O Princípio Do Sistema Único de Saúde (SUS) Definido Como "O
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O Princípio Do Sistema Único de Saúde (SUS) Definido Como "O
01. O princípio do Sistema Único de Saúde (SUS) definido como “o conjunto articulado e contínuo das ações e
serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de
complexidade do sistema” é:
a) Integralidade de assistência.
b) Igualdade da assistência.
c) Regionalização e hierarquização.
d) Universalidade de acesso.
02. Segundo a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº. 8.080/90), são critérios para o estabelecimento de valores a serem
transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios: 1
I – a eficiência na arrecadação de impostos;
II – o perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III – a participação paritária dos usuários no Conselho de Saúde;
IV – a previsão do plano quinquenal de investimentos da rede;
Estão CORRETOS os itens:
a) II e IV.
b) I e II.
c) II e III.
d) III e IV.
03. Conforme estabelecido pela Lei nº 8080/1990, Lei Orgânica da Saúde, as ações e serviços que compõem o
Sistema Único de Saúde (SUS) são aqueles prestados por:
a) Órgãos e instituições públicas da Administração direta e indireta e as fundações mantidas pelo Poder Público. A
iniciativa privada poderá participar em caráter complementar.
b) Órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais da Administração direta e as fundações mantidas
pelo Poder Público.
c) Órgãos e instituições públicas federais, estaduais, municipais da Administração direta e indireta. A iniciativa
privada não poderá participar do SUS em caráter complementar.
d) Apenas pelas fundações mantidas pelo Poder Público. A iniciativa privada poderá participar em caráter
complementar.
04. As Conferências de Saúde são instâncias colegiadas do Sistema Único de Saúde, realizadas a cada quatro
anos nos 3 níveis de gestão (municipal, estadual e nacional), e contam com a representação dos vários segmentos
sociais, conforme definido na Lei 8.142/1990. As Conferências de Saúde têm como atribuições:
a) Avaliar as propostas de ações de saúde formuladas pelos gestores e decidir sobre a implantação ou rejeição
das propostas.
b) Referendar as diretrizes da política de saúde aprovadas pelas instâncias legislativas nos três níveis de gestão.
c) Decidir sobre a aplicação dos recursos da saúde e referendar as decisões tomadas pelas Comissões
Intergestoras nos três níveis.
d) Avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes.
05. O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de Entrada do
SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço. São portas de
entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços:
a) De atenção hospitalar.
b) Ambulatoriais especializados.
c) De atenção domiciliar.
d) Especiais de acesso aberto.
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06. A participação popular é um dos princípios do Sistema Único da Saúde. A lei 8142/90 prevê essa participação
em todas as esferas de governo, nas seguintes instâncias: Conferências de Saúde e Conselhos de Saúde. Os
Conselhos Municipais de Saúde:
a) Podem contar com a participação de enfermeiras como representantes dos prestadores de serviço público, em
número paritário e equivalente ao dos representantes dos usuários e dos serviços privados.
b) Devem permitir a democratização da saúde. Tem o secretário municipal de saúde como presidente nato, que
não poderá delegar esta função a representantes de usuários.
c) Devem zelar pela proteção dos trabalhadores de saúde. É composto, de forma majoritária, por representantes
dos usuários que devem reivindicar assistência médica com qualidade a toda comunidade.
d) Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde no município e são
formados por representantes dos usuários em número equivalente ao dos representantes de outros segmentos.
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07. As Regiões de Saúde são constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, que se integram para
organizar, planejar e executar as ações e serviços de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. Uma Região de
Saúde deve dispor no mínimo de ações e serviços de:
a) Atenção Primária; Urgência e Emergência; Atenção Psicossocial; Atenção Ambulatorial Especializada e
Hospitalar, Vigilância em Saúde.
b) Atenção Primária; Atenção Ambulatorial Especializada e Hospitalar; Saúde do Trabalhador; Vigilância Sanitária.
c) Atenção Primária; Urgência e Emergência; Atenção Materno-Infantil; Exames Laboratoriais e de Imagem;
Atenção Hospitalar.
d) Atenção Primária; Atenção Hospitalar; Atenção Psicossocial; Atenção Materno-Infantil; Assistência
Farmacêutica; Vigilância Epidemiológica.
08. O documento que estabelece: critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento
preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas;
os mecanismos de controle clínico; o acompanhamento e verificação dos resultados terapêuticos, a ser seguido
pelos gestores do SUS, denomina-se:
a) Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica.
b) Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde.
c) Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.
d) Relação Nacional de Medicamentos Essenciais.
09. A Política Nacional de Atenção Básica prevê a existência de Equipes de Saúde da Família Ribeirinha, Equipes
de Saúde da Família Fluviais, Equipes de Consultório na Rua e Equipes de Atenção Básica Prisional. Estas
modalidades compõem o conjunto das Equipes de:
a) Atenção Básica para Populações Carentes.
b) Saúde Básica Especiais.
c) Atenção Básica para Populações Específicas.
d) Atenção Básica Complementar.
10. A Política Nacional de Atenção Básica possui fundamentos e diretrizes que a norteiam. A diretriz que pressupõe
a “continuidade da relação de cuidado, com construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários
ao longo do tempo e de modo permanente e consistente” é:
a) Integralidade.
b) Igualdade.
c) Transversalidade.
d) Longitudinalidade.
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11. A Vigilância em Saúde é um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação
de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando ao planejamento e a implementação de medidas de saúde
pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como
para a promoção da saúde. As ações de Vigilância em Saúde estão inseridas nas atribuições de todos os
profissionais da Atenção Básica, envolvendo práticas e processos de trabalho voltados para as seguintes ações,
EXCETO:
13. A Portaria MS nº 825 de 2016 redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e
atualiza as equipes habilitadas. De acordo com esta portaria a atenção domiciliar (AD) será organizada em
modalidades. Sobre essas modalidades assinale a resposta correta:
a) A prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponderal é um fator que torna o usuário
com indicação de AD elegível na modalidade AD 1.
b) Os pacientes elegíveis na modalidade AD 3 requerem cuidado multiprofissional mais frequente, uso de
equipamentos ou agregação de procedimentos de maior complexidade.
c) A prestação da assistência à saúde na modalidade AD 2 é de responsabilidade das equipes de atenção básica,
apoiadas pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, ambulatórios de especialidades e centros de reabilitação.
d) O atendimento aos usuários elegíveis na modalidade AD 1 é de responsabilidade do Serviço de Atenção
Domiciliar.
14. A recuperação da dimensão cuidadora e a busca da integralidade na atenção à saúde são desafios para a
organização do cuidado nos hospitais. Os processos a serem articulados para promover a integralidade da atenção
hospitalar são:
a) A articulação das equipes nas unidades de internação com as equipes nos ambulatórios das respectivas
especialidades.
b) A integração das atividades de atenção à saúde exercidas pelas diferentes clínicas no ambiente hospitalar.
c) O atendimento multiprofissional integrado e coordenação pelas equipes médicas dos hospitais.
d) O atendimento no ambiente hospitalar e a articulação com os demais equipes de saúde.
15. O ensino na área da saúde tem sido impactado por processos de desenvolvimento tecnológico e de
especialização, havendo multiplicação da oferta de disciplinas, de conteúdos e procedimentos o que acarreta:
a) fragmentação e desarticulação de conteúdos na formação dos profissionais de saúde
b) maiores chances da oferta de cuidado integral, pela complementaridade dos saberes
c) maior clareza sobre as competências típicas da formação geral dos profissionais
d) maior preparação dos recém formados para ingresso imediato no mercado de trabalho
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16. Pode-se considerar que o cuidado no hospital é composto por uma complexa trama de atos, procedimentos,
fluxos, rotinas e saberes, e decorre da interação entre os vários cuidadores num processo de complementação e
disputa. Assim, um desafio do processo gerencial do hospital é:
a) coordenar os atos cuidadores fragmentados de modo que eles produzam um cuidado eficaz e de qualidade.
b) dirimir conflitos entre categorias, atribuindo à equipe médica a responsabilidade pela integralidade do cuidado.
c) concentrar fluxos de cuidado em categorias específicas, evitando a contradição dos saberes profissionais.
d) atender à satisfação dos pacientes, já que os fluxos de cuidado se complementam.
17. A atual situação epidemiológica do país exigiu que a rede de serviços de saúde, voltada predominantemente ao
atendimento de condições agudas e à saúde materno-infantil, avançasse no cuidado aos usuários com condições
crônicas. A ampliação da oferta de serviços de Atenção Primária à Saude (APS), do acesso a medicamentos e
outras medidas, impactaram positivamente a saúde da população. Um dos avanços identificados foi a redução de: 4
a) mortalidade cardio e cerebrovascular.
b) internações cirúrgicas na rede hospitalar.
c) atendimentos na rede de urgência e emergência.
d) incidência de agravos por acidentes e violências.
18. O papel da atenção hospitalar tem sido marginalizado no debate sobre as Redes de Atenção à Saúde, num
contexto de insuficiências estruturais no setor e baixa oferta de leitos – menos de 1,5 leitos por mil habitantes no
SUS. Como efeitos dessa realidade pode-se destacar:
a) menor uso dos serviços de urgência e emergência e maior pressão dos gastos na atenção primária à saúde.
b) tempo de espera por internação dilatado, sobremortalidade e custo acumulado por paciente.
c) desconcentração dos equipamentos hospitalares entre as regiões brasileiras, com impacto na mortalidade geral.
d) maior integração com a rede ambulatorial especializada não hospitalar e filas de espera para marcação de
exames.
19. A promoção da saúde consiste em um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual
e coletivo, visando atender as necessidades sociais de saúde e a melhoria da qualidade de vida. Recentemente, em
2016, foi realizada a 9ª Conferência Global de Promoção da Saúde, com o tema a “Promoção da Saúde no
Desenvolvimento Sustentável”. Os quatro pilares que necessitam de vigorosa articulação com vistas à garantia da
ampliação das ações de Promoção da Saúde são:
a) “Ações intersetoriais”, “democracia”, “proteção social” e “desenvolvimento sustentável”.
b) “Cidades saudáveis”, “bom governo”, “alfabetização em saúde” e “mobilização social”.
c) “Inclusão social”, “empoderamento social”, “proteção ambiental”, e “justiça social”.
d) “Políticas intrasetoriais”, “cidadania”, “integralidade das práticas” e “direitos humanos”.
20. A promoção da saúde envolve um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, tanto individuais quanto
coletivas, com o objetivo de atender às necessidades sociais de saúde e a melhorar a qualidade de vida. A Política
Nacional de Promoção da Saúde, revisada em 2014, aponta entre seus temas prioritários:
a) Promoção da cultura da paz e de direitos humanos; Alimentação adequada e saudável; Enfrentamento ao uso
do tabaco e seus derivados.
b) Enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras drogas; Promoção da mobilidade segura e sustentável;
Controle das endemias focais.
c) Práticas corporais e atividades físicas; Redução das desigualdades regionais; Saúde da população indígena.
d) Enfrentamento da desigualdade de gênero; Promoção das práticas integrativas e complementares; Expansão
do programa de imunizações.
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21. A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) ampliada é fundamental na Atenção Básica. Compreender os distintos
contextos, nos quais a prática de VAN se origina e se insere atualmente, faz-se necessário para a discussão da
ampliação de seus locais de atuação. Sobre a VAN assinale a alternativa CORRETA:
a) A existência das equipes de Consultório na Rua (eCR) simplifica o cuidado integral à saúde, que inclui a VAN,
a pessoas em situação de rua.
b) Acompanhar o estado nutricional de crianças e gestantes é fundamental para a VAN dos beneficiários de
Programa Bolsa Família (PBF), especialmente por ser um grupo que tende a ser encontrada a dupla carga da
má nutrição.
c) A concepção de VAN, reforçada pela versão mais atual da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN),
ressalta a necessidade de focar a prática da VAN em grupos biologicamente mais vulneráveis e aos 5
beneficiários de programas assistenciais.
d) A VAN tem sido utilizada como complemento para a atual organização da linha de cuidado às pessoas com
sobrepeso e obesidade.
22. Fortalecer a atitude de vigilância através da Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) é fundamental para o
fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, articular diferentes estratégias de VAN pode propiciar
um conjunto de indicadores de saúde e nutrição. Sobre o perfil de saúde e nutrição do Brasil, pode-se afirmar que:
a) Houve uma redução dos coeficientes de fecundidade e mortalidade no país, associado a uma expectativa de
vida, que é característico de uma transição epidemiológica.
b) O Brasil tem vivenciado uma diminuição nos valores percentuais de doenças transmissíveis e de deficiências
nutricionais, especialmente aquelas relacionadas à pobreza, ao saneamento básico precário e a deficiência no
acesso aos serviços de saúde.
c) O declínio nacional da desnutrição em crianças não foi homogêneo entre as macrorregiões do Brasil. A Região
Norte tem apresentado a maior diminuição nos valores percentuais de desnutrição infantil nos últimos anos.
d) A transição nutricional está diretamente associada às transições demográfica, epidemiológica e alimentar.
23. Com o objetivo de uniformizar algumas práticas e informações sobre antropometria e entendendo a necessidade
da Vigilância Nutricional dos indivíduos nas diferentes fases da vida, foi divulgado um documento intitulado
“Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde”. Sobre a avaliação
antropométrica na Atenção Básica:
a) O peso ao nascer é a primeira medida antropométrica realizada para diagnóstico nutricional e, para sua
classificação, faz-se necessário saber a semana gestacional ao nascer.
b) Adultos maiores de 18 anos constituem uma das faixas etárias e fases do curso da vida contempladas pela
Vigilância Nutricional.
c) Os índices antropométricos adotados para a vigilância nutricional de adultos segundo recomendações da
Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde são: IMC (índice de massa corporal) e Perímetro da
Cintura.
d) Dentre os dados antropométricos considerados fundamentais a serem aferidos para fins da vigilância nutricional
e que possibilitam a avaliação do estado nutricional, está o perímetro da cintura para adultos e idosos.
24. A contribuição de profissionais de diferentes núcleos de saberes para a Atenção Nutricional na Atenção Básica
objetiva aumentar a capacidade de análise e resolução de problemas relacionados à alimentação e nutrição, tanto
no âmbito individual quanto coletivo. Para tanto, pode-se incluir como ação:
a) Definir ofertas de cuidado no nível individual e coletivo, mesmo que não sejam diagnosticados os principais
agravos relacionados à alimentação e nutrição.
b) Evitar a racionalização dos encaminhamentos para serviços de atenção especializada, incluindo fluxos e
protocolos assistenciais.
c) Caracterizar as práticas de alimentação da população adstrita, apesar do não reconhecimento dos aspectos
econômicos, sociais, culturais e ambientais.
d) Ofertar atendimento clínico nutricional individual segundo critérios de classificação de risco.
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25. Dentre as ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica, voltadas para o indivíduo, podemos afirmar que:
a) Ações universais de promoção da saúde abrangem acompanhamento periódico de doenças crônicas não
transmissíveis.
b) Ações universais de prevenção de doenças contemplam a suplementação preventiva de micronutrientes.
c) Ações universais incluem a identificação da possível existência de doenças infecciosas e parasitárias.
d) Ações específicas de cuidado do paciente compreendem a avaliação de adesão do usuário ao tratamento
dietoterápico e encaminhamento dos usuários a outros profissionais habilitados, quando necessário, e
considerando os protocolos adotados pelo serviço.
26. Na Atenção Básica (AB) de saúde o apoio matricial em alimentação e nutrição inclui as vertentes clínico-
assistencial e técnico-pedagógica. Assinale a alternativa que NÃO apresenta um exemplo de apoio matricial em
alimentação e nutrição: 6
a) Compartilhamento de saberes dos núcleos profissionais junto aos demais profissionais integrantes da Estratégia
Saúde da Família que possam contribuir para a organização do cuidado e ampliação do escopo de atuação das
equipes de referência da AB.
b) Atendimento clínico nutricional aos indivíduos que apresentem agravos relacionados à alimentação e nutrição,
em acordo com os critérios de classificação de risco e ofertas de cuidado sem participação da equipe de
referência da AB.
c) Identificação e análise das características alimentares e nutricionais da população adstrita, de modo a contribuir
para a prática do acolhimento e da clínica ampliada
d) Diagnóstico dos principais agravos relacionados à alimentação e nutrição e organização de critérios de
classificação de risco.
27. Avalie as afirmativas abaixo sobre as ações de alimentação e nutrição para promoção da alimentação adequada
e saudável (PAAS) no contexto da atenção básica de saúde.
I. Devem incluir atividades de educação alimentar e nutricional a serem prioritariamente desenvolvidas dentro das
unidades de saúde.
II. Devem contemplar o desenvolvimento de atividades de educação alimentar e nutricional com o objetivo de
ampliar habilidades pessoais em alimentação e nutrição, autonomia e o auto-cuidado.
III. Devem superar desafios como a abordagem que se limita à produção e à oferta de informações técnico-
científicas e a ainda insuficiente apropriação das dimensões cultural e social como determinantes dos hábitos
alimentares.
28. Segundo o Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as políticas públicas, fazer uso do
conceito Educação Alimentar e Nutricional (EAN) e não dos termos Educação Nutricional ou Educação Alimentar,
representa:
a) Uma afirmação importante, pois ratifica a adoção de um conceito em que o escopo de ações abranja desde os
aspectos relacionados ao alimento e alimentação, os processos de produção, abastecimento e transformação
aos aspectos nutricionais.
b) Uma escolha do profissional, que vai depender do campo de atuação e da área de abrangência das ações a
serem desenvolvidas, além de outros aspectos técnicos e pedagógicos a serem considerados pelo nutricionista.
c) Um retrocesso, pois desconsidera aspectos que contemplam a evolução histórica e política da educação
nutricional no Brasil, no contexto da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada e da garantia da
Segurança Alimentar e Nutricional.
d) Um equívoco, pois o termo educação nutricional, forjado historicamente na profissão do nutricionista, é mais
adequado, já tem reconhecimento social e já se apresenta como importante ferramenta da profissão, reforçando
essa atividade como restritiva do nutricionista.
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29. Sobre o histórico da Educação Alimentar e Nutricional (EAN) no Brasil, podemos afirmar que:
a) Na década de 1930, as estratégias de EAN eram dirigidas aos trabalhadores e suas famílias, baseadas em uma
abordagem atualmente avaliada como inovadora para o período, pois pretendiam ensiná-los a se alimentar
corretamente segundo um parâmetro biológico, baseado em evidências científicas e com foco voltado para as
camadas de menor renda.
b) Nas décadas de 1970 e 1980, com a expansão do cultivo de soja, houve um estímulo ao consumo deste
produto e seus derivados. No entanto, apesar de ótimos resultados obtidos por essa abordagem, avaliou-se que
estas ações não valorizavam a dimensão nutricional dos alimentos, e estavam centradas apenas nos aspectos
culturais e sensoriais.
c) Até a década de 1990, evidencia-se uma valorização da EAN enquanto prática do nutricionista, em especial,
quando são consideradas as possibilidades de uso político dessa ferramenta e de seu emprego em interesses
econômicos nacionais, tendo em vista a necessidade, à época, de escoar excedente de produção agrícola, por 7
exemplo.
d) Já no final dos anos 1990, é possível notar uma tendência nos documentos oficiais brasileiros de inclusão da
discussão sobre “promoção de práticas alimentares saudáveis”, no sentido de compreender que a EAN não
poderia estar pautada numa prática prescritiva, limitada a aspectos científico-biológicos, sem o reconhecimento
de outros aspectos que influenciam o comportamento alimentar.
30. O posicionamento da boca do bebê em relação ao mamilo e à aréola é chamado de “pega”. Na pega adequada,
observa-se:
a) mãe sentada confortavelmente e barriga do bebê está voltada para a barriga da mãe.
b) corpo e cabeça do bebê alinhados; queixo do bebê tocando a mama; e mamilo achatado após as mamadas.
c) mais aréola visível acima da boca do bebê; boca bem aberta; lábio inferior virado para fora e queixo do bebê
tocando a mama.
d) mais aréola visível abaixo da boca do bebê; queixo e boca do bebê tocando a mama.
31. Você está atendendo uma criança de 7 anos com obesidade e que realizou a dosagem do perfil lipídico sérico,
tendo sido feito jejum pré-exame. O resultado foi: LDL-colesterol = 105 mg/dL; HDL-colesterol = 48 mg/dL e
triglicerídeos (TG) = 85 mg/dL. Pode-se concluir, portanto, que:
a) LDL-colesterol, HDL-colesterol e TG estão normais.
b) LDL-colesterol está elevado; HDL-colesterol e TG estão normais.
c) LDL-colesterol está elevado; HDL-colesterol está baixo e TG está elevado.
d) LDL-colesterol e HDL-colesterol estão normais e TG está elevado.
32. Com relação a suplementação de vitamina D, com 400 UI/dia (< 1 ano) e 600 UI (> 1ano), assinale a alternativa
CORRETA.
a) Para os prematuros, a suplementação deve ser iniciada quando o peso for superior a 2500 gramas.
b) Deve ser indicada somente para crianças em uso de fórmula láctea fortificada com vitamina D que ingerem um
volume menor que 500 ml/dia.
c) Deve ser iniciada em crianças em aleitamento materno exclusivo logo após o nascimento.
d) Deve ser indicada somente para crianças e adolescentes que não ingerem pelo menos 800 UI de vitamina D/dia
na dieta.
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33. Assinale a opção correta sobre a orientação para alimentação complementar em crianças com alergia a proteína
do leite de vaca (APLV).
a) Deve ser proibido obrigatoriamente a oferta de alimentos contendo proteínas potencialmente alergênicas, como
por exemplo ovo, peixe, carne bovina, de frango ou porco.
b) A introdução da alimentação complementar em crianças com APLV deve ser iniciada a partir do sexto mês em
crianças amamentadas ao seio até essa fase, ou que recebem fórmulas infantis.
c) A possibilidade de reação cruzada entre leite de vaca e carne bovina é superior a 90%, e relaciona-se à
presença da albumina sérica bovina, por isso a carne de vaca deve ser excluída da alimentação complementar
da criança.
d) Deve-se preferir a introdução da alimentação complementar antes do sexto mês da criança para melhor
tolerância.
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34. Em relação à suplementação de vitaminas e minerais na gestação de adultas e adolescentes, as recentes
recomendações da Organização Mundial da Saúde (2016) sobre os cuidados pré-natais para uma experiência
positiva na gravidez preconizam:
a) a suplementação de múltiplos micronutrientes às grávidas para melhorar os resultados maternos e perinatais,
tais como prevenção da anemia materna, da infecção puerperal e do baixo peso ao nascer.
b) a suplementação diária de ferro e ácido fólico, sendo de 30 mg a 60 mg de ferro elementar e de 400 µg de ácido
fólico para as gestantes, visando a prevenção da anemia gestacional, da infecção puerperal e do baixo peso ao
nascer e parto prematuro.
c) As suplementações de vitamina B6 (piridoxina), C e E são recomendadas na gestação para melhorar a
sintomatologia digestiva e prevenir as Síndromes Hipertensivas da Gravidez.
d) O uso de suplemento de vitamina D é recomendado durante toda a gestação para prevenção da cárie dental
materna, hipertensão gestacional, e também para melhorar o peso ao nascer.
35. As Síndromes Hipertensivas da Gravidez representam importante causa de internação e de óbitos maternos,
acarretando repercussões negativas para o feto, como restrição do crescimento intrauterino, parto prematuro e,
sofrimento fetal. A Organização Mundial da Saúde em 2016 revisou as recomendações de intervenção nutricional
para a prevenção desta intercorrência gestacional e recomenda:
a) A restrição do ganho de peso materno deve ser indicada para as gestantes com sobrepeso ou obesas visando a
prevenção da hipertensão gestacional, sendo recomendada a faixa mínima de ganho de peso total para essas
categorias de Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional.
b) A orientação dietética deve ser baseada na dieta hipossódica, hiperprotêica e pobre em gorduras saturadas
associada à restrição do ganho de peso gestacional semanal para prevenção das Síndromes Hipertensivas da
Gravidez.
c) O suplemento de múltiplos micronutrientes deve ser prescrito na gestação para melhorar os resultados
maternos e perinatais, especialmente para a prevenção das Síndromes Hipertensivas da Gravidez.
d) Para populações com baixa ingestão diária de cálcio, são recomendados suplementos diários de cálcio (1,5–2,0
g) de cálcio elementar oral) visando a prevenção de pré-eclâmpsia.
36. Na avaliação nutricional das gestantes adolescentes (menor de 20 anos) e na programação do ganho de peso
gestacional, o Ministério da Saúde (2013) recomenda no Manual de Baixo Risco:
a) Para as adolescentes que engravidaram dois ou mais anos depois da menarca (geralmente maiores de 15
anos), a interpretação dos achados da avaliação antropométrica com base no Índice de Massa Corporal (IMC)
inicial, indicará baixo peso em muitas.
b) Na programação do ganho de peso recomendado (em kg) na gestação, segundo o estado nutricional inicial para
as gestantes adolescentes, deve-se recomendar o limite máximo de ganho de peso semanal e total,
correspondente a cada categoria de IMC pré-gestacional ou inicial.
c) A avaliação da estatura da gestante adolescente deverá ser realizada pelo menos trimestralmente durante a
gestação e o peso materno deve ser avaliado em todas as consultas de pré-natal.
d) Na avaliação do IMC para o diagnóstico inicial da gestante, o ideal é que seja calculado o IMC pré-gestacional
com o peso referido ou o IMC calculado a partir de medição do peso realizada até a 16ª semana gestacional.
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37. Dentre os princípios gerais sobre a alimentação infantil, assinale a única afirmativa CORRETA.
a) A amamentação deve ser exclusiva até os 6 meses de vida e mantida, não mais exclusivamente, até os 2 anos
de vida.
b) A amamentação deve ser exclusiva até os 6 meses e substituída por alimentos de transição para a alimentação
familiar.
c) Fórmulas infantis industrializadas são indicadas como única opção para crianças cujas mães não puderam
amamentar.
d) Outros alimentos devem ser introduzidos, antes dos 6 meses de vida, no caso de uso de fórmulas infantis
industrializadas.
39. Para o paciente com cirrose não complicada, com ou sem encefalopatia hepática, a necessidade de proteínas
variam de:
a) 0,6 a 0,8g/kg de massa corporal atual por dia
b) 2 a 2,5g/kg de massa corporal ideal por dia
c) 1,2 a 1,5g/kg de massa corporal atual por dia
d) 1 a 1,5 g/kg de massa corporal ideal por dia
40. Recomenda-se como cuidado nutricional para paciente com refluxo gastroesofágico:
a) Evitar comer 2 a 3 horas antes de deitar-se.
b) Consumir refeições de pequeno volume e ricas em gordura.
c) Ingerir quantidade adequada de fibras e alimentos ácidos.
d) Em caso de sobrepeso, aumentar a massa corporal.
42. No momento da escolha de uma fórmula enteral para um paciente devemos considerar:
a) A osmolaridade, chave para uma boa tolerância
b) Período de utilização da alimentação por sonda, a localização da sonda e a osmolaridade da fórmula
c) Método de administração da nutrição enteral e o tamanho da sonda
d) Necessidades nutricionais, funcionamento do sistema gastrointestinal e estado clínico
43. A oferta de proteínas para pacientes com insuficiência cardíaca que apresentam perdas proteicas por
nefropatias ou má absorção intestinal deve ser:
a) 1,0 a 1,4g/kg de peso ideal/dia.
b) 0,8 a 1,2g/kg de peso ideal/dia.
c) 1,5 a 2,0g/kg/dia , considerando a massa corporal livre de edema.
d) 0,8 a 1,4/kg de peso atual livre de edema/dia.
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44. Considera-se o perímetro da cintura uma medida preditora de risco cardiometabólico. Qual a localização
corporal para sua mensuração?
a) Sobre a cicatriz umbilical.
b) No ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca.
c) No ponto médio entre o acrômio e o olecrano.
d) No maior perímetro abaixo do abdômen.
45. A ingestão dietética pode influenciar na nefrolitíase, sendo alimentos potencialmente ácidos ou de cinza ácida:
a) limão, brócolis e banana.
b) batatas, arroz branco e açúcar branco. 10
c) batatas, lentilha e limão.
d) óleo de oliva, chá verde e café.
48. A vitamina E é utilizada como nutriente anti-inflamatório em doença renal crônica devido esta diminuir:
a) leucotrienos da série 3 e NF-Kappa
b) leucotrienos da série 4 e NF-Kappa
c) leucotrienos da série 5 e NF-Kappa
d) ferroxidase I e leucotrienos da série 5
50. Em pacientes diabéticos após amputações é freqüente sinais e sintomas de depressão. Como forma de
aumentar a formação de serotonina, aumentamos nutrientes necessários para sua síntese, sendo os principais:
a) vitamina B3 e manganês.
b) vitamina A e cobre.
c) vitamina B6 e magnésio.
d) vitamina D e cromo.