RESUMO II Und
RESUMO II Und
RESUMO II Und
AGENTE ETIOLOGICO
A TB pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo Mycobacterium
tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae.
Em saúde pública, a espécie mais importante é a M. tuberculosis, conhecida também como bacilo de
Koch (BK). O M. tuberculosis é fino, ligeiramente curvo e mede de 0,5 a 3 pm.
É um bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), aeróbio, com parede celular rica em lipidios (ácidos
micólicos e o que lhe confere baixa permeabilidade, reduz a efetividade da maioria dos antibióticos e
facilita sua sobrevida nos macrófagos.
Em alguns locais, o M. bovis pode ter especial relevância como agente etiológico da TB e apresenta-se de
forma idêntica ao M. tuberculosis, com maior frequência da forma ganglionar e outras extrapulmonares.
A ocorrência é mais comum em locais que consomem leite e derivados não pasteurizados ou não fervidos
de rebanho bovino infectado; em pessoas que residem em áreas rurais e em profissionais do campo
(veterinários, ordenhadores, funcionários de matadouros, entre outros).
TRANMISSÃO
O M. tuberculosis é transmitido por via aérea, de uma paciosco ambiente (caso fonte), indetra pessoa, e na
exalação de aerossóis oriundos da tosse, fala ou espirro.
O termo "bacilífero" refere-se a pessoas com TB pulmonar ou laríngea que tem baciloscopia positiva no
escarro.
Esses casos têm maior capacidade de transmissão, entretanto pessoas com outros exames bacteriológicos
como cultura e/ou Teste Rápido Molecular da Tuberculose (TRM-TB) positivos também podem
transmitir.
A TB acomete, prioritariamente, o pulmão que também é a porta de entrada da maioria dos casos.
A transmissão se faz por via respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro
de um doente com tuberculose ativa pulmonar ou laringea.
Essas partículas menores, contendo um a dois bacilos, podem manter-se em suspensão no ar por muitas
horas e são capazes de alcançar os alvéolos, onde podem se multiplicar e provocar a chamada primo-
infecção.
Outras vias de transmissão (pele e placenta) são raras e desprovidas de importância epidemiológica.
Os bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em
aerossóis e, por isso, não têm papel na transmissão da doença.
A probabilidade de uma pessoa ser infectada depende de fatores exógenos. Entre eles, pode-se citar a
infectividade do caso-fonte, a duração do contato e o tipo de ambiente partilhado.
Os pacientes com exame bacteriológico de escarro positivo sustentam a cadeia de transmissão da doença.
Estima-se que uma pessoa com baciloscopia positiva infecte de 10 a 15 pessoas em média, em uma
comunidade, durante um ano.
Entre pessoas que têm contatos duradouros com pacientes com TB pulmonar, aqueles com BAAR
positivo no escarro são os que mais transmite a doença.
Em geral, eles têm a forma TB pulmonar cavitária ou, mais raramente, a 1B laríngea. Aqueles com
baciloscopia de escarro negativa, mesmo com TRM-TB ou cultura positivos no escarro, têm infectividade
menor. Pessoas com cultura de escarro negativa e as com B extrapulmonar exclusivamente são
desprovidas de infectividade.
Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente, em geral, após 15 dias, ela
encontra-se muito reduzidas.
As medidas de controle da infecção pelo M. tuberculosis devem ser mantidas até que seja confirmada a
negativação ou bacilos não viáveis à baciloscopia do caso fonte (ver capítulo "Medidas de Controle de
Infecção da luberculose em Unidades de Saúde").
Crianças com TB pulmonar, em geral, tem baciloscopia negativa e, por isso, pouca importância na cadeia
de transmissão da doença.
O bacilo é sensível à luz solar, e a circulação de ar possibilita a dispersão de partículas infectantes. Com
isso, ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o risco de transmissão.
RISCO DE ADOECIMENTO
O risco de adoecimento, isto é, dependeram dos atores TB ativa após infecção, endógenos, em especial da
integridade do sistema imune.
Objetivo:
Estratégia:
Objetivos
É uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves.
Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas.
Entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo,
vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A. B e C. Existem ainda, com menor
frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é
menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.
Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção.
Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico.
O avanço da infecção compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem
levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão.
O impacto dessas infecções acarreta em aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo,
seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada as hepatites. A taxa de mortalidade da
hepatite C, por exemplo, pode ser comparada ao HIV e tuberculose.
HEPATITE A
A Hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como "hepatite
infecciosa".
Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a
letalidade aumentam com a idade.
TRANSMISSÃO
A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes com a boca). A doença tem grande relação com
alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal (OMS, 2019).
Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo (intradomiciliares, pessoas em situação de
rua ou entre crianças em creches), contato sexual (especialmente em homens que fazem sexo com homens
-HSH).
A estabilidade do vírus da hepatite A (HAV) no meio ambiente e a grande quantidade de vírus presente
nas fezes dos indivíduos infectados contribuem para a transmissão. Crianças podem manter a eliminação
viral até 5 meses após a resolução clínica da doença. No Brasil e no mundo, há também relatos de casos e
surtos que ocorrem em populações com prática sexual anal, que propicie o contato fecal-oral (sexo oral-
anal) principalmente.
SINAIS E SINTOMAS
Geralmente, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar inicialmente como:
fadiga, mal-estar, febre, dores musculares.
Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor
abdominal, constipação ou diarreia.
A presença de urina escura ocorre antes do início da fase onde a pessoa pode ficar com a pele e os olhos
amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de
dois meses.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da infecção atual ou recente é realizado por exame de sangue, no qual se pesquisa a
presença de anticorpos anti-HAV IgM (infecção inicial), que podem permanecer detectáveis por cerca de
seis meses.
É possível também fazer a pesquisa do anticorpo IgG para verificar infecção passada ou então resposta
vacinal de imunidade. De qualquer modo, após a infecção e evolução para a cura, os anticorpos
produzidos impedem nova infeção, produzindo uma imunidade duradoura.
TRATAMENTO
Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante evitar a automedicação para
alívio dos sintomas, vez que, o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem
piorar o quadro.
O médico saberá prescrever o medicamento mais adequado para melhorar o conforto e garantir o balanço
nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos perdidos pelos vômitos e diarreia.
A hospitalização está indicada apenas nos casos de insuficiência hepática aguda (OMS, 2018a).
PREVENÇÃO
Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);
Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os
de molho por 30 minutos;
Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e
peixes;
Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
Usar instalações sanitárias;
No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar
medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando
hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde
haja esgoto;
Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as
relações sexuais.
VACINAS
A gestação e a lactação não representam contraindicações para imunização. Atualmente, faz parte do
calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12
meses até 5 anos incompletos - 4 anos, 11 meses e 29 dias).
É importante que os pais, cuidadores e profissionais de saúde estejam atentos para garantir a vacinação -
de todas as crianças.
Além disso, a vacina está disponível nos Centros de Referência para Imunobiologicos Especiais (CRIE).
No esquema de 2 doses - com intervalo mínimo de 6 meses - para pessoas acima de 1 ano de idade com
as seguintes condições:
Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive infecção crônica pelo HBV e/ou pelo HCV;
HEPATITE B
A Hepatite B é um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil e é causada por vírus. Em 2018, foi
responsável por 13.922 (32,8%) dos casos de hepatites notificados no Brasil. O vírus da Hepatite B está
relacionado a 21,3% das mortes relacionadas às hepatites entre 2000 e 2017.
Na maioria dos casos não apresenta sintomas e muitas vezes é diagnosticada décadas após a infecção,
com sinais relacionados a outras doenças do fígado, como cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre, dor
abdominal, pele e olhos amarelados. A principal forma de prevenção e por meio da vacinação.
TRANSMISSÃO
A Hepatite B pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto, sendo esta
via denominada de transmissão vertical. Esse tipo de transmissão, caso não seja evitada, pode implicar em
uma evolução desfavorável para o bebê, que apresenta maior chance de desenvolver a hepatite b crônica.
A investigação para hepatite B deve ser feita em todas as gestantes a partir do primeiro trimestre ou
quando do início do pré-natal (primeira consulta), sendo que o exame pode ser feito por meio laboratorial
e/ou testes rápidos. Para gestantes com resultado de teste rápido para hepatite B não reagente e sem
história de vacinação prévia, recomenda-se a vacinação em 3 doses.
As gestantes que apresentem resultado do teste rápido reagente para hepatite B deverão complementar a
avaliação com solicitação de exame específico e carga viral da hepatite B, caso confirmado o resultado, a
gestante pode ter indicação de profilaxia com tenofovir (TDF) a partir do 3° trimestre da gestação, caso
atenda aos critérios estabelecidos no PCDT de Prevenção da Transmissão Vertical.
Para todas as crianças exposta à hepatite B durante a gestação está recomendada a vacina e
imunoglobulina. (IGHAHB) para hepatite B, preferencialmente nas primeiras 24 horas do pós-parto -
essas medidas realizadas em conjunto previnem a transmissão perinatal da hepatite B em mais de 90%
dos recém-nascidos. A referência a maternidade/casa de parto é de responsabilidade da equipe de saúde
que acompanha a gestante com hepatite B e deve ser documentada no cartão da gestante.
SINTOMAS
Na maioria dos casos a Hepatite B não apresenta sintomas. Muitas vezes a doença é diagnosticada
décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado (cansaço, tontura, enjoo e/ou
vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados), que costumam manifestar-se apenas em fases
mais avançadas da doença.
A ausência de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico precoce da infecção, exigindo preparação
dos profissionais da saúde para ofertar a testagem rápida para a população. Os pacientes também podem
solicitar espontaneamente a realização do teste rápido nas unidades básicas de saúde.
DIAGNÓSTICO
O testo de triagem para Hepatite B é realizado através da pesquisa do antígeno do HBV [HBsAg). que
pode ser feita por meio de teste laboratorial ou teste rápido.
Caso o resultado seja positiva, o diagnóstico deve ser confirmado com a realização de exames
complementares para pesquisa de outros marcadores, que compreende a detecção direta da carga viral,
por meio de um teste de biologia molecular que identifica a presença do DNA viral (HBV-DNA).
TRATAMENTO
A hepatite 8 pode se desenvolver de duas formões: aguda e crónica. A segunda é quando a infecção tem
curta duração. Os profissionais de saúde consideram que a forma é crônica quando a doença dura mais de
seis meses. O risco de a doença tomar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção.
A Hepatite B não tem cura. Entretanto, e tratamento disponibilizado no SUS objetiva reduzir o risco de
progressão da doença e suas comparações, cirrose, câncer hepático e morte. Os medicamentos disponíveis
para controle da hepatite B são a altapagaterferona, o tanofovir desoprexila (TDF), o anteciavir e o
tenotovir alatenasa (TAF).
PREVENÇÃO
A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, que está disponível no
SUS para todas as pessoas não vacinadas, independentemente da idade. Para crianças, a recomendação é
que se façam quatro doses da vacina, sendo: ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses de idade (vacina pentavalente).
Já para a população adulta, via de regra, o esquema completo se dá com aplicação de três doses. Para
população imunodeprimida deve-se observar a necessidade de esquemas especiais com doses ajustadas,
disponibilizadas nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Outras formas de prevenção devem ser observadas, como usar camisinha em todas as relações sexuais e
não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de
manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.
O preservativo está disponível na rede pública de saúde.
As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada
por um profissional de saúde no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Esse registro
é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no
setor.
Os critérios para definição de casos estão postos pelo Guia de Vigilância em Saúde e, no caso da hepatite
B, consideram-se os seguintes critérios:
Indivíduo que apresente um ou mais dos marcadores reagentes ou exame de biologia molecular
para hepatite B, conforme a lista abaixo:
HBsAg reagente;
Anti-HBc IgM reagente;
HBV-DNA detectável.
Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite B na declaração de óbito.
Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especificada na declaração
de óbito, mas que tem confirmação para hepatite B após investigação.
NOTIFICAÇÃO
Considerando que não há campo específico na ficha de notificação para este teste, provisoriamente, casos
confirmados apenas com testes moleculares (HBV-DNA) devem ser inseridos no campo "Observações",
exatamente como descrito abaixo:
Adicionalmente, a definição de caso de hepatites virais também considera como caso confirmado e
notificável o critério "óbito". Considerando que na ficha não há campo específico para notificar esse
critério, sem evidência laboratorial, provisoriamente as informações devem ser inseridas no campo
"Observações" exatamente como descrito abaixo:
HEPATITE C
A Hepatite C é um processo infeccioso e inflamatório causado pelo vírus C da hepatite e que pode se
manifestar na forma aguda ou crônica, sendo esta segunda a forma mais comum. A hepatite crônica pelo
HCV é uma doença de caráter silencioso que evolui sorrateiramente e se caracteriza por um processo
inflamatório persistente no fígado. Aproximadamente 60% a 85% dos casos se tronam crônicos e, em
média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo. Uma vez estabelecido o diagnóstico de cirrose
hepática, o risco anual para o surgimento de carcinoma hepatocelular (CHC) é de 1% a 5%
(WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014). O risco anual de descompensação hepática é de 3% a 6%. Após um
primeiro episódio de descompensação hepática, o risco de óbito, nos 12 meses seguintes, é de 15% a 20%
(WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014).
TRANSMISSÃO
Contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos
para uso de drogas (cachimbos):
Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos;
Falha de esterilização de equipamentos de manicure;
Reutilização de material para realização de tatuager;
Procedimentos invasivos (ex: hemodiálise, cirurgias, transfusão) em os devidos cuidados de
biossegurança;
Uso de sangue e seus derivados contaminados;
Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum);
Transmissão de mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).
A hepatite C não é transmitida pelo leite materno, comida, agua ou contato casual, como abraçar, beijar e
compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada.
SINAIS E SINTOMAS
O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C é muito raro. Cerca de 80% das pessoas não
apresentam qualquer manifestação, por esta razão, a testagem espontânea da população prioritária é tão
importante no combate a este agravo.
DIAGNÓSTICO
Habitualmente, a hepatite C é descoberta em sua fase crônica. Normalmente, o diagnóstico ocorre após
teste rápido de rotina ou por doação de sangue. Esse fato reitera a importância da realização dos testes
rápidos ou sorológicos, que apontam a presença dos anticorpos anti-HCV. Se o teste de anti-HCV for
positivo, é necessário realizar um exame de carga viral (HCV-RNA) para confirmar a infecção ativa pelo
vírus. Após esses exames o paciente poderá ser encaminhado para o tratamento, ofertado gratuitamente
pela SUS, com medicamentos capazes de curar a infecção e impedir a progressão da doença.
TRATAMENTO
O tratamento da hepatite C é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam
taxas de cura de mais 95%6 e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. Os DAA revolucionaram
o tratamento da hepatite C, e possibilitam a eliminação da infecção.
Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite C (HOV) podem receber o tratamento pelo SUS. O
médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as
orientações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e confecções.
PREVENÇÃO
HEPATITE D
A Hepatite D, também chamada de Delta, está associada com a presença do vírus do B da hepatite para
causar a infecção e inflamação das células do fígado. Existem duas formas de infecção pelo HDV: com
infecção simultânea com o HBV e superinfecção do HDV em um individuo com infecção corânica pelo
HEV.
A hepatite D crónica é considerada a forma mais grave de hepatite viral crônica com progressão mais
rápida para cirrose e um risco aumentado para descompensação, CHC e morte.
TRANSMISSÃO
SINAIS E SINTOMAS
Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais da doença.
Quando presentes, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal,
observação de pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
DIAGNÓSTICO
Caso estes apresentem exame anti-HDV reagente, a confirmação da hepatite Delta será realizada por meio
do somatório das informações clínicas, epidemiológicas e demográficas. A confirmação do diagnóstico
também poderá ser realizada por meio da quantificação do HDV-RNA, atualmente realizados apenas em
caráter de pesquisa clínica. Excepcionalmente, a confirmação diagnóstica poderá ser realizada por meio
do exame de histopatologia para identificação da hepatite D.
TRATAMENTO
Após o resultado positivo e confirmação, o médico indicará o tratamento de acordo com o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções.
Os medicamentos não ocasionam a cura da hepatite D. O objetivo principal do tratamento é o controle do
dano hepático. Todos os pacientes portadores de hepatite
Todos os pacientes com hepatite D devem ser encaminhados a um serviço especializado. Além do
tratamento medicamentoso orienta-se que não se consuma bebidas alcoólicas.
PREVENÇÃO
A imunização para hepatite B é a principal forma de prevenção da doença, sendo universal no Brasil
desde 2016 (CGPNI/DEVIT/SVS/MS, 2015). Outras medidas envolvem: uso de preservativo em todas as
relações sexuais, não compartilhar de objetos de uso pessoal - como lâminas de barbear e depilar, escovas
de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e
colocação de piercings.
Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar a hepatites, a HIV e a
sífilis.
HEPATITE E
A Hepatite E é uma infecção causada pelo vírus E (HEV). O vírus causa hepatite aguda de curta duração
e auto-limitada. Na maioria dos casos é uma doença de caráter benigno. A hepatite E pode ser grave na
gestante e raramente causa infecções crônicas em pessoas que tenham algum tipo de imunodeficiência.
TRANSMISSÃO
O vírus da hepatite E é transmitido principalmente pela via fecal-oral pelo consumo de água contaminada
e em locais com infraestrutura sanitária frágil.
Outras formas de transmissão incluem: ingestão de carne mal cozida ou produtos derivados de animais
infectados (por exemplo, fígado de porco); transfusão de produtos sanguíneos infectados; e transmissão
vertical de uma mulher grávida para seu bebê.
SIMAIS E SINTOMAS
Geralmente, causam hepatite aguda de curta duração e autolimitada (2 - 6 semanas) em adultos jovens e
clinicamente indistinguível de outras causas de hepatite viral aguda. Embora a infecção ocorra também
em crianças, elas geralmente não apresentam sintomas ou apenas uma doença leve sem icterícia que não é
diagnosticada.
Os sinais e sintomas, quando presentes, incluem inicialmente fadiga, mal-estar, febre, dores musculares.
Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia,
presença de urina escura e pele e os olhos amarelados (icterícia). A hepatite fulminante ocorre com mais
frequência quando a hepatite E ocorre durante a gravidez. As mulheres grávidas com hepatite E,
particularmente as do segundo ou terceiro trimestre, apresentam maior risco de insuficiência hepática
aguda, perda fetal e mortalidade. Até 20-25% das mulheres grávidas podem morrer se tiverem hepatite E
no terceiro trimestre.
DIAGNÓSTICO
O teste para a pesquisa de anticorpos IgM anti-HEV pode ser usado para o diagnóstico da infecção
recente pelo HEV. Anticorpos IgG anti-HEV são encontrados desde o início da infecção, com pico entre
30 e 40 dias após a fase aguda da doença, e podem persistir por até 14 anos.
A detecção da viremia em amostras de fezes, por RT-PCR, auxilia no diagnóstico dos casos agudos de
hepatite E.
TRATAMENTO
Da mesma forma que a hepatite A, a hepatite E não tem um tratamento específico. O mais importante
evitar a automedicação para alívio dos sintomas, vez que, o uso de medicamentos desnecessários ou que
são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro. O médico saberá prescrever o medicamento mais adequado
para melhorar o conforto e garantir o balanço nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos
perdidos pelos vômitos e diarreia.
PREVENÇÃO
1. No Brasil, o esquema mais utilizado é o esquema básico, recomendado para todos os casos novos de
qualquer forma de tuberculose, exceto meningite. Consiste no uso de rifampicina, isoniazida,
pirazinamida e etambutol por dois meses na fase intensiva e de rifampicina e isoniazida por quatro meses
na fase de manutenção. A dose dos fármacos varia com o peso da pessoa em tratamento. Para as pessoas
com meningite, o esquema é semelhante ao básico, mas a fase de manutenção tem duração de sete meses.
2. A vacina é a melhor, mais eficaz e principal forma de prevenir a difteria. A vacina Pentavalente é
indicada para prevenir a difteria.
3. Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar
crianças e adultos e em casos graves pode acarretar paralisia nos membros inferiores. A vacinação é a
única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas.
4. A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, com diagnóstico e tratamento bem
estabelecidos, mas quando não tratada, pode trazer graves. Deve informar ao paciente sobre a sua situação
explicando sobre a doença e os cuidados.
6. A Hepatite B é um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil e é causada por vírus. Na maioria
dos casos não apresenta sintomas e muitas vezes é diagnosticada décadas após a infecção, com sinais
relacionados a outras doenças do fígado, como cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre, dor abdominal,
pele e olhos amarelados. A principal forma de prevenção e por meio da vacinação. A hepatite 8 pode se
desenvolver de duas formão: aguda e crónica. A sguda é quando a infecção tem curta duração. Os
profiasionais de saúde consideram que a forma é crônica quando a doença dura mãis de seis meses. O
risco de a doença tomar-se crúnica depende da idade na qual ocore a infecção. A Hepatite B não tem cura.
Entretanso, e tratamento disponibilizado no SUS objetiva reduzir o risco de progreasão da doença e suas
compacações, capecécamente cirose, cancer hepático é morte. Oa médicamentos diaponieia para controle
da hepatita B são a altapagaterferona, o tanofovir desoprexila (TDF), o anteciavir e o tenotovir alatenasa
(TAF).
7. A principal forma de prevenção é por meio da vacinação. A melhor maneira de evitá-la se dá pelo
saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as
mãos antes das refeições, o cuidado e o uso adequado de seringas e objetos cortantes. Tomar cuidados
higiênicos com tatuagens, piercings e acupuntura, e sempre usar e exigir o uso de material descartável.
8. A hepatite D crônica é considerada a forma mais grave de hepatite viral crônica, com progressão mais
rápida para cirrose e um risco aumentado para descompensação, CHC e morte.
9. A aguda é quando a infecção tem curta duração. Os profissionais de saúde consideram que a forma é
crônica quando a doença dura mais de seis meses. O risco de a doença tornar-se crônica depende da idade
na qual ocorre a infecção.
10. A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12
horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30
dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose.
TOXOPLASMOSE
Doença provocada pelo protozoário Toxoplasma gondii, é transmitida aos seres humanos através das
fezes de diversos animais contaminados pelo agente transmissor. Vários animais domesticados e de
produção podem ser transmissores; os mais conhecidos são os gatos, mas a lista inclui bovinos, suínos,
caprinos, aves, animais silvestres.
TRANSMISSÃO
O gato contrai a infecção ao comer carnes cruas, ratos ou pássaros contaminados. Outros animais se
infectam alimentando-se de pastagens contaminadas pelas fezes.
Contágio indireto: acontece devido à ingestão de carne com o agente transmissor. O gado e o porco, por
exemplo, podem se contaminar e transmitir a doença por meio da carne, quando consumida malpassada.
Contágio direto: pode ocorrer por meio da inalação do agente transmissor, presente no solo, alimentos,
fezes e contato com gatos, pombos e roedores
SINTOMAS
Os sinais e sintomas normalmente são leves, similares à gripe e podem incluir dores musculares, fadiga,
falta de apetite, febre e alterações nos gânglios linfáticos.
Pessoas com imunidade comprometida podem apresentar sintomas mais graves, incluindo confusão
mental, falta de coordenação e convulsões.
GESTANTES
As gestantes com toxoplasmose podem permanecer sem sinais e sintomas, por isso é importante a
realização das consultas de pré-natal e ações de prevenção da doença, seu diagnóstico e tratamento.
RECÉM - NASCIDOS
A maioria dos recém-nascidos com toxoplasmose congênita não apresenta sinais clínicos evidentes ao
nascimento. No entanto, ao exame clínico podem apresentar alterações como restrição do crescimento
intrauterino, prematuridade, anormalidades visuais e neurológicas. Sequelas tardias são mais frequentes
na toxoplasmose congênita não tratada. Há casos relatados de surgimento de sequelas da doença, não
diagnosticadas previamente, ocorrendo apenas na adolescência ou na idade adulta.
Os recém-nascidos que apresentam manifestações clínicas podem ter sinais no período neonatal ou nos
primeiros meses de vida. Esses casos podem ter, com maior frequência, sequelas graves, como
acometimento visual em graus variados, acometimento mental, alterações motoras e perda auditiva.
TOXOPLASMOSE CONGENITA
Ocorre quando a gestante tem ou teve a doença, podendo transmiti-la ao recém-nascido. O bebê pode
apresentar complicações, como: hidrocefalia, convulsões, atrofia cerebral, anemia, problemas no fígado e
alterações oculares. Durante a gestação, a mulher deve fazer exames para detectar a doença e tratá-la,
caso seja constatada.
PREVENÇÃO
Evite comer alimentos crus; não prove a carne crua durante a preparação; coma verduras e
legumes sempre bem lavados;
Congele a carne por 3 dias, a 15º negativos;
Lave bem as mãos após manipular carnes cruas e antes de comer; se estiver gestante,
procure usar luvas;
Evite contato com gatos ou lave bem as mãos após isso ocorrer;
Mantenha seu gato bem alimentado para que ele não precise caçar para comer; nunca lhe dê
carne crua; evite que ele ande pelas ruas. Se não for possível, ponha um pequeno chocalho
no pescoço do animal para que ele não consiga “caçar”;
A caixa de dejetos dos gatos deve ser renovada a cada 3 dias e colocada ao sol com
frequência;
Os cães também podem transmitir toxoplasmose ao sujarem o pelo no solo onde haja fezes
de gato;
Evite acariciar cães que andem soltos;
Controle ratos e insetos como moscas, baratas e formigas, descartando corretamente o lixo
doméstico e os dejetos das criações de animais;
Lave bem as mãos e as unhas após trabalhar na terra (horta ou jardim). Gestantes devem
evitar essa atividade ou utilizar luvas;
A água pode ser contaminada por fezes de gatos. Mantenha os reservatórios bem fechados e
se a água não for tratada, deve ser fervida antes do consumo.
A toxoplasmose é um grave problema à saúde humana. Para pessoas com defesas
imunológicas diminuídas, como transplantados, portadores de aids e doenças crônicas, a
doença pode ser fatal.
DIAGNOSTICO
Durante a investigação de surtos, os exames devem ser realizados nos Laboratórios Centrais de Saúde
Pública, Laboratórios de Referência Regional ou Nacional ou Centros Colaboradores do Ministério da
Saúde. Na ausência de surtos, a confirmação dos casos de toxoplasmose deve ocorrer por meio de
avaliação clínica em conjunto com exames laboratoriais realizados de acordo com avaliação e
recomendações médicas.
A portaria GM/MS Nº 1.369 de junho de 2022 alterou e incluiu procedimento relacionado a Triagem
Neonatal na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPM) do
Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece recurso do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços
Públicos de Saúde - Grupo de Atenção Especializada, a ser incorporado ao limite financeiro de Média e
Alta Complexidade (MAC). As orientações constantes nesta portaria deverão ser amplamente
disponibilizadas aos profissionais responsáveis pela triagem neonatal, saúde indígena, laboratórios, saúde
da criança, saúde da mulher, vigilância epidemiológica de toxoplasmose congênita, assistência
farmacêutica e demais envolvidos com a pauta.
TRATAMENTO
A toxoplasmose normalmente evolui sem sequelas em pessoas com imunidade adequada, desta forma não
se recomenda tratamento específico, apenas tratamento para combater os sintomas. Pacientes com
imunidade comprometida ou que já tenham desenvolvido complicações da doença (cegueira, diminuição
auditiva) são encaminhados para acompanhamento médico especializado.
O tratamento e acompanhamento da doença estão disponíveis, de forma integral e gratuita, no Sistema
Único de Saúde. Em caso de toxoplasmose na gravidez, é importante o acompanhamento no pré-natal e a
prática das orientações que forem repassadas pelas equipes de saúde.
IST
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros
microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal)
sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de
uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De
maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de
mucosas ou pele não integra com secreções corporais contaminadas.
O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão
dessas infecções.
O atendimento, diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS. A terminologia
Infecções Sexualmente Transmissíveis substituição a (expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e
sintomas. Se não tratadas adequadamente, podem provocar diversas complicações e levar a pessoa,
inclusive, à morte.
PRINCIPAIS INFECÇÕES
Existem diversos tipos de infecções sexualmente transmissíveis, mas os exemplos mais conhecidos são:
Herpes genital;
Cancro mole (cancroide)
HPV
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
Donovanose
Gonorreia e infecção por Clamídia
Linfogranuloma venéreo (LGV)
Sifilis
Infecção pelo HTLV
Tricomoníase
SINTOMAS
AS IST podem se feridas, corrimento e se manifestar por meio de verrugas anogenitais, entre outros
possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. São alguns
exemplos de IST: herpes genital sífilis, infecção pelo HIV, tricomoniase, HIV, infecção pelo
Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C.
As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo
(ex.: palma das mãos, olhos, língua).
O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio
inicial.
Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde,
independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar parceria sexual.
Algumas IST podem não apresenta sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem
levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte.
Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que
tenha IST, após ter relação sexual desprotegida sem camisinha masculina ou feminina.
IMPORTANTE
O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, porque isso pode ajudar a identificar uma infecção
sexualmente transmissível ainda no estágio inicial. Sempre que perceber algum sinal ou algum sintoma,
deve-se procurar o serviço de saúde. E, quando indicado, avisar a parceria sexual.
FERIDAS
Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor. Os tipos de feridas são
muito variados e podem se apresentar como vesículas. Ulceras, manchas, entre outros. Podem ser
manifestaçoes da sifilis, herpes genital, cancroide (cancro mole), donovanose e linfogranutoma venereo.
VERRUGAS ANOGENITAS
Além das IST que causam corrimentos, feridas e verrugas anogenitais. Existem as infecções pelo HIV,
HTLV e pelas hepatites virais B e C, causadas por vírus, com sinais e sintomas específicos.
DIAGNÓSTICO
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) caracterizam-se por infecções causadas por mais de 30
agentes etiológicos diferentes (bactérias, vírus, fungos e protozoários), sendo transmitidas de maneira
prioritária por contato sexual.
Eventualmente, também podem ser transmitidas por contato sanguíneo, e da mãe para a criança durante a
gestação, o parto ou a amamentação.
As IST ocorrem com alta frequência na população e têm múltiplas apresentações clínicas. No que diz
respeito ao diagnóstico das IST, a anamnese, a identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame
físico constituem-se como elementos essenciais. Durante o exame físico, deve-se proceder, quando
indicado, à coleta de material biológico para a realização de testes laboratoriais ou rápidos.
A abordagem sindrômica, que se baseia nos aspectos clínicos para classificar os principais agentes
etiológicos e definir o tratamento sem o apoio de testes laboratoriais ou rápidos, não possui cobertura
completa nos diferentes aspectos das IST. Dessa forma, sempre que possível, os testes laboratoriais ou
rápidos devem ser utilizados para auxiliar na definição do diagnóstico. Além disso, sempre que
disponíveis no serviço, devem ser realizados exames para triagem de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e
hepatites B e C.
É importante ressaltar que, mesmo que não haja sinais e sintomas, as IST podem estar presentes e ser,
inclusive, transmissíveis. Ultimamente, o manejo das infecções assintomáticas está se beneficiando de
novas tecnologias diagnósticas — algumas já em uso, como os testes rápidos para sífilis e para o HIV,
além de outras menos acessíveis até o momento, mas que contam com a possibilidade de implantação,
como os testes para sonorieja e clamídio.
Atualmente, o Ministério da Saúde vem incentivando a realização do teste rápido como importante
estratégia de saúde pública na ampliação do diagnóstico.
De maneira particular, os testes rápidos são testes nos quais a execução, leitura e interpretação do
resultado ocorrem em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Podem ser
realizados com amostras de sangue total obtidas por punção digital ou punção venosa, e também com
amostras de soro, plasma e fluido oral.
Hoje, o Ministério da Saúde distribui aos serviços de saúde do SUS os testes rápidos para HIV, sífilis e
hepatites B e C. Esses testes podem ser realizados por qualquer profissional, desde que devidamente
capacitado.
Por fim, o atendimento imediato das pessoas com IST e de suas parcerias, além de ter uma finalidade
curativa, também visa a interrupção da cadeia de transmissão e a prevenção de outras IST e complicações
decorrentes dessas infecções. A sinergia entre o diagnóstico precoce e o tratamento adequado e oportuno
do HIV, da sífilis e das hepatites virais durante a gravidez leva à prevenção da transmissão vertical,
devendo ser valorizada em todos os níveis de atenção.
É uma síndrome clínica causada por vários microrganismos, que ocorre devido à entrada de agentes
infecciosos pela vagina em direção aos órgãos sexuais internos, atingindo útero, trompas e ovários,
causando inflamações. Esse quadro acontece principalmente quando a gonorreia e a infecção por clamídia
não são tratadas.
PREVENÇÃO
O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o
método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve
também para evitar a gravidez.
Importante ressaltar que existem vários métodos para evitar a gravidez; no entanto, o único método com
eficácia para prevenção de IST é a camisinha (masculina ou feminina). Orienta-se, sempre que possível,
realizar dupla proteção: uso da camisinha e outro método anticonceptivo de escolha.
A camisinha masculina ou feminina pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde.
Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe
social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente
saudável, mas pode estar infectada por uma IST.
PARCERIA SEXUAL
O controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) não ocorre somente com o tratamento de
quem busca ajuda nos serviços de saúde.
Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias
também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde.
As parcerias sexuais devem ser alertadas sempre que uma IST for diagnosticada. É importante a
informação sobre as formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de atendimento em uma
unidade de saúde, as medidas de prevenção e tratamento (ex.: relação sexual com uso de camisinha
masculina ou feminina até que a parceria seja tratada e orientada).