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TUBERCULOSE

2022/2023
A doença e seu agente patogénico
• A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria
Mycobacterium tuberculosis complex ou bacilo de Kock.
• Como doença de notificação obrigatória, todos os casos prováveis ou
confirmados, devem ser notificados para que se possa iniciar o
tratamento o mais cedo possível.
Agente patogénico
Tipos de tuberculose
ØExistem 2 tipos de tuberculose:
üTuberculose pulmonar : a mais comum; atinge os pulmões como o
próprio nome indica.
üTuberculose extrapulmonar : pode atingir vários órgãos como ossos,
olhos, intestinos ,pele e sistema nervoso.
Via de transmissão da TP
• Via aérea

Via de transmissão da TP
• A tuberculose pulmonar é transmitida através da via área, ou seja,
por bacilos libertados pela tosse, espirros e fala ,podendo ser muito contagiosa,
sendo assim um problema de saúde publica.
• Os bacilos de Kock passam pelo trato respiratório superior e atingem
os alvéolos pulmonares que são pequenas estruturas em forma de
saco, onde se realizam as trocas gasosas a nível pulmonar. Nesses
alvéolos, os bacilos multiplicam-se e uma parte deles espalha-se pelo
corpo, via corrente sanguínea.
• As pessoas expostas podem ficar infetadas, e mais tarde, desenvolver
a doença.
Sintomas da tuberculose

ØSintomas da tuberculose
• A tuberculose afeta, principalmente, os pulmões, desencadeando
sintomas como:
ütosse (que pode permanecer por três semanas ou mais) produtiva ou
não produtiva;
üsuores noturnos;
üfebre; fadiga;
üperda de peso;
üdor torácica.
• Quando afeta outras regiões do corpo, os sintomas dependem do
órgão afetado.
Grupos de risco
ØOs grupos de risco que podem desenvolver esta doença são:
üPessoas imunodeprimidas (ou seja, aquelas que têm defesas
diminuídas como os portadores de HIV, crianças com menor idade,
idosos e pessoas com doenças crónicas).
üPessoas com carências socioeconómicas (má nutrição, deficiente
higiene pessoal e comunitária o que leva a diminuição da sua
imunidade).
Para evitar que estes grupos de risco adquiram esta doença, as
pessoas devem fazer um rastreio que inclui uma avaliação clínica, um
RX pulmonar e um teste cutâneo tuberculinico.
Diagnóstico da TP
§ A tuberculose é diagnosticada por meio de exames complementares
como o exame bacteriológico à expetoração e Rx tórax (exame
imagiológico).
§ A baciloscopia e a cultura para a mycobactéria que provoca a
tuberculose, são chamados exames bacteriológicos que detetam a
presença do agente causador da tuberculose.
§ Atualmente usam-se testes microbiológicos e moleculares que
permitem fazer um diagnóstico mais rápido da doença e saber quais
os medicamentos resistentes à doença.
Diagnóstico da TP
• No caso de uma pessoa apresentar sintomas suspeitos da doença,
deve procurar imediatamente o serviço de saúde para a realização
de exames e posterior confirmação ou não da doença.
• O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento,
sendo necessário iniciar a medicação logo após a confirmação de um
caso de tuberculose.

Rx tórax da TP
Tuberculose extra pulmonar
Tratamento da Tuberculose
ØO tratamento tem a duração de 6 meses e faz-se com 4 fármacos:
• Fase inicial (2 meses )-com 4 fármacos: isoniazida, pirazanamida,
rifampicina e etambutol.
• Fase de manutenção( 4 meses) com 2 fármacos: isoniazida e
rifampicina.
• O sucesso deste esquema é de 85%.
Sistema de vigilância da tuberculose
• SVIG-TB permite caracterizar o doente portador da doença, o seu
seguimento e atualizar informações ao longo do tratamento.
• Este sistema serve também para atualizar outros dados como os
casos notificados em atraso, excluir os não confirmados e atualizar
todos os dados relativos a esta doença.
• Em 2017, 19% dos casos de tuberculose registaram-se em pessoas
nascidas fora de Portugal e essa tendência tem vindo a aumentar.
Prevenção dos grupos de risco
ØFaz - se através de medicação com um dos seguintes esquemas:
üisoniazida durante 6 a 9 meses
üisoniazida e rifampicina durante 3 meses
ürifampicina durante 4 meses
• Em junho de 2016 foi alterada a estratégia de vacinação do BCG em
Portugal e assim em vez de serem só as crianças de risco a ser
vacinadas, todas as crianças são vacinadas na altura do nascimento.
Prevenção
ØA vacinação constitui o meio mais eficaz de prevenir a doença.
ØA vacina que garante essa prevenção é a BCG (Bacillus Calmette-Guérin),
que é gratuita e faz parte do PNV, devendo ser aplicada em crianças ao
nascer ou, no máximo, até atingirem 4 anos, 11 meses e 29 dias ou seja
antes dos 5 anos de idade.
ØÉ composta pelo bacilo de Calmette-Guérin – origem do nome BCG – obtido
enfraquecimento da bactéria que causa a tuberculose. Fazem parte
também da sua composição o glutamato de sódio e a solução fisiológica
(soro a 0,9%).
ØEsta vacina não requer nenhuma preparação prévia e normalmente causa
uma cicatriz característica.
Prevenção
Prevenção
• Esta cicatriz tem até 1 cm de diâmetro, no local em que foi aplicada
habitualmente, no braço direito.
• A resposta à vacina demora cerca de três meses, podendo se prolongar
por até seis meses e começa com uma mancha vermelha passando a
pequena úlcera, que produz uma secreção até à cicatrização.
• Eventos adversos possíveis da vacina que devem ser notificados :
ü úlceras com mais de 1 cm ou que demoram muito a cicatrizar;
ügânglios ou abcessos na pele e nas axilas;
üdisseminação do bacilo da vacina pelo corpo, causando lesões em
diferentes órgãos.
Prevenção
ØOutras formas de prevenção incluem :
üEvitar o contato com o doente portador de tuberculose;
üManter o ambiente sempre bem ventilado e com luz solar. Essa
medida é importante porque o bacilo é sensível à luz solar e um
local arejado permite que as partículas que contenham a bactéria
não se espalhem no ambiente, reduzindo assim o risco de
transmissão.
üCuidar bem da nossa saúde, fazendo uma alimentação saudável e
praticando atividades físicas que vão fortalecer o nosso sistema
imunitário.

Desafios a fim de diminuir a incidência da TP
üMelhorar a notificação da doença;
üReduzir o tempo do diagnóstico da mesma;
üMelhorar a taxa de sucesso do tratamento (em 2016 foi de 75,3% para a
forma pulmonar).
üEstabelecer estratégias para melhorar a adesão do rastreio e prevenção
nos grupos de risco.
üCumprir o PNV e vacinar todas as crianças à nascença.
üMelhorar a cooperação entre sectores que tenham influência na
prevenção e tratamento desta doença ou seja implementar estratégias
que sejam efetivas, eficientes e sustentáveis.
Estratégias a fim de diminuir a incidência da
TP
üAvaliação e monitorização do sistema de vigilância da doença.
üManter o sistema de alerta para o PNV, a fim de identificar falhas na vacinação
com BCG.
üSensibilizar e fornecer informação aos médicos de saúde pública, medicina geral
e familiar e pediatras de modo a identificar a população infantil ou outra, mais
exposta à doença e assim mais vulnerável.
üImplementar ações para as populações migrantes, reclusos e consumidores de
substancias psicoativas.
üApostar na formação de profissionais ligados à tuberculose.
üEstabelecer parcerias com vários sectores implicados no rastreio e tratamento da
doença, bem como toda a sociedade civil.
Objetivos das estratégias
üDiminuir a incidência da doença para 15 casos/10000 habitantes.
üQue o sucesso terapêutico seja atingido em 90% dos casos de
tuberculose em Portugal.
üDiagnosticar em 90% dos doentes com tuberculose, o VIH (vírus da
imunodeficiência humana).
Dados atuais sobre a doença
• A pandemia covid 19 levou a que houvesse menos notificações dos
casos de tuberculose e consequentemente atrasou os tratamentos
daquela doença.
• O Relatório de Vigilância e Monitorização da Tuberculose em Portugal,
com dados referentes a 2020, traduz uma redução na notificação de
casos em Portugal e um aumento do número de dias até ao
diagnóstico e consequente tratamento.
• Segundo a análise epidemiológica anual da Direção-Geral da Saúde,
em 2020 foram registados 1.465 casos, menos 383 do que no ano
anterior.
Dados atuais sobre a doença
• Segundo o relatório, divulgado pela DGS atualmente, a taxa de
notificação corresponde a 14.2 casos por 100 mil habitantes.
• Perante esta situação, “há que acelerar o decréscimo anual da doença
por forma a alcançar as metas definidas pela Organização Mundial
de Saúde, que consistem em reduzir até 2035 em 95% o número de
mortes por Tuberculose e em 90% a taxa de incidência de
tuberculose”.


Dados atuais sobre a doença
• Há entre homens e imigrantes A taxa de notificação é superior em homens e
imigrantes sendo em 2020, 64,8% dos casos homens.
• “Em 2020, 2,8% do total de casos ocorreram em crianças com menos de 15 anos
de idade, sendo que a taxa de incidência foi de 4,78 casos por 100 mil no grupo
etário de crianças dos 0 aos 5 anos, enquanto que em 2019 foi de 8,66 casos por
100 mil”.
• Em 2020, 77,1% dos casos notificados foram testados para HIV (um valor inferior
face aos 85,6% em 2019) sendo que 9% dos doentes apresentavam tuberculose e
HIV.
• De acordo com o relatório da DGS, os distritos do Porto e de Lisboa são os que
apresentam uma maior incidência de tuberculose, “embora com taxas de
notificação decrescentes e próximas das de 20 casos por 100 mil habitantes”.
Dados atuais sobre a doença
• Apesar de se notificarem menos casos da doença de ano para ano, “a
mediana de dias até ao diagnóstico mantém uma tendência crescente, o
que resulta num diagnóstico mais tardio da doença”, revela o relatório.
• As pessoas em situação de sem-abrigo são as que mais tempo demoram a
ter a doença diagnosticada.
• O relatório refere que este aumento na demora do diagnóstico pode resultar
num “maior risco de contágio que apenas é diminuído com o diagnóstico e
início do tratamento mais rápido”.
• O uso de máscara de proteção facial - uma das medidas tomada para evitar
o contágio por SARS-COV-2 - pode ter contribuído para a “contenção de
casos secundários”.
Dados atuais sobre a doença
• “A proporção de casos de tuberculose nos mais vulneráveis
representa 59,0% dos casos notificados pelo que, o impacto das
medidas de promoção do rastreio nestes grupos, oferecendo um
tratamento preventivo, será mais eficaz na prevenção de futuros
novos casos”, declara o documento.

Dia da tuberculose
FIM
• Bibliografia:
-OMS
-DGS
-SNS
-Manual Oxford de Medicina Clinica -7ª edição-Murray Longmore,Ian B
Wilkinson,Tom Turmezei,Che Kay Cheung
• Formador: F.Pastoria
• 2022/2023

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