2023 FGV - Cge-Sc
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Igor CIntra
CGE/SC 2023 – Auditor do Estado (Ciências Contábeis)
@profigorcintra
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CGE/SC 2023
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Uma sociedade empresária mantinha internamente uma conta bancária de livre movimentação especial para
pagamentos específicos relacionados à distribuição de dividendos aos acionistas. Em 31/01/X0 o saldo da
conta era de R$30.000.
Assinale a opção que indica a contabilização deste montante no ativo circulante da sociedade empresária.
(B) Disponibilidades.
RESOLUÇÃO:
A intitulação Disponibilidades, dada pela Lei n° 6.404/76, é usada para designar dinheiro em caixa e em bancos,
bem como valores equivalentes, como cheques em mãos e em trânsito e representam recursos com livre
movimentação para aplicação nas operações da empresa e para os quais não haja restrições para uso
imediato.
GABARITO PRELIMINAR: B
Em 31/12/X0, uma sociedade empresária tinha a receber de seus clientes R$100.000 em até cinco meses. A
inadimplência era estimada em 4%.
Assinale a opção que indica a apresentação do fato nas demonstrações contábeis da sociedade empresária.
(C) R$96.000 no ativo circulante, no balanço patrimonial, e evidenciação de R$4.000, em nota explicativa.
(D) R$100.000 no ativo circulante, no balanço patrimonial, e evidenciação de R$4.000, em nota explicativa.
(E) R$96.000 no ativo circulante e R$4.000 em conta redutora do ativo circulante, no balanço patrimonial.
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RESOLUÇÃO:
Em função da inadimplência estimada de 4% sobre os valores a receber a entidade deverá constituir perdas
estimadas com créditos de liquidação duvidosa de R$ 4 mil, de acordo com o seguinte lançamento:
D – Despesa com PECLD R$ 4.000 ( ↓ Resultado)
C – PECLD R$ 4.000 ( ↓ Ativo Circulante)
Perceba que as perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa são evidenciadas no Ativo Circulante, dado
que os créditos possuem vencimento no curto prazo.
Portanto, após a constituição das perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa o Ativo Circulante
evidenciará o seguinte:
Clientes R$ 100.000
( – ) PECLD (R$ 4.000)
A partir disso vamos analisar as alternativas apresentadas.
a) Incorreta. O valor líquido evidenciado no Ativo Circulante será de R$ 96 mil. No entanto, não há impacto no
Passivo Circulante.
a) Incorreta. O valor líquido evidenciado no Ativo Circulante será de R$ 96 mil. No entanto, não há impacto no
Passivo Circulante.
a) Correta. O valor líquido evidenciado no Ativo Circulante será de R$ 96 mil. As razões pelas quais as perdas
estimadas com créditos de liquidação duvidosa foram constituídas devem ser divulgadas (em nota explicativa).
a) Incorreta. O valor líquido evidenciado no Ativo Circulante será de R$ 96 mil.
a) Incorreta. A entidade deve evidenciar R$ 100.000 no ativo circulante e R$ 4.000 em conta redutora do ativo
circulante.
GABARITO PRELIMINAR: C
Em 02/01/X0, um estabelecimento comercial adquiriu para revenda 100 unidades de um produto a R$50,00
cada. Como a compra foi feita à vista, o estabelecimento recebeu um desconto e pagou R$4.800.
Assinale a opção que indica a contabilização da compra no balanço patrimonial da loja em 02/01/X0, sem
considerar a saída de caixa.
(C) Ativo Circulante: Estoques R$4.800 e Passivo Circulante: Receita a apropriar R$200.
(E) Ativo Circulante: Estoques R$5.000 e Passivo Circulante: Despesa financeira a pagar R$200.
RESOLUÇÃO:
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O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos
(exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente
atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros
itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.
Assim, o custo de aquisição do estoque será de R$ 4.800 e a entidade realizará o seguinte lançamento contábil.
D – Estoques R$ 4.800 ( ↑ Ativo Circulante)
C – Caixa R$ 4.800 ( ↓ Ativo Circulante)
Com isso, correta a alternativa A.
GABARITO PRELIMINAR: A
Já a Cia B produz móveis para encomenda e tem ciclo operacional de dez meses.
O prazo para classificação das exigibilidades das Cias A e B, respectivamente, em Passivo Circulante e Passivo
não Circulante, considerando que as empresas optam por adotar o prazo do exercício social de acordo com o
ciclo operacional, é de
RESOLUÇÃO:
Segundo o parágrafo único do art. 179 da Lei n° 6.404/76 na companhia em que o ciclo operacional da empresa
tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse
ciclo.
O item 69 do Pronunciamento Técnico CPC 26, por sua vez, dispõe que o passivo deve ser classificado como
circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses
após a data do balanço (ver item 73). Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na
sua liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.
No caso em tela percebemos que o ciclo operacional da Cia A, que produz navios, é de 18 meses. Portanto, este
será o prazo a ser respeitado para classificação das obrigações no circulante ou não circulante.
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A Cia B, por sua vez, possui um ciclo operacional de 10 meses. Neste caso consideramos a regra geral para
classificação das obrigações: obediência ao exercício social, ou seja, 12 meses.
Com isso, correta a alternativa E.
GABARITO PRELIMINAR: E
A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada pelas seguintes formas, à
exceção de uma.
Assinale-a.
(E) Participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras
distribuições.
RESOLUÇÃO:
Segundo o CPC 18 coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.
Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma
investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas.
O item 6 do Pronunciamento Técnico CPC 18 diz que a existência de influência significativa por investidor
geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes formas:
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras
distribuições;
(c) operações materiais entre o investidor e a investida;
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes;
(e) fornecimento de informação técnica essencial.
Com isso, correta a alternativa A.
GABARITO PRELIMINAR: A
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Na data, o valor justo do terreno era de R$60.000, o da marca, de R$20.000 e o dos empréstimos a pagar, de
R$9.000, uma vez que a taxa de juros era menor do que a taxa de juros do mercado.
Assinale a opção que indica o goodwill contabilizado pela Cia Y relacionado à aquisição de participação na Cia
X.
(A) R$19.000.
(B) R$21.000.
(C) R$24.000.
(D) R$29.000.
(E) R$31.000.
RESOLUÇÃO:
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 15 – Combinação de Negócios, o adquirente deve mensurar os ativos
identificáveis adquiridos e os passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição. Assim:
Disponibilidades R$ 5.000
Terreno R$ 60.000
Marca R$ 20.000
Valor Justo do Ativo R$ 85.000
Empréstimos a Pagar R$ 9.000
Valor Justo do PE R$ 9.000
Pelos dados acima conclui-se que o valor justo do patrimônio líquido é de R$ 76.000 (R$ 85 mil – R$ 9 mil). Com
isso podemos calcular o valor do goodwill.
𝐺𝑜𝑜𝑑𝑤𝑖𝑙𝑙 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑎𝑔𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐽𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝐿
𝑮𝒐𝒐𝒅𝒘𝒊𝒍𝒍 = 𝑅$ 95.000 − 𝑅$ 76.000 = 𝑹$ 𝟏𝟗. 𝟎𝟎𝟎
Com isso, correta a alternativa A.
GABARITO PRELIMINAR: A
Em 01/01/X1, ao adquirir participação em uma sociedade empresária, uma entidade reconheceu ágio, que foi
justificado por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) de R$20.000.
A entidade realiza o teste de recuperabilidade de seus ativos anualmente, de acordo com o Pronunciamento
Técnico CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
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A entidade verificou que, em 31/12/X1 e em 31/12/X2, o valor recuperável do ágio era, respectivamente, de
R$18.000 e de R$22.000.
RESOLUÇÃO:
Segundo o item 10 do Pronunciamento Técnico CPC 01 independentemente de existir, ou não, qualquer indicação
de redução ao valor recuperável, a entidade deve testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill) em combinação de negócios.
Valor recuperável, por definição, é o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou
de unidade geradora de caixa e o seu valor em uso.
Segundo o enunciado em 31/12/X1 o valor recuperável do ágio era de R$ 18 mil. Considerando que o goodwill possui
um valor contábil de R$ 20 mil conclui-se que naquele momento foi reconhecido uma perda por desvalorização de
R$ 2 mil, de acordo com o seguinte lançamento contábil:
D – Perda por Desvalorização R$ 2.000 ( ↓ Resultado)
C – Perda por Desvalorização Acum. R$ 2.000 ( ↓ Ativo Não Circulante)
O enunciado diz, ainda, que em 31/12/X2 o valor recuperável do ágio passou a ser de R$ 22 mil. Em regra, portanto,
deveríamos realizar a reversão da perda reconhecida anteriormente, de R$ 2 mil. No entanto, o item 124 do CPC
01 diz que a perda por desvalorização reconhecida para o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
não deve ser revertida em período subsequente.
A explicação é que o Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível proíbe o reconhecimento de ágio por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente. Qualquer aumento no valor recuperável
do ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) nos períodos subsequentes ao reconhecimento de
perda por desvalorização para esse ativo é equivalente ao reconhecimento de ágio por expectativa de
rentabilidade futura gerado internamente (goodwill gerado internamente) e não reversão de perda por
desvalorização reconhecida para o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).
Portanto, conclui-se que em 31/12/X2 não haverá qualquer lançamento contábil.
Com isso, correta a alternativa E.
GABARITO PRELIMINAR: E
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No ano de X0, uma entidade iniciou o processo para captação de recursos por intermédio da emissão de títulos
patrimoniais, incorrendo em custos de transação.
Por problemas internos, em X1, a entidade verificou que não seria possível concluir a operação, de modo que
não houve aumento de capital ou emissão de bônus de subscrição. Nesse momento, os custos de transação
foram contabilizados do seguinte modo:
RESOLUÇÃO:
Segundo o item 7 do Pronunciamento Técnico CPC 08 quando a operação de captação de recursos por intermédio
da emissão de títulos patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou emissão de bônus de
subscrição, os custos de transação devem ser reconhecidos como despesa destacada no resultado do período em
que se frustrar a transação.
Com isso, correta a alternativa B.
GABARITO PRELIMINAR: B
Em 01/01/X0, uma sociedade empresária adquiriu, por R$50.000, ações de emissão própria para manter em
tesouraria. Os custos de transação incorridos na aquisição foram de R$5.000.
Em 01/12/X0, a sociedade empresária vendeu essas ações por R$51.000. Os custos de transação incorridos na
venda foram de R$2.000.
Assinale a opção que indica o efeito no patrimônio líquido resultante da venda destas ações em tesouraria.
RESOLUÇÃO:
Segundo o item 8 do Pronunciamento Técnico CPC 08 a aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são
também transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da
entidade.
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Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados como
acréscimo do custo de aquisição de tais ações. Assim, vamos analisar o lançamento contábil da aquisição das ações
em tesouraria.
D – Ações em Tesouraria R$ 55.000 ( ↓ PL)
C – Bancos R$ 55.000 ( ↓ Ativo Circulante)
O item 10 do Pronunciamento Técnico CPC 08 diz que os custos de transação incorridos na alienação de ações em
tesouraria devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses
contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de
tais ações, não afetando o resultado da entidade. Assim, o lançamento contábil da alienação será o seguinte:
D – Bancos R$ 49.000 ( ↑ Ativo Circulante)
D – Res. de Capital1 R$ 6.000 ( ↓ PL)
C – Ações em Tesouraria R$ 55.000 ( ↑ PL)
GABARITO PRELIMINAR: A
Uma sociedade empresária deu início a obras para expansão de seu escritório. Estima-se que a obra tenha
dois anos de duração, com início em 02/01/X0 e término em 31/12/X1.
Assinale a opção que indica a contabilização do material de construção no balanço patrimonial da sociedade
empresária.
RESOLUÇÃO:
Considerando que a entidade deu início a obras para expansão de seu escritório, os gastos com a aquisição material
de construção devem ser lançados na conta “Imobilizado em Andamento”, no Ativo Não Circulante. Os gastos
1
Por razões didáticas consideramos o lançamento a débito na conta Reserva de Capital. No entanto, tal débito poderia ter
sido realizado na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, como uma Reserva de Lucro.
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com a obra serão classificados desta forma até o momento em que entram em operação, quando seus valores são
transferidos para as contas correspondentes dos bens em operação.
Com isso, correta a alternativa D.
GABARITO PRELIMINAR: D
RESOLUÇÃO:
Segundo o item 39 do Pronunciamento Técnico CPC 03 os fluxos de caixa agregados advindos da obtenção ou da
perda de controle de controladas ou outros negócios devem ser apresentados separadamente e classificados
como atividades de investimento.
Com isso, correta a alternativa B.
GABARITO PRELIMINAR: B
A entidade deve divulgar, nas notas explicativas, informação acerca dos pressupostos relativos ao futuro e
outras fontes principais de incerteza nas estimativas ao término do período de reporte que possuam risco
significativo de provocar ajuste material nos valores contábeis de ativos e passivos ao longo do exercício
social seguinte.
A respeito desses ativos e passivos, segundo o pronunciamento, as notas explicativas devem incluir detalhes
elucidativos acerca
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(E) do seu valor contábil no início do período de reporte e das expectativas iniciais em relação a ele.
RESOLUÇÃO:
Segundo o item 125 do Pronunciamento Técnico CPC 26 a entidade deve divulgar, nas notas explicativas,
informação acerca dos pressupostos relativos ao futuro e outras fontes principais de incerteza nas estimativas ao
término do período de reporte que possuam risco significativo de provocar ajuste material nos valores contábeis
de ativos e passivos ao longo do próximo exercício social. Com respeito a esses ativos e passivos, as notas
explicativas devem incluir detalhes elucidativos acerca:
(a) da sua natureza; e
(b) do seu valor contábil ao término do período de reporte.
Com isso, correta a alternativa D.
GABARITO PRELIMINAR: D
I. o domicílio e a forma jurídica da entidade, o seu país de registro e o endereço da sede registrada ou o local
principal dos negócios.
II. a descrição da natureza das operações da entidade e das suas principais atividades.
(A) I, somente.
(E) I, II e III.
RESOLUÇÃO:
A banca Fundação Getúlio Vargas (FGV) está superando todos os limites de cobrança de itens literais sobre o
Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. Veja as disposições do item 138:
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138. A entidade deve divulgar, caso não for divulgado em outro local entre as informações publicadas com
as demonstrações contábeis, as seguintes informações:
(a) o domicílio e a forma jurídica da entidade, o seu país de registro e o endereço da sede registrada
(ou o local principal dos negócios, se diferente da sede registrada);
(b) a descrição da natureza das operações da entidade e das suas principais atividades; e
(c) o nome da entidade controladora e a entidade controladora do grupo em última instância.
(d) se uma entidade constituída por tempo determinado, informação a respeito do tempo de duração.
GABARITO PRELIMINAR: E
Os seguintes ativos podem ser considerados ativos qualificáveis, de acordo com o Pronunciamento Técnico
CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos, à exceção de um. Assinale-o.
(A) Plantas portadoras.
(B) Patentes formadas internamente.
(C) Plantas industriais para manufatura.
(D) Estoques manufaturados produzidos em série.
(E) Propriedade para investimento destinada à valorização.
RESOLUÇÃO:
Ativo qualificável, por definição, é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial
para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.
Segundo o item 7 do Pronunciamento Técnico CPC 20 dependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes
ativos podem ser considerados ativos qualificáveis:
(a) estoques;
(b) plantas industriais para manufatura;
(c) usinas de geração de energia;
(d) ativos intangíveis;
(e) propriedades para investimentos;
(f) plantas portadoras.
Ativos financeiros e estoques que são manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto
período de tempo, não são ativos qualificáveis. Ativos que estão prontos para seu uso ou venda pretendidos
quando adquiridos não são ativos qualificáveis.
Com isso, correta a alternativa D.
GABARITO PRELIMINAR: D
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Assinale a opção que indica o tratamento esperado pelo anúncio da implementação da reestruturação em
relação às demonstrações contábeis de 31/12/X0:
RESOLUÇÃO:
Por definição, evento subsequente ao período a que se referem as demonstrações contábeis é aquele evento,
favorável ou desfavorável, que ocorre entre a data final do período a que se referem as demonstrações
contábeis e a data na qual é autorizada a emissão dessas demonstrações. Dois tipos de eventos podem ser
identificados:
(a) os que evidenciam condições que já existiam na data final do período a que se referem as demonstrações
contábeis (evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações que originam ajustes);
(b) os que são indicadores de condições que surgiram subsequentemente ao período contábil a que se
referem as demonstrações contábeis (evento subsequente ao período contábil a que se referem as
demonstrações que não originam ajustes).
O caso proposto pelo enunciado é, portanto, classificado como evento subsequente que surgiu subsequentemente
ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, dado que a implementação de reestruturação
importante foi anunciada em 30/01/X1.
O item 22 do Pronunciamento Técnico CPC 24 relaciona exemplos de eventos subsequentes ao período contábil a
que se referem as demonstrações contábeis que não originam ajustes, os quais normalmente resultam em
divulgação:
(a) combinação de negócios importante após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis
(o Pronunciamento Técnico CPC 15 – Combinação de Negócios exige divulgação específica em tais casos) ou a
alienação de uma subsidiária importante;
(b) anúncio de plano para descontinuar uma operação;
(c) compras importantes de ativos, classificação de ativos como mantidos para venda de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada,
outras alienações de ativos ou desapropriações de ativos importantes pelo governo;
(d) destruição por incêndio de instalação de produção importante após o período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis;
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(e) anúncio ou início da implementação de reestruturação importante (ver Pronunciamento Técnico CPC 25
- Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes);
(f) transações importantes, efetivas e potenciais, envolvendo ações ordinárias subsequentes ao período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis;
(g) alterações extraordinariamente grandes nos preços dos ativos ou nas taxas de câmbio após o período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis;
(h) alterações nas alíquotas de impostos ou na legislação tributária, promulgadas ou anunciadas após o período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis que tenham efeito significativo sobre os ativos e passivos
fiscais correntes e diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro);
(i) assunção de compromissos ou de contingência passiva significativa, por exemplo, por meio da concessão de
garantias significativas;
(j) início de litígio importante, proveniente exclusivamente de eventos que aconteceram após o período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis.
Com isso, correta a alternativa B.
GABARITO PRELIMINAR: B
Cia X Cia Y
Ativo Circulante 15.000
Disponibilidades 60.000 15.000
Ativo Imobilizado 16.000
Veículos 20.000
Depreciação Acumulada -4.000
Total do Ativo 60.000 31.000
Patrimônio Líquido 60.000 31.000
Capital Social 60.000 31.000
Total do Patrimônio Líquido 60.000 31.000
Em 01/01/X1, a Cia X comprou 100% de participação da Cia Y por R$40.000 à vista. Na data, a marca tinha
valor justo de R$6.000.
Na data, as empresas fizeram um teste de recuperabilidade de seus ativos e constataram que os valores
recuperáveis da marca e dos veículos, após reconhecimento da despesa de depreciação do ano, eram,
respectivamente, de R$5.000 e R$9.000.
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Assinale a opção que indica o montante contabilizado como receita de equivalência patrimonial na
Demonstração do Resultado do Exercício individual da Cia X em 31/12/X1.
(A) R$37.000.
(B) R$38.000.
(C) R$40.000.
(D) R$41.000.
(E) R$46.000.
RESOLUÇÃO:
Considerando que a Cia X comprou 100% de participação da Cia Y conclui-se que tal investimento será avaliado
pelo método da equivalência patrimonial. Portanto, vamos concentrar nossa análise no resultado apurado pela Cia
Y. Antes disso precisamos calcular qual é o valor da despesa de depreciação de X1.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙
𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 =
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙
𝑅$ 20.000 − 𝑅$ 0
𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = 𝑹$ 𝟒. 𝟎𝟎𝟎
5 𝑎𝑛𝑜𝑠
O lançamento contábil da despesa de depreciação é o seguinte:
D – Despesa de Depreciação R$ 4.000 ( ↓ Resultado)
C – Depreciação Acumulada R$ 4.000 ( ↓ Ativo)
Assim, em 31/12/X1 o veículo será apresentado pelo seguinte valor contábil:
Custo R$ 20.000
( – ) Depreciação Acumulada (R$ 8.000)
( = ) Valor Contábil R$ 12.000
Segundo o enunciado o veículo possui valor recuperável de R$ 9 mil. Portanto, será necessário o reconhecimento
de uma perda por desvalorização, conforme lançamento abaixo.
D – Perda por Desvalorização R$ 3.000 ( ↓ Resultado)
C – Perda por Desvalorização Ac. R$ 3.000 ( ↓ Ativo)
Com isso podemos, enfim, verificar qual foi o resultado apurado pela Cia. Y no período de X1.
Receitas R$ 70.000
(–) Custos (R$ 25.000)
(=) Lucro Bruto R$ 45.000
(–) Depreciação dos Veículos (R$ 4.000)
(–) Perda por Desvalorização (R$ 3.000)
(=) Lucro Líquido R$ 38.000
Por fim, a Cia. X deve aplicar a equivalência patrimonial sobre o resultado apurado pela investida.
𝑀𝐸𝑃 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜
𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 38.000 × 100% = 𝑹$ 𝟑𝟖. 𝟎𝟎𝟎
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Conclui-se, portanto, que o montante contabilizado como receita de equivalência patrimonial na Demonstração
do Resultado do Exercício individual da Cia X foi de R$ 38 mil.
GABARITO PRELIMINAR: B
Relacione as informações aplicadas nas técnicas de avaliação utilizadas na mensuração do valor justo com os
respectivos níveis:
1. Nível 1
2. Nível 2
3. Nível 3
( ) Informações que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou indiretamente.
( ) Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos a que a entidade
possa ter acesso na data de mensuração.
(A) 1 – 2 – 3.
(B) 1 – 3 – 2.
(C) 2 – 1 – 3.
(D) 3 – 1 – 2.
(E) 3 – 2 – 1.
RESOLUÇÃO:
Questão que aborda conhecimentos a respeito da hierarquia de valor justo. Para aumentar a consistência e a
comparabilidade nas mensurações do valor justo e nas divulgações correspondentes, o Pronunciamento Técnico
CPC 46 estabelece uma hierarquia de valor justo que classifica em três níveis as informações (inputs) aplicadas nas
técnicas de avaliação utilizadas na mensuração do valor justo. A hierarquia de valor justo dá a mais alta prioridade
a preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos (informações de Nível 1) e
a mais baixa prioridade a dados não observáveis (informações de Nível 3).
Informações de Nível 1 são preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos
a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração.
Informações de Nível 2 são informações que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou indiretamente,
exceto preços cotados incluídos no Nível 1.
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Informações (inputs) de Nível 3 são dados não observáveis para o ativo ou passivo.
Com isso, correta a alternativa E.
GABARITO PRELIMINAR: E
Assinale a opção que indica um fato que trará como consequência a constituição de um passivo fiscal diferido,
de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro.
(B) Venda com prejuízo de ativo imobilizado cujas vidas úteis contábil e fiscal são diferentes.
(C) Reconhecimento de depreciação de ativo cuja vida útil contábil é maior do que a vida útil fiscal.
(D) Reconhecimento de prejuízo fiscal por uma entidade que não apresenta perspectivas de lucros futuros.
(E) Reconhecimento de prejuízo fiscal por uma entidade que apresenta perspectivas de lucros futuros.
RESOLUÇÃO:
Um passivo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias tributáveis.
Algumas diferenças temporárias surgem quando a receita ou a despesa está incluída no lucro contábil em um
período, mas vai ser incluída no lucro tributável em um período diferente. Essas diferenças temporárias são
geralmente descritas como diferenças temporárias. Os exemplos a seguir são de diferenças temporárias desse
tipo, as quais são diferenças temporárias tributáveis e que, portanto, resultam em passivo fiscal diferido:
(a) a receita de juros está incluída no lucro contábil em base proporcional ao tempo, mas em alguns países pode
ser incluída no lucro tributável quando o dinheiro é recebido. A base fiscal de qualquer conta a receber
reconhecida no balanço patrimonial relacionada a essa receita é zero porque as receitas não afetam o lucro
tributável até que o dinheiro seja recebido;
(b) a depreciação usada para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) pode diferir daquela usada para
determinar o lucro contábil. A diferença temporária é a diferença entre o valor contábil do ativo e sua base
fiscal, a qual é o custo original do ativo menos todas as deduções referentes àquele ativo permitidas pelas
autoridades tributárias para determinar o lucro tributável dos períodos corrente e anteriores. A diferença
temporária tributável surge, e resulta em passivo fiscal diferido, quando a depreciação para fins fiscais é
acelerada (se a depreciação para fins fiscais é menos rápida do que a depreciação contábil, a diferença
temporária surge e resulta em ativo fiscal diferido); e
(c) os custos de desenvolvimento podem ser capitalizados e amortizados em períodos futuros para determinar
o lucro contábil, mas às vezes podem ser deduzidos para determinar o lucro tributável no período em que eles
são incorridos. Esses custos de desenvolvimento possuem base fiscal zero, já que eles foram deduzidos na
apuração do lucro tributável. A diferença temporária é a diferença entre o valor contábil dos custos de
desenvolvimento e sua base fiscal zero.
GABARITO PRELIMINAR: C
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Pessoal, com isso finalizamos a análise das 18 questões de Contabilidade Geral e Avançada da prova aplicada pela
banca Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o provimento do cargo de Auditor da CGE/SC.
Qualquer dúvida estou à disposição no fórum de dúvidas do Direção Concursos ou através de minhas redes sociais.
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