Aula 01 Rev Industrial
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CONTEXTO:
A Revolução Industrial foi um período de transformação econômica, social e tecnológica que teve início na
Inglaterra, por volta do século XVIII. Durante esse período, a produção em larga escala e a introdução de
máquinas nas fábricas transformaram drasticamente a forma como as pessoas viviam e trabalhavam. O
contexto que culminou na primeira Revolução Industrial foi marcado pela urbanização acelerada, o
surgimento das fábricas, a exploração da mão de obra, as condições precárias de trabalho e as
desigualdades sociais. Essas mudanças tiveram um impacto significativo na vida das pessoas, levando a
movimentos de resistência e lutas por melhores condições de trabalho.
Porque a Inglaterra?
O país foi o pioneiro por diversos fatores. Primeiramente, é preciso mencionar o surgimento de uma classe
social no território inglês: a burguesia, promovida pela Revolução Inglesa. Os burgueses detinham o
capital necessário para investir e, portanto, passaram a financiar a indústria, adquirindo propriedades
rurais, matéria-prima e possibilitando a modernização dos meios de produção.
Geograficamente, a Inglaterra era também privilegiada, sendo, dessa forma, um dos fatores mais decisivos
para que o país progredisse nesse período. A Inglaterra possuía acesso ao comércio marítimo, facilitando
a exploração de novos mercados e aumentando a zona de livre comércio. Ao tornar-se uma grande
potência marítima, o país acabou acumulando capital que passou a ser investido nas fábricas.
Também existia a abundância de recursos naturais, como o ferro, lã, carvão.
A política dos cercamentos, que mudou a configuração das áreas rurais, introduzindo cercas para a
criação pecuária e para a produção de matéria-prima. Essa política provocou um intenso êxodo rural, visto
que exigia dos pequenos proprietários títulos das propriedades. Muitos não possuíam e acabavam sendo
expulsos de suas terras. A política de cercamentos foi responsável também pela grande disponibilidade de
mão de obra e sua consequente desvalorização.
As políticas econômicas liberais adotadas passaram a possibilitar o progresso tecnológico e o aumento da
produtividade.
Primeira Revolução Industrial: A Primeira Revolução Industrial foi iniciada na Inglaterra, em meados dos
anos 1760, até por volta de 1850, marcando a industrialização mundial. A introdução de máquinas para
transformar a matéria-prima em produto final, de forma padronizada e escalonada, foi típica desse período
histórico-econômico.
A principal indústria no período da Primeira Revolução Industrial era têxtil. Nesse período, surgiram
diversas indústrias de tecidos de algodão que utilizavam o tear mecanizado. A produção desses tecidos
era destinada à exportação, sendo um dos maiores impulsionadores da economia inglesa.
O desenvolvimento tecnológico alcançado nesse momento possibilitou que novas técnicas e maquinários
fossem introduzidos na produção têxtil. Assim, foram criadas máquinas, como capazes de tecer fios e
aumentar a produção que antes era feita manualmente.
CONSEQUÊNCIAS: A Primeira Revolução Industrial provocou intensas transformações no sistema
produtivo. Surgiram as indústrias e um novo modo de produção: a manufatura deu lugar à maquinofatura.
Manufatura significa obra feita à mão. Manufaturar é produzir com trabalho manual. No processo
manufatureiro vigora a divisão do trabalho, onde cada operário realiza uma operação utilizando
instrumentos individuais. A manufatura sucedeu o artesanato, no século XV, como forma de produção e
organização de trabalho
Maquinofatura: Maquinofatura é um sistema de fabricação de produtos onde há a divisão do trabalho
entre algumas pessoas e máquinas. Neste processo pode ser usado as mãos, como era feito antes da
Revolução Industrial ou com a utilização de máquinas como passou a ocorrer após a Revolução Industrial.
Houve aumento da mão de obra e sua consequente desvalorização. Novas relações de trabalho surgiram
mediante a existência de duas classes: a burguesia e o proletariado. Os trabalhadores passaram a exercer
funções específicas. Os salários recebidos eram baixos e as cargas horárias extenuantes.