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Tomografia

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PONTOS FUNDAMENTAIS DO CAPÍTULO - RESUMO

1. A Radiografia é um método que transforma uma estrutura tridimensional (exemplo: o


crânio), em duas dimensões (película ou tela do computador). A principal limitação desta
técnica é a sobreposição de imagens. Em uma radiografia de crânio, não conseguimos
avaliar o cérebro devido à sobreposição da calota craniana em volta dele.
2. A Tomografia Computadorizada (TC) também utiliza Raio X e apresenta potenciais riscos
relacionados à radiação ionizante.
3. A TC, por ser um método capaz de visualizar as estruturas tridimensionalmente, elimina a
sobreposição das estruturas. Assim, quando é feito um corte tomográfico do crânio, o
cérebro é bem visualizado no interior da calota craniana, permitindo sua melhor
individualização. Quanto mais fino for o corte, maior a resolução anatômica.
4. Denomina-se Coeficiente de Atenuação um valor que mede a quantidade de Raio X que é
absorvida por uma parte do corpo. Ele é a medida da “densidade radiológica” de uma
estrutura. É expresso em Unidades Hounsfield (UH). Diferentes tecidos possuem diferentes
valores de Coeficientes de Atenuação.
5. A TC mede os valores dos Coeficientes de Atenuação de cada região da área estudada e
transforma estes valores em escala de cinza, formando a imagem.
6. Utiliza-se a terminologia densidade ou atenuação quando descreve-se imagens
tomográficas: uma estrutura pode ser hipodensa ou hipoatenuante quando é mais escura/
preta, isodensa ou isoatenuante quando é intermediária; ou hiperdensa ou hiperatenuante
quando é mais clara/branca
7. Tomógrafos convencionais (antigos), realizam apenas um corte para cada movimento da
mesa do aparelho. Esta técnica é lenta e não permite fazer muitos cortes de uma
determinada área. Os cortes devem ser mais grossos ou mais espaçados para ser possível
realizar o exame em um tempo razoável. As imagens são geradas apenas no plano axial,
não permitindo reconstruções em outros planos.
8. Os aparelhos helicoidais permitem a realização dos cortes tomográficos ao mesmo tempo
em que a mesa anda, possibilitando cortes mais rápidos.
9. Os aparelhos multislice utilizam a mesma técnica dos helicoidais, entretanto possuem
várias fileiras de detectores ou canais, o que significa que para cada giro do tubo do
tomógrafo, são adquiridos múltiplos cortes, aumentando muito a velocidade do exame. É
possível realizar cortes mais finos e menos espaçados, com uma resolução tão boa que
permite reconstruir as imagens adquiridas em múltiplos planos (axial, coronal, sagital ou
mesmo oblíquos), além de fazer reconstruções mais sofisticadas, como as 3D.

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10. O olho humano não consegue diferenciar tantos tons de cinza diferentes quanto o espectro
de diferentes densidades radiológicas dos tecidos humanos. Desta forma, precisamos
escolher uma faixa de valores de densidade que será representada na escala de cinza.
Esta faixa é a Janela Tomográfica.
11. No caso do crânio, utilizamos frequentemente uma janela para parênquima cerebral e outra
janela para avaliação de estruturas ósseas. Vale ressaltar que o exame é feito apenas uma
vez. Depois de adquiridos os dados brutos, podemos manipular e escolher diferentes
janelas sem ter de refazer o exame.
12. O contraste tomográfico é o contraste iodado. Ele é uma substância que ao ser
administrada no paciente, vai tornar determinadas estruturas mais hiperdensas. Dizemos
que uma estrutura apresenta REALCE ou CAPTAÇÃO de contraste quando ela não é
hiperdensa na fase do exame sem contraste e se torna hiperdensa após o uso do
contraste.
13. transitória da função renal, broncoespasmos. Desta forma, deve ser usado com cautela e
está contra-indicado em pacientes com história de reação alérgica prévia ao contraste
iodado, bem como em pacientes com insuficiência renal não dialítica e creatinina séria
acima de 2mg/dL, e também em pacientes com asma/DPOC que apresentem crises
frequentes/atuais.
14. O contraste utilizado na ressonância magnética apresenta outra composição, portanto ser
alérgico ao contraste da TC não contra-indica o contraste da RM.
15. As principais indicações de tomografia de crânio são na emergência, especialmente na
avaliação de TCE e AVC. Também é indicada para avaliação detalhada das estruturas
ósseas, como em deformidades da calota craniana.

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10. A sequência de difusão apresenta um componente T2 associado e este
componente pode “contaminar” a imagem: chamado efeito T2 shine-through.

11. O mapa CDA ou mapa ADC calcula os valores de coeficientes de difusão para
escapar do efeito T2.

12. Para se afirmar que uma lesão apresenta restrição à difusão, ela precisa
apresentar HIPERSINAL na difusão e HIPOSSINAL no mapa CDA.

13. Se a lesão apresenta HIPERSINAL no mapa CDA, isso se deve não a restrição,
mas a efeito T2.

14. As sequências ponderadas em T2* ou com suscetibilidade magnética avaliam a


presença de calcificações ou sangue no parênquima. Nessas sequências, o
sangue e as calcificações se apresentam com marcado HIPOSSINAL.

15. Quando se solicita uma RM de crânio, são feitas múltiplas sequências, de


acordo com a necessidade do caso: T1, T2, FLAIR, difusão, T2*, sequências pós
contraste.

16. A RM permite um melhor contraste de imagem entre os tecidos do encéfalo e é o


exame de imagem de escolha para a maior parte das patologias do SNC, exceto
em casos de emergência que precisem de estudos extremamente rápidos, como
TCE e AVC ou para estudos específicos para a calota craniana.

17. A RM é um exame relativamente inócuo.

18. As principais contra-indicações da RM são: claustrofobia e presença de


materiais ferromagnéticos que possam se deslocar devido ao campo magnético:
marcapasso cardíaco, implantes cocleares e fragmentos de projéteis de arma de
fogo próximo a a estruturas nobres.

19. Próteses metálicas e tatuagens podem sofrer aquecimento durante o exame e


são contra-indicações am alguns casos, especialmente quando o paciente está
sedado.

20. Os fabricantes estão constantemente evoluindo e produzindo materiais


compatíveis com a RM, inclusive marcapassos e implantes cocleares. É
necessário consultar o modelo específico do dispositivo para saber se é ou não
compatível com a RM.

21. O contraste utilizado na RM é o Gadolínio. Ele é relativamente inócuo, embora


possam surgir complicações raras, especialmente reações alérgicas e fibrose
sistêmica nefrogênica (esta última em geral em pacientes renais crônicos em

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