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Resumo de Biologia

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RESUMO DE BIOLOGIA

Com exceção do ser humano, qualquer espécie de ser vivo tem a explosão demográfica limitada pelo meio
ambiente. Conforme mais indivíduos nascem, outros são predados, começa a faltar a
alimentos/recursos e aumenta-se a competição. Como consequência, em um ambiente equilibrado, o tamanho
da população dos seres vivos é mantido aproximadamente constante ao longo do tempo. No caso do ser humano,
isso não acontece.

o Meio ambiente: o meio ambiente, então, é formado por fatores abióticos (água, ar, solo etc.), bióticos (flora e
fauna) e a cultura humana (valores, religião, políticas etc.), tudo isso em constante interação evolucionária.
o Ecologia: ecologia pode ser considerada o estudo dos organismos em seu habitat.

Do átomo á biosfera
Assim como os átomos se combinam para originar as moléculas, essas se combinam para originar as células.
As células formam órgãos, que se organizam em sistemas e que, por fim, compõem o organismo.
No meio ambiente, vários organismos de uma espécie se organizam no que chamamos de população.
(população = um grupo de indivíduos de uma mesma espécie que vive, no mesmo período, em uma mesma área
geográfica).
As populações de diferentes espécies que ocupam uma mesma área geográfica constituem
uma comunidade. O fato de todas essas populações ocuparem o mesmo espaço permite afirmar que elas também
estão sob influência dos mesmos fatores ambientais e sofrem as mesmas pressões do ambiente. A comunidade
também pode ser chamada de biocenose, biota ou biogeocenose.
Além de interagirem entre si, as populações que formam uma comunidade também interagem com o meio que
vivem. Esse complexo conjunto de relações mútuas é chamado de ecossistema (qualquer unidade natural, com
vegetação, animais, tipos de solo e clima característicos, forma um ecossistema). O único requisito de um
ecossistema é o suprimento constante de energia. A fonte energética básica é, naturalmente, a luz solar, captada
por seres fotossintetizantes, como algumas bactérias, algas e plantas.

o Biosfera: região do planeta Terra que abrange todo o conjunto de seres vivos e na qual a vida é
permanentemente possível.

o Bioma: designa um grande biossistema regional ou subcontinental, caracterizado por um tipo principal de
vegetação ou por outro aspecto identificador da paisagem.

Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas


Dentro de um ecossistema, é possível identificar um fluxo de matéria e de energia entre os seres vivos.
Ambos os fluxos se iniciam com organismos autotróficos capazes de sintetizar matéria orgânica a partir de fontes
inorgânicas pelo processo de fotossíntese ou quimiossíntese.
o Organismos fotossintetizantes: utilizam a energia presente na radiação solar para produzir a glicose (um
composto orgânico) a partir do gás carbônico (CO2) e da água (H2O) Um subproduto dessa reação é o
oxigênio (O2).

A matéria orgânica produzida pelos organismos autotróficos é a fonte de energia utilizada por todos os
organismos de um ecossistema. Os organismos que não são autotróficos (denominados de heterotróficos) obtêm
a matéria orgânica e, consequentemente, energia por meio da alimentação. Esse fluxo de matéria e energia entre os
seres vivos recebe o nome de cadeia alimentar.

o Base da cadeia alimentar: seres autotróficos. Os demais organismos (hererotróficos) são consumidores,
ou decompositores.
o Consumidores: O consumidor que se alimenta diretamente dos organismos autotróficos é chamado
de consumidor primário. Quem se alimenta dele é o consumidor secundário e assim sucessivamente.
o Nível trófico: é a posição que cada organismo ocupa na cadeia alimentar. Os organismos autotróficos sempre
estarão no primeiro nível; os consumidores primários, no segundo nível; os secundários, no terceiro etc.
o Teias alimentares: quando no ecossistema, as cadeias alimentares se ramificam (subdividem).

Impactos nos ecossistemas


Os efeitos da bioacumulação (termo geral que descreve como substâncias ou compostos químicos são
absorvidos pelo organismo) e da biomagnificação (acumulo progressivo de substâncias, ou compostos químicos,
de um nível trófico para o outro ao longo da teia alimentar), se tornam ainda mais significativos quando estão
inseridos no contexto de uma teia alimentar.
Suponha que, na teia alimentar, tenha ocorrido uma iniciativa para a eliminação dos ratos utilizando
alguma substância tóxica. Essa substância impactaria não só os ratos, mas todos os consumidores de ratos. Uma
redução da população desses consumidores resultaria em um aumento das populações de coelhos, sapos e cobras,
que pressionaria as populações do produtor primário, podendo colapsar toda a teia alimentar.
o Espécies exóticas (também chamadas de invasoras): animal não natural de tal ecossistema, normalmente
mais forte que os outros e que causa desequilíbrio na teia alimentar.

Nicho ecológico e habitat


Duas espécies podem apresentar nichos ecológicos semelhantes ou sobrepostos. Se não existissem
competidores, predadores ou organismos patogênicos em seu meio ambiente, uma espécie seria capaz de
sobreviver sob uma amplitude maior de condições físicas (seu nicho fundamental). Na presença de outras
espécies que a afetam negativamente, ela ocupa seu nicho realizado.
o Nicho ecológico: papel ecológico de cada espécie. Fazem parte do nicho ecológico os hábitos de vida,
o comportamento e os ajustes fisiológicos da espécie.
o Habitat: é o ambiente em que determinado organismo vive. O termo pode se referir a uma área
vasta/pequena ou certas partes de um único animal (boca, estômago, intestino etc.).

Fragmentação do habitat
Atualmente, um dos principais fatores que leva espécies à extinção é a perda de habitat. Com a
fragmentação do habitat, restam pequenas populações em cada um dos fragmentos. A competição nos fragmentos
é muito maior, podendo levar à morte de muitos indivíduos e à extinção de espécies. Além disso, como a
população fica reduzida, as opções de cruzamentos são menores e observa-se uma queda na variabilidade
genética da população.

o Efeito de borda: a área de transição entre os ambientes é denominada de ecótono, e o gradiente de


características entres os ambientes caracteriza o efeito de borda. Um fator que influencia o efeito de borda é a
forma do fragmento: quanto mais próximo do formato de um círculo, maior é a proporção do fragmento que
manterá suas condições naturais.
o Corredores ecológicos: são faixas de vegetação, que unem fragmentos de vegetação localizados em uma
matriz afetada pela atividade humana. É uma estratégia que visa reduzir os impactos negativos da
fragmentação de habitat . O objetivo dos corredores ecológicos é conectar os seres vivos dos fragmentos
isolados, permitindo o fluxo gênico entre eles, aumentando a população e a variabilidade genética.

Biodiversidade
A biodiversidade envolve dois conceitos distintos

o A riqueza refere-se à quantidade de espécies que pode ser observada em determinado ecossistema.
o a abundância refere-se à quantidade de indivíduos de determinada espécie que ocorre nesse local.

Energia
Os carboidratos são a principal fonte energética, quando ingeridos são quebrados em pequenas moléculas
no processo digestivo. Esses carboidratos pequenos (principalmente as moléculas de glicose) são absorvidos para
a corrente sanguínea e distribuídos para as diferentes células do corpo, onde ocorre a respiração celular.
A respiração celular é o processo metabólico pelo qual a glicose é quebrada e a energia existente nas
ligações entre seus átomos é armazenada, também na forma de energia química, na molécula de ATP. Essa
molécula é utilizada como fonte de energia em todos os processos do corpo.
Os organismos heterotróficos são os que precisam obter carboidratos por meio da alimentação. Mas nem
todos os organismos são heterotróficos. Para que todos os heterotróficos possam obter carboidratos, alguns
organismos precisam sintetizar esses carboidratos. Organismos com essa capacidade são
denominados autotróficos.

Seres produtores
Organismos autotróficos têm duas principais formas para produzir carboidratos (matéria orgânica). Em
ambos os processos, a fonte de carbono para as moléculas de carboidratos é o gás carbônico (CO2). Recebem o
nome de produtores
o Fotossíntese: utiliza-se energia proveniente da radiação solar para fixar o carbono em matéria orgânica. Ex
de produtor: os vegetais e as algas.
o Quimiossíntese: a energia é obtida a partir da oxidação de substâncias minerais. Ex de produtor: bactérias.

Seres consumidores
Todos os seres vivos heterotróficos. Aquele que consome diretamente a matéria orgânica de um
organismo produtor, é chamado consumidores primários. Aquele que consome um consumidor primário é
o consumidor secundário, e assim sucessivamente.

o Cadeia alimentar: nela, o ser autotrófico é a responsável por produzir energia química (carboidratos) a partir
da radiação solar. A energia é, então, passada por meio da alimentação para os demais seres vivos.

Na natureza, as relações de alimentação entre os seres vivos não costumam ser lineares como visto na cadeia
alimentar. O que se observa, na verdade, são teias alimentares. É importante observar que um mesmo ser vivo
pode representar diferentes papéis.
A ordem que cada ser vivo ocupa em uma cadeia ou teia alimentar é chamada de nível trófico. Os produtores
sempre representam o primeiro nível trófico. Um consumidor primário sempre ocupará o segundo nível trófico; o
secundário ocupará o terceiro nível trófico e assim sucessivamente.

Como a energia flui entre os seres vivos


Ao realizar a fotossíntese, um vegetal produz determinada quantidade de matéria orgânica. Parte
dessa matéria orgânica é utilizada pelo próprio vegetal como fonte de energia para seus processos
metabólicos. Outra parte, é armazenada em suas estruturas na forma de matéria orgânica (caule, flores,
folhas e frutos etc).
Quando um consumidor se alimenta de um vegetal, ele ingere a matéria orgânica armazenada nas
estruturas da planta. Assim como o vegetal, ele consome parte da energia em seu próprio metabolismo
e armazena outra parte em suas próprias estruturas. Parte dessa energia é ainda perdida para o ambiente na forma
de calor. Quando um consumidor secundário se alimenta do primário, repete-se o ciclo.
A energia absorvida por um consumidor secundário ao se alimentar sempre será menor que a energia
absorvida pelo consumidor primário quando ele se alimentou de um vegetal. Em média, apenas 10% da energia
consumida por um heterótrofo é convertida em biomassa, ficando apenas esta fração disponível para o nível
trófico seguinte.

Produtividade nos ecossistemas


o Produtividade primária bruta (PPB): se refere ao total de matéria orgânica (biomassa) produzida pelos
organismos fotossintetizantes, por unidade de área ou volume, em determinado intervalo de tempo (g/m²/hora,
ton/m²/ano, etc), ou seja, a produtividade primária bruta equivale à fotossíntese.
o Produtividade primária líquida (PPL): A produtividade primária líquida é aquela que está disponível
para ser absorvida pelos consumidores primários. Ela pode ser calculada como PPL = PPB – Respiração
celular (R). Não é toda a matéria orgânica sintetizada pelo vegetal que é armazenada em suas estruturas. O
próprio vegetal consome parte na respiração celular para a obtenção de energia para seu metabolismo. A
produtividade primária líquida é a energia armazenada na biomassa dos organismos produtores, e que
foi produzida em determinada área ou volume e em certo intervalo de tempo.

o Produtividade secundária bruta (PSB): é quando nem toda a biomassa ingerida pelo consumidor primário
consegue ser absorvida no seu processo digestório. É a quantidade de energia que o consumidor consegue, de
fato, absorver quanto se alimenta de um vegetal.

o Produtividade secundária líquida (PSL): De toda a energia absorvida, uma parte será consumida no próprio
metabolismo do consumidor primário, e o resto será retido em seu corpo na forma de matéria orgânica. É a
quantidade de energia que fica realmente retida no corpo do consumidor primário, em determinado intervalo
de tempo. (PSL = PPB – R)

Desmatar para alimentar


Sem a interferência humana, os ecossistemas tendem a um equilíbrio no qual o total de energia gasto por
todos os seres vivos é sustentada pela produtividade primária bruta dos vegetais. Desta forma, a energia disponível
em cada um dos níveis tróficos limita o tamanho populacional e o gasto energético do nível trófico seguinte. No
entanto, a sociedade humana vem burlando a regra da natureza e isso vem trazendo uma série de impactos.

o PA (progressão aritmética): cresce na mesma proporção


o PG (progressão geométrica): cada termo, a partir do 2, é igual a multiplicação do termo anterior por uma
constante (q).

Revolução verde
Desenvolvimento de tecnologias como pesticidas, herbicidas e fertilizantes, associado ao
desenvolvimento de novas sementes e à mecanização da agricultura. As principais consequências da revolução
verde são: o esgotamento do solo, o desmatamento e a perda da biodiversidade.

Desmatar para plantar (consequências)


o Aumento na concentração de CO2 na atmosfera
o Desequilíbrio nas teias alimentares
o Perda de habitat

Pirâmide de energia
O fluxo de energia dentro de uma cadeia alimentar é unidirecional, isso significa que a energia não pode
ser reciclada como a matéria, que constantemente retorna para níveis tróficos iniciais. O fluxo unidirecional da
energia no meio ambiente pode ser representado por meio das cadeias e teias alimentares.
o Pirâmides ecológicas: são representações gráficas da estrutura dos níveis tróficos em termos de energia,
número de indivíduos ou biomassa.
o Pirâmide de energia: é aquela que visa ilustrar a queda na disponibilidade de energia conforme se aumenta o
nível trófico.
Como a energia sempre se reduz quando passa de um nível trófico para o outro, é impossível se ter uma
cadeia alimentar com infinitos consumidores. Normalmente, as cadeias sustentam, no máximo, seis níveis.
Os últimos consumidores das cadeias, por não terem predadores naturais, são considerados grandes
predadores. Quando os grandes predadores morrem, eles fornecem a energia armazenada em seus corpos para
os organismos decompositores. Os organismos decompositores também recebem energia de todos os níveis
tróficos por meio de seus dejetos e restos do organismo após sua morte.

Pirâmide de números
Ela apresenta a quantidade de seres vivos em cada nível trófico que está presente em uma determinada
comunidade. Por exemplo, X gramíneas são necessárias para alimentar X ratos.
Apesar de se chamar pirâmide, a pirâmide de números pode apresentar formatos diferentes. Por
exemplo: uma única árvore pode servir de alimento para milhares de formigas, que, por sua vez, alimentam quatro
ratos.
Normalmente, as pirâmides de números não são utilizadas pelos ecologistas, visto que elas não
representam adequadamente a biomassa existente nos diferentes níveis tróficos, ignorando o tamanho de cada
indivíduo. Por isso, acabam analisando o ecossistema apenas em um único momento, sem levar em conta a
biomassa ou a escala do tempo.

Pirâmide de biomassa
representa as biomassas (peso seco) de cada nível trófico. essas pirâmides proporcionam uma visão mais correta
das relações alimentares ocorridas em um ecossistema do que as pirâmides de número, pois elas contabilizam a
quantidade de matéria orgânica presente na situação analisada. Apesar disso, não consideram o tempo.

o Biomassa: é a quantidade de matéria orgânica presente nos seres vivos. Normalmente, é expressa em termos
de massa seca, ou seja, a massa dos seres vivos, excluindo-se a água (que não é matéria orgânica).

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