Cadeia de Suprimentos Aula 4
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AULA 4
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TEMA 1 – ESTRATÉGIAS – CONCEITOS E APLICAÇÕES NA GESTÃO DA
CADEIA DE SUPRIMENTOS
Fonte: Elaborado por Pirani, 2022 com base em Porter, 1986, p. 23.
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Porter (1986) ainda afirma que a meta da estratégia competitiva para uma
unidade empresarial em uma indústria é encontrar uma posição dentro dela em
que a companhia possa melhor se defender contra as forças competitivas, ou
influenciá-las em seu favor.
Desse modo, é importante que a empresa conheça o seu ambiente de
atuação, e é nele que a empresa deve achar suas forças e fraquezas, assim
como as de seus concorrentes. Ou seja, a estratégia é o planejamento
organizacional dinâmico (pois poderá ser alterado quando necessário) a longo
prazo, pelo qual ela deve mapear e traçar o caminho para atingir o objetivo
traçado e vinculado à visão estabelecida pela empresa.
Com isso, podemos perceber que a atuação da empresa deve prever,
como afirmado por Porter (1986), o poder de negociação dos fornecedores,
entrantes potencias e suas ameaças, o poder de negociação dos compradores,
e a ameaça de produtos ou serviços substitutos. É nesse ambiente que as
estratégias da cadeia de suprimentos nascem, a fim de combater as
adversidades criadas pela competitividade entre organizações na angariação e
fidelização dos clientes.
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Figura 2 – Entrega especializada
Crédito: Gorodenkoff/Shutterstock.
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cliente sequer perceberá isso, portanto, o cliente, de forma indireta, ainda
continua sendo o “número um”.
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Figura 4 – Extração de madeira de reflorestamento
Crédito: karegg/Shutterstock.
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implementaram Sistemas de Logística Reversa com abrangência em vários
estados brasileiros. Em 2011, o Ministério do Meio Ambiente instaurou o comitê
orientador para a implementação de Sistemas 4 de Logística Reversa junto aos
setores de descarte de medicamentos e embalagens em geral e embalagens de
óleos lubrificantes. Observe, na Figura 5, a cadeia cíclica da logística reversa.
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TEMA 3 – ESTRATÉGIAS EM TRANSPORTES E NA CONFIGURAÇÃO DE REDE
DE SUPRIMENTOS
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Figura 6 – Sistema milk run na cadeia de suprimentos de coleta e entrega em
fazendas produtoras de leite
Como vimos nos exemplos, o sistema milk run pode ser uma maneira mais
eficiente de lidar com a logística na cadeia de suprimentos. Entretanto, ele é uma
aplicação que exige forte planejamento no projeto da rede de coleta e
distribuição. Vimos dois sistemas, com coletas simples, mas se a rota envolver
produtos de empresas diferentes, será necessário um acordo sobre
compartilhamento de custos e outros aspectos do acordo de entrega
cooperativa, como data e hora de coletas pré-programadas. Quando os
envolvidos chegam a um acordo, o sistema de entregas e coletas milk run pode
economizar tempo e dinheiro para todos.
O sistema milk run também beneficia diretamente o sistema de
recebimento, como vimos no exemplo do laticínio: se não houvesse o sistema
milk run, o laticínio teria de processar vários recebimentos; pelo sistema milk run,
ocorre apenas uma entrega de vários fornecedores.
3.1 Cross-docking
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certas, trará melhorias significativas à eficiência e aos tempos de manuseio e
distribuição.
Cross-docking, em tradução livre, significa “cruzamento de cargas”; é um
processo de logística, dentro da cadeia de suprimento, no qual os produtos de
um fornecedor ou fábrica são distribuídos diretamente a um cliente ou cadeia de
varejo, com pouco ou nenhum tempo de manuseio ou armazenamento. O cross-
docking ocorre em um centro de distribuição preparado para essa configuração,
com docas dos dois lados para o cruzamento das cargas, uma vez que a ideia é
não armazenar, mas fazer as distribuições. De um lado do armazém, estão as
docas de recebimento e, do outro lado, as docas para os despachos – por isso,
o nome cruzamento de cargas.
Por exemplo: uma indústria fabrica vários produtos, como fornos de micro-
ondas, máquinas de lavar roupas, cafeteiras, liquidificadores etc. Ela envia seus
produtos para o centro de distribuição cross-docking, que pode ser terceirizado
e com cargas consolidadas, ou seja, cargas de um mesmo produto – como uma
carga de microondas. Essa carga é recebida nas docas destinadas a essa
operação, para ser então desconsolidada (separada) em quantidades pedidas
pelos vários clientes. Essas cargas fragmentadas serão enviadas a cada região
por caminhões com trajetos programados.
Crédito: Gorloff-KV/Shutterstock.
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Ou seja, os produtos de entrada chegam por meio de caminhões, e são
alocados em uma doca de recebimento em um lado do terminal para cross-
docking. Uma vez que o caminhão com as mercadorias de entrada está
atracado, ele terá as mercadorias movidas direta ou indiretamente para os
respectivos caminhões com os destinos pré-estabelecidos de entregas. Os
caminhões com cargas de chegada serão descarregados, suas mercadorias
serão classificadas, selecionadas e endereçadas para seus respectivos
destinos. Após a triagem, os produtos são movidos para a outra extremidade do
terminal por meio de empilhadeiras, esteiras, transportadoras, porta-paletes, ou
qualquer outro meio de transporte, até a doca de saída de destino. Esse ciclo é
repetido constantemente.
Logicamente, o sistema cross-docking não atende a todas as
necessidades; ele é ideal para produtos perecíveis, que necessitam de grande
velocidade no recebimento e nas entregas, ou como no exemplo anterior, em
que cada empresa deve analisar as necessidades de seus clientes e verificar se
a configuração cross-docking atende, ou não, às necessidades das partes.
Primeiro vamos tentar entender o que são os 5 PLs, sigla em inglês para
Party-Logistics, ou “partes da logística”, que são relacionadas aos processos
logísticos, como armazenamento, gerenciamento de estoques, transportes,
catalogação de itens etc., que são distribuídas em etapas operacionais dentro
da cadeia de suprimentos. Assim, conforme a abrangência das operações
logísticas que cabem a uma empresa terceirizada, há cinco partes distintas das
operações logísticas qual a empresa é responsável, 1PL, 2PL, 3PL, 4PL e 5PL.
Desse modo, uma empresa terceirizada poderá cuidar de 1PL, ou
somente 2PL ou integral, ou seja, todas as partes operacionais da logística.
Vamos destrinchar cada um dos PLs, para podermos compreender melhor quais
suas atividades.
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exemplo, haverá o setor de logística para o gerenciamento dos processos e das
operações de distribuição, que são, de modo geral, gerenciadas pela produção,
vendas e distribuição.
Por exemplo, uma indústria tem parceria como uma rede de atacadistas
e distribuidores, com entregas programadas semanalmente; a indústria utiliza
frota própria ou alugada, mas gerenciada pelo setor de transportes e distribuição
da indústria. Então, o prestador de serviços logísticos 1PL da empresa é o setor
de transportes e distribuição, que pertence à própria indústria. Ou seja, na
camada 1PL não há terceirização dessas operações logísticas.
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Figura 8 – Processos na camada 3PL
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rede é decidido e desenvolvido pelo departamento de logística do cliente. Como
operadora, uma empresa 3PL apenas assegura a seleção dos meios de
transporte e supervisiona os trabalhos para cumprir o fluxo da cadeia de
abastecimento idealizada pelo seu cliente.
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5PL, usando TI. Outro diferencial é que um operador 5PL consolida soluções
logísticas de diversos clientes. Essa configuração foi fortemente impulsionada
pelo comércio eletrônico, e as empresas que atuam nesse segmento são
especializadas também em prospecção e em estudos de empresas com
configurações 3PL e 4PL para soluções logísticas para o comércio eletrônico,
administrando todas as etapas.
Por essas características, o 5PL ficou conhecido no meio logístico como
“agregador logístico”, por isso, o comércio eletrônico se vale desse tipo de
operador. Na Figura 9, é mostrada a agregação de cargas de vários clientes,
concentradas pelo operador 5PL, para a distribuição a destinos em qualquer
parte do mundo. Como trabalham com grandes volumes e concentração de
cargas, essas empresas conseguem negociar preços competitivos com outras
operadoras logísticas que atuam nos transportes aéreo e naval, por exemplo.
Os serviços oferecidos por uma 5PL é bastante completo; além desses
processos já citados, essas operadoras ainda oferecem suporte via call center,
redes de correios, armazenagem e distribuição.
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via internet, consolidando, assim, pedidos de um mesmo perfil de três clientes,
seguindo o mesmo conceito de lotes econômicos de carga. A Figura mostra que
os três clientes concentram suas cargas no operador 5PL, também responsável
por coletar as cargas.
A operadora 5PL coordena todo o processo de entrega da carga,
comunicando-se de perto com as empresas de logística contratadas por ela, que
podem ser 1PL, 2PL, 3PL ou 4PL. Sobre o caso da Figura 9, nele foi firmado
contrato com a operadora logística 1 para o segmento de frete marítimo, e um
contrato com a operadora logística 2 para o segmento de frete aéreo. Para
atender à ponta do comércio eletrônico da cadeia de suprimentos, ela contratou
uma operadora 4PL. A operadora logística 3 trabalha, então, com a operadora
logística 4 para lidar com a entrega de correio da empresa ao consumidor final.
A empresa 3 contrata a empresa 5, uma empresa de TI, para criar e gerenciar
uma plataforma digital para transações de comércio eletrônico com o perfil de
negócio empresa x consumidor, ou seja, business to consumer (B2C).
Se há todo tipo de negociação conforme apresentado até aqui, é porque
há compras no primeiro estágio. Por isso, vamos apresentar algumas estratégias
que devem ser adotadas por esse setor tão importante na cadeia de
suprimentos.
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Figura 10 – Configuração de uma discussão de compras de um novo fornecedor
Crédito: Gorodenkoff/Shutterstock.
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podem contribuir para o crescimento da empresa. Conversas presenciais em
períodos regulares tendem a sinalizar maior compromisso e a gerar maior
confiança nas relações: são um sinal de interesse nas relações da empresa
compradora. Esse tipo de relacionamento permite a ambas as partes
comentarem sobre suas preocupações, visão de mercado e inovações no setor,
as quais, inclusive, poderão contribuir de forma direta ou indireta para a solução
de problemas nesse contexto.
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mais facilidade que seus concorrentes, pois o relacionamento na cadeia de
suprimentos é focado na participação de todos. Assim, a empresa com uma
cadeia de suprimentos inovadora e mais responsiva consegue entregar um
melhor produto e serviço aos seus clientes.
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5.3.2 Priorização de produtos de alto giro
Crédito: Gorodenkoff/Shutterstock.
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5.3.3 Planejamento da cadeia com envolvimento dos clientes e
fornecedores
Crédito: Rawpixel.com/Shutterstock.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
WHAT ARE 1PL, 2PL, 3PL, 4PL and 5PL in logistics? Top Logistics, 2020.
Disponível em: <https://www.thetoplogistics.com/blog/1pl-2pl-3pl-4pl-5pl-
logistics>. Acesso em: 14 set. 2022.
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