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OBJ ETIVOS
INTRODUÇÃO
Tim LaHaye, em seu livro Como Estudar a Bíblia Sozinho (Ed. Betânia), conta que certa vez
um rapaz de 17 anos foi a um culto, atendendo a um convite de um vendedor de sapatos que o
levara a Cristo. Esse vendedor falou-lhe da necessidade de conhecer melhor o Salvador que
acabara de aceitar. Durante o culto, após o período de louvor, o pregador disse: "Abramos a
Bíblia agora em 2 Timóteo 5.12." O jovem convertido abriu na primeira página a Bíblia que seu
amigo lhe dera, e começou a folheá-Ia por Gênesis, Êxodo, e outros livros, sem encontrar 2
Timóteo. Um pouco confuso, voltou ao índice e observou que 2 Timóteo encontrava-se na página
325. Quando abriu a Bíblia nesse número encontrou o livro de Josué. Olhou no índice novamente
e percebeu que a Bíblia tinha duas grandes divisões, e que Timóteo achava-se na segunda.
Quando afinal encontrou o texto, o pastor já havia terminado o sermão.
Embora tenha fracassado nessa primeira tentativa, aquele jovem sentiu um grande desejo
de conhecer melhor a Bíblia. Anos depois, ele tornou-se um famoso pregador, que levou a Cristo
um milhão de pessoas. O nome dele era Dwight L. Moody. Como discípulos, temos o desejo de
conhecer o Senhor Jesus e a sua vontade para as nossas vidas. Para tanto, é fundamental a
leitura, estudo, meditação e aplicação da Palavra de Deus.
A Bíblia é uma verdadeira biblioteca. Com 66 livros, 39 no Antigo Testamento, 27 no Novo e
escrita por cerca de 40 homens inspirados pelo Espírito Santo, durante um período aproximado
de 1600 anos, é o livro mais lido no mundo. Foi publicada em mais de 160 idiomas e é,
certamente, o livro dos livros. Para o discípulo de Jesus Cristo, a Palavra de Deus reveste-se de
5
especial interesse, pois é a sua relação com ela que determinará o sucesso ou o fracasso na vida
cristã. Na Bíblia, o discípulo é confrontado com a vontade de Deus para a sua vida, demonstrada
na atualidade de seus ensinos e nos princípios eternos que Deus revelou através dela. A Bíblia é,
pois, fonte de inspiração para o discípulo, a bússola que orienta a vida, a revelação escrita de
Deus.
A relação do discípulo com a Bíblia envolve ouvir, ler, estudar, memorizar e meditar no que
Deus fala através de sua Palavra, aplicando a mensagem bíblica à própria vida. Olhando desse
ponto de vista, quando o discípulo aprende a estudar a Palavra de Deus sozinho, encontra uma
fonte inesgotável de vigor espiritual e sua vida adquire uma nova dimensão.
Vejamos agora como estudar a Bíblia com grande proveito. Um dos métodos mais eficientes
do estudo da Palavra de Deus é o método indutivo. Ajunta de Missões Nacionais da Convenção
Batista Brasileira tem desenvolvido os estudos bíblicos indutivos para os Núcleos de Estudos
Bíblicos (NEBs), porque estudar a Bíblia dessa maneira é a garantia de ter-se um meio prático e
sistemático para buscar alimento espiritual na Palavra de Deus diariamente. O estudo bíblico
indutivo contém três partes:
III - A APLICAÇÃO
Ao ap!icar o que entender ser a mensagem de Deus para a sua vida, você deve considerar
as seguintes questões:
1. Qual é a mensagem de Deus para a minha vida hoje? Para cada situação de sua vida,
Deus tem uma mensagem específica. Procure descobri-Ia de coração aberto através do seu
estudo da Palavra de Deus.
2. Há algum mandamento a que preciso obedecer? As ordens ou mandamentos que
encontramos na Palavra de Deus foram dados para o nosso bem-estar espiritual. Sua
observância enriquece e prolonga os nossos dias nesta vida. Um mandamento é uma ordem
simples, clara, objetiva e definida, dirigida a quem queira cumpri-Ia sem fazer qualquer tipo de
exigência. Nisso está a dureza dos primeiros passos a serem dados pelo discípulo, quando
descobre a vontade do seu Mestre. Não se deve tornar as coisas mais difíceis do que elas são.
Por outro lado, também não se pode facilitar os objetivos reais de Cristo quando chama homens e
mulheres para segui-Io. ''A porta é estreita” (Mateus 7.14). É melhor você estar consciente de que
Cristo exige do discípulo uma renúncia completa e incondicional (Mateus 16.24,25), do que
participar do contingente de cristãos sem "as marcas de Jesus" (Gálatas 6.17). O discipulado
"barato" não vai realizar o discípulo e, tampouco, satisfará a expectativa do Mestre, conforme
podemos perceber nos Evangelhos.
3. Há alguma promessa de que eu deva tomar posse? Ao analisar as promessas na
Palavra de Deus, o discípulo precisa fazer duas coisas:
a. Verificar se as promessas são universais e se aplicam aos nossos dias atuais. Há
promessas na Bíblia que foram feitas para o povo de Israel e que se aplicavam só àquele
contexto. Exemplo: A vinda do Messias.
b. Verificar se as promessas estão associadas a algumas condições. A Bíblia registra uma
promessa do Senhor Jesus Cristo aos seus discípulos: "Vós sereis meus amigos". Mas essa
promessa tem uma condição: "Se fizerdes o que eu vos mando" (João 15.14).
As promessas são importantes em função da natureza frágil e debilitada do discípulo, que
não teria forças suficientes em si mesmo, se não fosse vivamente estimulado pelas fiéis
promessas do Senhor da glória. A personalidade do discípulo precisa estar totalmente envolvida
com a idéia de plena realização. É isso que as promessas feitas por Jesus Cristo se propõem.
Elas são, por assim dizer, um direito adquirido do discípulo.
É necessário distinguir as promessas que dizem respeito à esperança futura, como a volta
de Cristo, por exemplo, das promessas que dizem respeito à nossa esperança presente, como,
por exemplo, a oração que Jesus promete atender mediante a fé dos seus discípulos.
4. Existe alguma advertência a observar? As advertências não são mandamentos.
Enquanto no mandamento o discípulo não tem escolha, só obedece, na advertência ele passa a
exercitar seu discernimento espiritual, para saber como lidar com valores e situações
semelhantes aos narrados na Palavra de Deus. Quando se estuda as bem-aventuranças, por
exemplo, encontra-se uma série de valores espirituais, emocionais e práticos, com clara
demonstração de que eles ajudariam os discípulos a serem pessoas realizadas.
5. Há algum princípio eterno? Os princípios eternos são postulados que ajudam o
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discípulo diante da necessidade de tomadas de decisão. São leis que governam seu
relacionamento com as coisas e pessoas e que contribuem para o seu bem-estar espiritual, físico
e emocional. Por exemplo: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6.7).
Além dessas questões, o discípulo deve estar atento às revelações que Deus faz sobre si mesmo
em sua Palavra, os pecados que devem ser abandonados, aquilo que não foi compreendido e
necessite de explicações, os motivos pelos quais se deve agradecer a Deus, o versículo que mais
fala ao coração e a forma prática como irá vivenciar tudo o que Deus lhe falou através do estudo.
O mais importante é a sua disposição como discípulo em aplicar o que foi estudado à sua própria
vida. Assim sendo, depois de realizar seu estudo pessoal da Palavra de Deus, deve dizer para si
mesmo: "Como resultado do que Deus me falou hoje através de sua Palavra, vou fazer isto..."
(diga-o claramente; de preferência escrevendo-o numa folha de papel).
A seguir, oferecemos um exemplo do que foi apresentado:
1. Mensagem de Deus para hoje: Devo procurar ao máximo ser semelhante a Jesus Cristo
no meu relacionamento com o próximo (v. 5).
2. Um mandamento ou ordem a obedecer: Ter o mesmo sentimento de humildade que
houve em Jesus Cristo, considerando sempre os outros superiores a mim mesmo (vv. 5-8).
3. Uma promessa em que devo confiar: Não achei.
4. Existe alguma condição para Deus cumprir a sua promessa?
5. Uma advertência (há algum pecado ou procedimento a abandonar?): O sentimento
egoísta de achar-se superior aos outros (vv . 3-4).
6. Um princípio bíblico: A humildade deve ser o ponto forte em minha vida, como foi na do
Senhor Jesus Cristo (v. 8).
7. O que este texto revela sobre Deus (Pai, Filho ou Espírito Santo): Que Jesus Cristo
abriu mão de sua divindade para tornar-se um ser humano como nós e foi obediente até a sua
morte na cruz (vv.6-8). Todos os homens se prostrarão perante Jesus Cristo e confessarão que
ele é Senhor (v. 10).
8. O que eu não entendo no texto e preciso estudar mais: O que é o "nome que é sobre
todo nome" (v. 9)?
9. Motivos que o texto me mostra pelos quais devo agradecer a Deus: Jesus Cristo
humilhou-se como homem para a minha salvação.
CONCLUSÃO
O estudo da Palavra de Deus é algo indispensável para a sua sobrevivência espiritual. O
estudo bíblico fará muito por você. Por exemplo:
1. Tornará você um discípulo mais forte espiritualmente (1 João 2.14). Jesus venceu as
tentações no deserto porque sua mente e seu coração estavam cheios da Palavra de Deus
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(Mateus 4).
2. Orientará você nas mais importantes decisões da vida
(Salmo 119.105). A Palavra de Deus é uma lâmpada que nos ilumina diante de quaisquer
circunstâncias.
3. Capacitará você na tarefa de fazer outros discípulos (1 Pedro 3.15,16). O testemunho de
sua fé terá autoridade se for fundamentado na Palavra de Deus. Tudo isso e muito mais fará a
Palavra de Deus em sua vida se você estiver disposto a estudá-Ia sistemática e diariamente. Se
este for o seu desejo, observe estas sugestões:
1. Leia a Bíblia diariamente. Se você ler quatro páginas por dia, completará sua leitura em
menos de 1 ano.
2. Marque uma hora específica para esse momento de leitura e meditação.
3. Tenha um lugar definido onde possa manter a concentração na leitura.
4. Leia a Bíblia devocionalmente, com oração, buscando sempre a mensagem de Deus
para aquele dia.
5. Leia com lápis ou caneta à mão. As idéias devem ser anotadas imediatamente. O hábito
de anotar descobertas criará em você uma expectativa para o que Deus irá falar.
6. Se for do seu interesse, tenha um diário espiritual onde possa anotar o que Deus lhe fala
a cada dia (Veja o modelo em PROJETOS CONCRETOS DE VIDA).
Que o estudo da Palavra de Deus possa ser um fator de sustento espiritual para você,
além de revigorar suas forças espirituais como um bom discípulo de Jesus Cristo.
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PROJETOS CONCRETOS DE VIDA
TEXTO: ___________________________
DATA: ____/____/____
NOTAS DE REFERÊNCIA
16.10; 1 Co
14) CI3.2. 27) Jo 14.27.
4.2.
1) Ef 4.13. 15) Rm 6.6; CI. 28) F1 4.6,7.
43) s1 119.90.
3.3.
2) Jo 16.8-11; 1 Co 29) SI 119.165.
44) Ap 2.10.
12.3. 16) Le 9.23. 30) SI 34.14.
45) SI 37.11.
3) Ro 8.11-16. 17) Rm 21.2. 31) Rm 12.12.
46) Nm 12.3.
4) Jo 15.1-16. 18) Jo 2.15; Tg 32) Pv 16.12.
4.4. 47) Ef 4.1,2.
5) GI4.19; CI1.27; 33) Ef 4.2.
Rm 8.29. 19) SI 51.12. 48) CI3.12.
34) CI 3.12.
6) GI5.16. 20) Jo 3.16; Ef 49) FI 4.5; TI 2.6.
5.1,2; 1 Jo 35) Le 6.35.
7) GI5.17. 50) 2 Pe 1.5,6.
4.11. 36) SI 103.17.
8) 1 Co 3.1-3. 51) Rm 6.6-11.
21) Rm 5.5. 37) Ef 4.32.
9) Rm 8.8. 52) Rm 6.12,13.
22) Me 12.30,31. 38) SI 23.6.
10) Jo 14.23. 53) GI 2.20.
23) 1 Jo 4.7-12. 39) Pv 21.21.
11) 1 Ts 5.17. 54) MI 5.16.
24) Jo 16.22. 40) Pv 11.17.
12) AI 1.8.
25) SI 30.5. 41) Ef 4.32.
13) Hb 13.15.
26) Rm 12.12. 42) MI 25.23; Le
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