Ingestão:
• DE ÁCIDOS - tomar HIDRÓXIDO DE CÁLCIO, LEITE DE MAGNÉSIA ou LEITE. Não
tomar bicarbonato de sódio ou carbonato de cálcio. Estes produtos são contra-indicados
porque produzem distensão e facilitam a perfuração.
• DE BASES - tomar solução de ácido acético 1/100 ou vinagre 1/10 ou água de limão.
• DE SAIS DE CHUMBO - lavar com água em abundância. Após, beber grande quantidade
de água seguida de duas colheres de SULFATO DE MAGNÉSIO (sal de Epson).
• Intoxicação por gases:
• REGRA GERAL: remova o paciente da exposição, fazendo-o respirar profundamente e
mantendo-o aquecido.
• Manual de biossegurança da FIOCRUZ
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biosseguranca.pdf

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PRÁTICA 3

VIDRARIAS DE LABORATÓRIO

Mesa de trabalho
A mesa de trabalho ou bancada em um laboratório de química é o local onde serão
desenvolvidas todas as atividades. Ela normalmente é composta por pia e torneira, para lavagem da
vidraria, bico de gás, usado em reações químicas que necessitem de aquecimento e uma fonte de
energia elétrica (tomada) para ligação dos mais variados equipamentos (chapas aquecedoras,
balanças, banhos-maria, espectrofotômetros, etc) em laboratório. Nela estarão os materiais
comumente usados em um laboratório, que em sua maioria, são de vidro, e que serão vistos a seguir.
Vidrarias
Abaixo segue uma lista com as vidrarias e equipamentos básicos usados corriqueiramente em
laboratório.
Vidrarias feitas de vidro e/ou plástico
1- Balões de fundo chato ou Florence (a) e fundo redondo (b)
a) b) a)
Utilizado no armazenamento e no aquecimento de líquidos,
bem como em reações que se processam com
desprendimento de gás. Deve ser aquecido sobre a tela de
amianto.
b)
Muito usado em destilações, para colocação do líquido a ser
destilado ou para a coleta do líquido após a condensação do
vapor.
2- Balão volumétrico
Recipiente calibrado, de precisão, destinado a conter um determinado volume
de liquido, a uma dada temperatura. É utilizado no preparo e na diluição de
soluções de concentração definida (soluções padrão). Como o volume nominal
dos balões volumétricos é geralmente calibrado a 20ºC, não é recomendado
colocar soluções aquecidas no seu interior, nem submetê-los a temperaturas
elevadas.

3- Bastão de vidro
Usado na agitação e na transferência de líquidos. Quando envolvido
em uma das extremidades por um tubo de látex é chamado de
"policial" e é empregado na remoção quantitativa de precipitados.
Testes na solução.

4- Béquer
Recipiente com ou sem graduação, de forma alta (Berzelius) ou
baixa (Griffin). Usado no prepraro de soluções, na pesagem de
sólidos e no aquecimento de líquidos, bem como em reações de
precipitação e recristalização. É freqüentemente confeccionado
em vidro pirex, resistente a temperaturas elevadas. Apesar disso,
não resiste a choques nem a variações bruscas de temperatura.
Pode ser aquecido sobre a tela de amianto.
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5- Bureta
Equipamento calibrado para medida precisa de volume. Permite o
escoamento de líquido e é muito utilizada em titulações. Possui uma torneira
controlada de vazão na sua parte inferior. São encontradas no comércio
buretas com capacidades que variam de cinco a cem mililitros microburetas
com capacidade mínima de cem microlitros. As buretas automáticas possuem
dispositivos capazes de abastecê-las automaticamente, evitando a
contaminação do titulante com, CO2 do ar.

6- Condensador
Equipamento destinado a condensação de vapores, utilizado em
destilações ou aquecimentos sob refluxo. Os mais comuns são:
a) condensador de bolas: empregado em refluxos. Contribui para que
os vapores condensados retornem ao balão de origem.
b) condensador de serpentina: proporciona maior superfície de
condensação e é usado principalmente no resfriamento de vapores
de líquidos de baixo ponto de ebulição
c) condensador reto: apresenta uma superfície de condensação
a) b) c) pequena e por isso não é apropriado para o resfriamento de líquidos
de baixo ponto de ebulição.

7- Frasco de Erlenmeyer (a) e kitassato (b)


a) b) a) Erlenmeyer: Recipiente largamente utilizado na
análise titulométrica, no aquecimento de líquidos e na
dissolução de substâncias. Pela sua forma cônica, é
muitas vezes utilizado para conter soluções durante
reações conduzidas sob agitação.
b) Kitassato: Frasco cônico de paredes reforçadas,
munido de saída lateral. É usado em filtrações sob
sucção (ou pressão reduzida)

8- Dessecador
Usado no armazenamento de substâncias que devem ser
mantidas sob pressão reduzida ou em condições de umidade
baixa.

9- Funis
a) b) a) Simples: Empregado na transferência de líquidos e
em filtrações simples, utilizando papel de filtro
adequado.

b) Separação/Decantação: Vidraria largamente


utilizada em extração, decantação, separação de
líquidos imiscíveis e adição gradativa de líquidos
reagentes durante uma reação química.

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10- Proveta ou cilindro graduado
Frasco destinado a medidas aproximadas de
volume. São encontradas no comércio provetas
TC e TD, com volume nominal variando de cinco
mililitros a alguns litros.

11- Pipeta
a) b) Instrumento calibrado para medida precisa e
transferência de determinados volumes de líquidos, a
dada temperatura. Existem basicamente dois tipos de
pipetas: as volumétricas ou de transferências (a) e as
graduadas (b). As primeiras são utilizadas para escoar
volumes fixos, enquanto as graduadas são utilizadas para
escoar volumes variáveis de líquidos.

12- Tubo de ensaio e estante


a) b) Geralmente utilizado em reações tipo teste e em
ensaios de precipitação, cristalização e
solubilidade. Pode ser aquecido, com cuidado,
diretamente sobre a chama do bico de gás.

13- Vidro de relógio


Utilizado no recolhimento de sublimados, na pesagem de
substâncias sólidas, em evaporações e na secagem de sólidas
não-higroscópicos.

14- Frasco para reativos

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São encontrados em vários tamanhos e diferem,
quanto à cor, em frascos incolores ou de cor âmbar.
Estes últimos são utilizados para conter reativos e
substâncias fotossensíveis.

15- Pesa-filtro
Recipiente destinado à pesagem de sólidos e de líquidos.

16- Cubeta
Recipiente destinado a adição de substâncias líquidas para dosagem de
absorbância no espectrofotômetro.

Material de porcelana

1- Almofariz e pistilo
Destinados à pulverização e homogeneização de
sólidos, bem como na maceração de amostras
que devem ser preparadas para posterior
extração. Podem ser feitos de porcelana, ágata,
vidro ou metal.

2- Cadinho
Usado na secagem, no aquecimento e na
calcinação de substâncias. Pode ser feito de
porcelana, metal ou teflon.

3- Cápsula de porcelana

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Usada na evaporação de soluções, na
sublimação e secagem de sólidos e na
preparação de misturas.

4- Espátula

Usada para transferir substâncias sólidas, especialmente


em pesagens. Pode ser fabricada em aço inoxidável,
porcelana e plástico.

5- Funil de Büchner
Utilizado em filtrações por sucção (ou sob pressão
reduzida), devendo ser acoplado a um frasco Kitasato.

6- Triângulo de porcelana
Usado como suporte no aquecimento de
cadinhos, normalmente apoiado sob tripé.

Material de metal

1- Bico de gás
Fonte de calor destinada ao aquecimento de materiais não inflamáveis. A
chama de um bico de gás pode atingir temperatura de até 1500ºC.
Existem vários tipos de bicos de gás (ver figura), mas todos obedecem a
um mesmo princípio básico de funcionamento: o gás combustível é
introduzido numa haste vertical, em cuja parte inferior há uma entrada de
ar para suprimento de oxigênio, o gás é queimado no extremo superior
da haste. Tanto a vazão do gás quanto a entrada de ar podem ser
controladas de forma conveniente.

2- Pinças
a) b) As pinças ou garras têm por finalidade
segurar objetos aquecidos, especialmente
cadinhos, sendo geralmente de madeira (a),
e é também empregadas para manter fixas

17
outras vidrarias (b), como erlenmeyers, em
aparelhos como destiladores ou rotavapores
(normalmente metálicas).

3- Tela de amianto, tripe e anel


a) b) Tela metálica (a), contendo amianto, utilizada
para distribuir uniformemente o calor durante
o aquecimento de recipientes de vidro ou
metal expostos à chama do bico de gás, que
deve ser apoiada sobre tripé (b). A argola ou
anel (c) é normalmente usada para apoiar
c) balões de fundo redondo sob o tripé.

4- Suporte universal
Serve para sustentar equipamentos em geral,
normalmente seguros por garras ou anéis.

Equipamentos

1- Balanças
Instrumento utilizado para determinação de massa. As balanças analíticas podem ser
classificadas em duas categorias: a) balança de braços iguais: efetua a pesagem mediante a
comparação direta. Foi largamente utilizada até a década de 50, sendo posteriormente substituída pela
balança analítica de prato único. b) Balança de prato único: possui um contrapeso que balanceia as
massas conhecidas e o prato (ver figura). Um objeto é pesado através da remoção de massas
conhecidas até que o equilíbrio com o contrapeso seja restabelecido; deste modo, o valor da massa
desconhecida é igual ao total das massas removidas.

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2- Banho-maria
Equipamento utilizado para aquecimento e incubação de líquidos a temperaturas inferiores a
100ºC.

3- Centrífuga
Instrumento que serve para acelerar a sedimentação de sólidos suspensos em líquidos. É
empregado, também, na separação de emulsões.

4- Estufa (incubadora e de esterilização)


Equipamento empregado na cultura de organismos (incubadora) ou secagem/esterilização de
materiais por aquecimento (esterilização). Atinge, em geral, temperaturas de até 200ºC.

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6- Autoclave
Utilizado na esterilização de materiais de laboratório.

7- Pisseta ou frasco lavador


Frasco próprio para armazenamento de pequenas quantidades de água destilada, álcool ou
outros solventes. É usado para efetuar a lavagem de recipientes ou precipitados com jatos do líquido
nele contido.

10- Trompa de água ou bomba de vácuo


Dispositivo para aspirar o ar e reduzir a pressão no interior de um frasco. É muito utilizado em
filtrações por sucção, geralmente adaptado a um frasco Kitasato.

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11- Espectrofotômetro
Usado para medir a concentração de substâncias em uma solução. Precisa da cubeta.

13- pHmetro
Usado para medir o pH exato de uma mistura.

Limpeza de vidraria
Todo material de vidro que vai ser utilizado em análise quantitativa deve estar rigorosamente
limpo. Para isso, deve-se lavá-lo com água e detergente, 1 a 2% (aquecer quando necessário),
enxaguá-lo várias vezes com água e água destilada (várias porções de 5,00 a 20,00 mL). Após isso,
se necessário, apenas pipeta, bureta e balões devem se tratados com mistura sulfonítrica ou alcolato
de sódio ou potássio (10%m/v). Toda vez que se utiliza mistura sulfonítrica, deve-se tampar o recipiente
que a contém. Após 15 minutos retorna-se tal mistura para o seu frasco de origem, escoando o máximo
possível. Lava-se o material com água corrente (6 ou 7 vezes) e a seguir, com água destilada (3 vezes).
Nunca adicionar a mistura sulfonítrica a um recipiente sujo; este deve ser previamente lavado
com água e detergente.
Nunca adicionar essa mistura a um recipiente que contenha água.
ATENÇÃO: a mistura sulfonítrica é extremamente corrosiva. Deve ser manipulada com cuidado
evitando respingos.

Pesagem em balanças analíticas


As balanças analíticas são balanças de precisão que permitem a determinação de massas com
um erro absoluto da ordem de 0,10 mg. Por se tratar de instrumentos delicados e caros, seu manejo
envolve a estrita observância dos seguintes cuidados gerais:
1. As mãos do operador devem estar limpas e secas;
2. Durante as pesagens as portas laterais devem ser mantidas fechadas;
3. Destravar e travar (inclusive a meia trava) com movimentos lentos;
4. Nunca pegar diretamente com os dedos o objeto que vai pesar. Conforme o caso, usar uma pinça
ou uma tira de papel impermeável;
5. Nunca colocar ou retirar massas do prato sem antes ter travado a balança. Em seguida retornar os
pesos a zero e descarregar imediatamente a balança após a pesagem;
6. Para sucessivas pesagens no decorrer de uma análise, usar sempre a mesma balança;
7. O recipiente e/ou as substâncias que serão pesados devem estar em equilíbrio com o ambiente.

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OBS: As salas de balanças devem ser mantidas na mais absoluta ordem e limpeza. Os conhecimentos
necessários ao manejo dos diferentes tipos de balanças analíticas serão ministrados pelo responsável
ou adquiridos através de consulta ao manual. Além da escolha da balança com precisão adequada de
acordo com a massa a ser pesada, devem ser observados: o acerto do nível da balança, o ajuste do
zero e a limpeza do prato da balança.

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PRÁTICA 4 E 5

PREPARO DE SOLUÇÕES I e II

Introdução: As soluções são, provavelmente, o mais comum dos sistemas químicos encontrados em
laboratórios. As soluções são definidas como misturas homogêneas de duas ou mais substâncias
puras, em geral, o componente de uma solução presente em maior quantidade é chamado de solvente
e o que está em menor quantidade, de soluto. Entretanto, esses termos podem ser trocados quando
for necessário. Este é o caso das soluções de sólidos em líquidos, em que o líquido é tomado,
comumente, como solvente e o sólido como soluto, independente das proporções relativas de cada um.
Assim, podemos ter soluções de sacarose em água a 10% e 60%, e em ambos os casos, a água é
considerada como solvente e a sacarose como soluto.
A. concentração de uma solução pode ser expressa em função da quantidade de soluto num
volume definido de solução, ou como a quantidade de soluto numa massa definida de solução ou
solvente. As convenções mais comuns são definidas abaixo:
Concentração comum é a forma mais comum de se apresentar a relação soluto/solvente de
uma solução. Corresponde à quantidade de massa por um dado volume de solução (g/mL, por
exemplo). Assim:
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝐶=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒

Onde: massa pode ser expressa em grama, miligrama, micrograma, etc, e o volume pode ser expresso
em litro, mililitro, microlitro, etc.
Molaridade (M) é o número de moles de soluto por litro de solução, ou seja, o número de moles
é igual ao peso (em grama) do soluto/ PM (mol/L). O Peso Molecular (PM) é a soma de todos os pesos
atômicos dos átomos da molécula. Concentrações molares são normalmente expressas entre
colchetes, por exemplo, a concentração molar do íon hidrogênio é representada dessa forma, [H+].
Soluções diluídas são representadas em termos de milimolaridade, micromolaridade, nanomolaridade,
picomolaridade, etc.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑀𝑜𝑙𝑎𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑥 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠)

1 mmol = 10-3 moles


1 mol = 10-6 moles
1 nmol = 10-9 moles
1 pmol = 10-12 moles

Portanto:
1 mM = 10-3 moles = 1mmol/litro = 1mol/mL
1 M = 10-6 moles = 1Mol/litro = 1nmol/mL
1 nM = 10-9 moles = 1nmol/litro = 1pmol/mL

Título é a forma de expressar a concentração de uma solução pelo percentual do soluto em


solução. Pode ser usado para expressar:
- Porcentagem peso/volume (% p/v) é o peso em grama de um soluto por 100 mL de solução.
Exemplo: Uma solução de NaCl 0,9% contém 0,9 g de NaCl em 100 mL da solução.

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑇= 𝑥 100
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 (100 𝑚𝐿)

- Porcentagem peso/peso (% p/p) é o peso em grama de um soluto por 100g de solução.


Exemplo: Os ácidos comerciais como HCl e H2SO4 estão disponíveis com concentração em peso/peso.
Uma solução de HCl 37% contém 37g de HCl em 100g da solução.

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑇= 𝑥 100
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 (100 𝑔)

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- Porcentagem volume/volume (% v/v) é o volume em mililitro (mL) do soluto em 100 mL de
solução. Exemplo: Uma solução hidroalcoólica 70% contém 70 mL de álcool etílico absoluto (100%)
em 30 mL de água destilada.

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑇= 𝑥 100
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 (100 𝑚𝐿)

Tabela 2: Unidades de massa

Unidades de massa Abreviatura Fator de multiplicação


( relativo ao grama)
Quilograma Kg 103
Grama G 1
Miligrama MG 10-3
Micrograma g 10-6
Nanograma Ng 10-9
Picograma Pg 10-12

Para converter miligrama em micrograma, multiplica-se o valor do miligrama por 1000.


Exemplo: 2 mg correspondem a 2000g ( 2 x 1000 = 2000).
Para converter micrograma em miligrama dividi-se o valor de micrograma por 1000.
Exemplo: 2000g correspondem a 2mg( 2000 /1000 = 2).

Objetivo: Entender a relação em uma mistura formada de um soluto e um solvente para formar uma
solução com base em três tipos de concentração: concentração comum, título e molaridade

Questões: Responda os exercícios abaixo.


1) Que massa de NaCl deve ser pesada para preparar 250 mL de uma solução de NaCl 1,5 mol/L?
PM NaCl = 58,45 g/mol.
2) Que volume da solução estoque de HCl 37% (p/p) deve ser retirado para preparar 500 mL de
uma solução de HCl 0,2 mol/L? Dados – PM HCl =36,45 g/mol, densidade (d) = 1,19 g/mL.
3) Quantos mililitros (mL) de H2SO4 98% são necessários para preparar 200 mL de uma solução
de H2SO4 0,8 mol/L. densidade (d) = 1,84 g/mL.
4) O ácido clorídrico (HCl) 37% tem densidade de 1,19 g/mL. Calcular a molaridade do ácido
concentrado. Dados – PM HCl =36,45 g/mol, densidade (d) = 1,19 g/mL.
5) Que massa de glicose deve ser pesada para preparar 30 mL de uma solução de glicose 0,5
g/mL?
6) Que massa de NaOH deve ser pesada para preparar 600 mL de uma solução de NaOH 15%
(m/v)?
7) Que massa de NaCl deve ser pesada para preparar 1 L de uma solução de NaCl 0,9% (m/v)?
8) Que volume da solução de AgNO3 1 mol/L pode ser produzido a partir de 55 g desse soluto?
Dados: Pesos atômicos – Ag = 107 g/mol, N = 14 g/mol, O = 16 g/mol.
9) Que volume de uma solução 0,5 mol/L pode ser preparado a partir de 5 g de glicose (C 6H12O6)?
Dados: Pesos moleculares – C = 12 g/mol, H = 1 g/mol, O = 16 g/mol
10) Qual o volume de uma solução de K2SO4 25% (m/v) pode ser preparado a partir de 45 g dessa
substância?

24
PRÁTICA 6

PREPARO DE SOLUÇÕES III


Para confecção do relatório, observar a PRÁTICA 1

Introdução: As biomoléculas orgânicas (DNA, proteínas, carboidratos e lipídeos) são freqüentemente


quantificadas para estabelecer parâmetros que definem desde a saúde de espécies até sua
identificação. A quantificação destas moléculas pode ser feita por meio da espectrofotometria, quando
soluções das mesmas são expostas a feixes de luz com comprimento de onda específico de forma a
absorver parte da luz associada com este comprimento de onda. Tal absorção pode ser determinada e
usada para quantificação pela lei de Lambert-Beer:

A=C.ɛ.ℓ

Onde A é a absorção medida no espectofotômetro (sem unidade), C é a concentração (mol/L) da


substância de interesse a ser calculada, ɛ (mol/L.cm) é a constante de absortividade molar da
substância de interesse e ℓ é o caminho ótico (cm), que correspondente ao comprimento da cubeta
(normalmente 1 cm).

Objetivo: Aplicar a lei de Lambert beer na quantificação de substâncias.

Material
Água destilada em béquer (20 mL; cada grupo)
Reagente de Benedict (Bancada da professora; RB)
1 tubo de falcon (15 mL) vazio
3 tubos de ensaio
Estante para tubo de ensaio
5 pipetas de 5 mL
1 pêra
4 cubetas

Método
- Adicionar ao tubo de ensaio 1: 4 mL de RB
- Adicionar ao tubo de enaio 2: 2 mL de RB + 2 mL de água
- Adicionar ao tubo de ensaio 3: 1 mL de RB + 3 mL de água
- Agitar todos os tubos de ensaio
- Calibrar o espectrofotômetro para o comprimento de onda de interesse (530 nm)
- Adicionar 3 mL da amostra do tubo 1, com auxílio de uma pipeta, a uma cubeta
- Medir a absorção no espectrofotômetro e anotar o valor encontrado
- Repetir os três passos acima para as misturas nos tubos de ensaio 2 e 3
- Com os valores anotados, calcular as concentrações da substância de interesse em cada tubo de
ensaio, usando a lei de Lambert-Beer (ε = 15,4 L/mol.cm)

Questões
- O que ocorreu visualmente com a substância de interesse quando água foi adicionada a ela? Como
você explica esta observação?
- O que ocorreu com a concentração da substância com a adição de água?
- O resultado observado condiz com o que seria esperado na Lei de Lambert Beer, considerando que
de uma amostra para a outra o volume foi reduzido pela metade?

25
PRÁTICA 7

A QUÍMICA DE PH E TAMPÕES I

Introdução: Pelo menos 75% do ambiente celular corresponde a água, sendo que a carga total de
muitas biomoléculas depende da quantidade de íons H + presentes na solução intra e extracelular. Em
altas concentrações de íons H+, o grupo COO- pode reagir com o mesmo, perdendo sua carga negativa
(COOH), enquanto em baixas concentrações de H +, o grupo NH3+ cede um de seus prótons para o
meio (NH2). Portanto, a reação entre dois aminoácidos pode não ocorrer e a proteína não será, portanto,
produzida. Os organismos apresentam um sistema para controlar os níveis de íons H +, que consiste de
sistemas tamponantes ou simplesmente tampões.
A concentração de íons H+ de uma solução é expressa como pH, cuja faixa varia de 0 a 14
unidades. De acordo com a escala de pH, soluções que apresentam pH = 7,0 são neutras, as que
apresentam pH abaixo de 7,0 são ácidas e as que têm pH acima de 7,0 são alcalinas ou básicas. A
figura abaixo descreve a escala de pH, destacando o valor de pH de algumas soluções.

Os fluidos celulares apresentam um pH constante e específico, geralmente próximo de 7,4. Nos


organismos multicelulares, o pH dos líquidos extracelulares (sangue, por exemplo) é também
estreitamente regulado através da ação dos tampões biológicos.
Tampões são misturas de ácidos/bases fracos e suas bases conjugadas, que evitam variações
bruscas de pH em soluções, quando são adicionadas quantidades relativamente pequenas de ácido
(H+) ou base (OH-). Por exemplo, quando se adiciona 1 mL de uma solução de HCl 0,1 mol/L a 99 mL
de água destilada o pH cai abruptamente. Se fizermos outro experimento, adicionando 1 mL de NaOH
0,1 mol/L a 99 mL de água destilada, observaremos que o pH se elevará consideravelmente.
Se experimentarmos agora adicionar 1 mL da solução de HCl 0,1 mol/L a 99 mL da solução
tampão de acetato de sódio verificaremos que o pH dessa solução não se alterará, valendo o mesmo
para a adição de NaOH 0,1 mol/L. Portanto o papel de um sistema tampão é neutralizar as ações de
H+ e OH-.
Os tampões são formados por ácidos/bases fracas porque estes tem menor grau de
ionização/dissociação, preferindo a fórmula molecular ao invés da ionizada. Nesse caso, os íons H + ou
OH- removidos pela reação com a base conjugada do ácido permanecem neutralizados nestas
moléculas e fora do meio. Os ácidos ou bases fortes tem alto grau de ionização, de modo que mesmo
que os íons H+ ou OH- reagissem com as bases conjugadas dos mesmos para formar moléculas, as

26
mesmas dissociariam/ionizariam imediatamente, retornando estes íons de volta ao meio e mantendo a
variação de pH causada pela presença dos mesmos.
Enquanto as bases conjugadas têm como principal função reagir com íons H + ou OH- para
formar moléculas do ácido ou base correspondente, o ácido/base presente na mistura juntamente com
este oriundo das reações da base conjugada, serve para fornecer H + ou OH- em caso de falta dos
mesmos no meio.
São exemplos de tampões aqueles formados por ácido acético (CH3COOH, ácido) e o acetato
de sódio (CH3COONa, sal que fornecerá a base conjugada) ou hidróxido de amônio (NH 4OH, base) e
cloreto de amônio (NH4OH, sal que fornecerá a base conjugada). Os principais tampões biológicos em
humanos são a hemoglobina e o tampão carbonato/bicarbonato (H 2CO3/NaHCO3 ou simplesmente
CO32-/HCO3-).

27
PRÁTICA 8

A QUÍMICA DE PH E TAMPÕES II

Introdução: Os tampões são preparados com base na equação de Henderson-Hasselbalch, abaixo,


onde a composição do mesmo é calculada com base no pH desejado do tampão e a constante de
dissociação/ionização do ácido (pKa) ou da base (pKb), as quais estão disponíveis na literatura. Quanto
maior o valor de Ka (pKa = - log Ka; pKb = - log Kb), maior será a ionização/dissociação do ácido ou
base.

[𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑔𝑎𝑑𝑎 (𝑠𝑎𝑙)]


𝑝𝐻 = 𝑝𝐾𝑎 + 𝑙𝑜𝑔
[á𝑐𝑖𝑑𝑜]

ou

[𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑔𝑎𝑑𝑎 (𝑠𝑎𝑙)]


𝑝𝐻 = 𝑝𝐾𝑏 + 𝑙𝑜𝑔
[𝑏𝑎𝑠𝑒]

A escolha dos componentes do tampão depende do pH de interesse, bem como dos valores
de pKa apresentados pelo ácido/base, sendo escolhido o valor de pKa que esteja mais próximo do pH
desejado. O ácido fosfórico apresenta 3 valores de pKa, de modo que ele pode ser usado para preparar
o tampão fosfato em ampla faixa de pH.

Objetivo: Aplicar a Equação de Henderson-Hasselbalch para calcular a composição de um tampão.

Procedimento:
Calcular a quantidade de ácido acético e acetato de sódio necessários para preparar 100 mL do tampão
acetato 0,5 mol/L em pH 5,2, considerando o pKa do ácido acético de 4,8.

Questões:
Calcule as concentrações de ácido carbônico (H2CO3) e carbonato de sódio (Na2CO3) necessários para
preparar o tampão carbonato em pH 5,5 na concentração 0,5 mol/L, considerando que o ácido
carbônico tem pKa1 = 6,37 e pKa2=10,32.

Calcule as concentrações de ácido carbônico (H2CO3) e carbonato de sódio (Na2CO3) necessária para
preparar tampão carbonato em pH 9,5 na concentração 1 mol/L, considerando que o ácido carbônico
tem pKa1 = 6,37 e pKa2=10,32.

28
PRÁTICA 9

A QUÍMICA DE PH E TAMPÕES III


Para confecção do relatório, observar a PRÁTICA 1

Introdução: Existe pelo menos 3 formas de se medir o pH de uma solução: indicadores, fitas
indicadoras e pHmetros. Os indicadores são substâncias que apresentam uma cor em pH ácido e outra
em pH básico, sendo, portanto, usados somente para indicar o caráter ácido ou básico da substância
ou solução. Constituem o método mais impreciso de se medir o pH, uma vez que não é possível definir
o seu valor.
As fitas indicadoras graduadas variam sua cor de acordo com o pH do meio, considerando a
escala de pH. Assim, haverá uma variação na tonalidade da cor quando consideramos os pHs 1 e 2,
por exemplo. Esse método é mais preciso que o uso de indicadores, mas ainda sim, não fornece o valor
exato de pH.
As medidas mais exatas na determinação do pH são feitas através de técnicas
potenciométricas, em que se utiliza o pHmetro, instrumento que consiste de: um eletrodo de referência,
um eletrodo de vidro, cujo pH depende da solução em que ele está imerso, e um sistema para medida
de voltagem, que é capaz de medir diferenças potenciais mínimas num circuito de resistência
extremamente elevada.

Objetivo: Entender como o pH pode ser medido usando pHmetro, bem como estabelecer como o pH
varia com adição de íons H+ em solução. Entender como funciona um sistema tampão.

Material:
2 Béquers de plástico
2 Provetas
Ácido clorídrico (HCl) 1 mol/L (bancada da professora)
Água destilada (pisseta, bancada da professora)
Tampão acetato 3 mol/L pH 5,2 (bancada da professora)

Procedimento:
1) Adicionar 50 mL de água a um béquer
2) Lavar o eletrodo do pHmetro e mergulhá-lo no béquer
3) Anotar o valor do pH
4) Adicionar uma gota de HCl e agitar
5) Anotar o pH
6) Repetir os passos 4 e 5 mais 2 vezes
7) Repetir os passos acima, adicionando ao segundo béquer o tampão

Questionário

1. Explique as variações de pH vistas acima


2. Explique como o sistema tampão funcionou
3. Explique como funciona o pHmetro

29
PRÁTICA 10

EXTRAÇÃO DE DNA DE CEBOLA


Para confecção do relatório, observar a PRÁTICA 1

Introdução: O DNA é a molécula responsável pela transferência da informação genética de um


organismo para sua descendência, sendo que os métodos modernos de biologia molecular, tais
como clonagem, sequenciamento e PCR para fins variados, se baseiam na extração do DNA das
células que o contém. A extração do DNA de células é realizada basicamente em quatro etapas: i)
ruptura (física e química) das membranas celulares para liberação do material genético, ii)
desmembramento dos cromossomos em seus componentes básicos – DNA e proteínas, iii)
separação do DNA dos demais componentes celulares e iv) precipitação do DNA para purificação,
armazenamento e/ou análise.

Objetivo: Mostrar como DNA puro pode ser obtido para suas mais diversas aplicações, onde o
aluno deverá entender quais reagentes são usados e quais as suas funções.

Material:
Cebola picada
Água destilada em um béquer (20 mL, cada grupo)
Detergente (bancada da professora)
Álcool etílico gelado (conservado no congelador)
Banho-maria 95ºC
1 béquer de plástico vazio
1 Proveta 50 mL
1 Tubo de falcon de 50 mL
2 Tubos de ensaio
1 Estante para tubos de ensaio
1 Funil de filtração com papel de filtro
1 Pipeta de 5 mL
1 Pêra

Procedimento:
- Coloque a cebola picada em um béquer plástico
- Coloque em uma proveta 10 mL de água
- Adicione, na mesma proveta, 10 mL de detergente
- Transfira a mistura da proveta para o béquer contendo a cebola
- Macere, com auxílio do lado da tampa do tubo de falcon de 50 mL, por 15 min
- Deixe a mistura por 20 min em banho-maria a 95ºC
- Filtre o material, com auxílio de funil de filtração e papel de filtro, para o béquer de plástico vazio
- Transfira 4 mL do líquido filtrado para 1 tubo de ensaio
- Resfrie o tubo de ensaio em água corrente por 2 minutos
- Acrescente álcool etílico gelado, na mesma proporção, lentamente
- Observe o que ocorre

Questões:
Porque a cebola deve ser picada?
Porque aquecer a solução?
Porque resfriar a solução após a filtração?
Qual a função do detergente? E do álcool?
Dê exemplos de uso do DNA após sua extração.

Atividade extra
- Retire de um artigo científico um protocolo de extração de DNA usado em laboratório.
Explique a função de cada reagente químico usado no protocolo escolhido. Obs.: A pesquisa
pode ser feita em qualquer um dos sites informados na parte de Bibliografia da Aula 1, que
são bases de artigos científicos em português e inglês, bastando digitar “extração de DNA” ou "DNA
extraction", respectivamente.
- O título do artigo, a descrição da extração (manter o idioma original, não traduzir) e a explicação
da função dos reagentes identificados deverão SER INSERIDOS NO FINAL DA DISCUSSÃO.

30
PRÁTICA 11

IDENTIFICAÇÃO BASEADA EM DNA


Para confecção do relatório, observar a PRÁTICA 1

Introdução: O ácido desoxirribonucléico (ADN, em português, ou DNA, do inglês deoxyribonucleic


acid), é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o
desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus. O seu principal papel é
armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas por intermediação do ARN
(ácido ribonucléico). Os segmentos de ADN que são responsáveis por carregar a informação genética
são denominados genes. O restante da seqüência de ADN tem importância estrutural ou está envolvido
na regulação do uso da informação genética.

Objetivo: Entender como o DNA pode ser usado para identificar indivíduos.

Metodologia: Responder as perguntas abaixo a partir do gel simulado de DNA.

a. Daniel foi assassinado. O exame de uma amostra de DNA encontrada nas unhas do mesmo
deu o padrão de bandas abaixo, que não foi igual ao dele. A perícia atribuiu o bandeamento ao
assassino. Compare os padrões dos nove indivíduos restantes e aponte quem é o possível
assassino.
b. Quem é o pai de Arthur, considerando que Mariana e a mãe?
c. Quais indivíduos podem ser irmãos gêmeos?

Para responder as perguntas, use o procedimento abaixo.


✓ Considerar apenas as bandas PRETAS nas comparações.
✓ Considerar maior número de bandas pretas na mesma posição.
✓ Excluir Daniel das comparações para responder as questões “b” e “c”.
✓ Desconsiderar bandas que Mariana apresenta iguais as de Arthur para responder questão “b”.
✓ Desconsiderar Mariana para a comparação dos gêmeos.
✓ O relatório deverá conter todas as comparações.

31
PRÁTICA 12

REAÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS


Para confecção do relatório, observar a PRÁTICA 1

Introdução: Há diversos métodos na literatura utilizados na identificação e dosagem de proteínas em


solução, entre eles destacamos o de Bradford, o do Biureto e o de Lowry. Todos eles apresentam
vantagens e desvantagens. A escolha pelo melhor método é dependente de vários fatores como: a
quantidade de material de que se dispõe para fazer a dosagem, o tempo requerido para realizar o
ensaio e as substâncias que interferem com o ensaio.
O método de Bradford é um dos mais rápidos e sensíveis na quantificação de proteínas. O
limite de detecção da concentração proteica desse método é de 0-20 μg/mL de proteína, enquanto o
método de Biureto precisa de quantidade maior de proteína presente (5–160 mg/mL). O método do
Biureto se baseia na formação de um complexo entre componentes do reagente e a proteína sendo
que a absorbância a ser medida se dá em 565 nm. Existe pouca ou nenhuma interferência de cátions
como sódio ou potássio. Os principais componentes que causam interferência de cor neste ensaio são:
dodecilsulfato de sódio (SDS), triton X-100 e detergentes comerciais, além de componentes orgânicos
que também interagem com os reagentes (compostos fenólicos).

Objetivo: Mostrar ao aluno um método colorimétrico usado para identificar e quantificar a presença de
proteínas em uma solução.

Material:
Reagente de Biureto (bancada da professora)
Tampão acetato de sódio 3 mol/L pH 5,2 (5 mL em béquer; cada grupo)
Amido 1% (5 mL em béquer; cada grupo)
Gelatina em pó solubilizada em água quente (preparada pela professora)
4 Pipetas 5 mL
1 Pêra
3 Tubos de ensaio
1 Estante para tubos de ensaio
1 cubeta

Procedimento:
- Adicionar 2 mL das soluções de amido, tampão acetato e gelatina dissolvida em água quente em
tubos de ensaio, separadamente, com auxílio de pipeta e pêra
- Adicionar 2 mL da solução de biureto a cada tubo de ensaio preparado na etapa acima
- Agitar
- Observar
- Transferir 3 mL da mistura de proteína com biureto para cubeta e medir a absorbância a 565 nm.
- Calcular a concentração (mol/L) de proteína, usando caminho ótico de 1 cm e constante de
absortividade molar de 7004 L/cm.mol

Questões
Porque a cor de uma das soluções tratadas com biureto sofreu alteração?
Do que é formada a gelatina?
Qual o objetivo da utilização da solução biureto?

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PRÁTICA 13

DIGESTÃO DE PROTEÍNAS
Para confecção do relatório, observar a PRÁTICA 1

Introdução: As proteínas são digeridas por outras proteínas, chamadas enzimas, no sistema digestivo
de mamíferos. As proteínas são formadas de aminoácidos unidos através de ligações peptídicas. A
digestão de proteínas envolve o processo de hidrólise, enzimas proteolíticas combinam íons hidroxila
e íons hidrogênio derivados da água com as moléculas de proteínas para decompô-las em seus
aminoácidos constituintes. Nos humanos normais essencialmente toda a proteína ingerida é digerida e
absorvida, sendo que as enzimas envolvidas no processo são pepsina, tripsina, quimiotripsina,
carboxipeptidase, elastase, aminopolipeptidases e dipeptidases. Muitas frutas também apresentam
enzimas capazes de degradar proteínas.
As proteínas também podem sofrer modificações estruturais, tais como hidrólise, em presença
de agentes oxidantes capazes de romper as ligações peptídicas. Além disso, a estrutura nativa da
proteína também pode ser alterada pela variação de pH do meio onde ela está, em razão da alteração
da carga dos aminoácidos que a compõe.

Objetivo: O aluno desenvolverá prática que permitirá a ele observar o que ocorre com proteínas
quando elas são expostas a enzimas e variações de pH.

Material:
Abacaxi
Gelatina em pó solubilizada em água quente (preparada pela professora)
NaOH 1 mol/L (bancada da professora)
HCl 1 mol/L (bancada da professora)
Água destilada em um béquer (50 mL, cada grupo)
1 béquer vazio
4 tubos de ensaio
4 pipetas de 5 mL
1 Estante para tubos
1 Pêra
1 funil de filtração com papel de filtro

Procedimento:
- Adicionar água ao béquer contendo os pedaços de abacaxi até cobrir os pedaços da fruta
- Macerar por 15 minutos com auxílio do lado da tampa do tubo de falcon
- Filtrar o suco de abacaxi para o béquer vazio usando o funil e o papel de filtro
- Colocar 2 mL de gelatina em quatro tubos de ensaio
- Rotular os tubos de ensaio com água, abacaxi, NaOH e HCl
- Identificar o grupo no rótulo
- No primeiro tubo, adicionar 2 mL de água
- No segundo tubo adicionar 2 mL da solução de abacaxi
- No terceiro tubo adicionar 2 mL de NaOH 1 mol/L
- No quarto tubo adicionar 2 mL de HCl 1 mol/L
- Agitar todos os tubos de ensaio
- Colocar os tubos de ensaio na geladeira
- Observar o que ocorre em cada tubo de ensaio, após 24h, e anotar os resultados.

Questões
O que ocorreu com a estrutura da proteína?
O que há no suco de abacaxi para explicar os efeitos observados?
Por que muitas pessoas usam o "leite" retirado da casca do mamão verde para amolecer a carne?
Diz-se que comer algumas fatias de abacaxi após participar de um farto churrasco ajuda a digestão.
Você acha que isso tem algum fundamento? Explique.

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PRÁTICA 14

CATÁLISE ENZIMÁTICA
Para confecção do relatório, observar a PRÁTICA 1

Introdução: Enzimas são proteínas que realizam reações químicas nos organismos. As enzimas
reagem com substâncias chamadas substratos para dar o produto final da reação com o menor gasto
energético possível, uma vez que elas reduzem a energia de ativação necessária para que a reação
ocorra, acelerando assim a reação. As enzimas podem ser específicas de um substrato ou reagir com
substratos diferentes, geralmente dentro do mesmo grupo de biomoléculas. Muitas enzimas tem
importância pela sua capacidade de minimizar a presença de substâncias danosas ao organismo, como
o peróxido de hidrogênio, sendo que as catalases são as principais enzimas capazes de degradar este
composto.

Objetivo: Observar como as enzimas funcionam e como a temperatura e a variação de pH afeta a


velocidade de reação

Material:
4 cubos de batata cortados na hora (colocados em vidro de relógio ou placa de Petri)
Peróxido de hidrogênio 3% (H2O2; bancada da professora)
Hidróxido de sódio (NaOHl 1 mol/L; bancada da professora)
Ácido clorídrico (HCl 1 mol/L; bancada da professora)
2 béquers de plástico
1 béquer de vidro (até 100 mL) contendo 40 mL de água
4 tubos de ensaio
1 pipeta de 10 mL
1 garra de madeira (ou pinça de metal)
2 Provetas
Banho-Maria

Procedimento:
- Adicionar 15 mL de HCl em um béquer com auxílio de proveta
- Adicionar 15 mL de NaOH no outro béquer com auxílio da outra proveta
- Adicionar um cubo de batata no bequer com HCl e aguardar 20 min
- Adicionar um cubo de batata no béquer com NaOH e aguardar 20 min
- Adicionar um cubo de batata no béquer de vidro com água e levar ao banho-maria a 90 ºC por 10 min.
- Reservar o quarto cubo de batata como controle reacional.
- Retirar o cubo de batata de dentro do béquer de vidro no banho-maria, usando a garra de madeira
(ou pinça de metal), transferindo para o vidro de relógio (ou placa de Petri)
- Deixar o cubo que foi aquecido resfriar por 5 min na bancada.
- Retirar os cubos de bata de dentro dos béquers com HCl e NaOH e deixar secar em cima do papel
toalha por 5 min com auxílio da garra de madeira (ou pinça de metal)
- Adicionar 4 mL do H2O2 a cada um dos 4 tubos de ensaio
- Adicionar, SIMULTANEAMENTE, um cubo de batata em cada tubo de ensaio (cubo não fervido- -
controle, cubo fervido, cubo mergulhado em NaOH e cubo mergulhado em HCl)
- Aguardar 20 minutos, observando visualmente o que ocorre e a velocidade com que a reação ocorre
- Observar

Questões
- O que caracteriza, visualmente, a reação da catalase?
- Explique porque a reação ocorreu ou não ocorreu em cada um dos tubos de ensaio.
- Explique o mecanismo da enzima catalases quando ele reage com o peróxido de hidrogênio
- Porque a reaçao no tubo com a batata tratada com NaOH continuou ocorrendo e no tubo com a batata
controle a reação parou depois de algum tempo?

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PRÁTICA 15

REAÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS REDUTORES


Para confecção do relatório, observar a PRÁTICA 1

Introdução: Os carboidratos são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que por


hidrólise, liberem essas substâncias. Os carboidratos, ou glicídios, são substâncias de ocorrência
natural, que apresentam a fórmula básica Cn(H 2O)n. Os carboidratos desempenham função vital no
metabolismo energético, sendo a glicose central nessa função. Os carboidratos desempenham também
função estrutural, sendo componentes essenciais das membranas celulares e de paredes celulares de
bactéria e plantas, além de apresentarem funções dinâmicas em comunicação e reconhecimento
celular.

Objetivo: O aluno realizará experimentos que levam a identificação de tipos específicos de


carboidratos em uma solução, o que ocorre de acordo com a mudança de cor da solução testada e/ou
tempo para que a reação ocorra.

Material:
Solução 5% de glicose (5 mL em tubo de Falcon de 15 mL; cada grupo)
Solução 5% sacarose (5 mL em tubo de Falcon de 15 mL; cada grupo)
Reagente de Benedict (bancada da professora)
Reagente de Seliwanoff (bancada da professora)
1 Estante para tubo de ensaio
4 tubos de ensaio
4 pipetas (5 mL)
1 Pêra

Procedimento experimental:
Preparo das amostras
✓ Rotular os 4 tubos de ensaio como 1G, 2G, 3S e 4S
✓ Adicionar 1 mL da solução de glicose no tubo 1G e 2G
✓ Adicionar 1 mL da solução de sacarose no tubo 3S e 4S

Reação de Benedict (Prática 1)


✓ Adicionar 1 mL do reagente de Benedict no tubo de ensaio 1G
✓ Adicionar 1 mL do reagente de Benedict no Tubo de ensaio 3S
✓ Homogenizar a solução por agitação
✓ Aquecer os tubos de ensaio em banho-maria 100ºC por 5 minutos;
✓ Observar a formação de cor e anotar o resultado.

Reação de Seliwanoff (Prática 2)


✓ Adicionar 1 mL do reagente de Seliwanoff no tubo de ensaio 2G
✓ Adicionar 1 mL do reagente de Seliwanoff no Tubo de ensaio 4S
✓ Homogenizar a solução por agitação
✓ Aquecer os tubos de ensaio em banho-maria 100ºC por 1 minuto;
✓ Observar a formação de cor e anotar o resultado.
✓ Deixar aquecer por mais 5 minutos e observar
✓ Anotar a formação de cor e/ou precipitado, se for o caso.

Questões
Qual a composição química do reagente de Benedict e Seliwanoff?
O teste de Benedict serve para identificar que tipo de carboidratos?
O que ocorre com o sulfato de cobre durante a reação de Benedict?
Qual a coloração do reagente Benedict se um açúcar redutor estiver presente?
Se a coloração acima não for observada, que conclusão pode ser feita para a amostra fornecida?
Que tipo de açúcar é detectado pelos métodos de Seliwanoff e Benedict?
Qual a função da resorcina usada no teste de Seliwanoff?

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PRÁTICA 16

IDENTIFICAÇÃO DE LIPÍDIOS
Para confecção do relatório, observar a PRÁTICA 1

Introdução: Os lipídios são formados majoritamente por carbono e hidrogênio. Ainda que apresentem
em sua estrutura substituintes como o grupo carboxila (COO -) em ácidos graxos, carboidratos (ricos
em OH) em cerebrosídeos e o grupo fosfato em fosfolipídeos, os quais levam a formação de dipolos,
as moléculas de lipídeos são apolares (não polares). Por sua vez, a água é uma molécula polar, isto é,
apresenta dipolos em sua estrutura em quantidade suficiente para garantir este caráter à molécula.
Assim, conhecendo a lei de dissolução "semelhante dissolve semelhante", os lipídeos formarão
soluções de apenas uma fase com as substâncias apolares; e com as substâncias polares, soluções
onde observaremos mais de uma fase.

Objetivo: Mostrar ao aluno técnicas para identificar lipídios de forma geral e de forma específica.

Material:
Óleo de cozinha em um béquer (5 mL, cada grupo)
Água destilada em um béquer (10 mL, cada grupo)
Acetona (CH3-CO-CH3, na bancada da professora)
Hidróxido de sódio (NaOH, 1 mol/L, na bancada da professora)
Hidróxido de potássio alcoólico (KOH, 10% em etanol, na bancada da professora)
3 tubos de ensaio
5 Pipetas (5 mL)
Suporte para tubos e ensaio
1 Erlenmeyer
1 proveta

Procedimento:
Teste da Solubilidade
✓ Colocar 1 mL do óleo em cada um dos 3 tubos de ensaio.
✓ Acrescentar 2 mL de água, 2 mL de CH3-CO-CH3 e 2 mL NaOH nos tubos 1, 2 e 3, respectivamente.
✓ Agitar e observar a solubilidade da amostra nos respectivos solventes.

Teste da Saponificação
✓ Colocar em um Erlenmeyer 2 mL do óleo
✓ Adicionar 5 mL de KOH 10% alcoólico.
✓ Aquecer cautelosamente em banho-maria a 110ºC, inicialmente por 10 min.
✓ Retirar o Erlenmeyer e observar se houve a evaporação do líquido e ficou um material amarelo
e/ou alaranjado viscoso.
✓ Se não for observado o material amarelo e/ou visco, deixar o Erlenmeyer no banho-maria por mais
5 min.
✓ Retirar o Erlenmeyer e observar.
✓ Resfriar o Erlenmeyer em água corrente.
✓ Acrescentar 50 mL de água com auxílio da proveta.
✓ Agitar e observar os resultados.

Questões:
Em que consiste o teste da solubilidade dos lipídeos?
Quais os produtos da hidrólise alcalina de um triglicerídeo (reação de saponificação)?
Após um teste de saponificação, observou-se formação de bolhas. O que se pode concluir? Explique.
Qual a finalidade do teste de saponificação?
O teste da solubilidade de lipídeos quando realizado com NaOH é positivo ou negativo? Justifique.

36
PRÁTICA 17

ENTREGA DOS
RELATÓRIOS

37
PRÁTICA 18

AULA FINAL PARA DISCUSSÃO DOS RELATÓRIOS E


DIVULGAÇÃO DA NOTA FINAL

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