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Sociologia - Diversidade e Multiculturalismo

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Sociologia

Diversidade e Multiculturalismo
Semana 03 | O brasileiro precisa ser estudado
Aula 02 | Prof Thiago Yoshida - Revisão - Carolina Wolff
Nunes

Tópicos abordados

01 02 03
Cultura Identidade Diversidade X
Multiculturalis
mo

Pasta com as aulas

Formulário de Dúvidas e Redação


01 – Cultura
Cultura é um conceito criado pelos humanos e, para explicar cultura, é importante definir o
que é “conceito”, pois bem, conceito é uma palavra que se caracteriza por carregar uma enxurrada
de significados, sejam históricos ou conceituais. Conceitual se traduz em tentativas de dar
significado a um termo através de estudo ou formulações objetivas. Ou seja, cultura é uma palavra
que trás diversos tipos de definições, em Sociologia e Antropologia, a cultura é um conceito
essencial no estudo de entender a sociedade e as pessoas. Definindo Cultura, pode ser
considerado um conceito amplo que representa o conjunto de tradições, crenças e costumes de
determinado grupo social. A forma pela qual a cultura se dissipa e se mantém é através do contato
e comunicação entre outros grupos sociais ou na educação das gerações seguintes. Ou seja, a
noção de cultura diz quanto às características socialmente herdadas e aprendidas que são
adquiridas pelos indivíduos através do convívio social. Algumas características seriam a
linguagem, as roupas, as crenças, a comida, normas e valores. Esses são fatores constitutivos da
cultura e afetam diretamente na construção da identidade dos indivíduos, pois, são esses fatores
que moldam o contexto comum que pessoas de uma mesma sociedade vivem, e auxiliam na
cooperação e comunicação entre indivíduos.

Exemplo de uma cultura:


Cultura, na realidade, é um termo plural, ou seja, remete a uma gama de diversas culturas,
em que cada uma tem suas festividades, costumes, crenças e normas. Há as mais diversas culturas
no mundo, umas delas, a japonesa, vai ser meu exemplo para podermos visualizar-mos a
dinamicidade desse conceito. Com algumas pesquisas é possível notar que o povo japonês (os que
estão localizados no Japão) são influenciados pela cultura do país, que tipicamente tem grande
valor pelas suas tradições antigas, e é possível ver vários indicadores de valorização por meio das
estruturas sociais que estão estabelecidas em sua imagem externa e interna. Como exemplo, os
Animes, que são desenhos muito valorizados pela população de lá, acontece de, em muitos
animes, ter um padrão de fraqueza no personagem feminino enquanto o masculino seria o
“grande herói, protagonista da história e salvador da donzela”, esse fato é um indicador da
tradição cultural daquela população, pois, é uma leitura/interpretação do mundo transformado
em conteúdo de consumo. Mas esta também não é só uma característica do Japão, esse
tradicionalismo também é alusão a uma estrutura cultural patriarcal da sociedade, em que coloca
o homem como agente central no mundo. Um outro exemplo de cultura japonesa, é a culinária, o
fato de comer peixe cru é um fator cultural e diferencia-se de diversas culturas pelo mundo. A
religião também é um fator primordial para ver as diferenças entre cultura, no caso, o Budismo é
bem famoso por lá, enquanto no Brasil não é muito comum.

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02 – Identidade

Conceito de identidade:

Obra Abaporu de Tarsila do Amaral. (Foto: Reprodução: Wikipedia)


- A obra remete a identidade cultural do Brasil.

É possível notar que há vários tipos de conceitos ligados a identidade, aqui vamos falar
sobre Identidade Social, Identidade Pessoal e Identidade Cultural.

● Por identidade Social, podemos visualizar que é tudo aquilo que se relaciona com a
formação do indivíduo dentro de uma determinada sociedade, ou seja, a identidade
social é todos aqueles fatores que participam da formação social de um indivíduo,
por exemplo, o gênero, a nacionalidade ou a classe social, são vitais na construção
social do indivíduo e passam a ser usadas pelos indivíduos como plataforma de
construção de sua identidade pessoal.
● A Identidade Pessoal é relação individual que desenvolvemos com o restante do
mundo, ou, o conjunto de atributos que caracterizam alguma pessoa, ou seja, é a
soma de caracteres que individualizam uma pessoa, distinguindo-a das demais, por
exemplo, gostar de ler, odiar determinado tipo de comida e etc.
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● A identidade cultural, pode se dizer que é um conceito mais amplo, e que diz mais a
respeito da relação entre indivíduo e o grupo social dele. A relação entre indivíduo
e grupo que contém compartilhamento de patrimônios culturais comuns(como a
língua, a religião, o território, as artes, os esportes) é a forma pelo qual a história e
identidade daquele grupo vai se construindo e modificando-se, a partir de um
processo dinâmico de comunicação e educação entre indivíduos do mesmo grupo.

Para Clifford Geertz, a ideia de cultura também representa a


existência abstrata de uma complexa teia de padrões de
significados, que só podem ser observadas através de sua
expressão simbólica em qualquer sociedade. E isso é
importante, pois, segundo ele, “ … se pessoas em outros lugares veem as coisas de modo diferente
e as fazem de modo diverso, a confiança em nossas próprias opiniões e atitudes e nossa
determinação de fazer os outros partilhá-las tem uma base muito precária” (Geertz, 2000: 48).

https://www.scielo.br/j/sant/a/cBg3KfW3YZTBvwppXbjYrcR/?lang=pt

03 – Diversidade X Multiculturalismo

O quadro "Os Operários" de Tarsila do Amaral mostra a diversidade do povo brasileiro

A diversidade e o multiculturalismo são conceitos que surgiram principalmente com o


processo de globalização que diminuiu as barreiras entre grupos sociais e levou muitas pessoas
de diferentes culturas e identidades a conviverem em um mesmo ambiente e lidarem com as
diferenças, onde podemos dizer que o Brasil é um exemplo histórico do processo de
multiculturalismo e demonstra um alto grau de diversidade.
Quanto à diversidade, é importante notar que esse conceito remete a grande variedade de
elementos diferentes em determinada situação, ambiente ou assunto. Outras formas de se falar
em diversidade pode ser através das palavras Pluralidade e Multiplicidade, que também situam
sobre variabilidade e grande quantidade de formas diferentes de se viver, comer, falar, cultuar e

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etc. Porém, o conceito de diversidade que mais importa para a gente é o da Diversidade Cultural,
que diz respeito à diversidade de manifestações de formas de ser e estar do ser humano no
planeta. É como se fosse diversos grupos com Identidades Culturais diversas coexistindo em um
mesmo mundo, a diversidade cultural diz respeito quanto a grande variação de culturas e como
são diferentes à medida que seus elementos constitutivos são o que diferencia cada uma.
Atualmente é comum ouvir falar de um aumento das trocas culturais e que essa intensificação
pode interferir na diversidade cultural (através do processo de globalização). Essa possibilidade
só pode ser real, pois, a lógica da intensificação dessas trocas é regida por aspectos econômicos e
culturais, onde, sempre nessas trocas, há uma hierarquia e uma condição histórica que implica
conflito entre interesses, valores, gostos e disputas de espaço no poder político. Diversidade é
então, o fato da existência dessa gigante gama de diferentes grupos com identidades culturais
diferentes ao redor do mundo.
Já o multiculturalismo pode ser considerado a coexistência e junção desses grupos
culturais em um mesmo tempo e espaço. O processo de duas culturas diferentes entrarem em
contato e se influenciarem é chamado pelos antropólogos de aculturação, que tem como objetivo
final a concretização do multiculturalismo. E o Multiculturalismo só pode ser concretizado
através do processo de aculturação, que por sua vez, é quando ocorre o contato de duas ou mais
culturas em um mesmo espaço. Para ficar mais claro, um exemplo seria o Brasil, em razão da sua
história de grande dinamismo social (migrações, escravidão e colonização). O fato de acontecer
no Brasil uma catequização das populações originárias é um exemplo de aculturação, e que, mais
profundamente, representa um etnocentrismo, conceito que caracteriza uma raça se achar
naturalmente superior a outra, que por sua vez, também acontece aculturação durante a
convivência dessas populações em um mesmo tempo e território.
As migrações que viriam durante a história do Brasil também são pontos cruciais no
dinamismo e na reprodução da cultura multicultural, onde um exemplo de contato entre culturas
seria mistura de características de duas ou mais culturas, ou seja, tomamos vários banhos por dias
(origem ameríndia), ou a capoeira (origem africana), feijoada (portuguesa), são todos elementos
constitutivos desse multiculturalismo. Multiculturalismo é essa relação entre culturas em um
determinado tempo e espaço, contudo, há uma problemática que caminha em conjunto nessa
relação, à Hierarquia cultural, uma questão complicada nesse processo de aculturação que
carrega dois principais conceitos que são tentativas de teorizar as relações culturalmente
hierárquicas. A primeira é o etnocentrismo, que foi um conceito muito utilizado e era nada mais
que a expressão de achar superioridade em um grupo sobre outro. Essa conceito de
superioridade foi o que cativou a escravidão do homem preto pelo homem branco, assim como, o
nazismo também teve sua base em pensamentos etnocentristas. Porém, a perspectiva adotada
hoje pelos Antropólogos é a do Relativismo Cultural, que trata do entendimento de que não há
valores culturais superiores em si mesmos, toda e qualquer avaliação cultural está dependente da
perspectiva da cultura específica da pessoa que está avaliando. Ou seja, a partir dessa
perspectiva, o valor de cada cultura dessa grande diversidade no mundo é sempre relativo.
Por fim, uma informação útil:
Com o intuito de tentar preservar a riqueza da diversidade cultural dos países, a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) criou a
"Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural". A Declaração da UNESCO sobre
Diversidade Cultural reconhece as múltiplas culturas como uma "herança comum da

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humanidade", e é considerada o primeiro instrumento que promove e protege a diversidade
cultural e o diálogo intercultural entre as nações.

Referências bibliográficas

ALBUQUERQUE, J. L. O dilema multicultural e o desafio da antropologia. MACAGNO, Lorenzo. O


dilema multicultural. Prefácio de Michel Cahen. 2014. Editora da UFPR/Graphia, Curitiba/Rio de
Janeiro: 304 Revista Brasileira de Ciências Sociai RESENHAS. Rev. bras. Ci. Soc. 32 (95). 2017.
https://doi.org/10.17666/329506/2017.

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<https://www.todamateria.com.br/o-que-e-cultura/>.

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MUCHERONI, M.. A crise civilizatória e o terceiro excluído. FILOSOFIA, NOOSFERA E


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Disponível em:
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jun. 2008. Disponível em:
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ulturalismo-direito.>

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TERCEIRO INCLUÍDO DE BASARAB NICOLESCU: UMA NOVA MANEIRA DE OLHAR E
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<http://cepedgoias.com.br/edipe/IIIedipe/pdfs/4_conferencias/conf_a_dialogica_de_edgar_morin.
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TENÓRIO, R. M. Lógica Clássica : um problema de identidade em Sitientibus, Feira de Santana,


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acesso em julho de 2021.

ZORZI, J. A. Estudos culturais e multiculturalismo: uma perspectiva das relações entre campos de
estudo em Stuart Hall. Trabalho de conclusão de curso para obtenção de Licenciatura em História
pela UFRG, 2012.

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Questões

01 (Enem 2019 - 2ª Aplicação)

Uma parte da nossa formação científica confunde-se com a atividade de uma polícia de
fronteiras, revistando os pensamentos de contrabando que viajam na mala de outras sabedorias.
Apenas passam os pensamentos de carimbada cientificidade. A biologia, por exemplo, é um modo
maravilhoso de emigrarmos de nós, de transitarmos para lógicas de outros seres, de nos
descentrarmos. Aprendemos que não somos o centro da vida nem o topo da evolução.
COUTO, M. Interinvenções. Portugal: Caminho, 2009 (adaptado).

No trecho, expressa-se uma visão poética da epistemologia científica, caracterizada pela:

a) implementação de uma viragem linguística com base no formalismo.


b) fundamentação de uma abordagem híbrida com base no relativismo.
c) interpretação da natureza eclética das coisas com base no antiacademicismo.
d) definição de uma metodologia transversal com base em um panorama cético.
e) compreensão da realidade com base em uma perspectiva não antropocêntrica.

02 (Unisc 2017)

“O grupo do ‘eu’ faz, então, de sua visão a única possível, ou mais discretamente se for o
caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do ‘outro’ fica, nessa lógica, como sendo
engraçado, absurdo, anormal ou inteligível”.
ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 9.

A citação explicita o fenômeno social denominado etnocentrismo. Assinale entre


as alternativas abaixo aquela que explica o conceito.

a) O etnocentrismo demonstra como convivemos em harmonia com grupos e indivíduos


que pertencem a uma cultura diversa ou são reconhecidos como “diferentes” por não
seguirem os padrões de comportamento socialmente aceitos na sociedade em que
vivemos.
b) O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias)
em que nosso próprio grupo é tomado como centro de referência e todos os outros
são pensados e avaliados através de nossos valores, nossos modelos e nossas
definições do que é a existência.
c) O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias)
em que buscamos não julgar e não avaliar as diferenças e sim compreender as
especificidades culturais de cada grupo ou cultura.
d) O etnocentrismo demonstra a luta de classe nas sociedades capitalistas a partir da
teoria marxista.
e) O etnocentrismo é uma teoria que explica por que não devemos interferir nas outras

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culturas.

03 (Enem 2018)

Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os


objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava
uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má
sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc.
Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras
décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro:
Casa da Palavra, 2013 (adaptado).

A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a)

a) expressão do valor das festividades da população pobre.


b) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
c) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
d) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
e) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.

04 (Unioeste 2012)

O relativismo cultural é um princípio segundo o qual não é possível compreender, interpretar


ou avaliar de maneira significativa os fenômenos sociais a não ser que sejam considerados em
relação ao papel que desempenham no sistema cultural.

Tendo por base o anúncio transcrito acima, é correto afirmar que:

a) relativizar é construir descrições exteriores sobre diferentes modos de vida.


b) relativizar é uma tentativa de construir descrições e interpretações dos fatos culturais a
partir do que nos dizem e do que fazem os atores destes fatos culturais.
c) relativizar é uma defesa da homogeneidade cultural.
d) é o reconhecimento da unidade biológica da espécie humana. Através dessa unidade
biológica podemos explicar as realidades culturais e o comportamento das pessoas.
e) o relativismo defende que todas as culturas tendem a se assemelhar com o passar do
tempo, e que ao difundir nossos hábitos estamos colaborando com esse processo.

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05 (Uerj 2017)

Os jogos olímpicos mundiais, desde sua criação em finais do século XIX, revelam
particularidades tanto nacionais quanto internacionais relacionadas aos locais onde ocorrem.
Observe os cartazes de divulgação abaixo.

A partir da análise desses cartazes, pode-se concluir que as olimpíadas de Berlim, em


1936, e de Tóquio, em 1964, enfatizaram, respectivamente, as seguintes ideias:
a) defesa do militarismo – hierarquização dos povos
b) culto do arianismo – valorização das diferenças raciais
c) hegemonia da cultura ocidental – unificação dos países
d) exaltação do patriotismo – evidência da igualdade social

06 (Enem 2013 PPL)

O antropólogo americano Marius Barbeau escreveu o seguinte: sempre que se cante a


uma criança uma cantiga de ninar; sempre que se use uma canção, uma adivinha, uma parlenda,
uma rima de contar, no quarto das crianças ou na escola; sempre que ditos e provérbios, fábulas,
histórias bobas e contos populares sejam representados; aí veremos o folclore em seu próprio
domínio, sempre em ação, vivo e mutável, sempre pronto a agarrar e assimilar novos elementos
em seu caminho.
UTLEY, F L. Uma definição de folclore. In: BRANDÃO, C. R. O que é folclore. São Paulo: Brasiliense, 1984
(adaptado).

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O texto tem como objeto a construção da identidade cultural, reconhecendo que o
folclore, mesmo sendo uma manifestação associada à preservação das raízes e da memória dos
grupos sociais,

a) está sujeito a mudanças e reinterpretações.


b) deve ser apresentado de forma escrita.
c) segue os padrões de produção da moderna indústria cultural.
d) tende a ser materializado em peças e obras de arte eruditas.
e) expressa as vivências contemporâneas e os anseios futuros desses grupos.

07 (Unesp 2012)

Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus
erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a
integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as culturas.
A França deve ser considerada em sua história não somente segundo os ideais de
Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o
comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante séculos a
escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações à
emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os totalitarismos
fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente segundo seus
nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob esses ideais.
(Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.)

No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve

a) reflexões elogiosas acerca das consequências do etnocentrismo ocidental sobre outras


culturas.
b) um ponto de vista idealista sobre a expansão dos ideais da Revolução Francesa na
história.
c) argumentos que defendem o isolamento como forma de proteção dos valores culturais.
d) uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na
história.
e) uma defesa do caráter absoluto dos valores culturais da Revolução Francesa.

08 (Enem 2020)

Ao abrigo do teto, sua jornada de fé começava na sala de jantar. Na pequena célula cristã,
dividia-se a refeição e durante elas os crentes conversavam, rezavam e liam cartas de
correligionários residentes em locais diferentes do Império Romano (século II da Era Cristã). Esse
ambiente garantia peculiar apoio emocional às experiências intensamente individuais que
abrigava.
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SENNET, R. Carne e pedra. Rio de Janeiro. Record, 2008.

Um motivo que explica a ambientação da prática descrita no texto encontra-se no(a)

a) regra judaica, que pregava a superioridade espiritual dos cultos das sinagogas.
b) moralismo da legislação, que dificultava as reuniões abertas da juventude livre.
c) adesão do patriarcado, que subvertia o conceito original dos valores estrangeiros.
d) decisão política, que censurava as manifestações públicas da doutrina dissidente.
e) violência senhorial, que impunha a desestruturação forçada das famílias escravas.

09 (Enem 2013)

O cidadão norte-americano desperta num leito construído segundo padrão originário do


Oriente Próximo, mas modificado na Europa Setentrional antes de ser transmitido à América. Sai
debaixo de cobertas feitas de algodão cuja planta se tornou doméstica na Índia. No restaurante,
toda uma série de elementos tomada de empréstimo o espera. O prato é feito de uma espécie de
cerâmica inventada na China. A faca é de aço, liga feita pela primeira vez na Índia do Sul; o garfo é
inventado na Itália medieval; a colher vem de um original romano. Lê notícias do dia impressas em
caracteres inventados pelos antigos semitas, em material inventado na China e por um processo
inventado na Alemanha.
LINTON, R. O homem: uma introdução à antropologia. São Paulo: Martins, 1959 (adaptado)

A situação descrita é um exemplo de como os costumes resultam da


a) assimilação de valores de povos exóticos.
b) experimentação de hábitos sociais variados.
c) recuperação de heranças da Antiguidade Clássica.
d) fusão de elementos de tradições culturais diferentes.
e) valorização de comportamento de grupos privilegiados.

10 (ENEM 2020 DIGITAL)

A masculinidade, assim como a feminilidade, é uma construção histórica e cultural. Em


nossa cultura, a dança caracteriza-se, no sentido geral, como um universo predominantemente
feminino. Homens que dançam são geralmente considerados homossexuais, por não se
enquadrarem dentro das normas culturais hegemônicas de gênero e sexualidade. Por outro lado,
demonstram a não existência de um único tipo de masculinidade, enfatizando que as identidades
humanas são múltiplas e plurais. No contexto da dança, as representações hegemônicas de
gênero e as regulações sociais que essas impõem não se manifestam de forma igual em todas as
modalidades de dança. Persiste essa forte representação cultural ocidental que associa o balé à
feminilidade e à homossexualidade. Em outras danças, ela não se revela tão forte, e os homens
não aparecem em menor número, como nas tradicionais danças folclóricas ou no moderno hip
hop.
ANDREOLI, G. S. Representações de masculinidade na dança contemporânea. Movimento, n. 1, 2011 (adaptado).

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No que tange à identidade de gênero masculina, a dança e suas modalidades expressam
o(a)

a) padronização da inserção dos homens nessas manifestações corporais.


b) identificação de como essas práticas regulam uma única masculinidade.
c) reconhecimento das diferentes masculinidades.
d) contestação das normas sociais pelo balé.
e) reforço de uma feminilidade hegemônica.

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Gabarito
01 (Enem 2019 - 2ª Aplicação)

Uma parte da nossa formação científica confunde-se com a atividade de uma polícia de
fronteiras, revistando os pensamentos de contrabando que viajam na mala de outras sabedorias.
Apenas passam os pensamentos de carimbada cientificidade. A biologia, por exemplo, é um modo
maravilhoso de emigrarmos de nós, de transitarmos para lógicas de outros seres, de nos
descentrarmos. Aprendemos que não somos o centro da vida nem o topo da evolução.
COUTO, M. Interinvenções. Portugal: Caminho, 2009 (adaptado).

No trecho, expressa-se uma visão poética da epistemologia científica, caracterizada pela

(incorreta) a) implementação de uma viragem linguística com base no formalismo.


(incorreta) b) fundamentação de uma abordagem híbrida com base no relativismo.
(incorreta) c) interpretação da natureza eclética das coisas com base no antiacademicismo.
(incorreta) d) definição de uma metodologia transversal com base em um panorama cético.
(correta) e) compreensão da realidade com base em uma perspectiva não
antropocêntrica.

02 (Unisc 2017)

“O grupo do ‘eu’ faz, então, de sua visão a única possível, ou mais discretamente se for o
caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do ‘outro’ fica, nessa lógica, como sendo
engraçado, absurdo, anormal ou inteligível”.
ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 9.

A citação explicita o fenômeno social denominado etnocentrismo. Assinale entre


as alternativas abaixo aquela que explica o conceito.

(incorreta) a) O etnocentrismo demonstra como convivemos em harmonia com grupos e


indivíduos que pertencem a uma cultura diversa ou são reconhecidos como “diferentes” por não
seguirem os padrões de comportamento socialmente aceitos na sociedade em que vivemos.
(correta) b) O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e
ideologias) em que nosso próprio grupo é tomado como centro de referência e todos os outros
são pensados e avaliados através de nossos valores, nossos modelos e nossas definições do que
é a existência.
(incorreta) c) O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e
ideologias) em que buscamos não julgar e não avaliar as diferenças e sim compreender as
especificidades culturais de cada grupo ou cultura.
(incorreta) d) O etnocentrismo demonstra a luta de classe nas sociedades capitalistas a
partir da teoria marxista.
(incorreta) e) O etnocentrismo é uma teoria que explica por que não devemos interferir
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nas outras culturas.

03 (Enem 2018)

Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os


objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava
uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má
sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc.
Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras
décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro:
Casa da Palavra, 2013 (adaptado).

A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a)

(incorreta) a) expressão do valor das festividades da população pobre.


(incorreta) b) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
(incorreta) c) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
(incorreta) d) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
(correta) e) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.

04 (Unioeste 2012)

O relativismo cultural é um princípio segundo o qual não é possível compreender,


interpretar ou avaliar de maneira significativa os fenômenos sociais a não ser que sejam
considerados em relação ao papel que desempenham no sistema cultural.

Tendo por base o anúncio transcrito acima, é correto afirmar que:

(incorreta) a) relativizar é construir descrições exteriores sobre diferentes modos de vida.


(correta) b) relativizar é uma tentativa de construir descrições e interpretações dos
fatos culturais a partir do que nos dizem e do que fazem os atores destes fatos culturais.
(incorreta) c) relativizar é uma defesa da homogeneidade cultural. (incorreta)
(incorreta) d) é o reconhecimento da unidade biológica da espécie humana. Através dessa
unidade biológica podemos explicar as realidades culturais e o comportamento das pessoas.
(incorreta) e) o relativismo defende que todas as culturas tendem a se assemelhar com o
passar do tempo, e que ao difundir nossos hábitos estamos colaborando com esse processo.

05 (Uerj 2017)
Os jogos olímpicos mundiais, desde sua criação em finais do século XIX, revelam
particularidades tanto nacionais quanto internacionais relacionadas aos locais onde ocorrem.
Observe os cartazes de divulgação abaixo.
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A partir da análise desses cartazes, pode-se concluir que as olimpíadas de Berlim, em
1936, e de Tóquio, em 1964, enfatizaram, respectivamente, as seguintes ideias:
(incorreta) a) defesa do militarismo – hierarquização dos povos
(correta) b) culto do arianismo – valorização das diferenças raciais
(incorreta) c) hegemonia da cultura ocidental – unificação dos países
(incorreta) d) exaltação do patriotismo – evidência da igualdade social

06 (Enem 2013 PPL)

O antropólogo americano Marius Barbeau escreveu o seguinte: sempre que se cante a


uma criança uma cantiga de ninar; sempre que se use uma canção, uma adivinha, uma parlenda,
uma rima de contar, no quarto das crianças ou na escola; sempre que ditos e provérbios, fábulas,
histórias bobas e contos populares sejam representados; aí veremos o folclore em seu próprio
domínio, sempre em ação, vivo e mutável, sempre pronto a agarrar e assimilar novos elementos
em seu caminho.
UTLEY, F L. Uma definição de folclore. In: BRANDÃO, C. R. O que é folclore. São Paulo: Brasiliense, 1984
(adaptado).

O texto tem como objeto a construção da identidade cultural, reconhecendo que o


folclore, mesmo sendo uma manifestação associada à preservação das raízes e da memória dos
grupos sociais,

(correta) a) está sujeito a mudanças e reinterpretações.


(incorreta) b) deve ser apresentado de forma escrita.
(incorreta) c) segue os padrões de produção da moderna indústria cultural.

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(incorreta) d) tende a ser materializado em peças e obras de arte eruditas.
(incorreta) e) expressa as vivências contemporâneas e os anseios futuros desses grupos.

07 (Unesp 2012)

Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus
erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a
integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as culturas.
A França deve ser considerada em sua história não somente segundo os ideais de
Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o
comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante séculos a
escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações à
emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os totalitarismos
fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente segundo seus
nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob esses ideais.
(Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.)

No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve

(incorreta) a) reflexões elogiosas acerca das consequências do etnocentrismo ocidental


sobre outras culturas.
(incorreta) b) um ponto de vista idealista sobre a expansão dos ideais da Revolução
Francesa na história.
(incorreta) c) argumentos que defendem o isolamento como forma de proteção dos
valores culturais.
(correto) d) uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras
culturas na história.
(incorreta) e) uma defesa do caráter absoluto dos valores culturais da Revolução Francesa.

08 (Enem 2020)

Ao abrigo do teto, sua jornada de fé começava na sala de jantar. Na pequena célula cristã,
dividia-se a refeição e durante elas os crentes conversavam, rezavam e liam cartas de
correligionários residentes em locais diferentes do Império Romano (século II da Era Cristã). Esse
ambiente garantia peculiar apoio emocional às experiências intensamente individuais que
abrigava.
SENNET, R. Carne e pedra. Rio de Janeiro. Record, 2008.

Um motivo que explica a ambientação da prática descrita no texto encontra-se no(a)

(incorreta) a) regra judaica, que pregava a superioridade espiritual dos cultos das
sinagogas.

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(incorreta) b) moralismo da legislação, que dificultava as reuniões abertas da juventude
livre.
(incorreta) c) adesão do patriarcado, que subvertia o conceito original dos valores
estrangeiros.
(correta) d) decisão política, que censurava as manifestações públicas da doutrina
dissidente.
(incorreta) e) violência senhorial, que impunha a desestruturação forçada das famílias
escravas.

09 (Enem 2013)

O cidadão norte-americano desperta num leito construído segundo padrão originário do


Oriente Próximo, mas modificado na Europa Setentrional antes de ser transmitido à América. Sai
debaixo de cobertas feitas de algodão cuja planta se tornou doméstica na Índia. No restaurante,
toda uma série de elementos tomada de empréstimo o espera. O prato é feito de uma espécie de
cerâmica inventada na China. A faca é de aço, liga feita pela primeira vez na Índia do Sul; o garfo é
inventado na Itália medieval; a colher vem de um original romano. Lê notícias do dia impressas em
caracteres inventados pelos antigos semitas, em material inventado na China e por um processo
inventado na Alemanha.
LINTON, R. O homem: uma introdução à antropologia. São Paulo: Martins, 1959 (adaptado)
A situação descrita é um exemplo de como os costumes resultam da:

(incorreta) a) assimilação de valores de povos exóticos.


(incorreta) b) experimentação de hábitos sociais variados.
(incorreta) c) recuperação de heranças da Antiguidade Clássica.
(correta) d) fusão de elementos de tradições culturais diferentes.
(incorreta) e) valorização de comportamento de grupos privilegiados.

10 (ENEM 2020 DIGITAL)

A masculinidade, assim como a feminilidade, é uma construção histórica e cultural. Em


nossa cultura, a dança caracteriza-se, no sentido geral, como um universo predominantemente
feminino. Homens que dançam são geralmente considerados homossexuais, por não se
enquadrarem dentro das normas culturais hegemônicas de gênero e sexualidade. Por outro lado,
demonstram a não existência de um único tipo de masculinidade, enfatizando que as identidades
humanas são múltiplas e plurais. No contexto da dança, as representações hegemônicas de
gênero e as regulações sociais que essas impõem não se manifestam de forma igual em todas as
modalidades de dança. Persiste essa forte representação cultural ocidental que associa o balé à
feminilidade e à homossexualidade. Em outras danças, ela não se revela tão forte, e os homens
não aparecem em menor número, como nas tradicionais danças folclóricas ou no moderno hip
hop.
ANDREOLI, G. S. Representações de masculinidade na dança contemporânea. Movimento, n. 1, 2011
(adaptado).

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No que tange à identidade de gênero masculina, a dança e suas modalidades expressam
o(a)

a) padronização da inserção dos homens nessas manifestações corporais. (incorreta)


b) identificação de como essas práticas regulam uma única masculinidade. (incorreta)
c) reconhecimento das diferentes masculinidades. (correta)
d) contestação das normas sociais pelo balé. (incorreta)
e) reforço de uma feminilidade hegemônica. (incorreta)

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